Festival Baía das Gatas 2011

Arranca a nona edição do Festival Baía das Gatas 2011,  Mindelo, Cabo Verde.

De 12 a 14 de Agosto de 2011. Vê a programação aqui.

 

08.08.2011 | par martamestre | Baía das Gatas, cabo verde, festival

s.Tomé

08.08.2011 | par martalanca | S. Tomé

Seminário Pensamento Crítico Contemporâneo IDENTIDADES E POLÍTICA

O debate em torno das chamadas questões de identidade tem sido objecto de uma enorme controvérsia mediática, politica e académica, que tem ganho forma em discussões em torno do multiculturalismo, do feminismo ou dos direitos LGBT, mas também, mais recentemente, em torno de questões relativas à identidade socioprofissional, com o tema da precariedade a dar nova ênfase a debates em torno da problemática do trabalho. Este curso pretende discutir a relação entre política e identidade a três níveis diversos mas entre si relacionados – etnicidade, género e classe –, sendo que ao mesmo tempo pretendemos debater a própria ideia de identidade enquanto base da acção política. Trata-se de um debate a ter sem identificar nenhum público preferencial e para o qual convidámos académicos e activistas que sobre estas questões se têm debruçado.

Organização: UNIPOP e revista Imprópria

Local: Fábrica de Braço de Prata (Rua da Fábrica do Material de Guerra, n.º 1, Lisboa – junto aos correios do Poço do Bispo)

Datas: Dias 17 e 24 de Setembro, 1, 8 e 15 de Outubro, das 17h às 20h

Inscrições: 20 euros (inclui o acesso a todas as sessões e a todo o material em discussão no seminário, bem como um exemplar do n.º 1 da revista Imprópria).

A inscrição em sessão avulsa está limitada à disponibilidade de lugares, não sendo susceptível de reserva prévia. Nesse caso, o valor da inscrição é de 6 euros. A inscrição deve ser feita por transferência bancária, através do NIB 0035 0127 00055573730 49, seguida de e-mail com o comprovativo para cursopcc@gmail.com.

Lugares limitados.

No final do curso será emitido um certificado de frequência.

Programa (provisório):

17 de Setembro

Mesa-redonda «Identidade e sujeitos políticos»

António Guerreiro

Bruno Peixe Dias

Miguel Serras Pereira

Fátima Orta Jacinto

Hugo Monteiro

24 de Setembro

Classe
João Valente Aguiar – conferência

José Neves – leitura crítica do texto «Algumas observações sobre classe e “falsa consciência”», de E. P. Thompson

1 de Outubro

Etnicidade

Manuela Ribeiro Sanches – conferência

Diogo Ramada Curto – leitura crítica de texto a indicar em breve

8 de Outubro

Género
António Fernando Cascais – conferência

Salomé Coelho – leitura crítica do texto «Multitudes queer. Notas para una política de los “anormales”», de Beatriz Preciado

15 de Outubro

Mesa-redonda «Política, identidade e movimentos»

Paulo Corte-Real

Sérgio Vitorino

Mamadou Ba

António Guterres

Ana Cristina Santos

Tiago Gillot

Ricardo Noronha

Conferencistas:


António Guerreiro é crítico no jornal Expresso, tradutor e ensaísta. Tem trabalhado particularmente autores como Walter Benjamin e Giorgio Agamben.

 

Bruno Peixe Dias é investigador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e da Númena – Centro de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. Coordenou, com José Neves, a edição do livro A Política dos Muitos. Povo, Classes e Multidão (2010).

 

Miguel Serras Pereira é tradutor.

 

Fátima Orta Jacinto é arquitecta urbanista e estudante bolseira no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde realiza o seu doutoramento em Sociologia, que incide sobre a crítica feminista do espaço urbano contemporâneo.

 

Hugo Monteiro é doutorado em Filosofia e docente do Instituto Politécnico do Porto. Pós-doutorando na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em torno dos pensamentos de Jacques Derrida e de Jean-Luc Nancy. 

