O Kuduro, música e dança angolana, com características peculiares está presente em Angola e na diáspora há cerca de 15 anos. Hoje em dia, é a manifestação artística juvenil mais importante do país, com as suas estrelas a serem conhecidas mundialmente, constituindo um forte movimento de massas em todos os estratos da sociedade. A necessidade de compreender e conhecer melhor o fenómeno do ponto de vista científico, levou o escritor e investigador cultural Jó Kindanje, autor do ensaio “Kuduro, um reinado sem rei nem coroa”, em colaboração com Agnela Barros Wilper, Mestre em Estudos de Teatro e investigadora sobre as Artes Performativas Angolanas, a conceberam o projecto da Primeira Conferência Internacional sobre o KUDURO.
Tema: “KUDURO, PATRIMÓNIO ANGOLANO PARA A ÁFRICA E O MUNDO” Sob o slogan: “Conhecer para valorizar”. O objectivo é incentivar o estudo e a prática performativa do Kuduro, debruçando-se sobre a sua génese, criatividade e inovação, assim como criar um fórum regular para os estudiosos e praticantes trocarem ideias, conhecimento e informação. A Conferência será realizada no Nacional Cine-Teatro, adstrito à Associação Cultural e RecreativaChá de Caxinde, em Luanda, Angola, de 23 a 26 de Maio de 2012 e terá a organização conjunta do Jornal Dos Negócios-Grupo-Editora Sons e Letras, e da Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde. Conta com a parceria do Institut Goethe-Angola e o Iwalewa-Haus, (Universidade de Bayreuth, Alemanha). Esta Conferência Internacional irá examinar como os avanços da tecnologia, cidadania global, transacções Interculturais e empréstimos tiveram impacto sobre a génese e performance do Kuduro, através de soluções engenhosas baseadas na inovação, criatividade e espírito empreendedor, a partir de diferentes vertentes, incluindo a Mídia. A abordagem académica será interdisciplinar centrada em ângulos históricos, musicológicos, da ciência da dança, da linguística e da sociologia. Subjacente a esta intencionalidade, há uma série de interrogações que se levantam e cujas respostas seriam pertinentes para o desenvolvimento dos estudos sobre esta matéria. Como é que o Kuduro se encaixa nas performances orais e corporais africanas?; Quais os vínculos do Kuduro com as tradições da dança urbana angolana do século XX?; Kuduro, um estilo músical ou uma manifestação artística resultante da hibridação de várias práticas artísticas angolanas?; Como o Kuduro pode contribuir para a inclusão digital dos seus praticantes e seguidores?; Como explicar o aparecimento do Kuduro e de manifestações artísticas similares em meios sociais com um historial de violência?
A Conferência poderá, deste modo, abordar os seguintes temas, não se limitando, porém, a eles:* Kuduro e performances orais e corporais africanas* Danças urbanas angolanas do século XX: * O Kuduro como performance * Tendências do desempenho artístico em África e na diáspora (kwaito, coupé decalé, hiphop, funk carioca e outras)* Estudo e registo técnico do Kuduro (dança, música, linguagem, indumentária, caracterização e atitude) * Globalização, cidadania e identidade no kuduro* Kuduro e inclusão digital * Impacto das novas mídias e tecnologia na divulgação do kuduro* Kuduro e Literacia*Kuduro e reexistência ou inclusão social
Os investigadores, estudiosos nacionais e internacionais interessados são convidados a apresentar sinopses ou propostas de 100-300 palavras (incluindo uma biografia de 150 palavras) para a organização da conferência, via e-mail para conferenciasobrekuduro@hotmail.com
As apresentações podem ter o formato performativo (performance lecture), de mesa-redonda, projectos participativos ou palestra oral. Deverão servir como formas adequadas de uma reflexão cientifica-performativa. O debate académico será encerrado com uma gala de Kuduro que trará, em complemento, a cronologia do processo evolutivo deste estilo musical urbano, com a participação de artistas nacionais e internacionais. A publicação dos resultados da Conferência será apoiada pelo Iwalewa-Haus, Bayreuth-Alemanha (Museu de Arte Contemporânea e Popular Africana, da universidade de Bayreuth) em parceria com o Goethe Institut-Angola. A publicação garante a sustentabilidade do projecto e serve como um trampolim para a promoção do debate internacional.
