Fragmentos de uma Observação Participativa

Enquanto analisa os outros, Paula é também observada. 
- Sabe qual é a diferença entre encalhada e solteirona? 
É que encalhada não tem opção. 

Documentário, 2013, 35’, Video, integrado no projecto Portugal/Brasil/Angola Triângulo

de Filipa Reis, João Miller Guerra

Argumento: Pedro Pinho 
Fotografia: Vasco Viana 
Som: Rúben Costa 
Montagem: Filipa Reis, João Miller Guerra 
Com: Monique Montenegro, Paula C. Togni, Verônica Silva 
Produção e pesquisa: Marta Lança

  • 20 abril, 18:00, Cinema São Jorge, Sala Manoel de Oliveira 
  • 22 Abril, 18:45, Cinema São Jorge, Sala 3

20.04.2013 | by martalanca | Brasil, Portugal

Visitas guiadas à exposição Ocupações Temporárias - Documentos

As visitas guiadas à exposição Ocupações Temporárias - Documentos já têm datas marcadas, não precisam de inscrição prévia e são de entrada livre.

Dia 20/04 (Sab) às 16   |   Dia 11/05 (Sab) às 16   |   Dia 25/05 (Sab) às 16

“Depois de três edições no Maputo (2010, 11 e 12), depois de uma acumulação de experiências com a intervenção no Mindelo, temos as “Ocupações” em Lisboa. Já não terão necessariamente os contornos das primeiras “Ocupações”; mas considerando a importância do processo e a pertinência de muitos dos trabalhos realizados, as “Ocupações Temporárias - Documentos” são o testemunho documental de um processo, um arquivo recente físico, com os objetos ou as suas réplicas.”

A exposição pode ser visitada até 26/05 de terça a domingo, das 10:00 às 18:00, com entrada livre

Elisa Santos 
cell: 00351 936305312Skype: muanaelisa

20.04.2013 | by martalanca | ocupações temporárias

“Por detrás das ilhas”

Desenvolvida em torno do trabalho do pintor Alex-Keller  e complementada com os trabalhos dos restantes artistas da Plataforma Cafuka (Eduardo Malé, Estanislau Neto, Ismael Sequeira, José A. Chambel, Manuel Xavier, René Tavares e Valdemar Dória), “Por detrás das ilhas” é uma exposição colectiva de artes plásticas a ser inaugurada no dia 20 de Abril do corrente ano, na Espaço Q – Quadras Soltas, rua Miguel Bombarda, 529 4050-383 Porto, onde uma performance de danças de S. Tomé e Príncipe a cargo do grupo de dança da A.E.S.T.P.  - Associação de Estudantes de S. Tomé e Príncipe vai surpreender o público.

O fenómeno da emigração, coloca os santomenses num contexto de novas relações com as suas ilhas. As fugas das nossas gentes para outras geografias do mundo, deve-se tanto por razões políticas após a independência, como a seguir por razões económicas, em busca de uma vida melhor, enquanto a situação do país se ia degradando.

Portugal, devido às afinidades culturais, tornou-se num destino obrigatório e sede da  maior comunidade santomense fora do país. Esta cresceu de forma maciça desde 1980, criou raízes e filhos que vivem totalmente integrados na sociedade portuguesa mas longe das suas origens.

Apesar de vivermos num mundo dominado pela informação e pelas redes sociais, o afastamento físico e o contacto direto com suas origens culturais tem criado inúmeros casos de perda e também de procura de identidade.

Este fenómeno da emigração provocou também criação de grupos e associações culturais que têm procurado preservar e divulgar a cultura de São Tomé e Príncipe. A plataforma CAFUKA é um exemplo do mesmo. Formada por artistas plásticos naturais de São Tomé e Príncipe, procura realizar iniciativas com um sentido integrador na sociedade onde está inserida, sem nunca perder as suas referências identitárias.

A presente exposição pretende mostrar S. Tomé e Príncipe, através de abordagens estéticas contemporâneas e inquietações urbanas e do mundo, que preocupam este grupo de artistas e associados.

 

Ismaël Sequeira / José A. Chambel

19.04.2013 | by martalanca | Cafuka, S. Tomé

Um Fim do Mundo de Pedro Pinho, estreia no IndieLisboa

Um Fim do Mundo, estreia no IndieLisboa, dia 21 Abril (Domingo) às 17h00, no Grande Auditório da Culturgest

Um Fim do Mundo parte de um esqueleto ficcional sobre um dado tempo no final da adolescência, para ser preenchido por um corpo documental - uma Setúbal industrial e a realidade presente de um grupo de jovens do bairro da Bela Vista.

CO-PRODUÇÃO VENDE-SE FILMES E TERRATREME FILMES 

17.04.2013 | by franciscabagulho | cinema

Quartas de cine 2013 - Lumumba de Raoul Peck

Este ano, A Alliance Française de Luanda, numa parceria com o CEFOJOR, volta com o tapete vermelho e oferece uma nova programação ainda mais diversificada com o melhor do cinema francês, francófono e angolano.

No conforto agradável da sala de projecções, venha apreciar filmes de qualidade e participar nos debates organizados com personalidades convidadas para abertura de cada ciclo.

Ciclo 1: 06/03/13 ao 17/04/13
Ciclo de “CINEMA FRANCÓFONO”

No âmbito das Quartas de cinema, o nosso 1º ciclo temático do ano será dedicado ao “Cinema francófono”.

Através de quatro filmes (3 ficções e um curta-metragem) a Alliance française de Luanda pretende apresentar realizadores originando de países fazendo parte da Francofonia.

