Encontro Internacional Lusófono de Literatura, Arquitetura e Património I Mindelo

1.o EILLAP 9 e 10 de maio Centro Cultural do Mindelo

Modalidade semipresencial

PROGRAMA

DIA 9 9h00-9h30 (CV) / 9h30 – 11h30 (PT) – ABERTURA

Inês Alves (Universidade Jean Piaget, Mindelo)
Hilarino da Luz (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal) Presidente da Câmara de S. Vicente - Dr. Augusto Neves

SESSÃO I - 9h30 -11h

Moderação: Hilarino da Luz (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal)

9h30-9h45

Escolas-piloto do PAIGC e o forjar da identidade nacional

ANA LÚCIA REIS (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal)

9h45-10h00

́Rotcha Scribida ́ sua gestão enquanto parte do Património Cultural ARÍCIA CONCEIÇÃO (Cabo Verde) – Online

10h00-10h15

Preservar a memória: contribuição do Onésimo Silveira para a Comunidade Cabo-verdiana
CARLA ROCHA e OLGA FERREIRA (Portugal / Cabo Verde)

10h15-10h30

O papel do autor-político na poesia de António Jacinto, Jorge Rebelo e Marcelino dos Santos
TOM SENNETT (Reino Unido / Moçambique)

10h30-11h00

Debate

11h00-11h15

Coffee Break

SESSÃO II – 11h15-12h30

Moderação: Claudino Borges (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde)

11h15-11h30

Património Natural em Moçambique: Uma História da “Proteção da Natureza” desde o início do Século XX
PAULO VASCONCELOS (Portugal / Moçambique)

11h30-11h45

Sinta10 Tours

HIBRARIN DIAS (Cabo Verde)

11h45-12h00

Turismo Religioso na Serra do Estrondo Património Natural do Tocantins NÚBIA NOGUEIRA (Brasil) – Online

12h00-12h15

Morna: de música crioula a Património Imaterial da Humanidade

GENI DE BRITO (Brasil / Portugal) - Online

12h15-12h30

Cabo Verde: A escrita insurgente de Dina Salústio e Fátima Bettencourt SÔNIA SANTOS (Brasil) – Online

12h30-13h00

Debate

13h00 - 15h00 - ALMOÇO LIVRE
15h00 SESSÃO III - MESA REDONDA - Lugares e Património

Moderação: Inês Alves (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde) Existirá um futuro ‘belo’ para a imagem do Mindelo?

CARLOS SANTOS (Universidade de Cabo Verde)

O patrimônio artístico feminino e seu apagamento histórico: notícias do Nordeste do Brasil
MADALENA ZACCARA (Universidade Federal de Pernambuco)

Patrimônio e desenvolvimento: diálogos possíveis entre cidades da lusofonia
MARCELA SANTANA (Cátedra Unesco Diálogo Intercultural em Patrimónios de Influência Portuguesa - Universidade de Coimbra)

Brasília: o patrimônio entre a literatura e a arquitetura

VALÉRIA DA SILVA (Universidade Federal de Goiás)

18h30_ Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design

O Mar na Memória em Cabo Verde: Cruzamentos entre o “Mar Liso” de José Cabral e o “Falucho” de Manuel Brito-Semedo
Projeção de filme e onversa entre os autores

DIA 10
9h00-10h30 SESSÃO I - MESA REDONDA – Literatura, Lugares e Património

Moderação: António Tavares (Centro Cultural do Mindelo)
Mindelo, Cidade Literária: sua representação urbana e criação literária

ISABEL LOBO (Cátedra António Aurélio Gonçalves - UniMindelo)

Memória Coletiva na Inserção entre Literatura e Património ILDO ROCHA (Ministério dos Transportes e Turismo)- Online

Lugar do Património na Arquitetura das minhas obras JOSÉ CABRAL(Instituto das Pescas de Cabo Verde)

Mindelo, Um Espaço de História e de Memória

MANUEL BRITO-SEMEDO (Universidade de Cabo Verde)

