Teatro Maria Matos
qua 5 sex 7 e dom 9 dezembro
qua 12 sex 14 e dom 16 dezembro
qua e sex 21h30 dom 18h00
Sala Principal
15€ / Descontos ciclo teatro|música (ver descontos aqui)
A Africana é o segundo projeto da companhia de teatro Cão Solteiro em parceria com o artista plástico Vasco Araújo. Estrearam no Teatro Maria Matos, em 2010, APortugueza, uma masterclass de canto tendo como objeto de análise o Hino Nacional.
“A: Cheguei ao país maravilhoso. Ao desconhecido. Não estou em mim. Estou do outro lado. Sou a invenção do mundo. Sou um Grande Ó. Regressei ao paraíso. O tempo é redondo como a terra. O princípio é igual ao fim. Sou Adão e Eva e descobri o que já foi descoberto. Sou a globalização. Sou a heterogeneidade. E a imortalidade. Olho em volta e é tudo tão… é tudo tão… é tão… é tão… é tão… diferente, exato, é essa a palavra: diferente.“
Neste espetáculo, tomam-se a música de L’Africaine de Meyerbeer e o libreto de Scribe, onde Vasco da Gama, navegador e descobridor, ambiciona um “país maravilhoso”. Partimos desta vontade para passar pelo inesgotável discurso da alteridade e do estrangeiro, pretextos para uma rescrita a pensar nas possibilidades de tais palavras nos tempos de hoje. Prossegue-se desta forma uma linha de trabalho que se centra no cruzamento da linguagem teatral com a linguagem musical e o canto.
autoria do projeto Cão Solteiro & Vasco Araújo texto original a partir do libreto José Maria Vieira Mendesadaptação, musica original e direção Nicholas McNair figurinos Mariana Sá Nogueira luz Daniel Worm cabelos e maquilhagem Sano de Perpessac mestra de costura Teresa Louro costureiras Maria José Baptista e Palmira Abranches assistentes de figurinos Catarina Soares e Miguel Morazzo produção e fotografia Joana Dilão atoresBernardo Rocha, Luís Magalhães, Noëlle Georg, Patrícia da Silva, Paula Sá Nogueira e Paulo Lages solistas Marina Pacheco, Sónia Alcobaça e Vasco Araújo coro gulbenkian Afonso Moreira, Ana Urbano, Anna Kássia, Bruno Almeida, Fátima Nunes, Jaime Bacharel, Laura Lopes, Luís Pereira, Mariana Russo, Nuno Fidalgo, Pedro Cachado, Rita Marques, Rita Tavares, Rui Aleixo, Tiago Oliveira e Verónica Silva preparação do coro Clara Coelho ensemble do estúdio de ópera da ESML Catarina Távora (violoncelo) João Carvalheiro (clarinete) e Tatiana Rosa (flauta) coprodução Cão Solteiro, Maria Matos Teatro Municipal e Fundação Calouste Gulbenkian agradecimentos André e. Teodósio, André Godinho, Benjamim Araújo, Celeste Patarra, Culturgest, João Brandão, Jochen Pasternacki, Lúcia Lemos, Maria Ana Bernauer . Maria do Céu Araújo . Miguel Vale de Almeida . Nuno Lopes . Paulo Carcavelos
Cão Solteiro é uma casa que habita o lugar interior de uma loja e várias cabeças. Há dez anos que é um lugar de permanência e retorno onde respiram algumas pessoas. Nesta casa fabricam-se ideias, futuros, objectos bonitos, objectos feios, frases, figuras, situações, outras casas imaginadas, segredos públicos, mapas pessoais, espelhos, lentes, lápis, linhas com que nos cosemos, nós cegos, saídas de emergência, dívidas, problemas. Cão solteiro é essencial na sua absoluta inutilidade pública. We Are Not Amused. E no entanto sorrimos perante a possibilidade de falhar para poder continuar. Cão Solteiro é um casaco que se veste e com que se atravessa o inverno.
Criações: Marie & Bruce (1997), Aguantar (1999), Furiosa Tempestade (2001), Tás senti ton pensier avancer um pas dans le silence? (2001), O Alfinete do Anestesista (2001), Pano de Muro (2002),Histórias Misóginas (2002), I . Sobre a Luz (2003), II . Obscuridade (2003), Nocturno Delirante (2004),Sobre a Mesa a Faca (2005), Vistas da Cidade (2005), Casa Cena (2006), Drama (2006), Michaux(2006), Cha Cha Cha (2006), A Carta Roubada (2007), 3 (2007), Strange Fruit (2008), Aqui Também(2008), ManPower (2008), Tink (2009), A Portugueza (2010).
+ info caosolteiro.blogspot.pt/
Vasco Araújo, nasceu em Lisboa, em 1975, cidade onde vive e trabalha. Em 1999 concluiu a licenciatura em Escultura pela FBAUL., entre 1999 e 2000 frequentou o Curso Avançado de Artes Plásticas da Maumaus em Lisboa. Desde então, tem participado em diversas exposições individuais e coletivas tanto nacional como internacionalmente, integrando ainda programas de residências, como Récollets (2005), Paris; Core Program (2003/04), Houston. Em 2003 recebeu o Prémio EDP Novos Artistas.
Das exposições individuais destacam-se Eco Jeu de Paume, Paris (2008); Vasco Araújo: Per-Versions, the Boston Center for the Arts, Boston (2008); About being Different (2007), BALTIC Centre for Contemporary Art, U.K.; Pathos (2006), Domus Artium 2002, Salamanca; Dilemma (2005),S.M.A.K., Gent; L’inceste (2005), Museu do Azulejo Lisboa; The Girl of the Golden West (2005), The Suburban, Chicago; Dilema (2004), Museu de Serralves, Porto; Sabine/Brunilde (2003), SNBA, Lisboa.
Nas exposições coletivas destaque para a participação na Artes Mundi, Wales Internacional Visual Art Exhibition and Prize, National Museum Cardiff, Cardiff (2008); Kara Walker and Vasco Araújo: Reconstruction, Museum of Fine Arts, Houston, (2007); Drei Farben – Blau, XIII Rohkunstbau, Grobleuthen (2006); Experience of Art; La Biennale di Venezia. 51th International Exhibition of Art, Veneza; Dialectics of Hope, 1st Moscow Biennale of Contemporary Art, Moscovo, (ambas em 2005); Solo (For Two Voices), CCS, Bard College (2002), Nova Iorque; The World Maybe Fantastic Biennale of Sydney (2002), Sydney; Trans Sexual Express, Barcelona 2001, a classic for the Third millennium (2001), Centre d’Art Santa Mònica, Barcelona
O seu trabalho está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias coleções, públicas e privadas, como Centre Pompidou, Musée d’Art Modern (França); Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal); Fundación Centro Ordóñez-Falcón de Fotografía – COFF (Espanha); Museo Nacional Reina Sofia, Centro de Arte (Espanha); Fundação de Serralves (Portugal); Museum of Fine Arts Houston (EUA).