No mês de maio, apresentamos dois filmes complementares que nos convidam à reflexão sobre as necessidades e dificuldades das diásporas africanas no final dos anos 60.
09 Maio, 5ª f, 19h15
Bushman
De David Schickele
EUA, fic., 1971, 73’
+ info: https://www.batalhacentrodecinema.pt/program/bushman/
Em 1968, Gabriel, um jovem nigeriano a viver nos Estados Unidos, reflete sobre todas as fricções que acompanharam a década de 60. Viajou para a Califórnia em busca de uma vida melhor, mas diariamente é confrontado com os paradoxos de uma sociedade aparentemente progressista, que esconde o seu racismo estrutural.
Restaurado recentemente em 4K a partir dos negativos originais, o filme foi arquivado durante décadas após a sua estreia.
É considerado um marco da representação negra no cinema americano, especialmente por captar a emergência da contracultura da Costa Oeste da época.
25 Maio, Sábado, 17h15
Mandabi
De Ousmane Sembène
Senegal/França, fic., 1968, 91’
+ info: https://www.batalhacentrodecinema.pt/program/mandabi/
Combinando humor e crítica social, Mandabi acompanha Ibrahima, um homem pobre e desempregado que vive em Dakar.
A sua vida toma um rumo inesperado quando recebe uma ordem de pagamento do sobrinho que trabalha em Paris, destinada a ajudar a família. As tentativas para descontar o cheque tornam-se cada vez mais complicadas devido à burocracia, corrupção e ganância.
Enquanto revela as dificuldades do protagonista no acesso ao dinheiro, esta relíquia do cinema senegalês explora temas como a pobreza, colonialismo e os desafios de uma sociedade em mudança.
Falada principalmente em wolof, Mandabi foi a primeira longa-metragem de sempre realizada numa língua africana.