“Imagens e Realidade”, a produção audiovisual como espelho dos processos históricos em Moçambique e África

 ENCONTROS DOCKANEMA

Sexta-feira, 29 de Abril 10h00 – 12h30

Local: Instituto Nacional do Audiovisual e Cinema

Av. Agostinho Neto ( Junto ao centro Cultural Universitario)

 

No âmbito da Feira do Livro de Maputo 2011, o Dockanema (Festival do Filme Documentário) organiza, em parceria com a Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, um encontro-palestra com o historiador belga Guido Convents, autor do livro Os Moçambicanos Perante o Cinema e o Audiovisual. Uma história político-cultural do Moçambique colonial até à República de Moçambique (1896-2010).

O encontro contará com a presença de Nataniel Ngome, director da ECA, e outras destacadas figuras do meio cultural, intelectual e artístico. A iniciativa insere-se no projecto mais amplo do Dockanema, que desde 2006 tem vindo a contribuir para o debate em torno das questões relacionadas com cinematografia em Moçambique e África.

Especializado em cinema não-ocidental, Guido Convents é autor de diversas obras sobre cinema africano e co-fundador do Afrika Filmfestival, de Leuven (Bélgica). Ao fim de uma década de intensa investigação, lança agora a obra Os Moçambicanos Perante o Cinema e o Audiovisual, num evento que terá lugar dia 30 de Abril, pelas 19h, na Feira do Livro de Maputo (FEIMA).

A obra é financiada pela Cooperação Belga e Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação, contando com o apoio da UNESCO, do Governo Flamengo, da Associazione Centro Orientamento Educativo de Itália e do Fundo Pascal Decroos.

 

Sinopse

Os Moçambicanos têm uma história e uma cultura cinematográfica e audiovisual fascinantes. Logo após o nascimento do cinema, foram confrontados com essa invenção que era ao mesmo tempo uma arte e um instrumento de propaganda.

A obra “Os Moçambicanos Perante o Cinema e o Audiovisual”, do historiador belga Guido Convents, é o primeiro registo impresso sobre o percurso da sétima arte em Moçambique, desde as primeiras expressões durante o regime colonial até às mais recentes empreitadas da contemporaneidade. Com uma profunda abrangência de épocas e intervenientes, o livro é mais do que uma cronologia de acontecimentos – trata-se de um relato aprofundado e bem documentado sobre os processos psico-sociais e as relações de poder antes e depois da independência, em 1975.

Tal como nas suas publicações anteriores, Guido Convents propõe um olhar sobre os diferentes actores da cultura audiovisual moçambicana, no próprio país como no estrangeiro: o governo, o público, os realizadores e a parte comercial. É-nos apresentado um estudo sobre o relacionamento dos Moçambicanos, e nomeadamente dos Africanos colonizados, com as imagens animadas e o facto de serem confrontados com a realidade. Essa procura explica, sem dúvida, a importância do documentário em Moçambique e o êxito do Festival Internacional do Filme Documentário Dockanema em Maputo.

Uma obra de referência para estudiosos e amantes do cinema, que oferece um panorama alargado sobre os processos de construção históricos do Moçambique de hoje.

 

O Autor 

 Historiador e antropólogo independente, Guido Convents (n. 1956) é um reconhecido especialista em cinema não-ocidental. Embora especializado na História do cinema mudo na Bélgica, é autor de diversas obras sobre cinema africano, em geral, e cinema colonial em particular. Desde 1980, publica estudos sobre o cinema na África Central e Austral (Congo, Ruanda e Burundi, Moçambique). Em 1996, fundou, em colaboração com Guido Huysmans, o Afrika Filmfestival em Leuven (Bélgica). Juntos formam a base para várias iniciativas destinadas a promover os filmes africanos e a salvaguardar o cinema e património audiovisual de África. Guido Convents é secretário da Associação de Imprensa Cinematográfica Belga (UPCB) e responsável pela comunicação da Associação Católica Mundial para a Comunicação (SIGNIS).

 

Para mais informações, pf contactar:

Marina Torre – 844131142 / info@dockanema.org

25.04.2011 | par martalanca | cinema, Dockanema