A 3.ª edição do Interferências, festival bi-anual de apoio à criação da Companhia Olga Roriz, realiza-se de 15 a 17 de setembro, nos diferentes espaços do Palácio Pancas Palha, em Lisboa. As portas abrem no dia 15 de Setembro às 17h e nos dias 16 e 17 de Setembro às 15h.
O Interferências partiu de uma vontade de acolher, apoiar e incentivar a criação artística, procurando expandir as suas possibilidades, ao cruzar espectáculos, conversas de jardim e uma feira focada em edições realizadas por artistas.
O Interferências define-se pelo seu lado plural, experimental e transversal a várias práticas artísticas, numa lógica de relação horizontal entre público, artistas e programadores culturais, contribuindo assim para uma ampliação das escalas de visibilidade dos projectos seleccionados. Segundo Bruno Alexandre, director do Interferências: “Ao pensarmos o Festival Interferências, reconhecemos que as palavras desejo e fragilidade estão presentes desde a primeira edição.
O desejo assenta na vontade de criar um espaço real, embora efémero, onde oito projectos artísticos possam expor o seu imaginário, fruto de uma residência artística de um mês, onde procuramos proporcionar as condições de trabalho para uma nova criação.
A ideia é transformar o Palácio Pancas Palha, espaço de trabalho da Companhia Olga Roriz, numa rede de intimidade onde o risco é vivido de uma forma colectiva, assumindo a interferência não como um ruído que afasta, mas como a vibração necessária e urgente que une o trabalho artístico.
E aqui chegamos à fragilidade, palavra que tem estado na linha da frente do estado de excepção permanente em que se vive na área da cultura, propondo que a olhemos com a instabilidade que a define, deslocando-nos para a possibilidade de a habitarmos em conjunto, seja na forma de um espectáculo, de uma conversa de jardim, ou de uma feira do livro imaginada por um conjunto de artistas.
Sabendo que é um privilégio poder continuar a insistir, continuaremos a fazê-lo, porque após duas edições, parece-nos importante manter um espaço que assume o compromisso e a urgência de ser casa de todxs aqueles que ainda não vimos e não conhecemos, questionando o porquê de não estarem aqui.”
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