O Roça Língua vai reunir, durante a semana de 1 a 8 de Novembro 2011 (em simultâneo com a Bienal Internacional de Artes de S.Tomé),escritores, actores, cantores e jornalistas de países falantes do português para produzirem um livro, actuarem, conviverem e darem a conhecer a sua obra e aspectos criativos, contribuindo para o intercâmbio, valorização e promoção da Língua Portuguesa, tendo S. Tomé e Príncipe como contexto criativo e nos jovens o público-alvo.
Desejamos partilhar o universo reflexivo da escrita em comunidade e em relação com o lugar se dá o encontro. Resgatar um património que vive de cruzamentos históricos nem sempre pacíficos mas cuja complexidade interessa perceber e questionar.
Para isso vamos seguir percursos da ilha, tendo em conta a história de S.Tomé como entreposto cultural. Haverá mesas redondas, oficinas de escrita criativa, de jornalismo cultural, de teatro e de contadores de estórias, intervenções em vários espaços da cidade de S.Tomé e na roça S. João em Angolares. Haverá actividades culturais, espectáculos de teatro e concertos. Uma grande festa da língua!
Cada escritor compromete-se a escrever, nesta residência artística, um conto ambientado em São Tomé, nomeadamente a partir de histórias relacionadas com as estruturas das roças de Cacau. O conjunto dos contos será publicado num livro intitulado ROÇA LÍNGUA, com ilustrações do artista santomense René Tavares. Será também rodado um documentário sobre o 1º ROÇA LÍNGUA, da autoria de Elvis Veiguinha. E muitas outras surpresas.
Mais uma Noite Crioula no Centro InterculturaCidade. Desta vez uma noite com São Vicente e o barlavento caboverdiano na memória e no coração. “Um tempe Soncente era sabe”, reza uma célebre e sempre lembrada morna de Sérgio Frusoni. É em momentos como este entendemos mais como esse “tempe” pode ser também hoje.
A iniciativa decorre no próximo sábado, dia 29.
19h 30m » Palestra: “ Razão da Invisibilidade da Mulher Caboverdiana na Memória da Invenção da Morna “
20h 30m » Jantar tradicional caboverdiano Entrada: Mandioca frita Prato: Cachupa Sobremesa: Bolo de Banana
22h 30m » Conversa á volta do livro “O Carnaval do Mindelo: Formas de Reinvenção da Festa e da Sociedade” do investigador Caboverdiano Moacyr Rodrigues
Sujeito a inscrição prévia por e-mail ou telefone.
Contactos: Centro InterculturaCidade Tel. 21 397 57 16 | centro.interculturacidade@gmail.com Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa interculturacidade.wordpress.com
CES LISBOA / Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa
Picoas Plaza (Rua Tomás Ribeiro, 65)
Tel. 216 012 848
Exibição do vídeo/reflexão DIÁRIO DO DESERTO - NAMIBE 2009 de Cristina Salvador.
[No âmbito das comemorações dos 36 anos de independência de Angola. Organização Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde]
“Diário do Deserto - Namibe 2009” é um registo vídeo das reflexões e emoções recolhidas e sentidas ao longo de uma viagem ao Deserto do Namibe, considerado um dos mais antigos do Mundo, tendo pelo menos 80 milhões de anos estendendo-se numa faixa do litoral Sul de Angola e Namíbia.
Prémio Fernando Távora - 4º edição - Ordem dos Arquitectos da Secção Regional Norte. Apoio: CE.DO – Centro de Estudos do Deserto
4 de Novembro de 2011, 6ª feira, 20h30
Restaurante Mulemba Xangola
Largo José Afonso 4-L, Olival Basto, tel. 210 475 865
Jantar de homenagem e entrega de distinções da Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde.
Entrega da homenagem a título póstumo à Arquitecta e Pesquisadora Cristina Salvador, falecida em 22 de Setembro de 2011, com inúmeros trabalhos sobre Angola.
