Apresentação do livro "Porque prevaleceu a paz - Moçambicanos respondem"

No 19º aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz que pôs termo à guerra civil em Moçambique, o CEA – ISCTE-IUL associa-se à AWEPA, para apresentar em Portugal o livro Porque prevaleceu a paz – Moçambicanos respondem, da autoria de Lucia van den Bergh.

O livro foca os temas da construção da paz e dos processos de democratização em países africanos, neste caso específico o processo de paz em Moçambique.

Lucia van den Bergh foi representante da AWEPA em Moçambique na década de 90 e foi responsável por diversos programas de educação cívica. Em 2008, regressou ao país e entrevistou mais de 50 pessoas que estiveram directamente envolvidas no processo de transição para compulsar o modo como, passada mais de uma década, este era entendido e avaliado pelos que nele intervieram. Trata-se, portanto, de um documento reflexivo e de um instrumento importante para a análise dos processos de paz e transição para a democracia.  

A apresentação deste livro tem lugar no dia 4 de Outubro, pelas 18h30, na sala C101 do edifício II do ISCTE-IUL, em Lisboa.

Lucia van den Bergh fará uma palestra sobre «Moçambique: A passagem da guerra para a paz e a democracia num país pobre – Um caso único ou um exemplo para outros? E o que pensam os moçambicanos hoje?»

O livro será apresentado pelo Professor Doutor Luís Moita (Universidade Autónoma de Lisboa).

27.09.2011 | by joanapires | AWEPA, democratização, livro, Moçambique

'Yumbala' - single release

Released 26 September 2011

Batida - ‘Yumbala’ (Original mix)

Batida - ‘Yumbala’ (Nozinja’s Shangaan Electro Remix)

Batida - ‘Yumbala’ - (A.J. Holmes & The Hackney Empire feat. Folo Graff Remix)

Batida - ‘Yumbala’ (NaZaretH Remix)

STREAM & BUY THIS RELEASE ON

GHETTO BASSQUAKE BANDCAMP
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Ghetto Bassquake - The Label
Since its inception in 2005, Ghetto Bassquake’s taste-making sensibilities have become a trusted online destination for cutting edge international dance music.  Focussed on the dynamic and progressive sounds of Africa, Latin America, the Caribbean and the Middle East, the blog’s expansion into a digital singles label in 2010 has reflected the quality of the blog’s output, handpicking only truly special artists for their releases.
The writers and DJs of Ghetto Bassquake all share a passion for the energetic Angolan street sound of Kuduro. There are few genres of the African continent that can match the sheer explosive energy of this wild tribal carnival style that takes influences from Zouk, Soca, House, Techno and Hip Hop as well as 1960s Angolan Semba music. From its origins in Luanda in the 1980’s, Kuduro has now spread to Angolan immigrant disaporas in Portugal and Brazil to the western dance floors of Europe and the US. The sound has been championed by acts such as Buraka Som Sistema, M.I.A and recently heard in the worldwide hit single , ‘Danza Kuduro’ by Reggaeton superstar Don Omar in 2010.

 

‘Yumbala’ - The Release

Ghetto Bassquake is proud to release a single by one of Kuduro’s most talented acts, Batida.

Batida is DJ Mpula’s vision, a multitalented producer-performer-video maker-radio DJ and under this guise, with contributions from likeminded artists, is making some of the most inspired African urban street music around. This collaboration is the result of the Angolan/Portuguese connection in Lisbon where Batida is based. Fusing the jacking high speed rhythms of kuduro with sweet melodic guitar samples of ’60s Angolan semba music, ‘Yumbala’ is one of those jump up tracks that fills dance floors in seconds with urgent vocal delivery and conscious lyrics from Angolan MCs, Sacerdote and Dama Ivone from Luanda’s Circuito Feixado. Taking the sound to the next level, Batida bring pure riotous kuduro power for 2011.

