A expressão de uma alma que traduz o mais puro sentimento da tradição musical cabo-verdiana, na força de uma voz que emerge!
ZÉ LUIS, o cantor de forte carisma, voz quente e cativante, só agora, na faixa dos 60 anos, surge com um primeiro disco, intitulado SERENATA, depois de algumas décadas a cantar na informalidade das noites musicais em Cabo Verde.
Nasceu na cidade da Praia em 1953. Deve à mãe, que sempre cantara durante os afazeres domésticos, o gosto pela música e pela cozinha – foi quem lhe transmitiu e ensinou ambas as paixões. Guarda na memória, como relíquia, para além das mornas, letras de fados que sua mãe aprendera na juventude.
A morna, onde Zé Luis se encontra e reconhece como cabo-verdiano e como artista, lamento romântico que tem tanto de melancolia, quanto de sensualidade, está umbilicalmente associada à própria identidade cabo-verdiana, à sua alma, ao sentimento de todo um povo!
Aos oito anos, Zé Luis emigra com a família para a Ilha do Príncipe, no arquipélago de S. Tomé e Príncipe, à época, colónia portuguesa, onde viviam muitos conterrâneos. Na altura, um grande fluxo migratório levava trabalhadores de Cabo Verde para o cultivo agrícola naquelas ilhas. Para além do trabalho, havia o natural convívio, em que a música, para matar a sodade, era um ingrediente indispensável!
Ao regressar já quase adulto à sua terra, rapidamente se inseriu nas actividades musicais, cantando em serenatas, participando em concursos, actuando em sessões culturais a convite de entidades várias. Sempre que era necessário encantar com os sons de Cabo Verde e uma voz sedutora, lá estava ele, que, contudo, sempre viveu da profissão de marceneiro.
A música, essa paixão sempre presente, ia ficando para os tempos livres. Agora, eleva-a a lugar central na sua vida, ao emergir para um público bem maior que o da sua cidade, pela força de uma voz que não podia ficar como privilégio de tão poucos…
“Quando ouvi Zé Luís pela primeira vez, nunca tinha ouvido falar nele. Mas a verdade é que para nos apaixonarmos por uma voz, não precisamos de saber a quem ela pertence, porque o coração é o mais certeiro dos órgãos humanos: sabe distinguir instintivamente o bem do mal, o bom do mau e o feio do bonito. E não há, aos meus olhos, maior inteligência do que esta.
Porque assim penso, para falar de Zé Luís, e do seu maravilhoso disco de estreia, não é preciso, nem convém, usar palavras caras e conceitos muito elaborados. Aqui, tudo é como tudo devia ser: simples e belo, profundo e cativante. Os músicos não sabem tocar senão as cordas mais sensíveis e quanto ao cantor basta dizer há muito que não ouvia um timbre tão bonito e uma forma de cantar tão espontânea e justa. Ouve-se e não se acredita: esta voz, impregnada de melancolia e sensualidade, que canta essencialmente a saudade, o amor e a amizade, é a de um senhor à beira dos 60 anos que até agora só cantava para amigos e familiares.
Recentemente, este desconhecido, marceneiro de profissão, deslumbrou, quase sem querer, uma plateia internacional de profissionais da música, com uma tocatina informal à margem de um festival de música. O assombro na plateia foi de tal ordem que logo surgiu o convite para gravar um disco e a possibilidade, entretanto concretizada, de uma digressão pela Europa. Ou seja, Zé Luís está a viver um sonho que bem o pode levar a ocupar, muito em breve, um trono há muito vazio: o de «rei» da serenata cabo-verdiana.” Jorge Lima Alves
Agenda de concertos em pela Europa: 02 Maio – “Viva a Música” (Antena 1) Teatro da Luz - Lisboa / Portugal (16h00) 02 Maio – Fnac Chiado - Lisboa/Portugal (19h00) 08 Maio – Jazz Sous Les Pommiers - Coutances/França 14 Maio – Studio l’Ermitage - Paris/França 18 Maio – Festival des Joutes Musicales - Correns/França 19 Maio – Festival Musiques Métisses - Angoulême/França 23 Maio – Fnac Colombo - Lisboa/Portugal (19h00) 24 Maio – B.Leza - Lisboa/Portugal (22h00) 31 Maio – Festival Tempos du Monde - St Paul les Dax/França 27 Setembro – Festival International de Besançon - Besançon/França 14 Outubro – Théâtre de la Ville - Paris/França
O músico cabo-verdiano, Tcheka, tem concerto agendado no Centro Cultural de Cascais, no dia 12 de Janeiro. O concerto é promovido pela Fundação Antigo Liceu Gil Eanes de Cabo Verde.
