The idea was to celebrate the 25th of May, Africa Day with a musical tribute to one of the (if not the) most emblematic figure of Africa: the woman, the mother, with her baby (and others) on her back, carrying and selling goods, finding a way to bring food to the table by the end of the day.
It all started with “Rap-Semba”, which Mpula of Batida produced in Luanda in 2010, where you can hear this chorus: “Can of Water on her head… There goes Maria… There goes Maria…” Mpula then challenged some of his favorite MCs, to build a poem on this figure that could be: Africa the continent, the African mother or even their own mothers, on a social or more emotional approach. The structure and instrumental are always the same but they brought their own life to each version.
1 - Karlon (aka Kota K)He makes part of the history of the hip hop movement in Portugal, embracing the 4 elements, known as the founder of Nigga Poison, the most respected Afro Rap band in Portugal. On his version he talks about the generosity of women in his life and also in his hood, mostly immigrants from Cape Verde, taking care of the children, working and keeping their homes together.
2 - Izé TeixeiraIzé is mostly known for his groups Mc Malcriado and Neg Marrons. He has just released his new solo album called “Urb Africa”, where you find his condition divided between traditional Cape Verdian music with new Urban trends. In his version he talks about the “Mother Crioula”, that travels in search for a better life for her family. Again, a bit of a common story in Cape Verde and the rest of Africa, with his own.
3 - Ikonoklasta The most activist rapper in Angola these days. He started as a radio dj in Luanda, was involved in groups like the Conjunto Ngonguenha, is a nuclear Fazuma element and now the most regular Batida Mc. On his lyrics he talks about his own life and the past and present of Africa.
O Mc franco-caboverdiano residente em Paris fala, no novo disco, da sua dupla nacionalidade e da forma como a miscigenação cultural afectam o seu dia-a-dia de artista. «Urb’Africa» é o seu 4º disco de originais, cantado em francês e crioulo (depois de ter lançado «Kunana Spirit» em 2007, que inundou as pistas de dança com beats de kuduro com funaná).
«Urb’Africa» foi misturado no estúdio Kayneex, em Paris, e lançado pela editora D’ile en Ville. Em Portugal é distribuído pela Tumbao.
Está disponível na lojas Fnac portuguesas a partir de 10 de Abril.
Em «Urb’Africa» o artista tanto mostra a sua apreciação pelo cantor cabo-verdiano Pantera (já falecido), que marcou toda a nova geração de jovens músicos de Cabo Verde e da diáspora, e também expõe o seu engajamento político ao falar e identificar assuntos políticos e sociais que o preocupam em Cabo Verde e França, países entre os quais se divide sentimentalmente. Ataca a crise financeira global, mas dá espaço a letras sobre o amor, um dos seus temas favoritos, e ainda aborda assuntos mais leves como o grogue – aguardente de cana de Cabo Verde, que enaltece no tema «Xinti Sabe» (em tradução livre: Sentir-se bem; estar fixe).
Izé Teixeira inspira-se em ritmos tradicionais de Cabo Verde como a morna, nos teclados das grandes coladeras da década de 80, no funk de favela brasileiro ou na explosão rítmica do kuduro. A versatilidade é a grande característica deste Mc, que investe em sonoridades que tanto tocam os públicos europeus como os de África. É nestes campos ele se move e onde desenvolve a sua música.
«Urb’Africa» expõe a maturidade do artista. Izé iniciou-se na música há mais de uma década com uma colaboração para o consagrado Mc Stomy Bugsy e desde aí a sua produção pessoal não parou. «Urb’Africa» é a súmula dos estilos que o enriquecem enquanto homem e artista, sejam eles o reggae (ouvir o tema «Welcome a Praia Rock» inspirado em «Welcome to Jam Rock» de Damien Marley), a morna caboverdiana (no tema «Musica my Love»), o funk de favela (ouvir «Soukouer Sa»), o kuduro (em «Meninha vem dança kuduro») ou o hip-hop. Temas para dançar na pista de dança e para apreciar no conforto do sofá marcam a variação de pulsação do novo disco.
Izé está disponível para entrevistas via skype em francês, português e crioulo.
Izé Teixeira faz parte do grupo de hip-hop MC Malcriado do qual fazem parte Stomy Bugsy, Jacky Brown (do grupo Neg Marrons) e JP (dos 2 Doigts). A quadrilha lançou um disco em 2006 (com concertos ao vivo em Portugal), o qual continha uma colaboração com Mayra Andrade que rodou com sucesso nas rádios portuguesas.
Receberam o prémio Melhor Grupo da Diáspora Africana nos Kora Awards 2010.