Antiga metrópole do Império colonial português, Lisboa conserva as marcas no espaço, na cultura e nas relações sociais dos séculos de (des)encontros e embates com o(s) Outro(s) colonizado(s). Dispositivo para veicular, também através do espaço, a ideologia e as hierarquias coloniais, a capital portuguesa tem sido também palco de reinvenções das diferentes diásporas, africanas e não apenas, das práticas de inscrição na cidade, através de manifestações literárias e culturais, das experiências desterritorializadas e dos processos políticos e afetivos de reterritorialização.
O Seminário Permanente do projeto Lisboa, Cidade Afro-Atlântica (2021.02226.CEECIND), sediado no CEComp/FLUL, pretende estimular diálogos de caráter interdisciplinar e em perspectiva diacrónica, sobre as formas de ler, escrever e viver um espaço urbano historicamente moldado também pela presença africana e pelas relações conflituais com África. Igualmente, as sessões do Seminário Permanente propõem-se como momentos de reflexão sobre as persistências das estratégias e das hierarquias de poder que plasmaram a modernidade colonial atlântica, na contemporaneidade urbana.
A primeira sessão contará com a participação de Evalina Gomes Dias, da DJASS – Associação de Afrodescendentes, de José Lino Neves, da Associação Cultural e Juvenil Batoto Yeto e com a mediação da Profa. Inocência Mata (CEComp/FLUL).
Data e Hora: 05/05/2023, 18h/19h30 Local: Faculdade de Letras U. Lisboa, Sala B112.B Organização: Inocência Mata e Luca Fazzini; Grupo: LOCUS; Subgrupo: Viagem e Utopia
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