 

João Valente Aguiar é investigador do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras do Porto. Publicou recentemente o livro Classes, Valor e Acção Social(2010).

 

José Neves é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e é investigador do Instituto de História Contemporânea da mesma faculdade. Coordenou recentemente a edição do livroComo se Faz um Povo. Ensaios em História Contemporânea de Portugal (2010).

 

Manuela Ribeiro Sanches é professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde investiga nas áreas dos estudos culturais, dos estudos pós-coloniais e dos estudos literários, e é membro do Centro de Estudos Comparatistas.

Diogo Ramada Curto é investigador do CesNova. Dirige, com Nuno Domingos e Miguel Jerónimo, a colecção «História e Sociedade», das Edições 70.

António Fernando Cascais é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Entre outros, coordenou a edição do livro Indisciplinar a Teoria: Estudos Gays, Lésbicos e Queer (2004).

 

Salomé Coelho é doutoranda em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra, com tese sobre Teorias Queer, movimentos feministas e LGBT. É vice-presidente da associação UMAR.

 

Paulo Corte-Real é professor auxiliar na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. É presidente da Associação ILGA-Portugal.

 

Sérgio Vitorino é activista LGBT.

 

Mamadou Ba é activista da associação SOS Racismo.

 

António Guterres é coordenador do Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira e é fundador da associação Freestylaz.

 

Ana Cristina Santos é socióloga e doutorada em Estudos de Género. É investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

 

Tiago Gillot é licenciado em engenharia agronómica e activista do movimento Precários Inflexíveis.

Ricardo Noronha é investigador do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

unipoppers

04.08.2011 | par martalanca | unipop

Sombras e Espíritos, de Hako Hankson

Exposition d’aquarelles d’Hako Hankson. à l’espace doual’art du 02 juillet au 30 août 2011.Ombres et esprits, la seconde exposition que l’artiste montre aujourd’hui à l’Espace doual’art, propose 25 aquarelles sous verres et deux dessins à l’encre de Chine sur plexiglas.

Hako Hankson, qui a beaucoup travaillé en dessin, en peinture sur toile ou sur bois, expérimente pour la première fois la technique de l’aquarelle, avec une série de portraits mi-masques mi-personnages aux inquiétants et très présents regards vides. Certains d’entre eux empruntent au vocabulaire formel des sculptures ou masques traditionnels de l’Ouest du Cameroun mais aussi d’autres régions du continent.

04.08.2011 | par martamestre | doual'art, Hako Hankson

UNIÃO EUROPEIA, UNIÃO AFRICANA E A DEMOCRATIZAÇÃO EM ÁFRICA

por Justino Pinto de Andrade

Ao contrário do que se possa hoje pensar, alguns dos actuais países africanos ascenderam à independência num quadro multipartidário, um pouco à semelhança das suas antigas potências coloniais. Foi assim nas colónias inglesas, nas francesas e nas belgas. O caso português constituiu a grande diferença.

A explicação para tais comportamentos reside no facto de as primeiras independências (ex-colónias inglesas, francesas e belgas), ocorridas em finais dos anos da década de 1950, e, sobretudo, na década de 1960, terem sido o fruto de processos negociais, mais ou menos pacíficos, entre os governos coloniais e representantes de formações políticas com existência legal nas colónias.

Mas, também houve excepções. Refiro, por exemplo, a Argélia, tornada independente em 1962, após a assinatura do Armistício de Evien, no rescaldo de uma dura guerra de libertação que custou inúmeras vidas. Instalou-se, pois, então, na Argélia, um sistema político mono partidário, com a FLN a apresentar-se sozinha às eleições. Ahmed Ben Bella eleva-se, assim, à condição de Presidente. Naquele país, o multipartidarismo só é instalado em 1988, após a eclosão de motins, e fica condicionado em 1992, quando tem lugar a ilegalização da FIS (Frente Islâmica de Salvação, vencedora das eleições legislativas), e o consequente estabelecimento do estado de emergência.