10h30-11h00 Coffee Break

SESSÃO II – 11h00-11h15

Moderação: Carlos Santos (Universidade de Cabo Verde)

11h00-11h15

Relacionalidade e Território

NUNO FLORES (Portugal) Presencial

11h15-11h30

Leituras cruzadas sobre a (auto)construção da forma-dinâmica urbana de Maputo
DAVID VIANA (Portugal / Moçambique) - Online

11h30-11h45

Narrativas Visuais na Cidade Velha: Reflexos da História e Identidade Cultural na Arquitetura
YARA MONTEIRO (Brasil / Cabo Verde) – Online

11h45-12h00

Debate

SESSÃO III- 12h00-13h00

Moderação: Ana Lúcia Reis (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal)

12h00-12h15

O Património nos Lugares da Memória em Cabo Verde - a decadência da comunidade dos Rabelados do Interior de Santiago
CLAUDINO BORGES (Cabo Verde)

12h15-12h30

Rios Urbanos Naturalizados como Ferramentas para o Desenvolvimento e Equidade: Ribeira Afonso
NAGAYAMMA ARAGÃO (Portugal / São Tomé e Príncipe) - Online

12h30-12h45

Águas e Vozes
LÚCIA VIGNOLI (Brasil) - Online

12h45-13h00

Debate

13h00 - 15h - ALMOÇO LIVRE

15h00-16h30 – CONVERSA ENTRE ESCRITORAS / HOMENAGEM Memória em Fátima Bettencourt & Dina Salústio
Hilarino da Luz (CHAM – NOVA FCSH/UAc, Portugal)

16h30-16h50 - ENCERRAMENTO

 

08.05.2024 | par martalanca | arquitetura, literatura, Mindelo, Património

Pérola Sem Rapariga | direção e encenação: Zia Soares

texto: Djaimilia Pereira de Almeida
CCB, Pequeno Auditório
24 maio, 21H25-26 maio, 19H
Pérola Sem Rapariga inspira-se na leitura de Voyage of the Sable Venus and Other Poems de Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto Henschel. O espetáculo pensa a relação entre a superfície do corpo e aquilo que sobre ele somos capazes de dizer, entre legenda e imagem, entre a pele e o salvamento. O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando prenúncios de apocalipse.
“A ideia é mergulhar na gargalhada e acordar do outro lado. Cair no riso como quem cai no sono e no sono como quem cai ao mar. Ou antes, rir como quem se ergue, tirar o pó dos joelhos dentro dos sonhos, erguer a cabeça dentro do abismo. Ou rir como quem se afoga. Renascer de um afogamento. Acordar da morte.
Duas mulheres que são uma andam por aqui entretidas a abrir o caminho sinuoso aonde levam as gargalhadas. Riem a bandeiras despregadas e, quando dão conta, estão em apuros, numa confusão da qual não sabem sair sozinhas.
Se há uma visão dominante, em Pérola Sem Rapariga, é que as gargalhadas das raparigas são perigosas. Parece que queremos que as mulheres posem sem rir porque temos medo do ritmo, da faca e do arco do riso — que faz tremer a terra e racha o fundo do mar.”

foto de filipe ferreirafoto de filipe ferreira
Djaimilia Pereira de Almeida
direção, encenação: Zia Soares
texto: Djaimilia Pereira de Almeida
interpretação: Filipa Bossuet, Sara Fonseca da Graça
artista visual: Kiluanji Kia Henda
instalação e figurinos: Neusa Trovoada
música e design de som: Xullaji
design de iluminação: Carolina Caramelo
assistência à encenação de movimento: Lucília Raimundo
vídeo promocional: António Castelo coprodução: Sowing_arts, Teatro Nacional D. Maria II, apap – FEMINIST FUTURES (projeto cofinanciado pelo programa Europa Criativa da União Europeia) apoio: Casa da Dança, Polo Cultural Gaivotas Boavista duração: 1H > 12
Pérola Sem Rapariga integra a programação da Odisseia Nacional  e o Ciclo Abril Abriu do Teatro Nacional D. Maria II, e a programação comemorativa dos 50 anos do 25 Abril do CCB.
Informação e reservas: https://www.ccb.pt/evento/perola-sem-rapariga/

