LIBERTAR A MEMÓRIA Ciclo de Cinema

Junho a Setembro 2023 DESTAQUE - SESSÃO 23 DE SETEMBRO

Curadoria: KITTY FURTADO

SÁBADO - 17:30

Entrada livre com pré-reserva: ccf@cineclubefaro.pt

Seguir Evento: fb.me/e/567I8wmo3 | Vídeo-Trailer Libertar a Memória

Filmes:

Eu não sou Pilatus / I’m not Pilatus (2019) - Portugal, DOC, 11min

Realização, montagem e edição: Welket Bungué

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Monumento Catástrofe (2022) - Portugal, DOC, 69min

Realização: Colectivo Left Hand Rotation

Produção: Cósmica

Música: Daniel Birch, Fuck Buttons 

Eu não sou Pilatus (2019) de Welket Bungué (Guiné-Bissau, 1988) é um manifesto artístico antirracista, feito através do diálogo entre dois vídeos de telemóvel, difundidos nas redes sociais, que testemunham dois olhares distintos e opostos sobre Portugal, a democracia e as suas instituições. Um destes vídeos expressa a total rejeição de uma manifestação por direitos civis na Avenida da Liberdade, em Lisboa. O outro é a denúncia da carga policial no Bairro da Jamaica, que deu origem à referida manifestação. A montagem reflexiva de Bungué chama-se Eu não sou Pilatus – Dizer eu não sou Pilatus é desde logo um posicionamento político. Eu não sou Pilatus quer dizer eu não lavo as minhas mãos como Pilatus; eu não me abstenho, eu não enfio a cabeça na areia, eu não olho para o lado, eu não ignoro o problema. Ao dizer eu não sou Pilatus, Welket Bungué deixa implícita uma pergunta: e vocês?

Monumento Catástrofe (2022) do coletivo Left Hand Rotation é um road-movie, em Portugal, que mapeia uma parte da construção do espaço público de forma crítica, partindo da ideia de Catástrofe, que está também relacionada com fatores locais e globais e relações de poder. O que é uma Catástrofe? Quem nomeia um dado acontecimento como Catástrofe? Quem decide memorializar determinadas Catástrofes, como e para quê? Para quem? Monumento Catástrofe forma um díptico com o livro A volta ao Mundo em 80 catástrofes – especial Portugal, que é editado como um guia turístico e revela o fenómeno natural, o capitaloceno, a necropolítica e o acidente enquanto produtores das catástrofes.

Os monumentos, incluindo memoriais, podem funcionar como ativadores da memória que desvelam discursos e atrocidades passadas. Como nos diz Patrícia Freire, da Cósmica – a produtora, narradora e chofer desta viagem - «Não esquecer é um ato de resistência e o monumento também cumpre essa função de “despertar as centelhas da esperança” ao contribuir para que os erros do passado não ressurjam».

A comunidade que se cria numa sala de cinema pela partilha de um filme pode virtualmente transformar o mundo. Assim, ainda que a história partilhada venha do passado o cinema projeta-se no futuro como o melhor companheiro para o presente.

Kitty Furtado sobre Libertar a Memória - Sessão 23 de Setembro 

Aveiro, 2023

O Cineclube de Faro traz este ano à Fortaleza de Sagres o ciclo de cinema Libertar a Memória, com coordenação artística de Luísa Baptista que decorre uma vez por mês, sempre aos sábados, pelas 17:30h durante os meses de Junho a Setembro, com entrada livre através de pré-reserva: ccf@cineclubefaro.pt

Através de escolhas de um grupo de curadores convidados vamos abordar o tema Patrimónios (des)confortáveis do DiVaM 2023, com os contributos de Gisela CasimiroLuca ArgelSuzano Costa e Kitty Furtado que em cada mês serão responsáveis pelo conteúdo a exibir. Temas como (des)colonização, escravatura, segregação social, lugares e identidades, formas de organização, dicotomias sociais e culturais, aqui numa pluralidade de perspectivas e visões alternadas de questões fragmentárias da sociedade, que à luz dos acontecimentos actuais, sugerem que talvez a História não esteja assim tão bem contada.