Reservas para o jantar através do mail chacaxinde.port@gmail.com
INSTITUT FRANÇAIS DU PORTUGAL | 25 outubro | 19h00-23h00
“No panorama atual do mundo, a questão capital é saber-se como ser um eu mesmo sem sufocar o outro, e como abrir-se ao outro sem asfixiar o eu mesmo.”
(E. Glissant, Introduction à une Poétique du Divers, 1996)
Prosseguindo com o projeto editorial que integra o programa do AFRICA.CONT, publica-se agora o livro Poética da Relação de Édouard Glissant, inaugurando assim a nossa primeira incursão nos domínios da ensaística e das ciências sociais e humanas. O lançamento é acompanhado da estreia nacional de um filme documentário de Manthia Diawara - “Édouard Glissant, Um Mundo em Relação”, que co-financiamos; de um debate e de uma performance que o tomaram como ponto de partida.
Pretendemos assim chamar a atenção para uma obra e um autor muito pouco conhecidos entre nós, mas que têm um lugar cimeiro nos debates recentes, e nunca tão politicamente atuais, sobre o estudo crítico dos processos coloniais, dos seus efeitos e legados culturais nas sociedades e culturas colonizadas e colonizadoras, e sobre a interpenetrabilidade cultural que caracteriza o nosso mundo globalizado.
Ao procurarmos situá-lo, não podemos deixar de notar como as diferentes filiações nesse campo de estudos coincidem amplamente com as zonas de influência dos antigos, e resilientes, impérios coloniais – os mundos anglófono, francófono, hispanófono, e lusófono.
Apesar das suas proximidades, surgiram com diferentes designações: “estudos póscoloniais” dominantes, “crioulidade e crioulização”, “modernidade/colonialidade”, “mestiçagem”, e outras. Em qualquer dos casos se questionam se os respectivos pressupostos e desenvolvimentos têm um valor geral, ou se ficam circunscritos a particularismos históricos; com defensores de um ou outro ponto de vista. Mas curiosamente, os diálogos entre as diferentes correntes são inexistentes ou quase; e se os anglófonos partem exclusivamente das experiências coloniais e pós-coloniais anglosaxónicas, o mesmo pode ser observado nos restantes casos; na América hispânica e no Brasil os estudos das relações interculturais coincidem com os processos de construção e definição das respectivas identidades nacionais; os espaços da francofonia (negritude, crioulidade, etc), ao contrário dos outros casos, mantêm o seu centro de gravidade em França; e entre nós, vive-se privilegiadamente na paróquia lusófona.
No lugar das indiferenças mútuas, às vezes só relativamente indiferentes, parece-nos que seguir as pisadas de Glissant pode levar-nos por um caminho mais interessante e fecundo.
Se abordarmos o conjunto destas correntes como um arquipélago, seguindo o modelo de pensamento arquipelágico que propõe, será certamente possível reconhecer e proporcionar ligações litorais e de horizontes, sem que cada uma das ilhas abandone as suas especificidades, e idiossincrasias. Parafraseando Édouard Glissant, uma forma de pensamento mais intuitivo, mais frágil, exposto mas também disposto ao caos do mundo e aos seus imprevistos e desenvolvimentos.
Este livro abre a passagem para um arquipélago interpretativo cujos mares o Africa.Cont pretende continuar a navegar. www.edouardglissant.fr
19h00 POÉTICA DA RELAÇÃO, de Édouard Glissant
Lançamento do livro. Edição portuguesa pela Sextante/Porto Editora
Projecto co-financiado pelo AFRICA.CONT/CML
ÉDOUARD GLISSANT, UM MUNDO EM RELAÇÃO, de Manthia Diawara
Documentário, 2010, 51min | [estreia nacional]
Projecto co-financiado pelo AFRICA.CONT/CML
Manthia Diawara acompanhou Édouard Glissant no Queen Mary II, para uma travessia do Atlântico entre South Hampton (Reino Unido) e Brooklyn (Nova Iorque), uma rota que tantos escravos atravessaram. Uma viagem também pelo pensamento de
Édouard Glissant, dividida em temáticas diferentes, que traz uma nova luz ao seu trabalho.
