Líbia: Zona de exclusão aérea divide membros da ONU
O Conselho de Segurança da ONU está dividido quanto a uma eventual zona de exclusão aérea da Líbia e vai esperar pelas decisões da Liga Árabe e da União Africana, avançaram hoje diplomatas.
“Há um fosso profundo” entre os membros do Conselho de Segurança, indicou um diplomata árabe citado sob anonimato pela agência AFP. A China e a Federação Russa opõem-se a qualquer aprovação pelo Conselho de uma ação militar, adiantaram outros diplomatas.
França e Reino Unido redigiram projeto de resolução
A França e o Reino Unido redigiram um projeto de resolução, mas ainda não o fizeram circular entre os outros 13 membros do Conselho. A França foi o primeiro país a reconhecer o Conselho Nacional de Transição, a organização da oposição ao regime de Muammar Kadhafi, como “representante legítimo do povo líbio”. O embaixador francês na ONU, Gérard Araud, afirmou aos jornalistas que estão a ser estudadas “todas as opções”.
“Mas temos de considerar a realidade do Conselho de Segurança”, ressalvou. O responsável adiantou que “os próximos dias serão muito importantes”.”Teremos várias reuniões de alto nível, com a Liga Árabe e a União Africana”, precisou. Gérard Araud prevê que, até ao início da próxima semana, esteja determinado o que é possível fazer.
Sobre uma resolução a estabelecer uma zona de exclusão aérea, o embaixador francês indicou que, “na hora atual, as coisas não estão maduras”.
O Conselho de Segurança já impôs em 26 de fevereiro sanções ao regime de Muammar Kadhafi, entre as quais a interdição de viajar, um congelamento dos bens e um embargo à compra de armas.
Fonte: Expresso