Haverá também uma curadoria literária da responsabilidade de Marta Lança e do projecto Buala - livros escolhidos para enquadrar, desafiar e abrir novos caminhos e que poderão ser adquiridos em cada sessão

 

Agradecemos a vossa divulgação desta iniciativa e convidamos desde já a estarem presentes nas próximas sessões.


 Downloads_Press Kit: press release editável, imagens e todos os materiais exclusivos para Imprensa nesta pasta: 


 Press-kit - 23 de Setembro - Libertar a Memória

Mais informações:

Comunicação: Luísa Baptista - 966 803 707

E-mail: ccf@cineclubefaro.pt

Site: https://www.cineclubefaro.pt/libertar-a-memoria

Facebook: www.facebook.com/cineclubefaro

Instagram: www.instagram.com/cineclube_faro/

Youtube: www.youtube.com/@cineclubedefaro8605

 

Libertar a Memória é um projeto do Cineclube de Faro, com a coordenação e direção artística de Luísa Baptista, apoiado pela Direção Regional de Cultura do Algarve / DiVaM - Dinamização e Valorização dos Monumentos.

Conta com BUALA e a livraria A Internacional como parceiros e com apoio da Multicópias - Centro de Soluções Gráficas.

 

14.09.2023 | por martalanca | libertar a memória

Ciclo de Cinema LIBERTAR a MEMÓRIA, Luca Argel

O Cineclube de Faro e Luísa Baptista têm o prazer de o/a convidar para assistir à próxima sessão do Ciclo de Cinema LIBERTAR a MEMÓRIA, do programa DiVaM – Dinamização  e Valorização dos Monumentos - com o tema  “Patrimónios (des)confortáveis”, que terá lugar no dia 22 de Julho pelas 17h30 no Auditório da Fortaleza de Sagres

Agradecemos a confirmação da sua presença, por questões de lotação da sala para: ccf@cineclubefaro.pt

PROGRAMA:

22 de JULHO // SÁBADO - 17:30 // Curadoria: LUCA ARGEL

BABÁS (2010) - Brasil, DOC, 20min

Consuelo Lins

A curta “Babás”, de Consuelo Lins, começa com uma fotografia do século XIX de uma “mãe negra” e um menino branco nela apoiado. 

Este documentário mistura elementos autobiográficos a uma reflexão sobre a presença das babás (amas) no quotidiano de inúmeras famílias brasileiras, tocando num tema raro na produção audiovisual contemporânea. Fotografias, filmes de família e anúncios de jornais do século XX constroem uma narrativa pessoal sobre uma situação em que o afeto é genuíno, mas não dissolve a violência, evocando em alguns aspectos o nosso passado escravocrata.

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QUE HORAS ELA VOLTA? (2015) - Brasil, Drama, 1h47min

Anna Muylaert

Val é o tipo de empregada doméstica que leva o seu trabalho a sério. Ela veste um uniforme de empregada elegante enquanto serve canapés perfeitos; ela serve seus ricos patrões de São Paulo dia após dia enquanto cuida carinhosamente do filho adolescente deles, que ela criou desde a infância. Tudo e todos na elegante casa têm o seu lugar, até que um dia, a ambiciosa e inteligente filha de Val, Jéssica, chega da cidade natal de Val para fazer os exames de admissão à faculdade. A presença jovem e confiante de Jéssica perturba o equilíbrio de poder não dito, mas rigoroso, na casa; Val tem de decidir onde está a sua lealdade e o que está disposta a sacrificar.

LUCA ARGEL

(Rio de Janeiro, 1988), é licenciado em música pela UNIRIO e mestre em literatura pela Universidade do Porto. É vocalista e compositor dos grupos “Samba Sem Fronteiras”, “Orquestra Bamba Social” e “Ruído Vário”. Tem livros de poesia publicados no Brasil, em Espanha e em Portugal, um dos quais foi semifinalista do Prémio Oceanos 2017. Escreve rubricas de rádio e bandas sonoras para dança e cinema. Possui cinco álbuns lançados, os dois últimos “Samba de Guerrilha” e “Sabina” são resultados de uma pesquisa continuada sobre a história, política, e suas relações com a música popular. 