Poeta, filósofo e romancista Édouard Glissant (1928-2011), francês nascido na
Martinica, é um dos principais pensadores contemporâneos no universo da crioulização, da diversidade e da identidade cultural. Desenvolve as teorias da Poéticada Relação e de Todo-Mundo (Tout-Monde), nas quais o conceito de “relação” vem desconstruir a ideia de identidades fixas e unitárias, na defesa de uma nova dimensão da identidade na relação, um processo aberto interdependente, um sistema relacional que produz novas identidades, que acredita e valoriza a diferença e o direito à opacidade, sua e dos outros, reverso da mundialização uniformizante, um encontro onde despertamos o imaginário do mundo no outro.
Édouard Glissant é uma daquelas vozes excecionais que iluminam ou perturbam o trabalho e o pensamento daqueles que o cruzam pelo livro ou pela poesia. Nesta biografia intelectual, Manthia Diawara traça o perfil de Édouard Glissant e do seu conceito de Todo-Mundo. Uma voz que irá marcar o século XXI.
| Assistente de Produção na Martinica Danielle Nollet | Música Jacques Coursil | Tradução
Christopher Winks
A RELAÇÃO PARA ALÉM DA TOLERÂNCIA
Mesa Redonda com Manthia Diawara, Miguel Vale de Almeida,
Manuela Ribeiro Sanches e José António Fernandes Dias
22h00 CAIXA PRETA, um espectáculo de André e. Teodósio com Diogo Bento
Performance
“Tem o tempo a sua ordem já sabida; O mundo, não.” Camões
É com frequência que quem se dedica à aventura acabe por ir de encontro ao pior da experimentação.
Que afinal de contas o tempo dispendido em construção poderia ser inversamente calculado como anos andados à deriva.
Foi o que aconteceu a este ‘descobri dor’ que deu à costa na pior das manifestações do homem: uma caixa preta só comparável ao mercado dos escravos de Lagos. A convite do AFRICA.CONT, eis a minha homenagem a Édouard Glissant.
Porque a caixa preta é também a caixa negra onde se visualizam os acidentes do percurso da humanização.
Um espectáculo de André e. Teodósio | Interpretação Diogo Bento | Produção
Cristina Correia | Co-Produção AFRICA.CONT/CML e Teatro Praga
PARA ALÉM DA TOLERÂNCIA
[BEYOND TOLERANCE]
INSTITUT FRANÇAIS DU PORTUGAL | 25th October | 7 pm – 11 pm
“In the current panorama of the world, the main question is to know how to be oneself without suffocating
the other, and how to open oneself up to the other without asphyxiating oneself.”
(E. Glissant, Introduction à une Poétique du Divers, 1996)
No espírito de promover ideias que merecem ser espalhadas, o TED criou o programa chamado TEDx. O TEDx é um programa de eventos locais, e organizados de forma independente, que reúne pessoas para dividir uma experiência ao estilo TED.
O TEDxLuanda
É uma conferência sem fins lucrativos que reunirá alguns pensadores de áreas de conhecimento tão diversas quanto arte e tecnologia, ciência e negócios, para falar sobre suas melhores ideias em palestras com duração de 5 a 15 minutos. O tema desta primeira edição do evento será: Nós, Amanhã. O primeiro evento TEDxLuanda terá lugar a 24 de Maio de 2012 e espera-se cativar o interesse de 1,000 ou mais pessoas localmente e por todo o mundo.
Este evento TEDx independente é organizado sob a licença do TED.
Tema
“Nós, Amanhã”
Estarmos aqui é um fato, mas para onde vamos, é o desafio! Em busca de respostas para questões prioritárias, é um desafio que os jovens enfrentam diariamente. O nosso futuro é incerto, o presente é confuso e o passado parece-nos ter sido esquecido. Existe alguma maneira de podermos fazer algo, sem comprometer a geração de amanhã? O que podemos fazer para construir comunidades mais inteligentes e saudáveis? Como podemos definir a agenda para as comunidades futuras?