Os bilhetes poderão ser adquiridos via email para gileanista.cv@gmail.com, e pagos através de transferência bancária para a conta da Fundação, NIB: 00350373000108451302, até Quinta-feira, 10 de Janeiro. O talão da transferência bancária servirá como comprovativo de aquisição, e deverá ser apresentado à entrada do Centro Cultural de Cascais no dia do evento para conversão em bilhetes.
Nancy Vieira elege a mais tradicional música de Cabo-Verde como base do seu caminho musical. Apresenta um repertório repleto da identidade que a cantora, desde sempre, ofereceu aos seus apreciadores, onde mostra o lado tradicional da música tradicional cabo-verdiana. Mergulha nas raízes da morna, cruzando os sons do arquipélago, com as influências que diretamente lhes estão ligadas. São as evidências históricas de um território que nasceu do fundo do mar, num ponto estratégico, com uma imensa fronteira atlântica.
Membro da chamada Geração Pantera, Princezito é um dos responsáveis pelas novas leituras das tradições musicais de Cabo Verde. Para além de compositor e intérprete, Princezito é investigador e conhecedor profundo das manifestações culturais mais genuínas da ilha de Santiago - como o batuco e o finaçon - e tem revitalizado géneros musicais tradicionais através das suas composições, cantadas entre outros, por Mayra Andrade, Lura e Nancy Vieira. De passagem por Lisboa, Princezito visita o Café Tati nesta 3ª feira para partilhar a sua música connosco.
Conhecido como Tcheka, Manuel Lopes Andrade, autor, compositor e intérprete de toda a sua obra, está de regresso em tournée do seu quarto disco “Dor de Mar”.
De passagem por Lisboa, entre os concertos na Europa no final de Maio, e a sua actuação no Festival Rio Loco em Toulouse, a voz e guitarra de Tcheka ecoarão no simbólico B.leza no dia 01 de Junho pelas 22h30.
A sua voz revela plenamente a versatilidade que a caracteriza, com a facilidade desconcertante de passar em segundos de uma entoação melancólica para um registo de sentimento de alegria.
Pleno de energia e iluminado de talento, Tcheka impõe-se actualmente como um dos grandes nomes da música cabo-verdiana.
Maio 2012 25 – Alemanha | Wurzburg | Afrika Festival 26 – Holanda | Nijmegen | Music Meeting Festival 27 – França | Angoulême | Festival Musiques Métisses 29 – Polónia | Varsóvia | Festival Siesta W Studio Junho 2012 01 – Portugal | Lisboa | B.Leza 14 – França | Toulouse | Festival Rio Loco
Gosto de falar de sensações, daquelas que nos provocam quando ouvimos uma música ou uma voz. E esta sensação que te quero falar é das boas. Muita boas… Pois bem, a banda “Bilan” (liderada pelo músico com o mesmo nome) é daquelas “novas novidades” que só não te conquista porque ainda não os ouviste. Bilan partiu de Mindelo no ano 2000 rumo à Portugal. Seus primeiros passos na música ainda adolescente foram através do rock, mas também ensaiou o bossa-nova e o blues, mas agora estará talvez a experimentar um estilo novo e próprio com as suas composições originais e escritas em crioulo.
Sem querer estar a colar o vocalista dos “Bilan” a nenhum outro artista, pode-se notar ao ouvir esta música de apresentação um pouco da descontração do jazz de Carmen Sousa, o groove alternativo do eterno Biús, tudo isso misturado com a boa vibração do Gilberto Gil para criar uma identidade própria. Este quarteto liderado por Bilan tem tudo para dar certo e já conquistou o daivarela como mais um fã deles. Espero poder ter o prazer de os ver tocar ao vivo um desses dias aqui em Cabo Verde. O primeiro EP Ar/Água de Bilan que contém cinco músicas foi assim descrito pela conceituada revista “Soundproof” (Canadá) desta forma: “Ar/Água é a melhor introdução ao Bilan que se poderia desejar (…) Ao vivo a banda está solta, inspirada e pronta para fazer as músicas tomarem diferentes direcções…”
Infelizmente ainda não vi o trabalho do Bilan nas lojas da de música por onde andei mas se quiser ouvir, basta um clique aqui ou visitar a página no MySpace.