O Quénia é uma excepção no processo de descolonização africana realizado pelos ingleses, pois é precedido de uma sangrenta luta de libertação, liderada por elementos da tribo Kikuyu que, revoltados pela perda das suas terras, constituíram uma sociedade secreta que ficou conhecida como a Rebelião Mau-Mau. Mesmo assim, prevaleceu o princípio do multipartidarismo que, em 1982, regride para mono partidarismo quando se entra no período mais duro do governo de Daniel Arap Moi.

A República Democrática do Congo é também um exemplo de regressão de um sistema multipartidário para o mono partidarismo. Este país ascende à independência, após uma mesa redonda que envolveu nacionalistas e a Bélgica, a potência colonial. Decidiu-se, então, pela criação de 6 governos provinciais e um forte governo central. Pela via eleitoral, Joseph Kasavubu (chefe do Partido Abako), tornou-se Presidente da República e Patrice Lumumba (líder do Movimento Nacional Congolês), ficou Primeiro-ministro.

Instalou-se o caos no Congo. Lumumba é preso e morto. Moisés Tshombé, governador da província mais rica, sobretudo em minerais, o Katanga, proclama a sua secessão. Outras províncias ameaçam seguir a mesma via, e o Exército assume verdadeiramente as rédeas do poder até que, finalmente, em 1965, Joseph Mobutu se faz proclamar Presidente da República. Segue-se um longo período de regime de um único partido.

Podemos, pois, dizer que muitos dos poderes que se instalaram em África foram legitimados pelo papel que jogaram no processo de ascensão à independência, quer tenham sido processos pacíficos, quer tenham implicado o recurso às armas. Mas, nem todos começaram pela via da governação solitária, sem oposição.

O caso português é diferente, sobretudo porque o processo de ascensão às independências teve lugar num contexto em que a própria potência colonial estava numa verdadeira encruzilhada: ou se implantava a democracia em Portugal, ou o país cedia às tentações totalitárias de algumas das suas forças políticas internas.

No caso das colónias portuguesas, prevaleceu o princípio da legitimação política pela via da participação na luta de libertação nacional, independentemente dos ideários dos movimentos de libertação. Mas, ao contrário do que sucedeu com a maioria das colónias francesas e inglesas (ou mesmo no Congo-Belga), todos os países africanos de expressão portuguesa iniciaram o seu percurso como nações independentes com sistemas mono partidários.

Os anos que se seguiram às independências da maioria das ex-colónias, foram marcados por golpes de estado militares que puseram fim às poucas liberdades democráticas que então existiam. Foram dezenas os golpes de estado que ocorreram no nosso continente desde 1960, fazendo sobrevir regimes políticos ditatoriais com diversas características, até mesmo as mais funestas.

Com ligeiras excepções, a tónica dos processos de descolonização em África assentou na manutenção dos interesses económicos e/ou geo-estratégicos das potências coloniais, os quais julgava-se serem melhor assegurados pelos chamados regimes fortes (autoritários ou ditatoriais). Alegadamente, tais regimes fortes evitariam a desagregação dos novos estados, permanentemente ameaçados por eventuais convulsões. É essa perspectiva (a salvaguarda dos interesses das potências coloniais e o medo da desagregação dos estados) que torna simpáticos aos olhos das antigas potências os golpes que se vão sucedendo.

A rivalidade decorrente da Guerra Fria entre o Ocidente e os países do chamado Bloco do Leste foi um estímulo à manutenção de muitos regimes autoritários em África, ora suportados por países ocidentais, ora respaldados sobretudo pela União Soviética; mas, também, pela China, mesmo que em menor número. Poucos países africanos escaparam a esse determinismo.

Com o final da Guerra Fria e a consequente alteração da geoestratégia, com a própria consolidação do mercado europeu sobrevieram, então, novos interesses e emergiram outros conceitos: os países ocidentais decidiram promover reformas políticas em África que passariam pela realização de eleições, por práticas de boa-governação e transparência na gestão da coisa pública, combate à corrupção, etc.

