Lino Damião inaugura “De Lândana Ao Virei”

28 de outubro – 5 de novembro

Inauguração: 28 de outubro, das 18h30 – 21h

Horário: diariamente, das 11h às 00h

Entrada gratuita

“De Lândana ao Virei” inaugura no dia 28 de outubro. Será a última de cinco exposições apresentadas no âmbito das celebrações finais do Espaço.

O artista Angolano Lino Damião inaugura “De Lândana Ao Virei”, no dia 28 de outubro. Esta exposição conta com a curadoria de Lourdes Féria. Depois de ter já participado em diversas exposições individuais e coletivas, dentro e fora de Portugal, e com uma obra representada em várias coleções e dispersa por vários continentes, o artista mostra-nos agora o seu trabalho mais recente. Quanto ao Espaço Espelho D’Água esta será a última exposição que apresenta, chegando ao fim a 5 de novembro.

Lino Damião tem já uma relação de longa data com o Espaço. Aqui, participou em duas exposições coletivas: “Comuting: Os das Bandas”, 2016 e “Lelu Kizua”, 2020, esta última com curadoria de João Silvério e Inês Valle. Apresenta agora “De Lândana Ao Virei”, a sua primeira exposição individual neste local.

Ao visitar esta exposição, entre os dias 28 de outubro e 5 de novembro, poderá observar várias obras do artista, todas dedicadas à pintura abstrata. Para a curadora Lourdes Féria, a exposição distingue-se pelas “desinibidas pinceladas de cor lançadas na superfície dos quadros que sugerem geografias, rapsódias musicais, horizontes abertos, padrões de pensamento, evocando ao mesmo tempo o poder perturbante do silêncio nas paisagens vazias de figuras. Nesta itinerância mental funde-se o real com o imaginário.”

Luandense de nascimento, Lino Damião inspira-se nas memórias ganhas em viagens dispersas que fez entre 2009 e 2017, compondo um mosaico de estadias diversas entre Lândana e Virei, extremos geográficos do seu vasto pais de origem. Apresenta-nos aqui o seu modo muito característico de trabalho, baseando a pintura não apenas nas suas experiências pessoais, mas também no dia-a-dia dos outros. O seu percurso é feito de cruzamentos, entre tintas, telas, pincéis, exposições e concertos de jazz.

25.10.2022 | par Alícia Gaspar | de lândana ao virei, espaço espelho d'agua, exposição, inauguração, Lino Damião

LUANDANDO / Kubanga Kukatula

Exposição de Lino Damião e Nelo Teixeira, com curadoria de Paulo Moreira.

Inauguração 29 Set . 18h - 22h +INFO

Galeria Antecamara, Rua de Cabo Verde 17.

“Kubanga Kukatula” significa “montar e desmontar” em kimbundu, referindo-se à condição de transitoriedade do percurso de vida dos artistas Lino Damião e Nelo Teixeira, ambos ex-moradores do bairro da Chicala, em Luanda.

Seguindo um processo de exploração do arquivo “Observatório da Chicala” e períodos de residência entre Lisboa e Porto, a exposição apresenta um corpo de trabalho sobre a identidade e memória dos artistas.

A exposição é a segunda apresentação pública de um projeto de criação artística e pesquisa, centrado em residências, produção de obras e exposições.

29.09.2021 | par Alícia Gaspar | arte, exposição, Lino Damião, lisboa, Nelo Teixeira, Paulo Moreira, porto

Convite | Inauguração LELU KIZUA: Lino Damião + Nelo Teixeira

Abertura : Quarta-feira, 9 de Junho  |  17:00 - 20:00
Duração : 09.06 – 11.07.2021


A exposição Lelu Kizua decorrerá em Lisboa, no Espaço Espelho D’Água, com inauguração oficial dia 9 de junho e encerramento dia 11 de julho de 2021.
Lelu Kizua com co-curadoria de João Silvério Inês Valle, é a segunda exposição conjunta dos artistas angolanos Lino Damião e Nelo Teixeira em Portugal e tem como mote um diálogo de criações artísticas entre os dois autores que se encontravam ambos em Portugal no início da pandemia em 2020.

