Trèsor, de Rita Brás
“O Tesouro da Juventude é uma colecção que nos traz a memória de um tempo feliz. Descobri-o no meu terceiro quarto em Belo Horizonte, indício de uma herança cultural comum. Tal como aponta Otávio Paz nos seus escritos políticos: “si nada nos dice sobre nuestro origen, como puede enseñarnos a morir?”.
Fiz este filme para capturar a impressão da minha primeira viagem ao Brasil.
Em Minas Gerais, onde fiquei, foi através da história de uma família que eu senti uma conexão com um património único: a vida e a morte de um passado comum, o português que veio para tirar o ouro da terra, a música negra nas ruas, a minha própria experiência tatuada no corpo. Uma dádiva que eu tinha de pagar, uma morte que tinha de acontecer. Este filme, minha primeira longa-metragem, é em si mesmo uma viagem de vertigem para reconquistar a sensação de riqueza que está para além da dor da colonização, da escravidão, do poder: as pessoas e os lugares que eu conheci.” (Rita Brás)
passa no dia 3 de abril no cinema São Jorge às 19h (Lisboa), Festival Panorama