Em todas as sessões | CURADORIA LITERÁRIA: Marta Lança com BUALA.

Programação completa em anexo. Link para convidar amigos: https://fb.me/e/3vyFAY8xI

+ INFORMAÇÕES

Comunicação: Luísa Baptista - 966 803 707

E-mail: ccf@cineclubefaro.pt

Site: https://www.cineclubefaro.pt/libertar-a-memoria

Facebook: www.facebook.com/cineclubefaro

Instagram: www.instagram.com/cineclube_faro/

Youtube: www.youtube.com/@cineclubedefaro8605  

Libertar a Memória é um projeto promovido pelo Cineclube de Faro, com a coordenação e direção artística de Luísa Baptista, apoiado pela Direção Regional de Cultura do Algarve / DiVaM - Dinamização e Valorização dos Monumentos.

Conta com BUALA e a livraria A Internacional como parceiros e com apoio da Multicópias - Centro de Soluções Gráficas.

18.07.2023 | por martalanca | Cineclube de Faro, libertar a memória, luca argel, Sagres

LIBERTAR A MEMÓRIA, ciclo de Cinema, junho a setembro 2023

DESTAQUE - SESSÃO 22 DE JULHO, curadoria: LUCA ARGEL, SÁBADO - 17:30

Entrada livre com pré-reserva: ccf@cineclubefaro.pt

Seguir Evento 

Filmes: “Babás” (2010) - Brasil, DOC, 20min Consuelo Lins, seguido de

“Que horas ela volta?” (2015) - Brasil, Drama, 1h47min, Anna Muylaert

“Ainda não é difícil identificar, no Brasil de hoje, de 2023, muitos sinais inequívocos do legado da escravidão, e de como os seus efeitos ainda estão longe de terem sido superados. Sem dúvida a categoria profissional das empregadas domésticas é aquela em que se enxergam mais nitidamente a persistência desses efeitos.

Os dois filmes dão a medida de como as condições de trabalho desta categoria se mantiveram praticamente inalteradas, mesmo após a abolição. No curta documental Babás, os paralelos entre passado e presente são mapeados, e no longa de ficção “Que Horas Ela Volta?”, acompanha-se a vida de duas personagens que bem poderiam ser reais, e cujas vidas são profundamente marcadas por essa continuidade do passado-presente, e como é dura a tentativa de romper um ciclo de naturalização da exploração que se esticou por séculos a fio.

Mesmo dentro da mesma família, mesmo entre mãe e filha.”

Luca Argel sobre Libertar a Memória, Lisboa, 2023

O Cineclube de Faro traz este ano à Fortaleza de Sagres o ciclo de cinema Libertar a Memória, com coordenação artística de Luísa Baptista que decorre uma vez por mês, sempre aos sábados, pelas 17:30h durante os meses de Junho a Setembro, com entrada livre através de pré-reserva: ccf@cineclubefaro.pt

Através de escolhas de um grupo de curadores convidados vamos abordar o tema Patrimónios (des)confortáveis do DiVaM 2023, com os contributos de Gisela CasimiroLuca ArgelSuzano Costa e Kitty Furtado que em cada mês serão responsáveis pelo conteúdo a exibir. Temas como (des)colonização, escravatura, segregação social, lugares e identidades, formas de organização, dicotomias sociais e culturais, aqui numa pluralidade de perspectivas e visões alternadas de questões fragmentárias da sociedade, que à luz dos acontecimentos actuais, sugerem que talvez a História não esteja assim tão bem contada.

Haverá também uma curadoria literária da responsabilidade de Marta Lança e do projecto Buala - livros escolhidos para enquadrar, desafiar e abrir novos caminhos e que poderão ser adquiridos em cada sessão

11.07.2023 | por martalanca | Babás, libertar a memória, luca argel