Respondendo a essas questões, estaremos a abrir um caminho para desbloquear o futuro e assim construir comunidades melhores e mais inspiradoras.
Junte-se a nós, traga as suas ideias e estórias para compartilhar com o mundo, desta forma abriremos novas portas para um futuro melhor.
In the spirit of ideas worth spreading, TED has created a program called TEDx.
TEDx is a program of local, self-organized events that bring people together to share a TED-like experience. TEDxLuanda is a nonprofit conference which will bring together some thinkers of knowledge areas as diverse as art and technology, science and business, to talk about their best ideas in lectures lasting 5 to 15 minutes. The theme of this inaugural event will be: We, Tomorrow. The first TEDxLuanda event will be held in May 24th, 2012 and is expected to reach 1,000 or more people locally and around the globe.
This independent TEDx event is operated under license from TED.
Theme
“We, Tomorrow”
We are here for a fact, but where we are going is the challenge ahead, seeking for answers to address issues are the main challenge that young people are confronted with. The future is uncertain, the present is confused and the past seems to have been forgotten.
Is there any way that we can do something without compromising tomorrow’s generation? What can we do to build smarter and healthier communities? How can we set the agenda for future communities? Answering these questions will make a path to unlock the future and build better and inspiring communities.
Join us, bring your ideas and stories to share with a wide audience, this way we will open new doors for a better future.
Mário da Silva é um artista multifacetado cujo talento se tem revelado tanto nas artes plásticas (pintura e escultura) como na música ou mesmo no cinema. Mas é enquanto músico que Maio Coopé - nome artístico que adoptou e cuja origem se prende com o facto de ter estado ligado durante alguns anos à comunidade de cooperantes europeus em Bissau – é mais conhecido, tanto na Guiné-Bissau como internacionalmente. Maio Coopé reside em Portugal há mais de uma década. A sua música tem uma forte expressão artística e identitária e desperta grande empatia no público.
COINTELPRO: FBI’s War On Black America, documentário 54 min de Denis Mueller e Deb Ellis (1990)
SAB 22 de outubro | 16h debate + 19h jantar + 21h concertos
Boss | Lbc | Minao | Souldjah | Hezbollah | Chullage | IPACO | Primero G | Lord G
Na Da BArbuda: LARGO DA SEVERA Nº8
++++++++++++++++++++++++++++
15 de outubro, foto de Lino Damião
COMUNICADO emitido pelo Grupo de Solidariedade com Jorge dos Santos/George Wright. Extradição Não!
Nestes últimos dias a comunicação social desdobrou-se em notícias sobre a prisão de Jorge dos Santos/George Wright diabolizando-o perante a opinião pública, sem informar sobre o contexto da realidade social e racial dos anos 60-70 nos EUA. Uma sociedade onde o racismo dominava e a comunidade negra vivia na pobreza, o que impulsionou activos movimentos de resistência e de lutas dessa comunidade pelos seus direitos. Edgar Hoover, o então chefe do FBI, estabeleceu como objectivo principal desta policia o desmembramento das mais activas organizações do movimento negro, entre as quais os Black Panthers uma organização que lutava pelos direitos da comunidade negra e instituiu um programa social de apoio à comunidade. Ao mesmo tempo outras organizações racistas eram toleradas pela polícia e desenvolviam frequentes provocações, espancamentos e linchamentos, nomeadamente os KKK (Ku Klux Klan).
Foi dentro deste enquadramento que, em 1962, Jorge Santos/George Wright, então com 19 anos, se viu envolvido num assalto do qual resultou a morte de uma pessoa, e embora tenha sido provado que não foi o responsável directo dessa morte, isso não impediu o sistema judicial de Nova Jersey a condena-lo a uma pena de prisão de 30 anos
Passados 8 anos, Jorge/George evadiu-se da prisão de Bayside em Leesburg.
Na cidade de Detroit, para onde foi viver, entrou em contacto com o Black Liberation Army, uma organização que combatia pelos direitos dos negros americanos vindo a envolver-se nas suas actividades. Foi enquanto militante dessa organização política, que participou numa acção para obtenção de fundos, que consistiu no desvio de um avião de Delta Airlines, para Miami, a 31 de Julho de 1972.
