Marcelo Brodsky + Angola Air
1 a 23 de outubro 2022
O Angola AIR é um Projecto de Residência Artísticas para artistas não-angolanos, aproveitando uma experiência de produção e galerista acumulada em Angola de mais de 13 anos. A ideia tem sido convidar artistas renomados internacionais cujas reflexões e narrativas possam ser influenciadas de forma positiva e inovadora com pesquisa teórica e empírica em Luanda. O 14º residente do Angola AIR é Marcelo Brodsky. Argentino de família russa judia, Marcelo Brodsky nasceu em 1954 em Buenos Aires, onde vive até hoje. Artista e ativista político, Marcelo Brodsky, foi forçado ao exílio em Barcelona após o golpe do General Videla na Argentina em 1976. Estudou economia na Universidade de Barcelona e fotografia no Centro Internacional de Fotografia, também Barcelona. Por lá, estudou Economia e fotografia. Marcelo voltou para a Argentina em 1984 e realizou a sua primeira exposição em 1986. Além do trabalho fotográfico, é conhecido por ser ativista dos Direitos Humanos. Suas peças misturam texto e imagens, muitas vezes usando figuras de fala. Seus ensaios foram mostrados mais de 140 vezes em espaços públicos, bem como instituições como ou o Museu Sprengel em Hannover em 2007, o Museu Nacional de Bellas Artes em Buenos Aires em 2010, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil em 2011. “Marcelo Brodsky utiliza a fotografia como ferramenta de busca de identidade, captando o efeito do tempo e dos acontecimentos que ocorrem em seu ambiente pessoal e social. Muitos se lembrarão dele por sua obra ‘The Class’, na qual sintetizou, numa fotografia tirada em 1966, o destino –após a última ditadura militar argentina– de seus 32 colegas da sexta divisão do primeiro ano do Colégio Nacional de Buenos Aires Aires, e posteriormente foi adquirido pelo Metropolitan Museum of Art (MET) em Nova Iorque, onde foi exposto como parte de sua coleção permanente”. Em julho último, Marcelo Brodsky trabalhou com o artista peruano Fernando Bryce: juntos trabalharam numa residência em Miami para criar ‘Territórios’ - obra que denuncia “a violência de que a América Latina é vítima”, e em que retratam os casos de 10 ativistas mortos em nove países do continente. Neste momento, as obras do Marcelo Brodsky encontram-se em exposições coletivas em museus em Bogotá, São Paulo, Salvador da Bahia, Buenos Aires e Bologna. Marcelo Brodsky ficará em Luanda até 23 de Outubro, fazendo várias atividades.