Protocolo entre Banco da Cultura e BIDC facilita financiamento a projectos culturais
Os agentes e artistas culturais cabo-verdianos podem a partir de esta segunda-feira submeter directamente os seus projectos ao Banco da Cultura, para financiamento, no âmbito do protocolo assinado com o Banco de Investimento para o Desenvolvimento da CEDEAO.
A assinatura do protocolo entre os presidentes do Banco da Cultura e do Banco de Investimento para o Desenvolvimento da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (BIDC), Carlos Horta e Ibashir Fo, respesctivamente, teve lugar esta segunda-feira no Palácio do Governo, na presença do ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa, e de vários artistas e agentes culturais.
Segundo o ministro da Cultura, a Organização Internacional da Francofonia colocou 650 mil euros sob a gestão do BIDC, que vai ser a garantia do Banco da Cultura junto dos Bancos Comerciais nacionais, para financiamento de projectos culturais.
“Significa que a partir de hoje os agentes culturais e os artistas cabo-verdianos podem submeter os seus projectos directamente ao Banco da Cultura, serão analisados e financiados. Os bancos comerciais serão parceiros mas não têm riscos na medida em que somos o garante em primeira-mão e quando os montantes ultrapassam os 15 mil euros, o BIDC é o nosso garante em primeira-mão junto dos bancos”, explicou.
Ou seja, o Banco Cultural recebe os projectos ou ideia submetidos a empréstimos reembolsáveis, analisa a sua viabilidade, presta auxílio na elaboração dos mesmos, caso seja necessário, e por fim submete-os aos bancos comerciais para financiamento.
De acordo com o governante, o juízo da viabilidade ou não do projecto é competência exclusiva dos órgãos do Banco da Cultura - Fundo Autónomo de Apoio à Cultura.
No entender de Mário Lúcio Sousa, os bancos comerciais só vão ganhar com estes empréstimos, já que os juros serão discutidos com o Banco da Cultura, estando prevista a assinatura de um protocolo com os bancos comerciais.
O governante cabo-verdiano disse ainda que, para além do Fundo de Garantia das Industrias Culturais da África de Oeste, objectivam outras formas e métodos de colaboração com o BIDC, para que possam ter créditos a longo prazo.