Num momento em que a história do Planeta colocou em questão tantos aspetos que considerávamos como garantidos, os artistas encontram nesta encruzilhada, a inspiração para refletir sobre essas mudanças, sobre os desafios e a coragem para encontrar formas de enfrentar as alterações e ultrapassar os obstáculos.

O título da exposição Lelu Kizua pode ser interpretado, numa tradução livre da língua Kimbundu, como uma referência à actualidade, aos dias de hoje, mas sem esquecer as histórias e as estórias recentes que ambos os artistas viveram. Esta relação com o presente não é estribada numa nostalgia do passado, mas numa certa melancolia que se presente por entre as diversas formas, figuras e personagens que as composições pictóricas e tridimensionais convocam. Como uma espécie de folha de diário que guarda as memórias de cada um. No limite, de cada um de nós.

Esta exposição faz parte de uma programação mais alargada, denominada VENTO SUL, que é uma programação cultural desenvolvida pela associação the CERA PROJECT com o Espaço Espelho D’Água e tem o apoio da DGArtes.

08.06.2021 | par Alícia Gaspar | convite, exposição, inauguração, lelu kizua, Lino Damião, Nelo Teixeira

Lino Damião, as paixões da alma

O artista plástico angolano Lino Damião realiza, a partir do dia 23 deste mês, na cidade de Aveiro, em Portugal, uma exposição individual denominada Batidas Coloridas.

Tem um percurso que se mistura com tintas, telas, pincéis, exposições e concertos de jazz. E neste andar pela vida foi-se cruzando com alguns nomes sonantes do universo da Arte na baixa luandense.
Começou no Xicala- uma visão menos turística que a mítica Ilha de Luanda. Quando se preparava para saltar dos calções para as blues-jeans vivia já sintonizado com a Fotografia que o pai Paulino Damião exercia com mestria no Jornal de Angola.
Logo após a Independência de Angola avança para o curso de Desenho, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura, na Escola Experimental “Barracão”, para as bandas do Casuno, Cidade Alta.
Estava dado o primeiro passo. Decide, nessa altura, ser pintor.
A formação continuou pelo ensino médio, pela vida.
Nesta procura permanente de novos horizontes descobriu que os becos têm saídas e outras cores e amplitudes estão – muitas vezes- ao alcance da ambição.
Sempre à volta dos “mais velhos” torna-se frequentador assíduo e amigo dos mestres Viteix e António Ole- referências incontornáveis da Arte em Angola.
Passa muitas longas horas na Galeria Humbihumbi, a catedral das exposições em Luanda nos anos 80, liderada pelo saudoso Tirso Amaral.
Não tenho qualquer receio em afirmar que Lino Damião é actualmente um dos mais empenhados e criativos estilistas da sua geração. Atento aos múltiplos quotidianos vai ao encontro de uma realidade circunstancial, das experiências do dia-a-dia, que testemunha nas suas derivas expressivas com uma subjectividade carregada de afectos em que a intensidade das cores aponta caminhos luminosos e o interior de um sonho.
Nas suas telas as tintas que se ocultam e desocultam umas às outras estão traços e gestos carregados de grande força lúdica, de carácter, muitas vezes dissonantes como o Jazz que ama.
Autor de um processo pictórico forte e carregado das cores vivas de Angola começa a ver engordar o seu currículo existencial e artístico, dentro e fora-de-portas, como no caso vertente.
Este fazer agilizado e cheio de referências telúricas fazem-me desejar viajar pelos seus quadros cheios das paixões do autor.

 

Jerónimo Belo, crítico de Jazz, no País

22.10.2010 | par martalanca | Lino Damião