Lázaro Ramos entrevista Carlos Moore
O escritor cubano radicado na Bahia, Carlos Moore, será o entrevistado da próxima semana no Programa Espelho do Canal Brasil. Apresentado pelo ator e diretor Lázaro Ramos, o programa faz perfis de personalidades da cultura negra e aborda temas sociais e históricos. Na entrevista - que vai ao ar em duas partes - nos dias 18 e 25 de Abril, às 21h30, serão abordados temas como a vida e obra do cantor nigeriano Fela Kuti (da qual Carlos Moore é o biógrafo oficial); a sua relação com o líder negro Malcom X; o racismo na sociedade cubana; as lutas do panafricanismo, o racismo no Brasil, entre outros assuntos. O programa vai ao ar também em horários alternativos: terça – 19 e 26 de abril - às 16h e sábado – 23 e 30 de abril - às 12h30.
Quem é Carlos Moore:
Doutor em Ciências Humanas (Universidade de Paris-7, França), 1983 e Doutor em Etnologia (Universidade de Paris–7, França), 1979. Nasceu e cresceu em Cuba, filho de pais jamaicanos, possuindo ambas as cidadanias. Recebeu uma formação interdisciplinar (Etnologia, Sociologia, História, Antropologia) na Universidade de Paris-7 (França), na qual ele obteve dois Ph.Ds, inclusive o prestigiado Doutorado de Estado. Morou e trabalhou na Europa por quinze anos (França), na África por oito anos (Egito, Nigéria e Senegal), no Caribe por dezoito (Trinidad-Tobago, Guadalupe, Martinica), e viajou intensamente pelo sudeste da Ásia (Filipinas, Austrália, Ilhas Fidji, Papua Nova Guiné, Indonésia) em projetos de pesquisa, tendo agora fixado residência permanente no Brasil. Fluente em quatro línguas (francês, inglês, espanhol e português), Moore Wedderburn possui expertise em assuntos internacionais e o impacto que questões de raça, etnia e gênero exercem sobre a sociedade.
Ele foi Consultor Pessoal em Assuntos Latino-Americanos do Dr. Edwin Carrington, Secretário Geral da Organização da Comunidade do Caribe (CARICOM), de 1966 a 2000, e do Dr. Edem Kodjo, Secretário Geral da União Africana (UA), de 1982 a 1983. De 1966 a 2002, foi professor titular de relações internacionais no Instituto de Relações Internacionais da Universidade do Caribe (UWI), à Trinidade-Tobago. Sua carreira como acadêmico e pesquisador, de 1984 a 2000, incluiu cargos como Professor Visitante na Universidade Internacional da Flórida (EUA), Universidade do Caribe (Trinidad-Tobago), e Universidade do Caribe Frânces (Martinica e Guadalupe). Foi Assessor de Pesquisa do Professor Robert Jaulin, diretor da faculdade de sociologia/antropologia/etnologia/religião, Universidade de Paris-7 (França), de 1980 a 1984, e assistente pessoal do professor Cheikh Anta Diop, de 1975 a 1980, em Dakar, Senegal.
Entre 1970 e 1982 Moore Wedenburn seguiu carreira em jornalismo, como analista de assuntos latino-americanos na Agência France-Presse (França), e analista em assuntos da África Ocidental para a Jeune Afrique (França). É autor de mais de cinqüenta e cinco artigos publicados sobre questões internacionais. Tem os seguintes livros publicados: African Presence in the Americas (Trenton NJ: Africa World Press, 1995), redator principal; Castro, the Blacks, and Africa (Los Angeles, CA: CAAS/UCLA, 1989); This Bitch of a Life (London: Allison e Busby); Cette Putain de Vie (Paris: Karthala, 1982); Were Marx and Engels Racists? (Chicago: IPE, 1972), dentre outras publicações. No Brasil, o escritor publicou os livros ‘Racismo e Sociedade” (Mazza Edições) e “A África que incomoda” pela editora Nandyala.
Em 2010, a equipe do Instituto Mídia Étnica viajou com o professor Carlos Moore para o continente africano para gravar o piloto da série Panáfricas. Na oportunidade, foram visitados os seguintes países: Nigéria, Gana e África do Sul.
Leia entrevista do professor Nelson Maca com Carlos no site OverMundo:
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