08.05.2024 | par martalanca | Djaimilia Pereira de Almeida, Zia Soares

Programação na Tigre de Papel ao longo do mês de Maio

Cartaz de Alejandro LevacovCartaz de Alejandro Levacov
Sexta-feira, 10 de Maio, às 18h
Apresentação do livro As Comissões de Trabalhadores em Portugal, na Continuidade dos Conselhos Operários na Europa, de José Santana Henriques, com a participação do autor e de Miguel Pérez Suárez e Eduardo Pires
Terça-feira, 14 de Maio, às 18h30
Apresentação do livro Quem Anda Aí, de Ketty Blanco Zaldivar, com a participação da autora e de Manuel Matos Nunes
Quinta-feira, 16 de Maio, às 18h30
Conversas com Editores | Wladimir Vaz (Urutau)
Sexta-feira, 17 de Maio, às 18h30
Comecemos uma revolução à mesa! | conversa com Victor Lamberto sobre o movimento Slow Food
Sábado, 18 de Maio, 16h
Íris Entra no Jogo | apresentação do livro e oficina criativa para crianças, com a autora, Mafalda Mota
Quinta-feira, 23 de Maio, às 18h30
A Insurreição que Vem | apresentação do livro Comité Invisível, com a participação de Luhuna Carvalho e de Nuno Ramos de Almeida
Segunda-feira, 27 de Maio, às 18h30
FICÇÃO-contra-FICÇÃO | Malcolm Lowry – debaixo do vulcão | conversa com Marcelo Teixeira
Terça-feira, 28 de Maio, às 18h30
Uma cidade habitada por palavras | conversa com Ana Marques Gastão sobre Ana Hatherly, na passagem dos 95 anos do seu nascimento

07.05.2024 | par martalanca | Tigre de Papel

Enfrentando Passados Violentos: Repensando o Memorial e o Monumento

Reckoning with Violent Pasts: Rethinking the Memorial and the Monument, por Marita Sturken (NYU), conceituada especialista em cultura visual e estudos de memória, no dia 20 de Maio, segunda-feira, às 18h, na NOVA FCSH, Auditório B2 (Torre B). 
Enfrentando Passados Violentos: Repensando o Memorial e o Monumento

Por toda a Europa e nas Américas, as décadas que se seguiram aos anos 1980 foram, em grande medida, entendidas como tendo produzido um “boom de memória” – uma época de produção significativa de memoriais, museus de memória e projetos de arte memorialista, que, de certa forma, constituem uma espécie de ajuste de contas com a violência do século XX: a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, o terrorismo de Estado na América do Sul, a Guerra do Vietname e o 11 de setembro nos Estados Unidos. Na maior parte dos principais lugares de memória que então surgiram, o modernismo e o minimalismo predominaram esteticamente. Muitos dos projetos de memória mais radicais (na Alemanha e na Argentina) incorporaram explicitamente, na sua conceção, uma crítica à memorialização, utilizando tácticas da arte concetual para questionar a ideia de que um memorial é apenas um local a ser visitado, fora da vida quotidiana.

Nos últimos 15-20 anos houve uma mudança neste boom de memória (durante o qual muitos círculos eleitorais e comunidades competiam para ter os seus próprios memoriais) para uma discussão mais ampla e transnacional sobre os legados da monumentalização e o papel da memória como ativismo. Mais recentemente, em particular desde a manifestação global de indignação contra as injustiças raciais no auge da pandemia, o acerto de contas com os passados coloniais e os legados de séculos de escravatura tem-se voltado cada vez mais para as paisagens imperiais e coloniais da monumentalização – demolição de monumentos, vandalização e exigência da sua remoção. Após décadas de debate sobre muitos destes monumentos a passados racistas, em 2020 alguns começaram a cair. Parece que o monumento, em particular o monumento a passados coloniais e racistas, já não pode, em muitos destes contextos, manter-se de pé.

