O que se passa na arte contemporânea Angolana?
A 6ª edição do Fuckin’Globo questiona e inicia o debate de 19 até ao dia 26 de Março, no Hotel Globo, na baixa de Luanda. Afinal, o que se passa na arte contemporânea Angolana? (What about Angolan Contemporary Art?)
Sob este ponto de partida, ainda longe de respostas prontas, 18 artistas questionam, pensam, interpretam e registam nas suas produções artísticas e culturais da contemporaneidade, nesta plataforma irreverente, independente, autónoma e intelectual que é o Fuckin’ Globo.
Com o maior número de artistas de sempre, esta edição conta com:
Toy Boy, Kiluanji Kia Henda, Thó Simões, Lola Keyezua, Orlando Sérgio, Daniela Vieitas, Ery e Evan Claver, Mwamby Wassaby, Indira Grandê, Verkron, Mussunda Nzombo, Kapela, Iris Buchholz Chocolate, Yola Balanga, Flávio Cardoso, Rui Magalhães e Pedro Pires.
Além da curadoria de Adriano Mixinge e Tila Likunzi, a Casa Rede vai participar pela primeira vez com um programa de intervenção artística no pátio interior do hotel.
O “Fuckin’ Globo 2020 promete desafiar novamente as fronteiras dos seus espaços de linguagem visual e plástica, destacando novas vozes e outras perspectivas ao longo de micro-relatos visuais, plásticos e fotográficos, happenings, performances e instalações em que cada vez mais sobressai o lugar da dramaturgia nas criações visuais e plásticas - com teatro e com poesia -, a arte e cultura urbana do graffiti e do spoken word, entre outras, como formas de renegociar novas configurações sociais, morais, religiosas, políticas, cívicas, sexuais, estéticas e estésicas capazes de abraçar novas audiências”, lê-se na nota curatorial.
Nesta edição a provocação é nítida: Inverter tendências e dinâmicas institucionais e de mercado; Mudar a percepção actual e os propósitos da arte contemporânea angolana; E descobrir visões, interesses, fusões e equilíbrios próprios.
A mostra temporária decorre em oito dias. A partir do próximo dia 19 de março, as portas abrirão todos os dias às 19 horas, até 26 de março. A entrada é livre.
Desde a primeira edição, em dezembro de 2015, o Fuckin’Globo mantém-se fiel ao “From the people to the people… Fuck institutions”, à liberdade criativa dos artistas e ao compromisso e diálogo com as realidades sociais, políticas, históricas e culturais. Pelos quartos já passaram vários artistas como: António Ole, João Ana, Edson Chagas, Elepê, Marcos Kabenda, André Cunha, Angel Ihosvanny, Irina Vasconcelos, Alekssandre Fortunato, Gretel Marin, Lubazandyo Mpemba Bula, Joana Taya, Nelo Teixeira e Maria-Gracia Latedjou.