O ciclo começou no dia 6 de março até o dia 17 de abril, com um dia especial, dia 20 de Março, Dia internacional da francofonia.

Programa dos Ciclos I & II:
http://issuu.com/afluanda/docs/ci_ii_web_med06/03/13

06/03/13
“Mulheres do Cairo”, Yousry Nasrallah, 2009;
20/03/13
“O balão vermelho”, Albert Lamorisse, 1956;
03/04/13
“A Nossa Estrangeira”, Sarah Bouyain, 2010;
17/04/2013
“Lumumba”, Raoul Peck, 2010.

Ciclo I “Cinema Francófono”
17 de Abril de 2013 | 19.00 | No CEFOJOR

“Lumumba”, Raoul Peck.
Drama histórico, 2000, Haiti, 115 min.
Com: Ériq Ebouaney, Alex Descas, Maka Kotto, Cheik Doukouré, Mariam Kaba, Théophile Moussa Sowié, Dieudoné Kabongo, Pascal Nzonzi, Bouli Lanners.
Argumento: Raoul Peck, Pascal Bonitzer.
Fotografia: Bernard Lutic SOM: Dirk Bombey.
Música: Jean-Claude Petit.
Montagem: Jacques Comets.
Produção: JBA Production.
Origem: França, Bélgica, Alemanha, República do Congo.
Estreia em França: 2000.

Sinopse
Janeiro de 1961. A noite da savana africana é perturbada por uma situação macabra: dois homens brancos, bêbedos de angústia e álcool, preparam-se para fazer desaparecer três corpos envoltos em sacos manchados de sangue.

Patrice Lumumba, Primeiro-Ministro do Congo, acaba de ser assassinado… Entre documento histórico e ficção emocionante eis um belo retrato matizado do herói da independência congolesa e mais um exemplo da vitalidade do cinema fora dos circuitos norte-americano e europeu.

O Realizador Raoul Peck é um realizador, argumentista e produtor haitiano que estudou cinema em Berlim. Tendo começado a vida profissional como jornalista, dedicou-se ao cinema e tem filmado em diversos formatos: conta com seis curtas-metragens, cinco longas, cinco documentários e duas mini séries para televisão filmados um pouco por todo o lado, desde a Europa aos Estados Unidos.

Haïtian Corner, de 1988, foi a sua primeira longa-metragem logo seleccionada para o Festival de Locarno, seguida de um primeiro documentário, Lumumba - La mort d’un prophète, em 1991. Este foi apresentado no Festival Cinéma du Réel, enquanto que L’Homme sur le quai, de 1993, foi mostrado em Cannes e era um regresso aos anos de terror da ditadura de Duvallier. Entre 1996 e 1997, Raoul Peck foi ministro da Cultura do Haiti. Em Corps plongés, de 1998, seguiu três exilados haitianos em Nova Iorque, e em Lumumba pegou no percurso do líder congolês. Em 2009 apresentou uma série televisiva, L’école du pouvoir, sobre a formação das actuais elites governativas francesas e o seu percurso académico. O filme surge como mais uma reflexão sobre o poder, como pode ser exercido e como pode ser filmado.

Sobre o filme
O excelente filme de Raoul Peck apresenta dois méritos: o primeiro, analisar de forma perfeita uma solução complexa (…). O segundo, pôr em causa as responsabilidades de cada campo, incluindo as do próprio campo congolês.
Alain Riou in Le Nouvel Observateur

Filmar o poder (a sua tomada, a sua fuga) e no mesmo gesto um tempo (histórico, íntimo); ver o que, na conjunção dos dois, faz as ideias (políticas, existenciais) vencerem ou morrerem – este é o fundo secreto de Lumumba.
Olivier Joyard in Cahiers du Cinéma

Onde Hollywood teria feito de Lumumba um personagem caricatural, Peck impele os personagens a exteriorizarem a sua violência interior, a revelarem-se nas suas contradições. É assim que este cinema de combate atinge o seu objectivo: convencer.
Olivier Barlet in Africultures.com

Presença em festivais Festival de Cannes (2000): Quinzena dos Realizadores; Festival Internacional de Cinema de Toronto (2000): Apresentação especial; Festival Internacional de Cinema de Edimburgo (2000): Directors Focus; Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro (2000): Panorama.

A Alliance Française de Luanda gostaria de agradecer aos seus patrocinadores e parceiros por terem dado a sua energia, entusiasmo e apoio à sua política de cooperação cultural e a nossa programação de eventos culturais.

Parceiros

Patrocinadores
Top/Eka/Sodexo/Total

Contacto:
Jennie Loiseau
Directora cultural | (+244) 928 39 28 77
Endereço | Alliance Française de Luanda: Travessa do Bocage, 12, Largo da Sagrada Família.

web

17.04.2013 | by herminiobovino | Alliance française de Luanda, ciclo cinema, cinema, Luanda

COLÓQUIO INTERNACIONAL CONHECIMENTO E CIÊNCIA COLONIAL

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Pavilhão C6Lisboa, 27-29 de novembro de 2013