Esta palestra analisa esta mudança: do boom memorialista (com os seus contra-memoriais e estética minimalista) para a desmonumentalização; da adesão e reformulação simultâneas da memorialização para o questionamento e rejeição do monumento. Considerando o contexto transnacional do boom de memória (em particular na Alemanha, nos EUA, na Argentina e no Chile) e dos movimentos de desmonumentalização (em particular na África do Sul, na Inglaterra e nos EUA), esta palestra visa elucidar as consequências de como o impulso de memorialização se começou a deslocar, finalmente, para a memória dos passados imperiais e coloniais, questionando a monumentalização do império e dos regimes esclavagistas e exigindo um enfrentamento dos legados da escravatura.


Marita Sturken é Professora Catedrática no Departamento de Media, Cultura e Comunicação da Universidade de Nova Iorque e conceituada especialista nos campos da cultura visual e dos estudos de memória. É autora de “Terrorism in American Memory: Memorials, Museums, and Architecture in the Post-9/11 Era” (New York University Press, 2022); “Practices of Looking: An Introduction to Visual Culture (com Lisa Cartwright, Oxford University Press, 2018, 3ª ed.); “Tourists of History: Memory, Kitsch, and Consumerism From Oklahoma City to Ground Zero” (Duke University Press, 2007), que ganhou o prémio Transdisciplinary Humanities Book Award 2007-2008 atribuído pelo Institute for Humanities Research da Arizona State University; “Tangled Memories: The Vietnam War, the AIDS Epidemic, and the Politics of Remembering” (University of California Press, 1997); e “Thelma & Louise” (British Film Institute Modern Classics series, 2000; re-editado em 2020). Os seus livros foram traduzidos para japonês, chinês, coreano, checo e hebraico, tendo artigos publicados em espanhol e português. Em 2023, foi-lhe atribuída a prestigiada Guggenheim Fellowship. site da professora

Entrevista a Marita Sturken por Inês Beleza Barreiros (in Buala, 21/10/2021).

Ciclo de Conferências do Pensamento Crítico Contemporâneo | 16 e 17 maio

O primeiro Ciclo de Conferências do Pensamento Crítico Contemporâneo será inaugurado nos dias 16 e 17 de Maio (FLUP, sala António Teixeira Fernandes, Torre B, 4.° piso), através da realização de duas conferências integradas. Trata-se de uma excelente oportunidade para aprofundar debates sobre passados violentos contemporâneos com grandes especialistas no tema.

Reckonings with violent pasts: rethinking the memorial and the monument 

Marita Sturken, New York University | 17 de maio | 15h 

“Olhando para o contexto transnacional do boom da memória (em particular na Alemanha, nos EUA, na Argentina e no Chile) e para os movimentos de desmonumentalização (em particular na África do Sul, em Inglaterra e nos EUA), a conferência pretende explorar as consequências da forma como o impulso para a memorialização se começou a voltar, finalmente, para a memória dos passados imperiais e coloniais, para questionar a monumentalização do império e dos regimes escravistas, e para as exigências de um acerto de contas com os legados da escravatura”.

Primo Levi e as escritas da História: a literatura do testemunho e a representação do Holocausto

Pedro Caldas, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro |16 de maio | 16h 

“Um evento limite é aquele capaz de desafiar as nossas formas habituais de entender e sentir os fenómenos históricos. Muito mais do que um documento sobre os campos de extermínio, a obra de Primo Levi convida-nos a refletir sobre a escrita da história e da temporalidade.”

