Vanessa Ribeiro Rodrigues
Porto (1981). Realizadora, escritora, jornalista, investigadora e professora universitária. Viveu em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Jordânia e desenvolve projetos em Moçambique.
Tem trabalhado como realizadora, argumentista e pesquisadora em cinema documental. E.g.: Remember Us sobre refugiados Palestinianos, na Jordânia (72’, 2013,); (Porto); ”Chamada à mesa” (10’. 2016), sobre a Inquisição em Portugal; e Baptismo de Terra (2017), longa-metragem documental independente, sobre a emigração portuguesa no Rio de Janeiro, que realizou e produziu. O filme foi premiado, nomeadamente, com menção especial de TV, no Festival de Cinema de Avanca (2017); prémio de melhor realizadora (2018) da European Cinematography Awards, prémio de melhor cinematografia no Hollywood Women’s Film Festival, em Los Angeles, EUA (2019), para onde viajou com uma bolsa de mobilidade artística da Fundação Calouste Gulbenkian.
No Jornalismo é freelancer, foi correspondente da rádio TSF e DN, no Brasil, e tem trabalhos assinados na Visão, Público, Sol, jornal i, Expresso, Evasões, Volta ao Mundo, Notícias Magazine, Notícias Sábado, Porto24, Folha de São Paulo, Cosecha Roja e jornal de Angola (Líbero, suplemento cultural).
Mestre em Jornalismo pela Universidade do Minho, é Doutoranda em Estudos em Comunicação para o Desenvolvimento na Univ. Lusófona do Porto. Especializou-se em Realização e Guião para Cinema Documental pela Academia Internacional de Cinema de São Paulo, na EICTV - Escuela Internacional de Cine y TV (San António de Los Baños, Cuba) e no Museu da Imagem e do Som (São Paulo). Tem ainda formação em documentário etnográfico interativo (Antropologia Visual, ISCTE 2011), cinema multimédia pela Associação Filhos de Lumiére (Porto 2001, Capital Europeia da Cultura) e Seminário de Realização (DocLisboa, 2019). Em 2011, foi bolseira da Fundação Luso-Americana do Programa José Rodrigues Miguéis, The Elements of Journalism, do Committee of Concerned Journalists, Washington DC, EUA.
Entre 2018-2019 foi coordenadora, investigadora e fotógrafa do projeto “Futuros Criativos” em Moçambique (ACEP/Instituto Camões), sobre a nova geração artística no país. Em 2018, além de membro do júri no Fest Films - Festival do Audiovisual Luso-Afro-Brasileiro (Brasil), foi também júri do prestigiado prémio de Jornalismo Gabriel Garcia Marquez (Fundación de Nuevo Periodismo, Colômbia) e do prémio internacional de Poesia Africana, Tchicaya U Tam’si (Fundação Assilah, Marrocos).
Em 2017, foi selecionada para bolsa de criação jornalística da Fundação Calouste Gulbenkian e ACEP, com um projeto individual de perfis sobre a nova geração artística e ativista em Moçambique. Em 2015 recebeu uma Menção Honrosa do prémio UNESCO - Jornalismo, Integração e Direitos Humanos pelo áudio-documentário “Palestina, diários de um lugar incerto” (TSF). Em 2010, o trabalho fotográfico sobre os Trabalhadores Rurais Sem Terra, no Pará, Brasil, foi distinguido no Black&White - Festival de Cinema Audiovisual da Univ. Católica do Porto. Em 2008, trabalhou como fotógrafa (still photography) na produtora DGT Filmes (São Paulo) no documentário “Povo Lindo, Povo Inteligente” sobre o sarau literário Cooperifa, no Capão Redondo, em São Paulo.
Na literatura, é autora do livro “Ala Feminina” (Edições Desassossego, 2018) sobre mulheres na prisão (Brasil e Portugal), do livro de prosa lírica, poesia e fotografia da sua autoria “O Barulho do Tempo”(Bairro dos Livros, 2013). Na antologia “Desassossego”(2014, Mombak) da Revista Pessoa (Brasil), assina o conto “O Baú de Schultz”. Em 2014 foi distinguida no prémio literário OFF Flip, Paraty, Brasil, com o conto “Nó Górdio, o dia em que enganamos a morte” (2013).
É ainda co-fundadora do projeto de documentários coletivos Citadocs, sobre moradores das ilhas do Porto, fundado no âmbito do Festival Future Places (Porto), em parceria com a Universidade do Porto e a Universidade de Austin, Texas. Faz parte da cooperativa de criação multimédia Bagabaga Studios.