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27.09.2011 | by joanapires | batida, kuduro, música angolana

Sessão de lançamento de "A Educação Sentimental dos Pássaros", o novo livro de José Eduardo Agualusa

 

27.09.2011 | by joanapires | José Eduardo Agualusa, lançamento livro

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO Fotógrafos - Viajantes & Viagens de Fotógrafos

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO Fotógrafos - Viajantes & Viagens de Fotógrafos, dia 29 de Setembro quinta-feira às 22:00

“O viajante, no seu movimento incessante, vê tudo à distância. Silhuetas recortadas contra a paisagem. Imagens arquitecturais se destacando no horizonte. Pessoas e lugares que pretende encontrar depois da próxima curva. A viagem é produção de simulacros, de um mundo puramente espectral erguido à beira da estrada.1

Em registo fotográfico, presentificam-se as imagens de existências, encenações e/ou simulacros com tópicos de genuinidade. Assim se demonstram subjectividades de autores nos territórios estéticos da fotografia.

Numa fotografia, supostamente, congela-se o tempo e o espaço. Congelam-se as figuras individuadas no tempo pois deixam de ser pessoas e talvez sejam, transitoriamente, personagens. Estas localizam-se ou ausentam-se, consoante os casos e as estratégias estéticas dos autores. Inequívoca é a decisória presença do fotógrafo-viajante, aquele que concretiza acto e obra. Não é verdade?

  • 1. Nelson Brissac Peixoto – “Miragens”, Cenários em ruínas – a realidade imaginária contemporânea, Lisboa, Gradiva, 2010, p.137

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27.09.2011 | by joanapires | exposição, fotografia, viagens

Private Z(oo)M - Tempo de Bichos - Celebrando a Poesia de Arménio Vieira

Mito Elias & Trio Majina apresentam Private Z(oo)M - Tempo de Bichos - Celebrando a Poesia de Arménio Vieira.

1 de Outubro 18:30 – Museu São Roque – Largo Trindade Coelho

Os bilhetes podem ser levantados na recepção do museu a partir do dia 27 de Setembro (terça-feira) no horário de abertura do museu.

Integrando a programação AFRICANDO (semana Africana no Museu São Roque em Lisboa)


27.09.2011 | by joanapires | africando, Arménio Vieira, poesia

FESTin 2012 – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa

O FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa regressa ao Cinema São Jorge, em Lisboa, de 9 a 20 de maio de 2012, incluindo uma Mostra de Cinema Brasileiro Contemporâneo, a propósito do Ano do Brasil em Portugal. 

O Brasil será o país homenageado nesta 3ª edição, sucedendo a Moçambique (2010) e a Portugal (2011), no entanto, a partir do próximo ano, o festival passará a integrar sempre na sua programação a Mostra de Cinema Brasileiro anteriormente produzida pela Fundação Luso-Brasileira.

As inscrições para a Selecção Oficial Competitiva de Cinema de Expressão Portuguesa (longas e curtas metragens) estão abertas até 31 de janeiro de 2012 e o regulamento pode ser consultado no site do FESTin.

Para além das secções competitivas de longas e curtas-metragens e de mostras temáticas paralelas, o FESTin promove ainda debates e oficinas para crianças e jovens. No próximo ano a organização do evento pensa alargar as suas atividades às comunidades de língua portuguesa espalhadas pelo mundo.

O FESTin foi criado em 2010 com o objetivo de celebrar e fortalecer a cultura de expressão portuguesa através do cinema, num ambiente de partilha, intercâmbio e inclusão social. É organizado pela Padrão Actual, em co-produção com a Fundação Luso-Brasileira e a EGEAC – Cinema São Jorge.

Em 2011, a 2ª edição do festival realizou-se entre 26 de Abril e 1 de Maio e exibiu 78 produções dos oito membros da Comunidade de Países da Língua Portuguesa, que foram vistos por mais de 3000 espectadores. A longa-metragem vencedora da 2ª edição foi “Hortas di Pobreza”, da jovem realizadora Sara de Sousa Correia.