Poesia: NHEZ e Banda Jango (poesia tradicional a mistura com música)
HipHop: Tira-Teimas (recital de letras de conteúdo RAP num fundo acústico, guitarra)
Música: Sambo I Nkossi (música tipicamente tradicional, com toques e retoques de jazz)
+ Open Mic (cheguem cedo)
… Uma sugestão para os que se atraem pelo sensível e suave, para o que se descobre e para os que descobrem suas convicções em ritmos sinfónicos e harmónicos que o ACUSTICAmente propõe.
Estão todos convidados!
05/04/2012 café-bar Gil Vicente 18H30 100mts
Produção Associação Cultural NkaringanArte Bambu produções
Nasceu na ilha de S. Vicente, em 1989, filho do célebre instrumentista Baú. Inicia-se precocemente na música aos 6 anos de idade e em 2007 participou num curso de iniciação de guitarra com a mestre Júlia Cavicchioni.Aos 16 já acompanhava músicos como Biús, Gabriela Mendes, Dudú Araújo, em vários festivais de música. Chegou a Lisboa em 2011 e já tocou com Tito Paris, Toy Vieira, Humberto Ramos, Armando Tito, Nancy Vieira. participou recentemente no álbum do Rui Veloso (“A espuma das canções”). É um virtuoso da guitarra e deixa deslumbrados todos que o ouvem.
Stephan Almeida (Guitarra/Cavaquinho)
Adérito Pontes (Guitarra)
Djudjuty Alves (Cavaquinho)
Nir Paris (Bateria)
convidadas: Janice, Catarina e Érica.
Nasceu na ilha de S. Vicente, em 1989, filho do célebre instrumentista Baú. Inicia-se precocemente na música aos 6 anos de idade e em 2007 participou num curso de iniciação de guitarra com a mestre Júlia Cavicchioni.
Aos 16 já acompanhava músicos como Biús, Gabriela Mendes, Dudú Araújo, em vários festivais de música. Chegou a Lisboa em 2011 e já tocou com Tito Paris, Toy Vieira, Humberto Ramos, Armando Tito, Nancy Vieira. participou recentemente no álbum do Rui Veloso (“A espuma das canções”). É um virtuoso da guitarra e deixa deslumbrados todos que o ouvem.
Natural da Ilha da Boa Vista Cabo Verde, Celina Pereira seguiu com a sua família para a ilha de S. Vicente com seis anos. Da sua família herdou a veia artística. O seu avô paterno, pai de 17 filhos e padre católico, era filólogo, poeta, músico e pintor. Um homem que soube transmitir a sua enorme sabedoria e talento aos seus filhos. Da mãe, Celina recorda o enorme apego à família, o carinho extremo com que tratava os que lhe eram queridos e a sua constante necessidade de agradar. Fala-nos do “Pudim de Queijo” que sempre esperava quem aparecia. E das mornas de Eugénio Tavares, que cantava ininterruptamente. E fados. O pai tinha sempre a telefonia ligada na BBC ou na Emissora Nacional. A mãe cantava sobre a voz de Amália.
Quinteto oriundo de Cabo Verde, interpreta temas tradicionais nas vozes de Djoy Abu Raya e Celso Évora - Mr C. Dia 5 de Agosto, a partir das 23.00H. R. dos Caetanos, 26 A – Bairro Alto
Quero felicitar ao meu amigo Zéquinha Magra por este studio come back com o seu CD IMPRESSON. Magra - mais conhecido do grande público pela sua excelente prestação como elemento pioneiro dos Bulimundo - testemunho dos hits - Febri Funaná, Dimingo Denxo, Mundo Ka Bu Kaba, Partida (…). O dinâmico Magra que também ajudou a fundar os Finason, Raízes, Creole Jazz e outras formações cuja alcunha, por ora me escapa. Guitarrista versátil, músico inquieto e artista preocupado com a forma, a beleza e os caminhos que a música CV, vai (foi) trilhando.
