Com Aida Gomes, Kitty Furtado, Noemi Alfieri, Rui Cidra, Telma Tvon
Curadoria e moderação Marta Lança
11 de novembro 17h - Biblioteca Nacional
Na esfera pública, nas instituições educativas e culturais, na produção de discursos ou na criação de formas artísticas, impõe-se uma maior representatividade de pessoas negras. O imaginário político em tempos pós-coloniais, com as suas inevitáveis tensões, é simultaneamente causa e consequência da voz de novos grupos e de artistas, envolvidos em processos atravessados por várias estratégias. Uma delas assume a forma declarada de um debate, crítico e reflexivo, acerca da produção afro-diaspórica, nas áreas da literatura, cinema e música.
O campo artístico português será, hoje, um espaço mais diversificado em termos de representação e de produção? Na inscrição de vozes negras, que identidades se vêm reconfigurando e que convenções e cânones vão sendo agitados? O que contam essas narrativas da afro-diáspora sobre momentos cruzados da história portuguesa, angolana e cabo-verdiana? O que pensam da exclusão e ocupação da cidade essas mesmas vozes? A que contextos de migrações acedemos nas diversas linguagens e gerações? Quais as dificuldades e potência das mulheres negras no meio artístico português? De que modo a existência de um racismo estrutural afecta o sector da arte e será que estão ao nosso alcance as ferramentas para o combater?
A Biblioteca Nacional de Portugal, em articulação com o trabalho desenvolvido pela plataforma BUALA, pretende contribuir para esse debate entre agentes culturais e investigadores, numa perspetiva interdisciplinar.