O resgate pedido, de um milhão de dólares, foi entregue pelas autoridades americanas em troca da libertação de todos os passageiros, o que aconteceu sem que estes tenham sido molestados.
O resgate destinava-se a subsidiar a actividade da organização, nomeadamente apoiar socialmente a comunidade negra.
Ainda com a tripulação e avião, dirigiram-se para a Argélia onde pediram asilo politico, tendo o dinheiro do resgate sido devolvido aos EUA, juntamente com o avião e a tripulação.
Mais tarde os autores do desvio do avião exilaram-se em França , onde permaneceram alguns anos. Foi após a prisão dos seus camaradas que Jorge/George veio para Portugal, e em seguida para a Guiné Bissau, onde lhe foi dado asilo politico, e por protecção, uma nova identidade.
Jorge, durante a sua permanência neste país africano, fez voluntariado junto das camadas jovens, ensinando basquetebol, e desenvolveu diversas outras actividades sociais.
No final dos anos 70, conhece uma portuguesa, com quem se vem a casar. Há cerca de 30 anos, veio viver para Portugal onde adquiriu legalmente a nacionalidade portuguesa. Jorge, como qualquer outro cidadão, trabalha para a sua subsistência e de sua família (esposa e 2 filhos), não deixando, porém, de participar em actividades de solidariedade, estando sempre disponível para ajudar o próximo.
Apesar de ter a sua imagem denegrida pela comunicação social, é possível verificar-se que se trata de um cidadão integrado e acarinhado pela comunidade onde reside.
Consideramos que o Jorge só tem uma pena a cumprir: a absolvição. Por isso exigimos a sua liberdade incondicional .
A extradição para os EUA para cumprir o resto da pena, passados 41 anos, mesmo com dúvidas quanto a veracidade dos factos propangadeados, só pode ter como resposta Não!
O que o FBI pretende é vingar-se da humilhação que sofreu, quando teve que entregar o resgate em fato de banho e deixar partir o avião nas suas barbas.
EXTRADIÇÃO PARA A PENA DE MORTE NÃO! LIBERDADE PARA JORGE DOS SANTOS/George Wright!
6ª feira 21/10 - 22h I Bartô, o bar do Chapitô I entrada gratuita
seja em Luanda, na Cova ou na Arrentela, quando um bastão cai no corpo de um irmão ou de uma irmã deixa sempre a mesma marca. reunimos indignações faladas e cantadas contra a escalada da repressão policial, nos bairros aqui ao lado e em todas as ruas onde se luta contra ditaduras. exemplos da resistência pela palavra prometem dar voz a todas e todos cuja resposta que obtêm do Estado, quando se tentam erguer, é a força dos bastões, balas, prisões, ameaças e represálias ferozes.
The AYRN is a Pan-African research organisation founded by African young academics and researchers in Abidjan in 2010 and which is being coordinated from Abidjan, Bamako, Dakar, Nairobi and Kinshasa. The general constitutive assembly will be held soon to officially launch the organisation. Our headquarters will soon be established and we will have a website up soon. The AYRN was born in the heart of the Ivory Coast crisis bearing the symbol of the determination of young African intellectuals to face the challenge of building Africa. For more information on the AYRN, also write to contacts listed in this call. AYRN is launching a call for papers on the theme “Africa and Development: assessment and challenges for African youth” for a collection of papers on the theme to be published in book form by l’Harmattan. Contributions are welcome from young academics, young researchers, young experts from governmental and non-governmental development organisations and civil society. The book will be launched in 2012. Paper proposals should reflect a sound relevance to the general theme of the book and address any of the following subthemes:
Approaches, ideologies, discourses on development
The aim is to critically interrogate discourses, theoretical approaches, and ideologies (established, recent, and dead ones) of development in Africa and locate political and intellectual anachronisms, linkages and innovations on development. Is it possible to find a new alternative concept without falling in the trap of the current normative and conceptual gridlock?