07.05.2024 | par martalanca | Marita Sturken, memória, Pensamento Crítico, Primo Levi

José Augusto Ramos - Textos em Diáspora - LANÇAMENTO

O Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa) tem o prazer de convidar para o lançamento e a apresentação de dois volumes de estudos reunidos do Professor Catedrático Emérito José Augusto Ramos:

Textos em Diáspora: O Tempo e o Homem  

Textos em Diáspora II: Os Deuses e a Hermenêutica

A sessão terá lugar a 15 de Maio de 2024, no Anfiteatro I da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, pelas 17h30

A apresentação estará a cargo dos Professores Doutores Arnaldo do Espírito Santo e Francisco Caramelo, sendo a sessão presidida pelo Professor Doutor Hermenegildo Fernandes, Director da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Mais informações podem ser consultadas na página do CH-ULisboa dedicada ao evento: https://chul.letras.ulisboa.pt/eventos-detalhe.php?p=1224.

03.05.2024 | par mariana | diáspora, FLUL, José Augusto Ramos, lançamento

"25 de Abril, sempre no ar" - sessões de escuta radiofónica - MAIO 2024

25 de Abril, sempre no ar

SESSÕES DE ESCUTA RADIOFÓNICA

7, 14 e 21 de Maio no Museu do Aljube, Lisboa

Revolução que deu os passos decisivos na rádio, é na rádio que ela mais ecoa.

Voltamos aos passos das canções, dos repórteres que fintavam as sombras dos vampiros, do enviado especial estrangeiro tomado pela poesia que estava na rua e dos artistas de hoje que invadem e ocupam uma rádio porque ela ainda é a casa das palavras. Para que o microfone continue a ser poema e fale.”

Caras e caros ouvintes de Abril (em Maio),
Começa esta próxima terça-feira, 7 de Maio, a extensão portuguesa da programação dedicada ao cinquentenário da revolução dos cravos criada para um dos maiores festivais de rádio do mundo, o Longueur d’ondes de Brest, realizado em Fevereiro de 2024.
Voltamos a sintonizar alguns dos memoráveis - e alguns deles quase desconhecidos ou algo esquecidos - momentos radiofónicos que põem Abril sempre no ar: antes, durante ou depois do sonho “inteiro e limpo” que se iniciou na rádio.
25 de Abril, sempre no ar
Estas sessões de escuta imersiva e colectiva permitem, em diálogo com as peças ou fragmentos escolhidos de reportagens, documentários, criações ou outros formatos radiofónicos, uma reflexão sobre a própria escuta e todas as suas camadas sonoras e ecos contemporâneos.
Uma viagem com alguns dos protagonistas e autores destes sons de resistência e liberdade: Adelino Gomes, Fernando Alves, Manuel Alegre, João Brites, João Paulo Guerra e Francisco Fanhais.[Na primeira escala desta programação radiofónica em curso, em Brest, além de Adelino Gomes e Francisco Fanhais, marcaram igualmente presença: Elsa Cornevin, Irene Flunser Pimentel, Kaye Mortley, Isabel Meira, Luísa Semedo, Pedro Rosa Mendes e Victor Pereira, entre outros.]
É uma curadoria que tive a alegria e a responsabilidade de realizar, com a infinita camaradagem – cúmplice, crítica e sábia – do repórter de Abril e de todos os meses, Adelino Gomes.

A entrada é livre.

03.05.2024 | par mariana | 25 de abril, museu do aljube, revolução dos cravos

Edições Fora de Jogo | Anarquismo em debate, filme Colônia Cecília | Lisboa | 5 de maio 2024

Neste domingo, dia 5 de maio, ocorre o evento Anarquismo em Debate, a partir das 15h na Casa do Comum do Bairro Alto (Rua da Rosa, 285, Lisboa).

Após a estreia do filme “Colônia Cecília. Um sonho anarquista” (2024), haverá discussão com a presença do realizador Carlos Pronzato, e com Diogo Duarte, autor do livro “O anarquismo e a arte de governar” (Fora de Jogo, 2024).

Entrada livre.