27.09.2011 | by joanapires | Brasil, cinema, cinema brasileiro contemporâneo, cultura de expressão, festin, Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa

“Arte Vídeo em Trânsito – I Mostra Lusófona de Vídeo Arte”

1 OUTUBRO – 31 OUTUBRO

Chamada para recepção de obras!

 

A Arte Projectada - Actividades para a área dos audiovisuais (Portugal), encontra-se a organizar uma Mostra de Vídeo Arte Lusófona (Arte Vídeo em Trânsito – I Mostra Lusófona de Vídeo Arte), tendo como principal objectivo a cooperação lusófona na promoção cultural e artística e a criação de sinergias entre os diversos agentes promotores de cultura.

Procura com esta Mostra, lançar o debate de ideias resultantes do entrecruzar de diferentes abordagens ao tema “Reflexão em Viagem”, que desde logo suscita um olhar para o mundo, o olhar para o(s) outro(s).

 

Aqui pode consultar o Regulamento Geral e descobrir como participar.

27.09.2011 | by joanapires | arte, videoarte

O BARULHAMENTO DO MUNDO

27.09.2011 | by joanapires | cinema, livro, o barulhamento do mundo, performance

Balanço Literário da Década no Mundo Lusófono

26.09.2011 | by joanapires | literatura

africando

29 de Setembro – quinta-feira

15H30

CINEMA

Tarrafal. Memórias do campo da morte lenta, Diana Andringa (88 minutos).

Projecção seguida de conversa/debate

Neste documentário, Diana Andringa recupera as memórias dos últimos ocupantes da prisão política que recebeu portugueses e africanos que lutaram contra o regime de Salazar e pela independência das ex-colónias africanas. Filmado durante o Simpósio Internacional sobre o Campo de Concentração do Tarrafal, que reuniu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, muitos dos que por ali passaram, este documentário é mais um contributo para a memória colectiva portuguesa e um excelente ponto de partida para um debate sobre um tema da maior importância.

Lotação máxima: 50 lugares

Os bilhetes podem ser levantados na recepção do museu a partir do dia 27 de Setembro (terça-feira) no horário de abertura do museu.

18H30

Celina Pereira, Cabo Verde, apontamento musical

MESA REDONDA: cultura contemporânea africana

Celina Pereira (cantora caboverdiana); Filinto Elísio (escritor, poeta caboverdiano); Lúcia Marques, Próximo Futuro, Fundação Calouste Gulbenkian; Marta Lança, Buala; Joana Peres, direcção artística e coreográfica da Allantantou Dance Company, Portugal; José António Fernandes Dias, AFRICA.CONT. Esta mesa redonda/tertúlia tem como objectivo promover a reflexão e o diálogo em torno da produção cultural africana na contemporaneidade, em particular nos países de língua oficial portuguesa, bem como debater as múltiplas formas de relacionamento entre cultura africana e cultura ocidental.

Lotação máxima: 50 lugares

Os bilhetes podem ser levantados na recepção do museu a partir do dia 27 de Setembro (terça-feira) no horário de abertura do museu.

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26.09.2011 | by joanapires | africando, cinema, cultura africana, dança, música

Manger et boire en Afrique avant le xxe siècle - revista Afriques

Afriques est une revue internationale d’histoire des mondes africains, qui privilégie les époques antérieures au XIXe siècle, en dialogue avec d’autres disciplines comme l’archéologie, la philologie, l’anthropologie ou la linguistique.
“Pour une nouvelle histoire des mondes africains avant le XIXe siècle” (lire l’éditorial).

 

Appel à contribution Call for papers

Manger et boire en Afrique avant le xxe siècle.