Democratisation and development
The beginning of the 21st century in Africa has been marked by an important upsurge of violence as one of the main political idioms, testifying to the unfinished character of democratization and to the vigor of the mobilisation that often characterised the latter. The stakes of such violent modes of access and being in the public sphere as well as the ways in which they are legitimised merit a closer look. The same can be said about the identitary constructions of social and economic inclusion and exclusion, which should be first of all related to political and geostrategic calculus. How do such identitary constructions of groups and their interest influence social and political mobilisation and the access or not to resources and circuits of accumulation and production? We also welcome original and critical reflections on social movements; how do social movements redefine the relationship between democratization and development?
Regional integration and development
Instead of refreshing nostalgic and militant analyses, contributors are invited to critically consider the securitisation of the development agenda and discourses and how they impact on the practices of development throughout the continent. To what extent have African regional organisations been able to carry the development agenda? Do they still have the capacity to produce imaginaries, norms, practical benchmarks and viable consensus around development in the continent? Instead of merely containing foreign intellectual and expert incursions, can they put an end to them and, if need be, eliminate the macro-political processes that appear to be detrimental to their member states and peoples?
‘New global politics’ and development
Less than a novelty, new global politics rather evokes the complexity that characterises the international order and the way in which continuities and breaks with the past redefine the relationship between Africa and the various international actors. Furthermore, concern is about how resources and modalities of African development entail a revision of the international political and economic balances as well as a challenge to the intra-continental political stability. Contributors are expected to review and assess the theoretical and conceptual linkages between global politics and African development, and characterise the practical implications of these on various issues: the effects of disciplinary and regulatory procedures of the international political and economic order on African development, especially as they may be of relevance to the viability of the global and continental frameworks of the commercial management and exploitation of African resources.
Uncertainties, marginalisations and development
This subtheme is an occasion for contributors to think about the challenges and prospects of development from the perspective of relationships between states and societies, elites and masses, social seniors and juniors, gender relationships, and ethnic minorities and majorities, etc. In other words, concern is about the theoretical and conceptual limitations in naming the popular dynamics of “resistance” and “survival”, towards a better and refreshed or renewed understanding of current and upcoming uncertainties, of processes of marginalization and innovation, especially when sound development alternatives are hard to find.
National public policies and development
The concern here is about the challenges that paradoxically emerged out from ancient and new achievements in the field of development in Africa, though scant they may have been. Account should be taken of the related political stakes such as access to new representative and governmental roles in the new governance and developmental spaces which the megalopolis and secondary urban centers have become. The interface between political mobilisation and citizen participation on the one hand, and public policies on the other should attract much attention from contributors. The issue of social and economic rights through the lenses of the imbalances between urban and rural governance and developmental spaces finds thus a peculiar importance. The same can be said about the link between urbanization, environment and settlements.
Every paper proposal must consist of a two-pages document containing:
The title of the paper and the subtheme with which it deals;
The institutional affiliation and a brief biography of the author and an concise indication of his interest for the subtheme;
An abstract of the proposal (in English or in French) of 300 words maximum, including keywords (5 words, max.)
Proposals should be sent before 30 October 2011. The scientific committee will preselect a set of most critical and relevant proposals and send information to their authors on 30 November 2011. Preselected authors should then send their final papers to the editing board before 1 March 2012.
Appel à candidature pour un festival de vidéo Avril 2012 L’association ARTchSO a pour but de promouvoir l’art vidéo dans le milieu urbain à travers son dispositif Show Window : diffuser des oeuvres dans les vitrines de magasins afin de qu’elles rencontrent un large public. Show Window permet la métamorphose de l’espace public en véritable espace muséal avec un souci de se plier aux exigences de l’oeuvre et de dialoguer avec les avancées technologiques.
