Álbuns de Família. Fotografias da diáspora africana na Grande Lisboa (1975-hoje)

Exposição temporária, com curadoria científica de Filipa Lowndes Vicente e Inocência Mata, reúne fotografias da autorrepresentação da diáspora africana em Portugal. São “álbuns de família” com as imagens que os portugueses afrodescendentes e os africanos registaram de si próprios e das suas comunidades desde 1975, data das independências dos países africanos de colonização portuguesa.

De 28 de abril a 30 novembro de 2024

Horário

Outubro – Fevereiro –   todos os dias das 10h00 às 18h00 (última entrada 17h30)

Março – Setembro – todos os dias das 10h00 às 19h00 (última entrada 18h30)

Retratos da Diáspora. Visões Afro-Lisboetas. 
Visita Conversada 
Por Inocência Mata 
⁠⁠⁠Domingo, 27 de outubro de 2024.  11:00 
Inocência Mata, uma das curadoras da exposição “Álbuns de Família”, conduz uma visita conversada sobre a autorrepresentação de pessoas africanas e afrodescendentes, contrariando a condição de invisibilidade a que muitas ainda estão sujeitas. 

21.10.2024 | par martalanca | Álbuns de Família, FILIPA LOWNDES VICENTE, Inocência Mata

Dahomey, Mati Diop

Novembro de 2021. 26 tesouros do Reino do Daomé estão prestes a deixar Paris para regressar ao seu país de origem, a atual República do Benim. Juntamente com milhares de outros, estes artefactos foram saqueados pelas tropas coloniais francesas, em 1892. Mas que atitude adotar perante o regresso a casa destes antepassados, num país que teve de avançar na sua ausência? Enquanto a alma dos artefactos é libertada, o debate instala-se entre os estudantes da Universidade de Abomey-Calavi.

Benim, França & Senegal  ⁄  2024  ⁄  68’  ⁄  Documentário


O filme vai estrear nos cinemas a 28 de Novembro, mas vai ter uma sessão especial no doclisboa. 

A sessão será no dia 27 de Outubro às 19 horas na Culturgest. 

15.10.2024 | par martalanca | Mati Diop, restituição

Affective Ecologies – A atualidade do pensamento de Amílcar Cabral

  • Quarta, 16:00 Local Estúdio Centro de Arte Moderna Gulbenkian.

Entrada livre

No contexto do projeto Affective Ecologies, uma residência artística que propõe a artistas visuais dos PALOP que reflitam sobre sustentabilidade e comunidade, o CAM acolhe um programa de conversas em que se apresentam os trabalhos desenvolvidos durante este processo.

Em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e tendo como ponto de partida o pensamento de Amílcar Cabral, o projeto Affective Ecologies selecionou quatro artistas para desenvolver intercâmbios durante duas semanas em outubro, num formato de residência artística intensiva, no Hangar – Centro de Investigação Artística, em Lisboa.

A seleção foi feita através de uma open call, que resultou em 68 candidaturas vindas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique ou São Tomé e Príncipe. Em residência, estão Carla Rebelo (São Tomé e Príncipe), Carina Capitine (Moçambique), Wyssolela Moreira (Angola) e Yuran Henrique (Cabo Verde).

Carla Rebelo é uma artista visual autodidata que vive e trabalha em Barcelona, explorando processos de construção identitária através da fotografia, arquivo, vídeo e texto. Para a artista e curadora moçambicana Carina Capitine, o corpo, a natureza e a sensualidade são palco para a materialização da sua imaginação, e a arte é o motor para dar voz às vivências de comunidades marginalizadas.

Wyssolela Moreira é uma artista multidisciplinar e diretora de arte, que utiliza a colagem mixed-media, escrita, fotografia, instalação, têxteis, videoarte e performance para investigar as complexidades de um “Eu” influenciado pela normatividade neocolonial. Por sua vez, o cabo-verdiano Yuran Henrique explora o potencial de materiais como tecidos, aço e pigmentos para a criação das suas obras, promovendo reflexões sobre perceção, representação e formas hegemónicas de conhecimento.

Os resultados desta residência são agora apresentados num programa com curadoria de Cindy Sissokho, Paula Nascimento e Mónica de Miranda, criando um espaço de reflexão sobre o pensamento de Amílcar Cabral através de leituras e palestras.

Mais infos

15.10.2024 | par martalanca | Affective Ecologies, PALOP

Anabela Roque conversa com Verenilde Pereira sobre o seu percurso e ativismo.

Verenilde Pereira (Manaus, 1956) é jornalista, indigenista e a pioneira do movimento literário afro-indígena no Brasil. Autora do romance Um Rio Sem Fim, publicado em 1998, uma obra que ganhou novo fôlego ao ser redescoberta pela crítica literária em 2022, e que será reeditada em breve pela editora Companhia das Letras. A autora lançou ainda, em 2002, a coletânea de contos Não da Maneira Como Aconteceu.

