Li Ké Terra

Li Ké Terra narra a história de Miguel e Ruben, descendentes de imigrantes Cabo Verdianos que vivem em Portugal sem documentação. Dois jovens divididos entre a vontade de serem portugueses de pleno direito e as barreiras que encontram no seu dia-a-dia. Com um orgulho estóico, sonham com o futuro deixando transparecer as suas aspirações por uma vida melhor.

Acima de tudo, Miguel e Ruben levam-nos a  uma interrogação: qual é a identidade do apátrida?

 

Ficha Técnica

Documentário, Português, 2010, 65’

Realizadores: Filipa Reis, João Miller Guerra, Nuno Baptista

Autoria: Filipa Reis

Elenco: Miguel Moreira e Ruben Furtado

Fotografia: João Pedro Plácido

Sonorização: Ruben Costa

Produtor: Pedro&Branco

Co-produtor: CPLP

 

Um projecto que espera ser por um lado um testemunho da realidade e por outro um grito de alerta.

Todos os dias somos confrontados com a incapacidade de resposta dos modelos tradicionais de intervenção face aos problemas destes jovens, por isso sentimos a necessidade de conceber estratégias que permitam promover a inovação de forma diferente: estimulando a capacidade para criar, imaginar e empreender.

 

Li Kê Terra pretende dar continuidade à relação que a Vende-se Filmes tem desenvolvido nos últimos anos com o bairro Casal da Boba, na Amadora. Tendo a escola Gustave Eiffel como base de operações, com o apoio de outras organizações do bairro, criámos um espaço onde jovens dos 13 aos 23 anos estão a desenvolver um filme e alguns produtos a ele associados, em conjunto com uma equipa de profissionais. As diferentes áreas de trabalho que este projecto abrange permitem aos jovens adquirir ferramentas técnicas e artísticas do universo cinematográfico, criando condições para um espaço de reflexão sobre os temas tratados como o abandono escolar, a criminalidade e o desemprego. Através do levantamento de vários testemunhos vamos conceber um argumento original que será interpretado e filmado pelos participantes, com ajuda da equipa e de outros actores profissionais no elenco. Pretendemos ter os habitantes do bairro em ambos os lados da objectiva para dar um rosto às questões que os preocupam e que as estatísticas evidenciam.

26.01.2011 | por martalanca