Dans notre première édition d’ARTchSO Vidéo Festival en 2011, un dispositif visuel et sonore était spécialement conçu pour rapprocher le public à l’oeuvre et l´apprécier dans sa globalité. Nous envisageons pour 2012 d’aller plus loin dans l’interactivité entre le spectateur et le travail de l’artiste. ARTchSO a choisi comme thématique pour son festival de mettre en lumière les continents. En 2011, c’est le continent asiatique qui a été à l’honneur (http://artchso.blogspot.com), pour 2012 ce sera le continent africain. Un continent que l’on choisit pour sa différence, son esthétique et sa sensibilité. Il nous parait intéressant d’aller à la découverte de l’art vidéo africain et ainsi montrer la création artistique en matière de vidéo en Afrique, jusqu’à présent très peu diffusée et connue. À travers ces vidéos, la restitution de la sensibilité sociale et politique du continent invité viendra enrichir notre appréhension de celui-‐ci. Sortir des espaces communs d’exposition et mettre en éveil eten émoi toute la ville voilà ’essentiel de la volonté et de l’engagement d’ARTchSO. Pour cet appel à candidature: Merci d’envoyer un DVD accompagné du règlement ci-joint daté et signé avant le 31 janvier 2012 (le cachet de la poste faisant foi) pour la sélection à: ARTchSO 56, rue Poullain Duparc 35000 Rennes France Télécharger la fiche d’inscription: http://s314491075.onlinehome.fr/FicheInscription2012
Chamada para comunicações / call for papers II Conferência Internacional sobre o Desporto em África Desporto e lazer no continente africano: práticas e identidades
O Centro de Estudos Africanos do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em colaboração com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, o “Sport”: Laboratório de História do Esporte e do Lazer da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Núcleo de Estudos Africanos da Universidade Federal Fluminense, promoverá em Lisboa, a 5 e 6 de Junho de 2012 no ISCTE-IUL, a II Conferência Internacional sobre o Desporto em África, subordinada ao tema Desporto e lazer no continente africano: práticas e identidades Apela-se à participação, em particular, dos académicos que tenham ou queiram desenvolver trabalhos sobre desporto e lazer em África. A Conferência será aberta ao público. As línguas da Conferência serão o português, o francês e o inglês. Os interessados em participar com a apresentação de comunicações deverão ter presente a seguinte calendarização.
15 de Janeiro - submissão de propostas de comunicações 15 de Fevereiro - comunicação da Comissão Científica sobre a aceitação de comunicações 15 de Maio - entrega dos papers para publicitação no site do CEA-ISCTE/IUL
Os resumos das comunicações deverão ter no máximo 200 palavras e ser acompanhados de três palavras-chave. Os proponentes deverão juntar uma breve nota biográfica, assim como indicar a respectiva filiação institucional e os contactos pessoais. As propostas deverão ser enviadas para o seguinte email: desporto.africa.cea@gmail.com
O doclisboa 2011 Festival Internacional de Cinema apresenta este ano uma programação dedicada aos Movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974). Cinquenta anos depois do início da luta armada dos povos colonizados por Portugal, apresentamos uma retrospectiva histórica de filmes sobre as guerras de libertação das colónias portuguesas em África. Um resgate das obras cinematográficas mais significativas filmadas junto dos Movimentos de Libertação.
No dia 28 de Outubro, às 21h30, no Cinema São Jorge (sala 2) haverá uma Mesa Redonda sobre a Retrospectiva, com António Loja Neves e outros convidados a confirmar.
A pesquisa nos arquivos cinematográficos tem surpresas sem fim. Na procura dos filmes desta retrospectiva também as houve. A maior foi constatar, uma vez mais, quão frágil é o material cinematográfico e como se vai perdendo o rasto do seu passado à medida que os anos passam. O contrário foi de igual modo surpreendente, ao depararmo-nos com obras essenciais estimadas e preservadas. Como foi exemplo dos Serviços Audiovisuais do Exército, onde visionámos filmes em impecável estado de conservação e catalogação, para mais tratando-se de obras realizadas para apoiar “a causa do inimigo”, rodadas em plena guerra ultramarina e nessa época adquiridas pelo Exército português.
São esses materiais que devolvemos agora ao público. Preparámos o acervo possível de mostrar na actualidade. Tiveram que ser recuperados vários títulos cujas cópias se apresentavam maltratadas pelo tempo e pelo uso. O que vos damos a olhar é o que de mais significativo se filmou na altura e o que de mais sólido hoje se preserva ainda.