Colóquio internacional Conhecimento e Ciência Colonial resulta de uma parceria entre o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa e o Centro de História do Instituto de Investigação Científica Tropical, e visa promover um fórum de reflexão e discussão sobre a natureza do papel da ciência no contexto colonial e a sua relevância numa perspetiva pós-colonial. O encontro pretende juntar investigadores e especialistas, nacionais e internacionais, na área das ciências naturais, sociais e humanas para incentivar um debate em torno desta temática que, na última década, tem vindo a ganhar visibilidade.
A relação entre a ciência pós-Iluminista e a questão do progresso, do desenvolvimento e da modernização, trouxe um debate cada vez mais intenso sobre os conceitos, valores, ações e consequências da sua prática num contexto colonial que pretende explorar a reciprocidade e proximidade entre o Estado-nação moderno e a ciência e as suas instituições. Por sua vez, nas últimas décadas, a existência de uma ciência dita colonial com características específicas, inovadora e adaptada ao meio colonial, distinta da sua congénere metropolitana, ganhou um espaço próprio de discussão. O debate centrou-se na avaliação das relações entre a ciência ‘moderna’, produzida nas metrópoles e nas colónias, e os saberes ‘tradicionais’, em áreas tão diversas como a gestão dos recursos naturais, a agricultura, a alimentação, a medicina, a arquitetura, as armas e o mundo das artes. Neste sentido, o intercâmbio e a circulação de diferentes corpus de conhecimento, dentro e fora do espaço colonial, colocou a hipótese de formas híbridas e dinâmicas de saberes com trajetórias não-lineares na agenda académica, realçando a necessidade de analisar o conhecimento num quadro pluralista, transcultural e interdisciplinar. O tema da ciência no contexto colonial desperta assim uma série de interrogações sobre as relações complexas entre esta, as colónias e os impérios, que o colóquio tentará certamente desvendar.
Será que existiu uma ‘ciência colonial’? Qual a relação entre a ciência colonial e o conhecimento científico? Como é que a ciência colonial contribuiu para o discurso sobre e a imagem do outro, o colonizado, mas também do próprio colonizador? Qual a contribuição da ciência para a formação e consolidação do Estado Colonial? Em que medida é que a ciência foi subordinada ao poder político e posta ao serviço do colonialismo? Até que ponto as colónias serviram com laboratórios para a ciência e quais foram os limites da ciência dentro do projeto colonial? Quais as operações epistemológicas levadas a cabo? Como é que ciência criou raízes nas colónias e foi transmitida através do ensino? Qual a contribuição dos cientistas nascidos nas colónias? Existe uma quebra ou uma continuidade quanto ao papel da ciência entre o período colonial e pós-colonial?…
A transversalidade destas questões inscreve-as num contexto transnacional e transdisciplinar no qual a análise do contributo da ciência no contexto colonial pode ter um papel estruturante no quadro do debate sobre a construção de um conhecimento específico em estreita ligação com a ‘ocupação científica’ dos espaços coloniais, que pode servir para analisar e questionar o discurso sobre o saber, o pensamento meta-científico ou a sua persistência no decorrer do tempo.
Neste contexto, o Colóquio privilegiará uma abordagem transdisciplinar que permita lançar um olhar global sobre estas questões, incentivar a sua discussão e aumentar a sua visibilidade no quadro de um interesse alargado e consciência crescente da sua importância e dos seus contributos.

Áreas temáticas:
Arquivos e museus – Documentação e coleções
Jardins botânicos e zoológicos, e laboratórios agrícolas – A recolha da natureza para estudo e exposição
Arquitectura, obras públicas e organização do espaço
Bio-medicina, saúde pública e medicina tradicional
Reconhecimento do território, cartografia e fronteiras
Saberes coloniais e contextos imperiais
Cientistas, Intelectuais e Ensino
Imprensa, cultura e ciência coloniais
Política e Administração colonial
Exposições coloniais, ciência e propaganda
Colonial e pós-colonial na Europa Central

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17.04.2013 | by martalanca | ciência colonial

Afrofuture: Adventure with africa's makers, thinkers and dreamers

Last week, from 09.04.2013 to 14.04.2013, La Rinascenti (Milan Design Week) held the event Afrofuture: Adventure with africa’s makers, thinkers and dreamers.

Explore the Afrofuture
Forget what you think you know about Africa, the world’s second-largest continent is journeying to new Frontiers. Come Face to Face with this inspiring vision as you adventure with la rinascente into an aFroFuturist design culture.

La Rinascent presents a futuristic Africa
Tech-charged, idea-fuelled, space-obsessed. Forget what you know about Africa, the world’s second-largest continent is journeying to new frontiers. This Milan Design Week, adventure with La Rinascente into an Afrofuturist design culture.

La Rinascente’s flagship store will be celebrating the world’s original design festival Salone del Mobile in dynamic style for 2013 as it presents ‘Afrofuture’. Through media, events and performance, la Rinascente will demonstrate the exciting mind-shift in African technology and how it’s radically shaping new notions of design.

From South Africa’s FabLabs to Kenya’s ‘Silicon Savannah’, the tech boom in Africa is a certainty. Africa’s digital diaspora has elbowed its way into the Afropolitan conversation, but there’s a newer narrative emerging – African design.

The continent is developing on its own terms, with savvy innovators emerging from the creative quarter and rebranding their urban spaces. It’s moving away from visual clichés and forging experimental collaborations with technologists, writers, musicians, photographers, illustrators, architects, coders, developers and cultural commentators. This is a movement that’s modifying Africa’s past and present and bringing it into the future.

This Design Week, la Rinascente will show festival-goers how Africa’s newest makers, thinkers and dreamers are being spurred on by visions of the future. ‘Afrofuture’, an experimental programme curated by Beatrice Galilee, will ambitiously initiatean international design discourse around the exciting new conversations bursting out of all corners of Africa. Galilee says: ‘As the design world expands its reach beyond aesthetics to encompass networks, strategies and unexpected tactics, Africa becomes an urgent critical voice in the global conversation. In the Afrofuture we imagine the African Union as the world’s most powerful economic zone, we imagine DIY space travel and biomorphic militarized Kwazulu vervet monkeys. We present Chinafrica state TV , futuristic instruments and contemporary African pulp fiction.’