Cuisines, échanges, constructions sociales

Eating and drinking in Africa before the 20th century:
Cuisines, exchanges, social constructions

Publiée en ligne sur le portail Revues.org depuis avril 2010, Afriques. Débats, méthodes et terrains d’histoire (http://afriques.revues.org) est la seule revue d’histoire à être consacrée à l’Afrique dite « ancienne », c’est-à-dire antérieure au xxe siècle. Pour son cinquième numéro thématique, prévu pour la fin de l’année 2012, Afriques lance un appel à contribution sur le thème : « Manger et boire en Afrique jusqu’au xixe siècle. Cuisines, échanges, constructions sociales ». L’année prochaine, dix ans se seront écoulés depuis la parution de l’ouvrage collectif Cuisine et société en Afrique : histoire, saveurs, savoir-faire (M. Chastanet, F.-X. Fauvelle-Aymar, D. Juhé-Beaulaton, dir., 2002). Resté à ce jour l’un des rares ouvrages d’histoire consacrés à ce thème, il fut l’occasion d’un bilan sur l’histoire des produits, des plats, des boissons et de la commensalité en Afrique. Ce bilan, le cinquième numéro de la revue Afriques voudrait le renouveler en insistant – comme c’est la spécificité de la revue – sur les périodes antérieures au xxe siècle.

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25.09.2011 | by martalanca | afriques

I am Palestine - The Film

ver aqui 

 

25.09.2011 | by martalanca | palestina

Mia Couto fala sobre o Medo

 

aqui

25.09.2011 | by martalanca | Mia Couto

Caipirinha Lounge

É com muito prazer que vos apresento a mais nova mixtape de um dos vossos blogs preferidos. É a terceira edição da Lusofonia Acústica e é uma colecção de 25 canções em que a guitarra e a voz são os principais ingredientes de cada composição. Contém músicas vindas dos quatro cantos do mundo lusófono, com autores como Thiago Pethit, a Tiê, os Kafala Brothers, Ana Moura, Narf & Manecas Costa, e Aline Frazão. 

Welcome to the third edition of Lusofonia Acústica, a collection of 25 acoustic songs from the four corners of the Lusophone world. You’ll hear music by Thiago Pethit, Tiê, the Kafala Brothers, Ana Moura, Narf & Manecas Costa, and Aline Frazão, among many others. 
Lusofonia Acústica, Vol. 3 (link to blog post on Caipirinha Lounge with detailed play order)
Lusofonia Acústica, Vol. 3 (Direct link to playlist)

Caipirinha Lounge / Cláudio Silva

25.09.2011 | by martalanca | música

MINDELACT: "um festival que Cabo Verde se orgulha de ter"

No “balanço pessoal” que faz da última edição do festival Mindelact, que terminou no passado dia 17 de Novembro, João Branco, director artístico do evento desde a sua criação, dá os parabéns à cidade do Mindelo pela forma como acolheu, “de braços abertos”, a 17.ª edição do Festival Internacional de Teatro daquela cidade.

“Há muitos anos que não tinhamos tanta gente a encher todos os espaços da programação”, afirma João Branco, aproveitando para voltar a alertar para a falta de espaços cénicos em São Vicente: “salas cheias, algumas delas a rebentar pelas costuras, vieram mais uma vez lembrar do que se poderia fazer havendo uma sala de espectáculos com mais condições e, principalmente, mais lugares disponíveis para um público crescente e apaixonado”. A este respeito, lembra também a situação do Éden Park, sala fechada há vários anos e que continua com o futuro incerto: “Mais um ano em que o festival mindelact se fez obrigando muita gente a ficar de fora das salas de apresentação por falta de espaço com o cadáver do cine-teatro Éden Park a assistir, impávido e sereno, do alto da principal praça da cidade, ao acontecimento e ao constrangimento”.

O festival foi, ainda assim, um “grande sucesso de público”, em todas as propostas de programação: no palco principal, no festival off, no espaço dedicado às crianças, no ciclo internacional de contadores de histórias. No depoimento que publicou no blog Café Margoso, Branco destaca ainda a intensidade da programação - “cerca de 30 espectáculos de teatro, uma média superior a três apresentações por dia” - , que envolveu “20 companhias oriundas de 12 países”. A procura registada para as oficinas (“superior a noventa por cento”) é outro factor valorizado pelo director do Festival, que afirma: “Acredito, cada vez mais, e tenho tido várias confirmações e testemunhos de quem conhece a realidade africana, que o festival mindelact é hoje o maior evento das artes cénicas africanas”.

notícia retirada de Cena Aberta 

25.09.2011 | by martalanca | cabo verde, Mindelact

depoimento sobre Ruy Duarte de Carvalho

no Festival do Estoril, 2010

 

24.09.2011 | by martalanca | Ruy Duarte de Carvalho

KUDURO EM PARIS

DIA 06 DE OCT NO SHOWCASE LIVE CLUB DE PARIS.