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04.08.2011 | par martalanca | independências africanas, União Africana

Silence is a boy

no Bairro Alto. Às 22h. On Stage
Rua Luz Soriano 18 (Bairro Alto) 913188889   ver FB      ouvir

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 Ovo Estrelado

04.08.2011 | par martalanca | música

Entrevista ao escritor moçambicano Ba Ka Khosa

Relembrar a História

Ungulani Ba Ka Khosa alia as histórias tradicionais a uma noção consciente de História. Ualapi é um romance histórico retratando um período importante do colonialismo, a resistência de Ngungunhana aos colonizadores, com tudo o que isso implica. Mas também aborda a História recente. 

 

Ungulani Ba Ka KhosaUngulani Ba Ka Khosa“Quando fui para Maputo o país vivia um período muito conturbado. Moçambique tinha decretado sanções contra a Rodésia, o que foi um ato de coragem. As dificuldades começaram a aumentar e nós começámos a ter carências diversas. O Zimbabwe tornou-se independente – e nós pensámos “aqui está alguma coisa” – mas de repente a África do Sul intensificou a agressão ao país. Então nós vivemos carências enormes. Eu na altura trabalhava na [área da] Educação. Recordo-me que depois do Acordo de Nkomati [assinado em 1984, segundo o qual a África do Sul deixava de apoiar a RENAMO e o governo moçambicano deixava de apoiar os militantes do ANC que se encontravam em Moçambique], houve uma distribuição de maçãs pelas escolas. Havia crianças, nascidas depois da independência [em 1975], que não sabiam o que era uma maçã. Isto revela o grau de carência daquelas crianças.” 

São precisamente estas condições de vida que servem de pano de fundo a um conto de Histórias de Amor e Espanto. “Era um ambiente de dificuldades. Havia gente que, para ficar com o cartão do abastecimento, ia enganar a administração para ter mais uns quilos de comida. Fiz essa ficção em torno desse ambiente pesado. E hoje nós contamos às outras gerações o que vivemos, vamos aos supermercados de Moçambique e eles estão cheios de comida. E eu lembro-me como era antes a paisagem no supermercado: quanto muito via-se uma barata a circular pelas montras, não havia nada. É por isso que eu digo, a literatura tem a força de trazer essas histórias, trazer esse ambiente e essa época, muito difíceis, que nós vivemos.”

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03.08.2011 | par martalanca | Ungulani Ba Ka Khosa

Fusão Musical @ Elinga apresenta Wyza & Dão - LUANDA

Quinta-Feira |04 | 08,  22h, Artistas e estudantes|1000 kz

Público em Geral | 1500 kz

Aproveitando a estadia do músico brasileiro Dão representante da black music da Bahia, que veio a Luanda interagir com músicos locais e gravar o seu novo videoclip da canção Além Mar, com a participação especial do músico angolano Wyza, a Maianga Films & a Mano a Mano Produções aproveitam esta oportunidade para oferecer ao público a oportunidade de assistir a um espetáculo de qualidade internacional numa fusão de estilos musicais que vão desde a Kilapanga ao Samba-Rock passando pelo  Soul, Reggae, e o Funk.

Wyza & Dão serão aconpanhados pelos seguintes instrumentistas:

Tedy Nsingui | Guitarra | Banda Movimrnto

Ben Joli | Baixo | Jovens do Prenda

Armando Gobliss | Teclas | Free Band

Gabriel | Bateria |The King’s

Chico Santos | Percusão | Banda Maravilha

03.08.2011 | par martalanca | Wyza

Antologia da poesia angolana

Lançamento no dia 25 de Agosto. A antologia vai ser apresentada pelo escritor Luandino Vieira, na Livraria Porta Treze, onde funciona a editora Etutanu, que quer dizer em português “nós somos”, título  de um poema de Agostinho Neto.