Lembro-me com gratidão que, antes da invenção do youtube, Magra não me deixara esquecer as rotas que vão de Django a Djirga. O registo de IMPRESSON vem resgatar algumas atmosferas enunciadas e impressas na demo k7 do belíssimo Minimal Eko de 1988, que tão preciosimente guardei estes anos todos. Um detalhe - gostei muito da saída do casulo do Calú Gonçalves - os meus parabéns por ter armado o kit para outras vassouradas. Um grande abraço pela genorisidade e o talento do meu amigo Magra. - Façam favor de comprar, oferecer (nesta quadra natalícia) e escutar e divulgar o CD IMPRESSON. - KI BALI !!!
Hernani Almeida, insere-se no contexto de músicos cabo-verdianos com educação musical formal. Faz um som de primeiríssima linha. Veja/ouça este brilhante guitarrista caboverdiano:
Hernani ALMEIDA was born on April 7th 1978 in São Vicente Island, Cape Verde Islands. He starts his musical activity at the age of 7 with a little keyboard that he replaces at the age of 14 by a guitar, instrument that remains his favourite till nowadays. In 1994, he formed his first rock band « WHAT », immediately catching the attention of the main capeverdean artists. After an invitation of Gerard MENDES (Boy G.), he starts playing traditional music, in a European tour. Since, he started playing with the big names of the capeverdean music, BAU, SARA TAVARES, TCHEKA, MAYRA ANDRADE In 1997 he joins the BAU formation (CESARIA EVORA’s guitarist) to record two albums, and sign a few compositions. Between 2000 and 2004, he learns classical music and jazz in the Conservatory of Music of Porto, in Portugal. In 2004, he works again with TCHEKA in the album NU MONDA, where he was the musical director. This album is REWARDED with the prize “DÉCOUVERTES RFI (International France Radio) musique du monde”. In 2005 he’s named “best guitarist” and, in 2006, “best artist” of the national prize NÔS MÚSICA, awards given annually to recognize the best capeverdean artists. Finally, at the age of 28, he decides to record his first solo album, called AFRONAMIM. Meanwhile he pursued with his career, namely being producer and [arrangeur musical]. . AFRONAMIM For his first solo cd, called AfronamiM, Hernani encircled itself with a private trio, constituted by the musicians who habitually play with Cesaria EVORA, to record ten instrumental songs, influenced by diferent musical currents, afro and jazz, nourished by a certain creole soul and by traditional rhythms as Morna, Coladeira and Funaná. A spellbinding album which proves us, the already big adulthood of this artist. Hernani Almeida, talented guitarist, instills a breath of fresh air in the capeverdean music. Dominique ROBELIN « (…) Hernani, is in my point of view the hope of the cape verdean music, because of his natural inspiration and his desire to raise the music by a certain discipline ». Paulino VIEIRA ARTIST BIOGRAPHY AS Musical Director, Studios, Concerts & Tours, • 1997 - Dany Mariano, Boy G. Mendes, Bau, Voginha e Herminia • 1999 * 2000 - Bau ( Blimundo, Harmonia); • 2001- MAYRA ANDRADE, SARA TAVARES; • 2002- Dulce Matias (Mel d’cana, Atlantic Production); BAU (Silencio, Harmonia) Dudu Araujo (Pidrinha, RB records); Tcheka (Argui, Lusafrica, Harmonia); • 2003 - Homero Fonseca; • 2004 - TCHEKA (Nu Monda, Lusafrica, Harmonia Mundi) Prémio Descobertas RFI; • 2005 - Swagato with Olinôs (Global Music); Gabriela Mendes (Tradição, Casa da Morna); • 2006 - Dudu Araujo (Nôs Cantador, RB Records); Tour with Tcheka (Europe e África); • 2007 - Tour with Tcheka (United States and Europe); Toon Switch; Banda sonora do DVD de WANDERLEY Silva (Boxe Pride); PRINCEZITO (Direcção musical); TCHEKA e LENINE, recording in Brazil for the album LONGI; VADU (Dixi Rubera) Musical director; • 2008 - ISA PEREIRA (Musical director); HABIB KOITÉ Concert (Alliance Française from Mindelo); recording with FRÉDÉRIC GALLIANO