Over four days, la Rinascente invites festival-goers and consumers to journey withthem into the Afrofuture. Taking over la Rinascente’s flagship Milan store, each day’s events will bring a forward-thinking, futuristic, global game-changing version ofthe world’s second biggest continent. Whether real of imagined, the Africa of today has wrapped its arms around the world of tomorrow. Writer, Nana Ocran, who has helped develop the project for la Rinascente says: ‘Afrofuture shines a modern, pan-African light on what can, is and could happen in design in and beyond Africa, through wider, deeper narratives and experimental mash-ups with global innovators. It’s a dynamic platform to kick off the conversation about African design and to think big about how the rapidly emerging future will see mould-breaking designers coming up from the radical underground to the global mainstream.’

From robotic mash-ups and African sci-fi to bio-design and the spirit of ‘Pop Culture’ in Ghanaian-made coffins, African creatives and makers thrillingly relay the African experience from their own point of view.

Alberto Baldan, CEO of la Rinascente says: “Afrofuture is a multidisciplinary project, like Hacked last year, for which la Rinascente is happy to give its “stage” in the veryheart of Milan. In this way we pursue two aims: we give visibility to the talent ofmany designers and artists and we offer to our public an unconventional point ofview on design and its future. We like to think of la Rinascente as both incubator andspreader of creativity.”

Afrofuture windows
All week
One of Africa’s greatest tradition is storytelling. La Rinascent update this tradition by using the windows as multidimensional story portals with six stories from the African pulp-fiction masters, Jungle Jim. London based illustrator Emily Forgot brings them to life by usding set design techniques to transform the arresting comic book illustrations.

http://www.junglejim.org/
http://www.emilyforgot.co.uk/

Afrikea, Il Diavolo - Party in the Afrofuture, by Paulo Moreira+Pedro Coquenão, feat. Batida Dj Set.
Thursday | 11 APRIL | 19:00 - 22:00
Lisbon and Luanda collaborate on a portuguese-angolan mash-up musical performance for Afrofuture. Wrapping the whole stage structure in angolan motifs will set the scene. Pedro Coquenão and Paulo Moreira unleash the party.




www.paulomoreira.net
www.facebook.com/batida
Afrofuture web

16.04.2013 | by herminiobovino | african culture, african music, afro-design, afrofuturism

MOÇAMBIQUE em Abril no Centro Interculturacidade

Histórias e Culturas do Índico
Programação de 16 a 21 de Abril
16 ABRIL (3ª feira)
18:00 – Exibição do documentário “Storytelling Man” (O Homem que Conta Histórias), de David Spaeth (em parceria com o escritor sueco Henning Mankell)

18 ABRIL (5ª feira)
18:30 – Travessias III- Malangatana
Sessões sobre autores que atravessaram a história e marcam a cultura de Moçambique.
Exibição do filme “Malangatana Contador de Histórias”, deKarin Monteiro, e colóquio. Apresentação de Filomena André.

19 ABRIL (6ª feira)
18:30 – Colóquio “Fotografias, de Santos Rufino a Filipe Branquinho”, com Alexandre Pomar

Noite Temática
20:30 – Jantar tradicional (sujeito a inscrição por email ou telefone até dia 18)
Contribuição: 13 moz  (jantar  + concerto: entrada, prato principal, sobremesa e 1 bebida)
22:30 – Música com Malenga e convidados(Entrada só concerto: 3 moz)

20 ABRIL (Sábado)
18:30 – Travessias IV – José Craveirinha
Sessões sobre autores que atravessaram a história e marcam a cultura de Moçambique. Filme. Apresentação de Luís Carlos Patraquim

Noite Temática
20:00 – Jantar tradicional (sujeito a inscrição por email ou telefone até dia 19)
Contribuição: 13 moz (jantar  + concerto: entrada, prato principal, sobremesa e 1 bebida)
22:30 – Música – Projeto Kundonde
Projeto intercultural dirigido pelo instrumentista e compositor moçambicano Malenga (Voz e guitarra), com a participação de Olivier Genevest (França – guitarra e trompete), Javi Mojave (Espanha – percussões) e Thibaut Dumas (França – violino) Entrada só concerto: 3 moz

21 de ABRIL (Domingo)
17:00 – 19:00 – Exposição de peças artesanais moçambicanas
19:30 -22:00 – Noite temática de Moçambique
Jantar tradicional (sujeito a inscrição por email ou telefone até dia 20)
Contos Moçambicanos: Nkaringana Wua Nkaringana, com Octávio Chamba
Contribuição: 12 moz (entrada, prato principal e sobremesa e 1 bebida)
––––––––––––—
*Este programa pode ser alterado por motivos imprevistos.

Centro Interculturacidade
Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa
Tel.: 21 820 76 57
info.interculturacidade@gmail.com
http://interculturacidade.wordpress.com/

16.04.2013 | by martalanca | craveirinha, Moçambique

NOITE PRÍNCIPE, 19 de Abril no Musicbox, LISBOA

Poster por Márcio Matos.Poster por Márcio Matos.Abril sempre, Noite Príncipe a 19. O elenco da Noite é como sempre uma fera modelada para a festa, com a abertura entregue à frescura do trio Niagara, seguindo-se a estreia do talentoso produtor Nigga Fox na nossa mensalidade e a última quadra entregue ao único e inimitável DJ Marfox. Niagara muito em breve verão o seu fabuloso 12’’ inaugural editado pela Príncipe, DJ Marfox ainda celebra o seu recente lançamento pela Enchufada do EP ‘Subliminar’, e a novidade da chegada da vez de Nigga Fox no PA do Musicbox vai tornar tudo ainda mais maravilhoso.

