KALAKUTA REPUBLIK Conceito e coreografia de Serge Aimé Coulibaly

Kalakuta Republik foi o nome com que o compositor (e criador do afrobeat) Fela Kuti (1938-1997) baptizou a sua casa: a cela em que o haviam encerrado na primeira vez em que foi preso, revelou um dia, chamava-se justamente “Kalakuta”. O coreógrafo Serge Aimé Coulibaly inspirou-se na vida do músico e activista nigeriano para criar um espectáculo que nos confronta com uma África sem clichés. Não nos são dadas respostas, mas são-nos colocadas várias perguntas: o que faz com que nos unamos em torno de uma causa? E de um líder? Quais os limites da liberdade individual no seio de um movimento colectivo? Coulibaly vai ao encontro da posição do pensador esloveno Slavoj Zizek: “Fazer um carnaval é fácil: mas o que importa é o dia seguinte, quando regressarmos à vida quotidiana e enfrentar-mos a mudança”. Kalakuta Republik estreou em 2017 e foi um dos êxitos do último Festival d’Avignon.

Serge Aimé Coulibaly (n. 1972), natural do Burquina Faso, veio para a Europa em 2002, criando a sua própria companhia – o Faso Danse Théâtre -, através da qual interpela as suas origens africanas e cujos espectáculos reflectem sobre as questões relacionadas com este continente. No seu país de origem criou o Ankata: um laboratório internacional para a pesquisa em torno das artes performativas. Alain Platel considera Coulibaly “um artista fascinante, que constrói pontes artísticas entre a Europa e África”.


The life of the Nigerian musician and activist Fela Kuti inspired Serge Aimé Coulibaly to create a performance about Africa whose title consists in the name given by Fela Kuti himself to the house he lived in: Kalakuta Republik. The show premiered in 2017 and it was one of the major hits of the last Festival d’Avignon.

ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA Palco Grande

SEX 06 22h00

 

06.07.2018 | por martalanca | KALAKUTA REPUBLIK