Angolanos que estarão na Bienal de São Paulo propõem nova imagem da África
Uma enorme barragem bloqueia a vista da baía de Luanda. Tratores estão aterrando o mar para alargar uma avenida da cidade. Lufadas de pó vermelho sublinham a cacofonia de britadeiras, guindastes e apitos.
Empreiteiras derrubam o que sobrou da era colonial, esqueletos de prédios e casarões retalhados por décadas de guerra, para erguer uma nova capital angolana. São torres que formam outra paisagem, espécie de Dubai africana, movida a petrodólares.
Nesse cenário, artistas angolanos tentam digerir o passado sem saber imaginar um futuro. Chamam de “afro-futurismo” a estética que surge do descompasso entre o fim das guerras e a reconstrução.
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