Para os ainda não iniciados, a Príncipe é uma editora de Lisboa, inteiramente dedicada a editar música de dança contemporânea 100% real a ser produzida nesta cidade, nos seus subúrbios, bairros sociais e guetos. Novos sons, formas e estruturas com o seu próprio código de poética e identidade cultural. Queremos certificar-nos que o trabalho incrível que está a ser produzido aqui, seja em house, techno, kuduro, batida, kizomba, funaná, tarrachinha ou noutro novo desenvolvimento estético ainda inominável, deixe de permanecer desconhecido fora dos nossos clubes, telemóveis e quartos. Há um ano que a editora promove mensalmente uma Noite homónima para celebrar esta música e atitude que toma lugar no cúmplice inexcedível Musicbox. Agora como antes, a entrada dá direito a duas bebidas pelo preço de 8€.

 

 

16.04.2013 | by franciscabagulho | dj Marfox, Niagara, Nigga Fox

música com lata - Chullage

15.04.2013 | by martalanca | Chullage

Preview da exposição BES Photo2013 – 9ª edição

17 de abril (quarta-feira) às 11h00 no Museu Coleção Berardo
Artistas: Albano Silva Pereira |Filipe Branquinho |Pedro Motta | Sofia Borges

O Banco Espírito Santo e o Museu Coleção Berardo têm o prazer de convidar os órgãos de comunicação social para a 
preview da exposição BES Photo2013, a decorrer no próximo dia 17 de abril (quarta-feira) às11h00, no piso 0.

A 9ª edição do prémio é a terceira marcada pela sua internacionalização (alargando-se aos restantes países lusófonos) e com itinerância para o Brasil.

A antevisão da exposição contará com a presença dos artistas: 
Albano Silva Pereira (Portugal), Filipe Branquinho (Moçambique), Pedro Motta (Brasil) e Sofia Borges (Brasil); e de Pedro Lapa, Diretor artístico do Museu Coleção Berardo.

exposição BES Photo2013, que reúne trabalhos inéditos dos artistas selecionados, é inaugurada, no próximo dia 17 de abril às 19h30, no Museu Coleção Berardo onde fica patente ao público até ao dia 2 de junho. O conjunto dos trabalhos destes artistas viajará depois até ao Brasil, inaugurando a sua exposição no dia 18 de junho no Instituto Tomie Ohtake, onde poderá ser visitada até 28 de julho.

O BES Photo é um dos mais importantes prémios de arte contemporânea em Portugal, que visa promover artistas de países de língua oficial portuguesa.


Entrada gratuita
Agradecemos confirmação de presença na preview através de email ou telefone.
Namalimba Coelho | Assessora de Imprensa/Press Manager
FAMC | Museu Colecção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea
Tel.: +351 213612637 | M.: +351 96 1750095
E-mail | namalimba.coelho@museuberardo.pt

web

15.04.2013 | by herminiobovino | Brasil, CCB, exposição de fotografia, Moçambique, Portugal

Exhibition in the British Museum: Social fabric African textiles today, London

Social fabric African textiles todayTextiles of southern and eastern Africa. The rich fabric of African printed and factory-woven textiles reflects changing times, fashions and tastes. From eastern to southern Africa, the social and historical significance of these beautiful and diverse materials are also reflected in the identities of those who wear them.

This exhibition takes a fresh look at the history, manufacture and continuing social significance of these textiles – the designs of which depict the convergence of African tastes and patronage with strong historical and contemporary trading ties from across the globe. The cultural and social significance of these textiles have also influenced some of the region’s foremost contemporary artists and photographers – including Georgia Papageorge, Karel Nel, Peterson Kamwathi and Araminta de Clermont.

These textiles – including kanga from Kenya and Tanzania, capulana from Mozambique, and shweshwe from southern Africa – mirror changing times, fashions and tastes. They provide a detailed chronology of the social, political, religious, emotional and sexual concerns of the (mainly) women who wear them. Their patterns and inscriptions also vary according to the age of the wearer and the context in which the cloth is worn. This unspoken language may be used to suggest thoughts and feelings which cannot be spoken. They are worn in secular and sacred contexts and play a central role in all of the major rite-of-passage ceremonies in women’s and, in some cases, men’s lives.

The exhibition contributes to the small but steadily growing body of research into these relatively neglected African textile traditions.

14 February – 21 April 2013

The British Museum, London

 

13.04.2013 | by candela | Araminta de Clermont., Georgia Papageorge, Karel Net, Peterson Kamwathi, tecidos, textiles

Exhibition: The Beautyful Ones, Berlin

Dineo Seshee Bopape, Kudzanai Chiurai, Georgina Gratrix, Andrew Gilbert, Kiluanji Kia Henda, Gerald Machona, Gerhard Marx, Meleko Mokgosi, Athi-Patra Ruga.   In 1968 the Ghanaian author Ayi Kwei Armah pub­lished a brutal and vis­ceral novel of (then) con­tem­po­rary, post-Inde­pen­dent Ghana, titled “The Beautyful Ones Are Not Yet Born”. Armah recounts an unnamed man’s strug­gle in a soci­ety rotten to the core, a result of the after­math of colo­nial­ism, and the fail­ures of the new regime. A dream deferred…

The exhi­bi­tion The Beautyful Ones takes as its start­ing point Armah’s utopian lament for a better Africa, and the ongo­ing prob­lem­at­ics of the rep­re­senta­tion of the con­ti­nent, espe­cially in the pop­u­lar Euro­pean imag­ina­tion. Africa is often per­ceived as a mono­lithic entity, whilst the complexity of its mul­ti­ple real­i­ties, histo­ries, narra­tives and voices are often lost.

