Quase XX anos depois

Quase XX anos depois O machismo e a violência de género nos comportamentos de homens e mulheres portugueses é resultante de forças perenes de inculcação dos modos de ser homem e mulher guiados pelas estruturas discursivas do poder. Depois da leitura deste livro, espero que não restem dúvidas acerca das raízes de uma ideologia perfeitamente devastadora em relação ao papel de cão de guarda atribuído à mulher, nada mais, nada menos que uma mulher-ser-silêncio. Essa ideologia não esteve – em absoluto – centrada no Estado. Foi promovida por muitos outros sectores da sociedade e contou com uma forte regulação intra-género, mas onde é possível encontrar resistência também a partir do Estado.

Mukanda

27.03.2017 | por Inês Brasão

Rap dos anos 90 em Cabo Verde, o fenómeno Tchipie

Rap dos anos 90 em Cabo Verde, o fenómeno Tchipie As Tchipie representavam a mulher guerreira, uma agente pró-activa, que através do uso de roupas militares, bonés e da encenação de batalhas contra os homens nos espetáculos com gesticulações bruscas e agressivas, desafiando-os a responderem as suas provocações, redesenharam o conceito da feminilidade e trouxeram autoconfiança a muitas jovens.

Palcos

06.11.2012 | por Redy Wilson Lima

"Sei que esteve em África. Quer contar?"

"Sei que esteve em África. Quer contar?" Para as acompanhantes dos militares portugueses a guerra colonial (1961-75) foi uma aprendizagem. Muitos depoimentos dão conta do momento emancipatório na vida destas mulheres, pela saída de um país conservador para lugares modernizados e multiculturais, com costumes mais brandos, vida social descontraída e maior liberdade, onde entravam com segurança no mercado de trabalho. Ou seja, apesar da guerra, «África era uma libertação», ou uma expansão, física e mental, uma experiência formativa e humana: «Vim de Angola uma mulher mais forte».

A ler

15.11.2010 | por Marta Lança

De corpo e alma - Ingrid Mwangi

De corpo e alma - Ingrid Mwangi Temas como o racismo, discriminação — seja pela cor da pele, posição social ou género — violência, guerra e os media encontram lugar no trabalho desta artista. A força no feminino e da projecção das mulheres no mundo: “Fui ganhando consciência que o meu corpo de mulher negra é, em si, uma afirmação.”

Cara a cara

15.05.2010 | por Joana Simões Piedade