O músico moçambicano Jaco Maria, que alcançou grande sucesso no sul de Moçambique após a independência, em 1975, lançou na quinta-feira o seu primeiro álbum da carreira, “Story Teller”, para contar “as fortunas e sofrimento de África”.
Em declarações à Lusa, a partir da África do Sul, Jaco Maria diz que sempre contou histórias ao longo dos seus cerca de 40 anos de carreira, mas em “Story Teller” fá-lo com “maturidade”, ao nível da “confiança que África conquistou, muitos anos depois da independência”, mas “com a incerteza de usar as suas fortunas contra as desgraças”.
O músico, com 55 anos, considera estar mais confiante e maduro, “mas, ao mesmo tempo, com incertezas, por causa do sofrimento, apesar das fortunas que se estão a descobrir no continente”, afirma Jaco Maria, referindo-se, em concreto, aos recursos naturais que começaram a explorados recentemente em Moçambique.
Cantado para África, “mas, também, para o mundo”, o CD explora em 16 obras, 14 das quais inéditas, o afro-jazz, afro-pop e ritmos latinos, mantendo a fidelidade do músico à polivalência rítmica.
Produto do seu percurso pessoal, de Moçambique, onde nasceu, à Suazilândia, o seu primeiro destino de emigração, e à África do Sul, onde está radicado há 29 anos, “Story Teller” é cantado em inglês, português, bitonga, zulu e xhosa.
“É difícil a um pai dizer que prefere este ou aquele filho, mas a música ´A Chegada` é a mais marcante, porque conta a emoção do meu primeiro regresso a Moçambique, após muitos anos de ausência na África do Sul”, afirma Jaco Maria, ciente de estar a quebrar o tabu de os músicos nunca revelarem as suas preferências entre os seus trabalhos.
Mas há também o “Nayo Naye”, ou “É respeitador”, na língua natal, bitonga, da província de Inhambane, sul de Moçambique, porque “nem tudo está perdido entre os miúdos, há muitos com conduta, respeitadores”.
Para estar à altura da universalidade que tenta timbrar nos seus trabalhos, o músico chamou para a gravação do “Story Teller” um percussionista de Israel, quatro instrumentistas moçambicanos e alguns músicos sul-africanos.
Produzido pela moçambicana Mafalala Records, o álbum será apresentado em Maputo em novembro, depois de ter sido lançado esta semana, na Cidade do Cabo, na África do Sul.
“Estou muito satisfeito, é uma grande emoção, porque, incrivelmente, com cerca de 40 anos de carreira, será o meu primeiro álbum, depois de o álbum “Verão” não ter sido divulgado, devido a algumas coisas que se passaram”, disse Jaco Maria.
O “Verão” não chegou a sair do estúdio da casa do músico no Cabo, África do Sul, devido à morte do seu produtor sul-africano, mas muitos temas desse disco entraram “quase clandestinamente nas rádios através de amigos muito chegados”, diz Jaco Maria, que tem feito de trabalhos como acompanhante de músicos sul-africanos.
Uma celebração do ritmo moçambicano mais popular que combina a música com a cerimónia do Gwaza Muthini. Este ano o artista de cartaz é o músico congolês Sam Mangwana ao lado de nomes como Conj. 30 Janeiro - 05 Fevereiro
Quarta-Feira, 30 de Janeiro
· Roteiro Turístico. 11h. Art Tour. Espaço Joaquim Chissano. Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
· Concerto. 20h-23h. Dj Nandele. Dolce Vita
· Futebol. 22h. Real Madrid vs Barcelona. Arte no Parke
· Concerto. 22h. “Afrobeat Music Attack”. Gil Vicente
Quinta-Feira, 31 de Janeiro
· Concerto. 20h. Prawns & Jazz. Restaurante Docks
· Concerto. 21h. Karaoke com Enrique Salas. Bar&Bar.