For The Beautyful Ones, South African curator Storm Janse van Rensburg has brought together nine young interna­tional artists: Dineo Seshee Bopape, Kudzanai Chiu­rai, Georgina Gra­trix, Andrew Gilbert, Kilu­anji Kia Henda, Ger­ald Machona, Ger­hard Marx, Meleko Mokgosi and Athi-Patri Ruga. Orig­inat­ing from Angola, Botswana, Scot­land, South Africa and Zimbabwe, they are now oper­at­ing, working and liv­ing between many places, but with a common thread link­ing them and aspects of their practice to South­ern Africa. Exemplary of a gen­er­a­tion of con­tem­po­rary artists that are mobile, and whose practices resists easy clas­sifica­tion, the exhi­bi­tion includes a selec­tion of works that connects to the artists’ social and polit­ical real­i­ties, entan­gled with their per­sonal lived expe­r­i­ences.

On the one hand, the exhi­bi­tion might sug­gest that these are ‘The Beautyful Ones’ yearned for by Armah, whilst on the other hand some artists per­haps pre­sents ideas and real­i­ties that ques­tions, if indeed, the dream is not deferred once again.

The Beautyful Ones
An exhibition curated by Storm Janse van Rensburg
20 April – 6 July 2013, Berlin
Opening reception:
Friday, 19 April, 18.00 – 21.00
 

13.04.2013 | by candela | Berlin, kiluanji kia henda, The Beautyful Ones

CONFERÊNCIAS SOBRE CENSURA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO[

Promovido pelo Movimento: Não apaguem a Memória…NAM

1ª – Cinema e Artes: FCHS (Lisboa. 23 Abril, 15.00h). Moderadora: Ana Cabrera. Intervenções de Ana Cabrera e Helena Pato (NAM).

 Oradoras: Leonor Areal – Censura na actualidade em Portugal; Cristina Costa – Censura e Liberdade de Expressão: Ana Bela Morais – Amor e Violência na Censura ao Cinema no tempo do Marcelismo. Comentadores convidados: J. Leitão Ramos, M. João Brilhante, Manuel Augusto Araújo, Teresa Villaverde, Rui Mário Carvalho.  O local de realização será num dos auditórios da  Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Avenida de Berna, 26, Lisboa

2ª – Comunicação Social: ULHT (15 Maio, 11.00h). Intervenções de M. Manuel C. Magalhães (NAM) e Carla Cardoso. Oradores: Fernando Correia, Diana Andringa, Daniel Ricardo. O local de realização será num dos anfiteatros do Lusófona (Campo Grande)  

12.04.2013 | by martalanca | censura, não apaguem a memória

Call for contributions 5th edition SAVVY journal

At The Shrine. Reflections, Reciprocalities and Reverberations: Fine Art and Music

The fifth edition of the SAVVY Journal for critical texts on contemporary African art will explore the influence of music on contemporary art practices and map interfaces between visual media, fine art, and music in the African and African diaspora context. The title of this collection, “At the Shrine” is a reference to Fela Kuti‘s Shrine Nightclub and concert venue; a cultural space and an epitome of a social sculpture. This music venue captures our vision of the links between visual expression, music, and critical inquiry.

The mutual relationship between music and fine art, which goes back to time immemorial, manifests itself on different levels. Both artistic languages inform each other in diverse enriching ways. Some of these points of intersection that have crystallized and proven to be ground-breaking in a variety of disciplines in recent decades include, but are not limited to: Performance/ Performativity - e.g. the enigmatic blend of music and performance art, as in the case of Les Têtes Brulées, or the socio-political vigour channelled through the audio and visual of Fela Kuti’s music, which has since been an important source of inspiration for many visual artists; Photography - e.g. the presence of James Brown’s music in Malick Sidibe’s photography, the synergy between Johannesburg’s jazz scene and a whole generation of Drum photographers, or the field of music portraiture championed by the likes of Samuel Nja Kwa; Video - ranging from video art, as in the case of Goddy Leye’s “We Are The World”, to music video clips featuring a variety of musical styles from Azonto, through Coupé Decalé or Kwaito to Rai that have completely transformed the production and consumption of popular culture in Africa; Illustration, Patterning, and Painting - which have been essential in the making of outstanding record covers and album posters; the interconnectedness between music and fashion design; the influence of the likes of Sun Ra on Afrofuturism; Experimental Composition and Sound Art as in the case of Emeka Ogboh;Theatre/ Theatricality - the links in popular theatre traditions between multimedia theatre groups that rely on popular music bands and sign-board painters, such as in Ghanaian and Nigerian Concert Party traditions; Electronica - artists, musicians are creatively reusing music software, online resources, and mobile phone technologies to refigure older styles of music, dance, communication and visual imaging. Some of these forms are explicitly understood as art while others are ephemeral forms of expression. Street Art – graffiti, spoken word, poetry, street dance are forms that link musical, political and counter-cultural expression.

This edition of SAVVY Journal is not intended as an anthology of music and fine art. Instead, we ask contributors to investigate where disciplines meet, how genres are demarcated, and what emerges from their various encounters, as well as explore the nexus between performativity, fine art, music and technology. Indeed we are concerned with the ways in which ideas of genre and modality are themselves made and unmade in artistic practice. We are interested in articles on the role of sound appropriation in the conceptualisation of art works and of visual aspects in the creation, performance and consumption of sound and music.