IRENE GUERRA MARQUES, natural de Luanda, é licenciada em Filologia Românica pela Universidade de Coimbra.Foi professora de Literatura e Língua Portuguesa e, posteriormente, de Literatura Angolana. Foi directora do Instituto de Línguas Nacionaise do Instituto Nacional de Formação Artística e Cultural do Ministério da Cultura de Angola. São de sua autoria as primeiras antologias literárias publicadas pelo Ministério da Educação após a Independência de Angola, designadamente Literatura Africana de Expressão Portuguesa, Poesia de Angola e Textos Africanos de Expressão Portuguesa. Tem artigos publicados em diversas revistas de especialidade, antologias e colectâneas. Actualmente é assessora principal do Ministério da Cultura exercendo as funções de Consultora da Ministra e é docente da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto. 

 

CARLOS FERREIRA (Cassé), natural de Luanda, jornalista, escritor e letrista. Co-fundador da Brigada Jovem de Literatura e membro da União dos Escritores Angolanos. De ambas as associações foi secretário das actividades culturais. Ex-Director dos Serviços de Programas da Rádio Nacional de Angola, foi jornalista da Assessoria de Imprensa da Presidência da República. Foi ainda correspondente da revista Seara Nova e do jornal Diário de Noticias em Angola. É autor de mais de uma dezena de livros de poesia, novela, crónicas e letras de canções. Exerce actualmente a actividade literária e de apoio à investigação de História, em tempo inteiro.

03.08.2011 | par martalanca | poesia angolana

Literaturas da Guiné-Bissau: cantando os escritos da história

Esta edição organizada por Margarida Calafate Ribeiro e Odete Costa Semedo (Ed. Afrontamento, 2011), oferece uma reflexão polifónica e multifacetada sobre uma literatura em fase de busca e de afirmação e que encontra a sua força vital na tradição oral e na oratura; uma literatura que se vai alimentando dos acontecimentos sociais, políticos e culturais; escritos que encontram a sua força e identidade na tradição e nas línguas locais – instrumentos usados pelos poetas, contistas e romancistas para desconstruir e reconstruir aquela que foi a língua do opressor, que evoluiu para mais uma das línguas da emancipação e que é hoje, por opção e apropriação, a língua de contacto com o mundo e também a língua do coração.

Com textos de ensaio de Odete Costa Semedo, Carmen Lúcia Tindó Secco, Tony Tcheka, Maria Nazareth Soares Fonseca, Teresa Montenegro, Íris Amâncio, Moema Parente Augel, Pires Laranjeira, Amarino Oliveira de Queiroz, Robson Dutra, Joaquim Bessa, Laura Padilha e dos criadores guineenses  Abdulai Sila,, Raul Mendes Fernandes, Carlos Lopes, Fafali Koudawo e Filomena Embalo o livro torna acessível ao leitor um universo crítico e literário até então desconhecido.

Com Literaturas Insulares: leituras e escritos de Cabo Verde e São Tomé e Princípe  eLiteraturas da Guiné-Bissau: cantando os escritos da história encerra-se um ciclo que teve início com a publicação de Lendo Angola (Afrontamento, 2008), Moçambique: das palavras escritas(Afrontamento, 2008), mas não se coloca um ponto final.

 

03.08.2011 | par martalanca | literatura guineense

Literaturas Insulares – leituras e escritas de Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe,

Obra organizada por Margarida Calafate Ribeiro e Silvio Renato Jorge (Ed. Afrontamento, 2011), reúne um conjunto de textos que tem por objeto as literaturas produzidas nos referidos arquipélagos africanos. Colocando em diálogo ensaístas de vários locais geográficos, epistemológicos e identitários  e criadores das ilhas e de outras paragens, o livro pretende lançar um debate sobre a literatura, a cultura, a política e a sociedade destes espaços.