Pré-venda - Libertar o Futuro. Textos Políticos (1916-1926), Antonio Gramsci

“O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça, mas porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa agrupar os nós que depois só a espada poderá cortar, deixa promulgar as leis que depois só a revolta fará anular, deixa exercer o poder a homens que depois só um motim poderá derrubar. A fatalidade que parece dominar a história não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo.”

Texto de Antonio Gramsci publicado em “La Città futura”, em fevereiro de 1917, e incluído em Libertar o Futuro. Textos Políticos (1916-1926), brevemente em reedição da Fora de Jogo.

O livro está disponível, com desconto de pré-venda, a 10€. Para o adquirir aproveitando esta campanha, envie-nos um e-mail para geral@foradejogo.org.

Fora de Jogo é a editora da Associação Cultural com o mesmo nome. Estamos focados na publicação de livros que exploram um conjunto de processos sociais, históricos, políticos e culturais situados em diferentes geografias, temporalidades e escalas da realidade. Interessa-nos, particularmente, a publicação de investigações nas áreas da história e  das ciências sociais, mas igualmente de todos os géneros, da poesia ao  romance, da fotografia à dramaturgia, que expandam este conhecimento e  as perspetivas sobre o mesmo.

03.05.2024 | par mariana | Anarquismo em Debate, evento, exibição de filme, fora de jogo, lançamento de livro

Tesouros do Arquivo | Bushman + Mandabi

No mês de maio, apresentamos dois filmes complementares que nos convidam à reflexão sobre as necessidades e dificuldades das diásporas africanas no final dos anos 60.

09 Maio, 5ª f, 19h15

Bushman

De David Schickele

EUA, fic., 1971, 73’

+ info: https://www.batalhacentrodecinema.pt/program/bushman/

Em 1968, Gabriel, um jovem nigeriano a viver nos Estados Unidos, reflete sobre todas as fricções que acompanharam a década de 60. Viajou para a Califórnia em busca de uma vida melhor, mas diariamente é confrontado com os paradoxos de uma sociedade aparentemente progressista, que esconde o seu racismo estrutural.

Restaurado recentemente em 4K a partir dos negativos originais, o filme foi arquivado durante décadas após a sua estreia.

É considerado um marco da representação negra no cinema americano, especialmente por captar a emergência da contracultura da Costa Oeste da época.

25 Maio, Sábado, 17h15

Mandabi

De Ousmane Sembène

Senegal/França, fic., 1968, 91’

+ info: https://www.batalhacentrodecinema.pt/program/mandabi/

Combinando humor e crítica social, Mandabi acompanha Ibrahima, um homem pobre e desempregado que vive em Dakar.

A sua vida toma um rumo inesperado quando recebe uma ordem de pagamento do sobrinho que trabalha em Paris, destinada a ajudar a família. As tentativas para descontar o cheque tornam-se cada vez mais complicadas devido à burocracia, corrupção e ganância.

Enquanto revela as dificuldades do protagonista no acesso ao dinheiro, esta relíquia do cinema senegalês explora temas como a pobreza, colonialismo e os desafios de uma sociedade em mudança.

Falada principalmente em wolof, Mandabi foi a primeira longa-metragem de sempre realizada numa língua africana.

 

03.05.2024 | par mariana | apresentação de filme, Bushman, filmes, Mandabi, Tesouros do arquivo

Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas | Digressão 2024 - 50 anos 25 Abril

Queridos companheiros, companheiras, companheires,

escrevo-vos do presente de 2024, ainda no maravilhamento daquele dia na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e das manifestações em todas as outras avenidas por esse país fora, e os dias seguintes e anteriores de torrentes memoriais e importantes momentos de inscrição do passado no espaço público. Em particular, penso na inauguração do primeiro museu nacional dedicado à memória e à resistência antifascista – situado no Forte de Peniche, antiga prisão do Estado Novo para presos políticos. Sem dúvida, um dos momentos mais marcantes, tocantes e significativos das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Inscrever e transmitir memória tem feito parte do labor artístico do Teatro do Vestido, pelo menos desde 2014, data em que estreou Um museu vivo de memórias pequenas e esquecidas, no Negócio/ZDB, no Bairro Alto, em Lisboa – um trabalho que iria adquirir uma vida própria ao longo desta última década, em que não parámos de o apresentar em Portugal e no estrangeiro, constantemente acrescentando e polindo novas partes, novas reflexões, que acompanharam esta década de lutas pela memória.

