Dublinense lança aguardado novo romance de Cristina Judar, vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura

”Elas marchavam sob o sol”, lançado 4 anos depois de seu último romance, apresenta narrativa sobre aprisionamentos relacionados ao feminino e a corpos dissidentes.

Em continuidade à trajetória iniciada pela autora em seus lançamentos anteriores, Elas marchavam sob o sol, segundo romance de Cristina Judar (ganhadora do Prêmio São Paulo de Literatura 2018 e finalista do Prêmio Jabuti) baseia-se em um extenso trabalho sobre o que é ser mulher no Brasil e no mundo, hoje e nas últimas décadas. 

“Neste romance, eu quis trazer à tona questionamentos sobre os mecanismos de exploração e de produção do corpo-capital, assim como sobre a estigmatização e o aprisionamento dos corpos do ser mulher (sejam elas cisgênero ou transgênero) e de uma infinidade de corpos dissidentes que são, há tempos, usados pelo sistema como território de contínuas invasões e aprisionamento”, declara a autora. 

 

SINOPSE

Elas marchavam sob o sol traz as trajetórias de duas jovens, Ana e Joan, que completarão 18 anos de idade em doze meses. Suas vozes e vivências são apresentadas em paralelo, a cada mês, até a data de aniversário.

Ana é diurna e contemporânea, é a mulher bombardeada por anúncios, pelo consumismo, pelas pressões de ordem estética e comportamental dos nossos dias. Joan é noturna, traz referências da ancestralidade, dos ritos de passagem e do entendimento sobre os ciclos da vida e da morte, do inconsciente e do imaginário popular. 

No decorrer da narrativa, são apresentadas as vozes de outras personagens relacionadas às protagonistas, assim como à vivência do cárcere e a tortura em diferentes níveis, inclusive com referência às experiências de prisioneiras políticas durante o período da ditadura militar no Brasil. Elas marchavam sob o sol é um romance sobre violência, perseguição religiosa, perda de liberdade e direitos, além de ser um libelo sobre a necessidade dos ritos, dos sonhos e da ressignificação dos corpos, questionando papeis sociais através da linguagem vibrante e singular de sua autora.

SOBRE A AUTORA

Cristina Judar nasceu em São Paulo, é escritora e jornalista, autora do romance Oito do Sete, ganhador do Prêmio São Paulo de Literatura 2018 e finalista do Prêmio Jabuti do mesmo ano. Escreveu o livro de contos Roteiros para uma vida curta (Menção Honrosa no Prêmio SESC de Literatura 2014) e as HQs Lina e Vermelho, vivo. Seus textos curtos também figuraram em diversas antologias publicadas no Brasil e no exterior. Elas marchavam sob o sol é o seu segundo romance.

OPINIÕES SOBRE O LIVRO

“Em Elas marchavam sob o sol, Cristina Judar construiu uma narrativa poética e pungente, numa linguagem-punhal que entra na pele, que tudo desfaz e reordena. Não há como fugir ou sair incólume. Um belíssimo romance, para se ler como quem sonha.” – Carola Saavedra

“Escritoras do porte de Cristina Judar são necessárias pela capacidade de imprimir uma identidade, pela busca de caminhos sem facilidades para desconcertar o leitor, pela coragem de experimentar e envolver com ficção temas cuja natureza a sociedade ainda não conseguiu assimilar.” – Sérgio Tavares

“Com ‘Elas marchavam sob o sol’, Cristina Judar executa na sua ficção o que o filósofo Paul Preciado sugeriu ao refletir sobre produções artísticas, que é preciso pensar produções de contraficções capazes de questionar modos dominantes de vermos a norma e o desvio. Nesse romance, Judar arquiteta – retorce, flameja, dança – nomes e significados não descobertos (ou redescobertos) e corpos falantes que se reinventam. Mas se trata de uma arquitetura de existências fluidas. As medidas de tempo localizadas no livro são, na minha leitura, um derramar sonoro da imaginação da escritora.” – Raimundo Neto

10.05.2021 | par Alícia Gaspar | corpos dissidentes, Cristina judar, feminismo, livro, mulher, romance

Lançamento do romance "A Sul. O Sombreiro" de Pepetela

17.11.2011 | par joanapires | lançamento livro, pepetela, romance

Sessão de apresentação do novo romance de Miguel Real, "A Guerra dos Mascates"

07.11.2011 | par joanapires | livro, romance

Sessão de autógrafos do novo romance de Pepetela "A Sul. O sombreiro"

19.10.2011 | par joanapires | pepetela, romance

Lançamento e apresentação do livro 'Marquesa de Alorna', de Maria João Lopo de Carvalho

O primeiro romance histórico da autora revela uma mulher rebelde, culta, apaixonada e sonhadora que deslumbrou Portugal e a Europa nos séculos XVIII e XIX. Uma figura inspiradora para as mulheres do Portugal de hoje. O livro chega a 10 de Outubro e assinala o regresso à escrita para adultos de Maria João Lopo de Carvalho. A apresentação pública será no dia 6 de outubro, no Convento de São Félix, em Chelas, e terá Marcelo Rebelo de Sousa como apresentador.

