@ © Irineu Destourelles - Sobre o original chafariz D’el Rey, C. 1570-80, Anónimo, Coleção Berardo
20.11 2021, sábado, 19h30
TERRA BATIDA
Vídeo Performance - 180 Min Conversa Performance - 60 Min
Nesta vídeo-performance transmitida em direto via Internet, o artista visual Irineu Destourelles reflete sobre a ausência ideológica e histórica dos corpos negros na cidade de Lisboa, contraposta à exacerbação da vídeo-vigilância e da punição.
À vídeo-performance, segue-se uma conversa performance, intitulada “Leituras dos desassossegos de Tarantode: performance”, entre Irineu Destourelles e Gio Lourenço, do Teatro Griot, sobre desmemorização, violência, vigilância, e ‘animalização’ do corpo negro.
Dizem que Tarantode é a feia alma penada de João de Sá Panasco que anda pela nossa cidade sem segredo. Outrora, por desígnio real, nobre cavaleiro ao serviço da Ordem de Santiago. O “Preto da casa do Rei” com língua sanguinária e desdenhado pela corte. Morreu infeliz e só. Seguido à distância, Irineu Destoureles na pele de Tarantode, meio-pessoa, meio-animal, percorre Lisboa à procura de borboletas. Uma vídeo-performance transmitida em directo via internet.
— Irineu Destourelles
Nota biográfica
Irineu Destourelles é um artista visual cuja prática artística é sublinhada por um tratamento especulativo do impacto da violência discursiva sobre a personalidade. Trabalhando predominantemente com a imagem em movimento e com particular atenção ao conceitos que constroem categorias sociais ele propõem estados de ser problemáticos. Os seus trabalhos tem sido apresentados no Museu Calouste Gulbenkian (Lisbon, 2019), MAMA Showroom (Rotterdam, 2019), Goodman Gallery (Cidade do Cabo, 2019), Transmission (Glasgow, 2017), Transmediale (Berlim, 2015), Videobrasil 18 (São Paulo, 2013) entre outros. Estudou Belas artes na Willem de Kooning Academy (Roterdão) e Central Saint Martins (London). Nascido em Santo Antão, Cabo Verde em 1974 e vive em Edimburgo, Reino Unido.
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