Este trabalho, cuja investigação teve início em 2011, partiu de uma intensa e aprofundada pesquisa em torno das histórias de vida e memórias de pessoas comuns sobre a ditadura do Estado Novo, o 25 de Abril de 1974 e o processo revolucionário que se seguiu a esse dia – marco de todos os começos na nossa vida como país livre. Foi acompanhado de uma enorme pesquisa histórica e da reunião de documentos, artefactos, objectos pessoais - parte de um arquivo sensível, afectivo, mostrado e manuseado ao vivo no espectáculo.

Dividido em 7 partes, com um jantar revolucionário a meio e um debate/conversa final, Um museu vivo é um espectáculo exigente e de grande cumplicidade com quem o vê, uma investigação quase forense sobre aspectos que nos constituem como país, como comunidade, como indivíduos, onde memória colectiva e memória individual se interseccionam e onde alguém que nasceu depois interpela o passado a partir do seu lugar de ‘filha da revolução.’ Tudo isto se desenvolve ao longo de 6h, que às vezes são mais, pois como museu vivo que é se situa neste lugar de interrogação e citação do presente. Neste ano de comemoração dos 50 anos do 25 de Abril assistimos a uma riqueza de expressões, polémicas, divisões em torno da data, que não poderiam senão estar presentes neste novo ciclo de apresentações que se inicia esta semana no TAGV, em Coimbra. Quem sabe o que cada dia até essas récitas nos reservará ainda? De tudo isso se alimenta este museu. Por isso a sua duração aproximada e o seu carácter aberto, em progresso.

A nova composição da Assembleia da República, por seu turno, exige de cada uma e cada um de nós uma consciência do momento crucial em que nos encontramos, esta esquina da história particular onde os caminhos diante de nós se revestem de incerteza e perigo. Mas também da esperança de sabermos o nosso papel neste guião, nesta luta. porque nada acabou ainda.

porque não acaba nunca.
porque foi essa a promessa que herdámos:
a de um país novo.
tudo por construir.

Esperamos por vós nesta nova digressão que aqui se inicia.
E que juntos continuemos a interpelar Abril e Maio e Junho e Julho até Dezembro – todos esses meses de exaltação, vigília e transformação da vida de um povo reprimido até então.

Abraços com Abril nos olhos e nos braços.
Fascismo nunca mais.

Joana Craveiro
27 de Abril de 2024

03.05.2024 | par mariana | 25 de abril, 50 anos do 25 de abril, Joana Craveiro, Teatro do Vestido

lançamento do webdoc (Com)Fabulações Negras. Entrada Livre

Dia 23 Maio, quinta-feira, a partir das 13h30 no espaço da Batoto Yeto (junto à Biblioteca de Marvila).

vamos retomar mais uma Zona de Contacto no espaço da Batoto Yetu (Marvila) com o lançamento do webdoc (Con)fabulações Negras produzido no Laboratório de Audiovisuais do CRIA por Paulo Raposo e Emiliano Dantas em co-autoria com 13 mulheres negras, artistas, académicas e ativistas brasileiras residentes no Brasil, EUA e Portugal - Alexandra Alencar, Antônia Gabriela, Bia Leonel, Elaine Sales, Fernanda Rachel, Julianna Rosa Santos, Maria Anacleto, Marina Rainho, Michele Mafra, Mirella Maria, Rita Roldan, Sarah Motta e Thuanny Paes. E contaremos com a presença de Mirella e de Bia para além de Emiliano Dantas e Paulo Raposo.

Entrada Livre sujeita à lotação da sala.

03.05.2024 | par martalanca | Batoto Yeto