De 15 set. a 13 nov. 2022
Galeria MOVART, Lisboa, Rua João Penha 14A, 1250 - 131 Lisboa, Portugal
Apresentando trabalhos fotográficos terminados entre 2010 e 2012, bem como uma série de novas esculturas feitas de fibra de carbono, Time is a Flat Circle, do artista sul-africano David Brits (n. 1987), evoca a batalha de Cuito Cuanavale, uma batalha mecanizada de tanques de grande escala que ocorreu no sul de Angola entre forças angolanas, cubanas, e sul-africanas, entre 1987 e 1988.
Tomando como ponto de partida um arquivo de imagens publicadas nas redes sociais de grupos de exrecrutas sul-africanos, muitos dos quais lutaram na batalha sul-africana conhecida como “Border War” na Namíbia e no Sul de Angola dos anos 1960 aos anos 1980, o artista intervém sobre as mesmas através do ato de rasura, raspar e apagar, incorporando assim as complexidades de trabalhar com a sua própria masculinidade e a história herdada de uma África do Sul pós-apartheid.
Acompanhada de esculturas que têm como principal arquétipo o “Oroboro”, uma palavra grega que descreve o símbolo da cobra a devorar/consumir a própria cauda, a exposição gera uma imagem cuja lógica se refuta e que, de alguma forma, suspende o tempo.
BIO
Nascido em 1987, David Brits formou-se na Escola Michaelis de Belas Artes (Pintura) na Universidade da Cidade do Cabo em 2010, É um artista premiado cuja prática experimental é dedicada a investigações no âmbito da escultura à escala pública. Igualmente impulsionado pela exploração de materiais e investigação arquivística, a prática de Brits abrange a instalação, a impressão, o desenho e o filme.
As principais comissões de escultura pública recentes incluem a Fundação Desmond Tutu HIV, o Spier Arts Trust e a Iziko South African National Gallery. Brits foi vencedor do Prémio de Artes de Impacto Social inaugural da Fundação Rupert, e o galardoado com o Prémio Barbara Fairhead para a Responsabilidade Social na Arte.