A escritora Maria João Lopo de Carvalho vai publicar, com a Oficina do Livro, o romance histórico Marquesa de Alorna, um trabalho de fôlego - quase 700 páginas - dedicado à mulher que inspirou a autora durante quase toda a sua vida. No início do Séc. XX, a família Lopo de Carvalho adquiriu a Quinta da Alorna, em Almeirim, onde viveu Leonor de Almeida, a Marquesa de Alorna. Maria João Lopo de Carvalho cresceu a ouvir relatos da extraordinária vida desta mulher, viveu nos mesmos lugares por onde passou aquela que foi uma referência histórica nas artes e na cultura portuguesas, e encontrou neles a grande inspiração para escrever o seu primeiro romance histórico, um livro que assinala o regresso de Maria João Lopo de Carvalho à escrita para adultos.

Uma mulher à frente do seu tempo

Marquesa de Alorna é uma história de amor à Liberdade e de amor a Portugal. A história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada e sonhadora que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite. Leonor de Almeida, Alcipe, condessa d’Oeynhausen, marquesa de Alorna – nomes de uma mulher única e plural, inconfundível entre as elites europeias. Com a sua personalidade forte e enorme devoção à cultura, desconcertou e deslumbrou o Portugal do séc. XVIII e XIX, onde ser mãe de oito filhos, católica, poetisa, política, instruída, viajada, inteligente e sedutora era uma absoluta raridade. Viu Lisboa e a infância desmoronarem-se no terramoto de 1755, passou dezoito anos atrás das grades de um convento por ordem do marquês de Pombal e repartiu a vida, a curiosidade e os afectos por Lisboa, Porto, Paris, Viena, Avinhão, Marselha, Madrid e Londres. Viveu uma vida intensa e dramática, sem nunca se deixar vencer. Privou com reis e imperadores, filósofos e poetas, influenciou políticas, conheceu paixões ardentes, experimentou a opulência e a pobreza, a veneração e o exílio.

Sobre a autora

Maria João Lopo de Carvalho é licenciada em Letras pela Universidade Nova de Lisboa. Foi professora de português e de inglês em todos os graus de ensino básico e secundário. Passou pelas áreas de educação e cultura na Câmara Municipal de Lisboa e foi copywriter numa agência de publicidade. Começou a publicar na Oficina do Livro em 2000, com o best seller  «Virada do Avesso». Hoje tem 40 títulos editados, vários best sellers, entre romances, livros infantis, livros de crónicas e manuais escolares, e é também autora do novo método de português como língua estrangeira publicado pelo Instituto Camões. Tem tido grande destaque na escrita infanto-juvenil com a colecção «7 irmãos» e é autora recomendada pelo Plano Nacional de Leitura. É cronista regular na imprensa escrita e na televisão. «Marquesa de Alorna» é o seu primeiro romance histórico. Retomou a escrita para adultos após 6 anos a escrever para crianças e jovens.

01.10.2011 | par joanapires | Marquesa de Alorna, romance

"Barroco Tropical", de José Eduardo Agualusa, nomeado para o Prémio Courrier International

O romance Barroco Tropical, de José Eduardo Agualusa, acaba de ser nomeado para o Prémio Courrier International do melhor livro estrangeiro. O Prémio, criado em 2008, distingue um romance estrangeiro editado em França nos últimos 12 meses que testemunhe “a condição humana numa qualquer região do Mundo”. O vencedor será anunciado no próximo dia 20 de Outubro. Barroco Tropical, editado pela Dom Quixote em Junho de 2009, foi publicado, no ano seguinte, em França, pela Métailié, com tradução de Geneviève Leibrich.
Em Barroco Tropical a história desenrola-se a partir do momento em que uma mulher cai do céu durante uma tempestade tropical. As únicas testemunhas do acontecimento são Bartolomeu Falcato, escritor e cineasta, e a sua amante, Kianda, cantora com uma carreira internacional de grande sucesso. Bartolomeu esforça-se por desvendar o mistério enquanto ao seu redor tudo parece ruir. Depressa compreende que ele será a próxima vítima. Um traficante de armas em busca do poder local, um curandeiro ambicioso, um antigo terrorista das Brigadas Vermelhas, um ex-sapador cego, que esconde a ausência de rosto atrás de uma máscara do Rato Mickey, um jovem pintor autista, um anjo negro e dezenas de outros personagens cruzam-se com Bartolomeu, entre um crepúsculo e o seguinte, nas ruas de uma cidade em convulsão: Luanda, 2020.


Recorde-se, por outro lado, que o mais recente livro do autor, A Educação Sentimental dos Pássaros, acaba de chegar às livrarias, estando a sua apresentação marcada para dia 30 de Setembro, às 18h30, na livraria Leya na Barata.
Para mais informações, por favor, contactar: rbreda@dquixote.leya.com

22.09.2011 | par joanapires | José Eduardo Agualusa, Prémio Courrier International, romance