Com: Dj Djeff & Silyvi - Walter e Nicol Ananaz
Puto Portugues & Nacobeta - Noite e Dia
Agre G - Game Walla.
Sem esquecer um dos melhores djs do mundo
Louie VEGA

Reservas: info@dabanda.net

23.09.2011 | by joanapires | kuduro, paris

Marcha em Luanda pela liberdade dos presos

Comunicado de Imprensa Luanda

Somos jovens, membros da sociedade civil de vários estratos sociais, que dentro dos parâmetros da constituição tem vindo a exercer pressão aos líderes políticos angolanos com vista a melhoria do quadro social em que se encontra maior parte da população angolana;

Viemos por este meio, desmentir a informação que tem estado a ser publicada pelo executivo, através dos órgãos de informação segundo a qual, os manifestantes são jovens que têm estado a ser usados pelos partidos da oposição para destabilizar o país e criar um clima de guerra para derrubar o presidente da república e o MPLA.

Assim sendo queremos esclarecer:

1º Estas afirmações não condizem com a realidade e são infundadas na mediada em que as manifestações, foram sempre convocadas de forma aberta, com propósitos bem claros e os seus signatários bem identificados.

 

2º As manifestações nunca foram convocadas com intuito de criar a desordem e a guerra no nosso belo país. Pelo contrário, notamos que a maneira como o executivo tem lidado com as manifestações é que tem provocado alguma desordem.

 

3º As manifestações não têm tido nenhum carácter partidário, mas sim, derivam dos graves e muitos problemas sociais que afligem a maioria do povo angolano, fruto da má governação por todos visíveis. Refira-se que no seio do movimento também existem jovens pertencentes ao MPLA.

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23.09.2011 | by martalanca | manifestações

"Anjos na Guerra", de Susana Torrão (Oficina do Livro)

Anjos na Guerra: A Aventura das enfermeiras paraquedistas portuguesas

A 26 de Setembro nas livrarias

Sobre o Livro
A criação do corpo de enfermeiras paraquedistas da Força Aérea Portuguesa, em 1961, levou pela primeira vez as mulheres para as Forças Armadas.
Estas mulheres que caiam do céu para tratar dos feridos e travar o sofrimento enfrentaram, ao lado dos soldados, a dureza do mato e a violência dos combates. Mas não só. Enfrentaram também o preconceito de uma sociedade conservadora, onde a ideia de enviar mulheres para um cenário de conflito era vista com enorme desconfiança. Em África, as enfermeiras faziam evacuações dos feridos da frente para os hospitais militares e prestavam apoio às populações civis, mas em Lisboa a sua acção era desconhecida para a maioria.
O livro relata a história dessas pioneiras improváveis, que quase passaram despercebidas ao seu país mas que acabaram por lhe dar uma lição de coragem.   

Sobre a Autora
Susana Torrão nasceu em1972 e é jornalista. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, trabalhou no Diário de Noticias, Semanário, Semanário Económico e Focus. Trabalha como freelancer desde 2006 e, ao longo dos últimos anos, escreveu para publicações como Sábado, Exame, Notícias Magazine, NS’, Público ou Fora de Série. Anjos na Guerra é o seu primeiro livro.

23.09.2011 | by joanapires | Africa, guerra colonial

6ª Conferência do Ciclo «1961: o ano de todos os perigos»

6ª Conferência do Ciclo «1961: o ano de todos os perigos», com o título “Portugueses, mas não tanto…”
Sábado, 24 de Setembro de 2011, às 15h00, nas instalações do CES-Lisboa (Picoas Plaza, Rua do Viriato, 13, Lj. 117/118).

