“Porque é que quando ligo a televisão ou abro uma revista ou um jornal vejo sempre as mesmas caras, os mesmos nomes? Porque é que não existe esta diversidade que nós temos no país espelhada nos media?”
Paula Cardoso apercebeu-se deste problema e criou o Afrolink - um projeto online composto por artigos, galerias e serviços dedicado a promover a diversidade étnico racial na esfera social e laboral.
Na categoria Serviços, oferecem consultoria para a diversidade étnico-racial, produzem conteúdos afrocentrados, promovem educação intercultural, e auxiliam na organização de conferências e palestras.
“Nós temos uma série de investigadores na academia que se debruçou sobre as mais variadas áreas e eu não os vejo a serem chamados para produzir opinião.”
Deparando-se com a ausência de dados sobre quem são os afro descendentes que residem em Portugal, o Afrolink criou ainda uma base de dados de profissionais, da qual fazem parte:
Vítor Sanches - Criador da Bazofo & Dentu Zona
Georgina Angélica - Consultora e Formadora Educacional
Gualter Vera Cruz - Fundador da PLP Serviços
Helena Vicente - Investigadora
Filipe Anjos - Criador da Afric-Us
Alice Marcelino - Fotógrafa
Carlos Vieira - Designer Gráfico/Editorial
Mariama Injai - Criadora do AfroMary
Jelson Tavares - Estudante
Neusa Sousa - Promotora Cultural e Repórter
Fernanda Gameira - Criadora da NandDolls
Ivana Semedo - Terapeuta Espiritual
Bárabara Wahnon - Marketing e Música
Janaína Behling - Linguagem e Empoderamento
Paula Cardoso - Afrolink e Força Africana
Carla Santos - Fundadora da Capacitare
Nelsson Rossano - Supervisor Concierge
Elisabete Borges - Cozinheira e Líder comunitária
”(…) falo em alianças que surjam fora da comunidade também, com pessoas que reconheçam que na cultura empresarial em que vivem é necessário diversificar os quadros. Não sabem como o fazer, mas sentem que existe essa necessidade e precisam de um interlocutor? O Afrolink facilita essas ligações.”
Paula Cardoso afirma que esta “embaixada” da força de trabalho afro em território português pretende promover uma maior representatividade negra no mercado laboral, e favorecer um maior conhecimento sobre a diversidade étnico-racial que o compõe.
“Acho que é importante e fundamental que se recolham os dados para que se perceba que Portugal não é branco. Que as pessoas comecem a retirar esse tipo de mindset que ainda hoje prevalece no país.”
Leia mais sobre a entrevista de Paula Cardoso para o Gerador aqui.