Um Rio Sem Fim retrata os impactos devastadores vividos pelos povos tradicionais após a chegada de uma missão religiosa salesiana ao norte da Amazónia, na década de 1980. Trata-se de um romance intemporal que capta uma realidade ainda hoje persistente na Amazónia e no Brasil, revelando as consequências contínuas da colonização e da intervenção religiosa sobre as culturas indígenas.

Verenilde Pereira personifica o espírito da mulher amazónica. Filha de mãe negra e de pai indígena do povo Sateré Mawé, para a escritora, escrever é um ato político, e a literatura, um instrumento de preservação das suas próprias memórias. Através da sua escrita, dá voz às histórias dos povos indígenas e afrodescendentes, que durante séculos foram silenciados ou marginalizados. A sua obra é, assim, uma ferramenta de resistência e sobrevivência, criando um espaço de afirmação das culturas e dos povos que representa.

A sua paixão pela palavra escrita foi o caminho que lhe permitiu aceder a uma educação mais qualificada, conduzindo-a ao jornalismo, ao ensino, à escrita literária e ao ativismo como indigenista, ao lado de líderes indígenas como Ailton Krenak e Davi Kopenawa. Estes serão os itinerários para a conversa com Verenilde Pereira, na quarta-feira, 16 de outubro, às 17h30, no Fólio, na Livraria Santiago, em Óbidos.

14.10.2024 | par martalanca | Anabela Roque, Verenilde Pereira

Concerto de Niikology no Tokyo

No rescaldo da sua grande performance no festival MIL no passado mês de setembro, o multifacetado artista angolano Niikology prepara-se para dar mais um grande concerto, desta vez no Tokyo, no Cais do Sodré (em Lisboa), já no próximo dia 10 de outubro (quinta-feira), pelas 22h. 

Nascido em Luanda, Niikology é compositor, cantor, produtor musical, designer, diretor artístico e escritor. Da sobreposição de todas estas facetas sobressai um traço musical de encontro entre o rapper narrativo e o cantor eclético, entre a neo-soul e o r&b, entre um registo poético de storytelling e um egotripping de afirmação e positividade, entre a fidelidade às raízes do hip-hop global de sotaque angolano e as sonoridades mais próximas do trap e suas derivações.

Autor de alguns êxitos, Niikology tem um conceito próprio de eletrónica afro-futurista lo-fi, que se dá a conhecer numa multiplicidade sinérgica de estilos e registos e num inovador formato de produção ao vivo. Atualmente, colabora com Luzingo e Kenny Caetano.


Informações do evento:Local: Tokyo, Cais do Sodré (Lisboa)Hora: 22hData: 10 de outubroBilhetes: à venda na aplicação “TokyoandJamaica” e à porta do eventoPreço do bilhete: 8 eurosGénero: hip-hop/trap/neo-soul/r&b –» Acompanhe as redes sociais do artista em:  Videoclipe do mais recente tema “Saber Perder”:https://www.youtube.com/watch?v=8ClJ76ZSjI4 @ Instagram do Niikology:https://www.instagram.com/niikology/  Spotify do Niikology:https://open.spotify.com/intl-pt/artist/66JOMNQbVDHdySU2suPfxK

 

08.10.2024 | par martalanca | Niikology

Projeto Expo com curadoria de Pamina Sebastião

PROJECTO EXPO conhece a curadora do projecto, Pamina Sebastião, do colectivo ROMPE!

Pamina Sebastião, artivista, tem mais de 10 anos de trabalho em activismo na área de gênero e sexualidade, em específico dentro dos movimentos feminista e LGBTIQ angolanos e na África Austral. Artivista desde 2019, tendo exibido o seu trabalho nacional e internacionalmente. A sua pesquisa traz reflexões coletivas sobre o trauma colonial e o caminho para a descolonização como uma forma não apenas de desmontar o corpo como um lugar de inscrição, mas também de propor novos lugares de cuidado. Assim, explora a construção de um imaginário no qual outras formas de existência corpórea são possíveis.Pamina possui mestrado em Direito Internacional com foco no Sistema Africano de Direitos Humanos pela Universidade de Lisboa (Portugal; 2015); Licenciada  em Direito pela Universidade Católica (Angola; 2011). Recebeu o prémio do fundo Prince Claus por seu trabalho sobre justiça racial, equidade de género, e expressão queer, dentro das disciplinas de pesquisa artística, performance e arte visual. - * - * - * -O acompanhamento curatorial do projecto EXPO 2024 terá como foco o desenvolvimento dos trabalhos artísticos em formato de ateliês abertos, e mentorias individuais com foco na pesquisa artística em artivismo. 

#Abysmuus #ExpoColectiva #OndFeminista #RompeLuanda #Otratierra

01.10.2024 | par martalanca | Pamina Sebastião