Programa: Em Setembro de 1961 é abolido o Estatuto do Indigenato, uma das peças legislativas fundamentais do sistema colonial português em África. Numa altura em que os ventos de mudança sopravam em África, o que significou a abolição do Estatuto?
Orador: Adriano Moreira
Exibição do documentário “Catembe” [Moçambique, 1965, 45’], do realizador Faria de Almeida, que procurou fixar nele o quotidiano de um bairro popular de Lourenço Marques. Antes de ter sido alvo de cortes pela censura do regime salazarista, integrava sequências de ficção com sequências documentais. A sua exibição acabou por ser proibida durante o período do Estado Novo.

Enquadramento do ciclo

O ano de 1961 foi, para o regime salazarista, o ano de todos os perigos, vindo a revelar-se como o annus horribilis do ditador. Em distintos contextos, múltiplos acontecimentos marcariam esse ano, prenúncio do final do regime colonial-fascista português. Porque uma das linhas de orientação temática do CES aposta no aprofundar do conhecimento sobre o espaço de expressão portuguesa – e sobre as suas ligações históricas – este conjunto de sessões procura reflectir sobre um espaço unido por várias histórias e lutas.
Em 2011 passam 50 anos sobre esse ano de todos os perigos. Boa ocasião para recordar factos muitas vezes esquecidos, ouvindo os seus protagonistas, enquadrando-os na história comum que une Portugal e os países em que se transformaram – ou se integraram – as suas possessões coloniais.
Logo no início de Janeiro de 1961 tem lugar em Angola um levantamento de trabalhadores da Cotonang, protestando contra as condições de trabalho impostas pela companhia algodoeira. Os protestos são rapidamente reprimidos pelo exército português, mas anunciam o início da luta armada de libertação de Angola, marcada pelo ataque à cadeia de S. Paulo, em Luanda, a 4 de Fevereiro e pelo levantamento armado – que Mário Pinto de Andrade classificava como “jacquerie” – conduzido pela UPA em 15 de Março.
Entretanto, a 22 de Janeiro, elementos do Directório Revolucionário Ibérico de Libertação – congregando militantes da União de Combatentes Espanhóis e do Movimento Nacional Independente, português – apoderam-se do paquete Santa Maria, da Companhia Colonial de Navegação, que rebaptizam de Santa Liberdade, conseguindo uma cobertura noticiosa internacional e abalando profundamente o regime de Salazar.
Em Abril, a crise vem, não da oposição, mas do interior do regime, através da tentativa de golpe liderada pelo Ministro da Defesa, Júlio Botelho Moniz.
Em Junho, cerca de cem estudantes oriundos das colónias portuguesas em África que se encontram em Portugal abandonam clandestinamente o país, muitos deles para se juntarem aos movimentos de libertação.
A abolição do Estatuto do Indigenato, associado a outras reformas, em Setembro, chega demasiado tarde para travar a acção dos movimentos de libertação das colónias, entretanto reunidos na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas, CONCP.
A 10 de Novembro, Hermínio da Palma Inácio comanda o desvio do Super-Constellation da TAP Mouzinho de Albuquerque, a fim de lançar sobre Lisboa milhares de panfletos apelando à revolta contra a ditadura.
A 18 de Dezembro, tropas da União Indiana ocupam os territórios de Goa, Damão e Diu. Salazar ordena que as tropas portuguesas lutem até à última gota de sangue, mas o governador, general Vassalo e Silva, recusa-se a obedecer à ordem do Presidente do Conselho e opta pela rendição.
E, na noite de fim de ano, uma tentativa frustrada de assalto ao quartel de Infantaria 3, em Beja, leva à morte do então sub-secretário de Estado do Exército, tenente-coronel Jaime Filipe da Fonseca.

Organização do ciclo: Maria Paula Meneses e Diana Andringa.
Para mais informações, contactar: ceslx@ces.uc.pt

23.09.2011 | by joanapires | angola, conferência, história, regime salazarista