Furthermore, this edition will explore and identify those artists who, using various textures and formats, work on this crossroad of sound and vision. Also, from a more general point of view, we are interested in reflections on how the encounter of image and sound in popular music has influenced culture and society. The impact of soundtracks on social and political movements on and beyond the continent would be another fascinating topic.

For this edition, the SAVVY Journal editorial will be enriched by the following guest-editors:

Dr. Hauke Dorsch (African Music Archives, Mainz), Ntone Edjabe (Chimurenga / Pan African Space Station, Cape Town) and Prof. Jesse Weaver Shipley (Haverford College, Philadelphia).

We invite essays from writers of all backgrounds - artists, curators, art historians, and theoreticians, scholars - not exceeding 3500 words in length, discussing the above mentioned or related issues.

Additionally, we are interested in more general articles such as artist-features, exhibition reviews and previews of circa 1500 words.

For more information please visit www.savvy-journal.com

Submissions to: editorial@savvy-journal.com

Deadline: 15th August 2013

 

12.04.2013 | by franciscabagulho | Call for contributions

Filmando o espaço: um olhar sobre o cinema de Angola, Moçambique e Cabo-Verde

Curso Livre

Prof.ª Doutora Mirian Tavares (Universidade do Algarve)
13 e 27 de abril de 2013
14.30h-18.30h
sala 1 do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

Este curso livre tem como objetivo, dotar os alunos do programa de doutoramento Patrimónios de Influência Portuguesa e outras pessoas que tenham interesse pelo tema, de conhecimentos na área do cinema como um medium essencial para a criação e difusão de identidades regionais e nacionais.
Através da análise de filmes de realizadores moçambicanos, angolanos e cabo-verdianos, procuraremos discutir de que modo o cinema e, posteriormente, os media, foram sendo 
apropriados pelos artistas e pelo próprio aparelho estatal daqueles países africanos como um veículo fundamental no processo de consciencialização da população sobre diversas questões, dentre elas, a questão fulcral da identidade e da relação com o espaço circundante.
Neste contexto, colocam-se as questões: De que maneira a experiência do espaço ocidental, transplantado para África aquando das colonizações, altera a maneira de ver o mundo das populações? E de que maneira aquelas sociedades africanas absorveram, transformaram ou rejeitaram o modelo de narrativa ocidental da modernidade?

Acesso limitado a 60 pessoas com inscrições em luciana.msilva@hotmail.com e nuno.darq@gmail.com

Mirian Tavares [http://aim.org.pt/equipa/mirian.html] é Professora Associada da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve. Coordenadora do CIAC, Centro de Investigação em Artes e Comunicação. É diretora do Curso de Mestrado e vice-diretora do Doutoramento em Comunicação, Cultura e Artes. Com formação académica nas Ciências da Comunicação, Semiótica e Estudos Culturais (doutorou-se em Comunicação e Cultura Contemporâneas, na Universidade Federal da Bahia), tem desenvolvido o seu trabalho de investigação e de produção teórica em domínios relacionados com o cinema, a literatura e outras artes, bem como nas áreas de estética fílmica e artística.

11.04.2013 | by martalanca | cinema

Ocupações Temporárias - Documentos

A exposição mostrará o percurso das “ocupações” em Maputo e no Mindelo, trazendo não só os documentos e as imagens do que se passou por lá, mas também obras originais, “réplicas” e algumas obras produzidas especificamente para esta mostra.

A partir das 19 dia 11, são todos benvindos à galeria do Piso 01 do Edifício Sede da Fundação Gulbenkian.

veja mais informação no blog das Ocupações Temporárias 

11.04.2013 | by martalanca | ocupações temporárias

Private Lives, CASCAIS

Exposição Colectiva de Fotografia no Centro Cultural de Cascais. Inauguração 11 de abril  (12 de abril a 26 de maio de 2013)

obras de:  Binelde Hyrcan | Délio Jasse | Kiluanji Kia Henda | Sergio Afonso | Yonamine (Angola); Filipe Branquinho | Mário Macilau | Mauro Pinto (Moçambique); René Tavares (S. Tomé e Principe); João Serra | Mónica de Miranda (Portugal)

10.04.2013 | by franciscabagulho | arte contemporânea

Hetero qb, Museu do Chiado, LISBOA

CURADORIA: Emília Tavares & paula roush

PROGRAMA (até 14 de Abril): Zanele Muholi & Peter Goldsmid (África do Sul). Difficult Love, 2010, vídeo, cor, som, 47’33’’. Cortesia da artista e Stevenson Gallery, Cape Town e Joanesburgo

“Esta programação apresenta um conjunto internacional de obras em vídeo realizadas por mulheres, sobre temáticas que vão desde o feminismo, ao lesbianismo e transgénero. A seleção de trabalhos abrange países e realidades consideradas “periféricas”, em relação ao discurso e prática do feminismo clássico euroamericano, usualmente mais conotado como progressista na defesa da igualdade das mulheres e do género. Sociedades em que as tensões históricas, culturais, sociais, políticas e naturais sobre o género têm sido, nas últimas décadas, disputadas e reivindicadas sob outros moldes, desafiantes da própria história do movimento feminista.

Por outro lado, esta programação revela alguns dos debates mais importantes sobre as questões dos feminismos ou pós-feminismo, assim como todo o âmbito das diversidades queer, desde o lesbianismo, bissexualidade, transsexualidade ou transgénero, que têm sido fundamentais para o esclarecimento e a constituição de uma nova cultura e mentalidade sobre estas realidades.

