Bloody Thursday na Costa do Marfim
Na 5ª-feira, sete mulheres que participavam numa manifestação (de mulheres), pacífica, cantando “ADO” para pedir a tomada de posse de Alassane Dramane Ouattara), o vencedordas eleições presidenciais de Novembro, foram barbaramente assassinadas pelo exército da Costa do Marfim, leal ao candidato derrotado, o presidente Laurent Gbagbo.
Alain Le Roy, que chefia as operações de manutenção de paz das Nações Unidas, confirmou a barbárie, negada oficialmente mas reconhecida por fontes do exército marfinense. Entretanto, o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Refugiados anunciou ontem que suspendeu as suas operações na região oeste da Costa do Marfim, devido a razões de segurança. “Infelizmente, deixámos de operar na região devido aos combates e à insegurança”, revelou a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming. Na véspera, o Conselho de Segurança da ONU lançou um aviso que deveria ser óbvio desde dia 3 de Dezembro: a Costa de Marfim está à beira de uma guerra civil. E confirmou que a UN continua UN-able em mais um conflito.
Palmira F. Silva no JUGULAR