April 12th-13th, 2011 As estratégias de adaptação humana são largamente guiadas pelo comportamento cognitivo, por saber onde a terra está e como as pessoas interagem com certas partes da paisagem. Esta interacção não é uma acção esporádica ou acidental, mas sim uma acção planeada. Em termos de posse (territorialidade) e conhecimento da paisagem, as pessoas conferem significado à paisagem como uma série de percepções e componentes criadas através da visão, do pensamento e da memória. É através destas percepções sensoriais que nós, arqueólogos, podemos compreender a gramática do comportamento humano.
A paisagem é criada e percepcionada através da mente humana, representa uma gramática ou uma linguagem que pode ser lida como uma série de componentes reconhecidos, como os rios, as ribeiras, vales e escarpas. Estes fenómenos naturalmente criados têm o seu lugar e estão entrincheirados no nosso mundo; reconhecemos, interagimos e respeitamos cada componente, criando no nosso mundo um espaço reconhecível e familiar.
A Arte Rupestre é frequentemente identificada como um marcador paisagístico no estudo das paisagens pré-históricas. No entanto, na maioria das áreas nucleares de arte rupestre mundial, a paisagem não é visualmente representada; não há montanhas, nem rios, nem vegetação delimitada ou horizontes. Apesar disso, no painel é exibida a perspectiva, a proporção e o arranjo espacial entre os motivos abstractos e figuras, como as pessoas e animais, estabelecendo uma narrativa artificial e ordenada. Esta narrativa pode ser adicionada a mais de uma série de eventos de gravuras/pinturas criando uma exibição visual multifacetada onde a paisagem se torna uma série de histórias visuais complexas reproduzidas através do imaginário figurativo.
Neste seminário, os investigadores são convidados a submeter resumos/comunicações que descrevam, discutam e interpretem os painéis de arte rupestre procurando avaliar os componentes e complexidades da paisagem; algo que está reconhecidamente ausente na arte rupestre.
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