Um desses debates tem sido o protagonizado por Judith Butler, cuja teorização histórica sobre estas questões veio, recentemente, advogar uma aproximação dos movimentos feministas e transgénero na partilha de uma série de valores, contrariando um latente conflito entres as muitas facções da identidade sexual, a favor duma sociedade que reconfigure as distinções entre vida interior e exterior, evitando as abordagens patológicas da identificação de género cruzada. Para Butler, os termos de designação do género são uma categoria histórica e estão continuamente em processo de remodelação, o que deixa em aberto outras possibilidades para o seu entendimento, já que o “sexo” e a “anatomia” também não escapam às regulações e normativas culturais. O “masculino” e o “feminino” estão permanentemente sujeitos à mudança, cada um desses termos tem histórias sociais que mudam radicalmente segundo as fronteiras geopolíticas e as obrigações culturais.

Outro debate, tem oposto a hegemonia do discurso feminista euroamericano em países e culturas negras, índias, chinesas ou árabes, denunciado as dicotomias inerentes ao discurso feminista “branco” como forma de perpetuar as relações estruturais de poder do sistema capitalista e de identificar uma abordagem ocidental de superioridade sobre o “outro”.

Este é um âmbito de renovação dos discursos feministas que vem permitir novas formas de militância e teorização. Estudos e trabalhos concretos sobre o feminismo negro ou no Islão têm sido precursores de uma nova abordagem heterogénea e descentralizadora do discurso clássico feminista, aproximando-se em muitos dos seus aspectos da realidade dos países do sul da Europa, ao fazer confluir o debate e a prática para zonas de acção que englobam vertentes como o íntimo e o biográfico a cultura popular ou os costumes, em detrimento dum discurso filosófico e teorizante.

Este programa não pretende estabelecer nenhum discurso panfletário sobre as questões de género, mas considera que o enquadramento da heterossexualidade na sociedade contemporânea tem um papel normalizador e regulador duma autoridade patriarcal, permitindo grandes margens de desigualdade no seu exercício. Disso mesmo é exemplo a múltipla abordagem artística que em díspares meios sociais tem sido efectuada nas últimas décadas, utilizando diferentes linguagens para confrontar, denunciar, divulgar ou apenas divagar sobre a complexidade do género e da sua vivência.

O tema constitui ainda um tabu de contornos pouco esclarecidos em diferentes sociedades e por diferentes razões, mas um recente dossier sobre o tema, publicado pela revista Le Magazine Littéraire colocava uma pertinente questão “ devemos ter medo do género ou pelo contrário aproveitar a destabilização que o mesmo coloca às nossas normas de pensamento para transformar/melhorar a nossa sociedade.” O género é também uma doutrina em formação, cujos contornos de debate e investigação têm tido nos últimos anos uma exponenciação relevante, bem como têm interferido de forma fracturante na organização moral, ética e social das sociedades contemporâneas, o que por si só justifica a atenção que o tema nos merece.

A teoria do género tem sido debatida e questionada em vários meios mais científicos e intelectualizados, mas a realidade é que também se instalou no debate público entre interrogação e condenação sobre os novos modelos de vivência da sexualidade, e o seu consequente enquadramento legal e político.”

Emília Tavares (Curadora)

ARTISTAS: Ana Bezelga, Ana Pérez-Quiroga e Patrícia Guerreiro, Ana Pissarra, Carla Cruz, Catarina Saraiva, Célia Domingues, Cristina Regadas, Elisabetta di Sopra, Hong Yane Wang, Itziar Okariz, Joana Bastos, Lilibeth Cuenca Rasmussen, Maimuna Adam, Mare Tralla, Maria Kheirkhah, Maria Lusitano, Mónica de Miranda, Nilbar Güres, Nisrine Boukhari, Oreet Ashery, Patrícia Guerreiro, paula roush & Maria Lusitano, Pushpamala N, Rachel Korman, Razan Akramaw, Rita GT, Roberta Lima, Sükran Moral, Susana Mendes Silva, Tejal Shah, Zanele Muholi.

+ info sobre exposição


10.04.2013 | by franciscabagulho | feminismo, lesbianismo, queer, video art

Afrofuture now! Milano

afrofutureforget what you think you know about africa, the world’s second-largest continent is journeying to new frontiers. come face to face with this inspiring vision as you adventure with la rinascente into an afrofuturist design culture.

Afrofuture now! wednesday 10 april | 18:00 - 19:00 [La Rinascente, na Piazza dell Duomo]

Meet 10 of africa’s thinking elite in non-stop quick-fire presentations that introduce the tech, architectural, artistic, and experimental stories behind the rise of africa. brought to you by inspirational innovators from all over africa, speakers include technologist and social entrepreneur mariéme jamme, architect kunle adeyemi, design indaba founder ravi naidoo, artist cyrus nganga and design director of maker faire africa, jennifer wolfe. hosted by writer and journalist hannah pool.

Afrikea, Il Diavolo - Party In The Afrofuture By paulo moreira + pedro coquenão feat. batida dj set thursday 11 april | 19:00 - 22:00  [La Rinascente, na Piazza dell Duomo]

Lisbon and luanda collaborate on a portuguese-angolan mash-up musical performance for afrofuture. wrapping the whole stage structure in angolan motifs will set the scene pedro coquenão and paulo moreira unleash the party.


10.04.2013 | by franciscabagulho | arquitectura, design, dj