· Concerto. 22h. Banda Kakana. Dolce Vita
· Concerto. 22h. Noites Tropicais com Dj Celsinho & Dj Abrão. Macaneta
· Concerto. 22h30. Ras Soto – Reggae Music. Gil Vicente
Sexta-Feira, 01 de Fevereiro
· Roteiro Turístico. 10h-12h. Roteiro Turístico na periferia de Maputo. Bairro da Mafalala. Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
· Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”. Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
· Festival Marrabenta. 20h30. Sam Mangwana, Dilon Djindji, Neyma e Makwaela dos TPM. CCFM
· Concerto. 22h. Noite de Jazz. Bar&Bar
· Concerto. 22h. Jay Jay Biancco. Dolce Vita
· Concerto. 23h. Stélio Mondlane’s Project. Gil Vicente
Sábado, 02 de Fevereiro
· Roteiro Turístico. 9h -12h. Roteiro Turístico na periferia de Maputo. Bairro da Mafalala. Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
· Festival Marrabenta. 14h. Comboio Marrabenta. Estação Central dos Caminhos de Ferro. Entrada Livre
· Festival Marrabenta. 15h30. Festa do Gwaza Muthini: Canhú e Muita Marrabenta. Marracuene
· Roteiro Turístico. 15h. Swimming Pools. Hotel Cardozo. Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
· Bundesliga.18h. Futebol Alemão. ICMA
· Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”. Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
· Festival Marrabenta. 20h30. Roberto Chitsondzo, Childo Tomas e Sam Mangwana. CCFM
· Concerto. 22h. Música ao Vivo. Bar&Bar
· Concerto. 22h. Dj Marcel e Jay Jay Biancco –Percussion In Tha House. Dolce Vita
· Concerto. 22h. Música ao Vivo. Complexo Mulombela
· Concerto. 22h. Concerto ao Vivo. Jabulani
· Concerto. 22h. Abba Meskel. Gil Vicente 200Mts
Domingo, 03 de Fevereiro
· Roteiro Turístico. 9h -12h. Roteiro Turístico na Periferia de Maputo. Bairro da Mafalala. Associação IVERCA - Marcações: 824 180 314/848 846 825
· Roteiro Turístico. 9h. Maputo Top Ten. Hotel Rovuma – Café Bula Bula . Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
· Roteiro Turístico. 15h. Maputo Colonial. Hotel Polana. Jane Flood - Marcações: 82 41 90 574
· Festival Marrabenta. 16h. Artistas e Dança Marrabenta. Centro Cultural Matalane
· Concerto.18h. Música ao Vivo. Ambients Bar
· Concerto. 18h. Kakana ao Vivo. Parque dos Poetas
· Concerto. 18h. Walter Mabas apresenta Mr. Mabas Project. Jabulani BBJ
· Concerto Acústico. 18h. VitAcustico. Dolce Vita
· Teatro. 18h30. Gungu apresenta “Corredores do Poder”.Cine Teatro Gilberto Mendes 200Mts
· Concerto.18h30. Música ao Vivo Núcleo de Arte. 100Mts
Terça-Feira, 05 de Fevereiro
· Karaoke. 22:30h. Gil Out. Gil Vicente
E também . . .
· Feira de Artesanato. FEIMA: Diariamente, o melhor do artesanato e da arte, gastronomia e floricultura da cidade. Parque dos Continuadores.
· Aulas de Tango em Maputo. Info: 82 97 20 710 ou 82 28 33 950
STEWART SUKUMA & Banda Nkhuvu Gravação do DVD ao vivo.
Sexta 4 & Sábado 5 Março 2011
Stewart Sukuma combina a música moçambicana tradicional e contemporânea com uma instrumentação revolucionaria para criar um som enérgico e dançante que pode ser chamado de Afro/Pop/Jazz. Já toucou em : Europa, África, Estados Unidos e Caraibas ao lado de lendas como Miriam Makeba, Hugh Masekela, Abdullah Ibrahim, Gilberto Gil, Jimmy Dludlu, Mike Del Ferro e outros..
MINGAS & Banda Vuka 10 anos juntos com vocês !
Sexta 11 & Sábado 12 Março
Levou a música moçambicana até Portugal, Cabo Verde, França, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Noruega, Dinamarca e Suécia. Tocou em palcos com Gilberto Gil, Miriam Makeba, Harry Belafonte, Hugh Massekela, Paul Simon, Manu Dibangu entre outros. O seu primeiro CD chama-se Vuka Africa. Trabalhou com bandas como o Grupo RM, a Orquestra Marrabenta Star de Moçambique e a Amoya.
Trata-se de Gimo Remane Mendes, que tem vindo a desenvolver desde o ano passado um projecto cultural com as mulheres da Ilha de Moçambique, na província de Nampula O músico moçambicano, Gimo Remane Mendes, radicado na Dinamarca, tem-se empenhado no processo de valorização no desenvolvimento de actividades rentáveis das mulheres. No caso específico, o músico tem vindo a desenvolver um projecto com as mulheres que pertencem a vários grupos culturais da Ilha de Moçambique, na província de Nampula. A reportagem do Notícias Lusófonas encontrou o músico naquela parte insular de Nampula, nos princípios do primeiro semestre do ano passado, onde estava a organizar o grupo constituído pelas mulheres. Volvidos este tempo, convidamo-lo a falar do seu projecto e das reais motivações, pelo que não se fez rogado, tal que a entrevista abaixo relata o essencial da conversa com Gimo.
Ecos do Silêncio é uma visão sobre o músico moçambicano João Paulo, nas suas variadas nuances, intérprete de Soul & Blues de referencia nacional nos anos 60/70. O documentário acompanha um período da vida de João Paulo, partindo de entrevistas com o próprio, nas quais ficou registada a sua visão da vida… Tendo optado por ser um “intelectual à deriva” – ele não tinha espaço para colocar o seu saber. João Paulo, músico e intérprete de Blues (1948—2008), é tido como o maior interprete soul em Moçambique de todas as gerações.