Pires Laranjeira, Ana Cordeiro, Inês Cruz, Benjamim Abdala Junior, Ellen Sapega, Elena Brugioni, Phillip Rothwell, Joana Passos, Lívia Apa, Simone Caputo Gomes, Tomás de Medeiros, Jessica Falconi, Margarida Calafate Ribeiro e Sílvio Renato Jorge oferecem um conjunto multifacetado de leituras, a par das palavras dos criadores são-tomenses Inocência Mata, Alda Espírito Santo, Albertino Bragança, Armindo Vaz d’ Almeida, Teles Neto, Olinda Beja, Conceição Lima e dos caboverdianos, José Hoppfer Almada e Joaquim Arena. Na última parte da obra, intitulada “Outras palavras: a escrita e a crítica”, Jean Yves-Loude e Anne-Marie Pascal reflectem criativa e criticamente sobre estes universos insulares que se exprimem em língua portuguesa. 

Com Literaturas Insulares: leituras e escritos de Cabo Verde e São Tomé e Princípe  eLiteraturas da Guiné-Bissau: cantando os escritos da história encerra-se um ciclo que teve início com a publicação de Lendo Angola (Afrontamento, 2008), Moçambique: das palavras escritas(Afrontamento, 2008), mas não se coloca um ponto final.

03.08.2011 | par martalanca | literatura caboverdiana

8ª Edição Luanda Cartoon - 05.08.2011

02.08.2011 | par martalanca | cartoon

Contentores, de António Ole - LISBOA

A P28 convida para a inauguração do quarto momento expositivo do projecto CONTENTORES, no dia 5 de Agosto, sexta-feira, às 22h15, que conta com a intervenção do artista angolano António Ole.

Nascido em Luanda, em 1951, onde vive e trabalha, Ole traz a Lisboa um trabalho que marca o “fecho de um ciclo” protagonizado pela série de trabalhos internacionalmente conhecida – Township Walls”, culminando na mediática instalação feita com contentores - The Entire World/Transitory Geometry (2010) -, que cobriu parte da fachada do Hamburger Bahnhof – Museum for Contemporary Art, em Berlim.

Para os dois contentores, António Ole elege um único elemento que resulta numa instalação, íntima e reflexiva, e que explora o movimento contemplativo e potencial hipnótico da água.

P28 invites you for the fourth exhibition moment of the art project CONTENTORES, on August 5th, at 10.15p.m., with António Ole’s artistic intervention.

 

Born in Luanda, in 1951, where he lives and works, Ole presents in Lisbon an installation that “ends the cycle” promoted by the international well-known series – Township Walls, and the massive installation built with shipping containers, The Entire World/Transitory Geometry (2010), that covered part of the façade of the Hamburger Bahnhof – Museum for Contemporary Art, in Berlin.

For this exhibition, António Ole chose a single element that result in an intimate and reflexive installation that explores water’s contemplative movement and its hypnotic power.

Local: Centro Cultural de Belém | Lisbon

Inauguração / Opening | 05.08.11 > 10.15 p.m

05.08.11 > 12.09.11

Todos os dias / Every day | 10 a.m > 7 p.m

Entrada gratuita / Free admission

02.08.2011 | par martalanca | António Ole

IMVF promove PRÉMIO DE LITERATURA AFRICANA 2011

Encontram-se abertas as candidaturas ao PRÉMIO DE LITERATURA AFRICANA IMVF 2011, tendo como principal objectivo incentivar a produção de obras literárias nos domínios de romance, novela ou conto, junto dos escritores provenientes de países africanos de língua oficial portuguesa.

Os interessados devem entregar ou enviar as suas obras com um mínimo de 150 páginas, devidamente identificadas pelo autor, para a morada do IMVF:Rua de São Nicolau, 1051100-548 LisboaPORTUGAL Ao vencedor do Prémio de Literatura Africana 2011 será entregue um prémio no valor 10.000€ (dez mil euros), sendo que o IMVF promoverá a primeira edição de 500 exemplares da obra premiada. Para mais informações ou questões: clique aqui.

01.08.2011 | par ritadamasio | call for papers, concurso, literatura africana, prémio literário

Ramadão 2011/ 1432

O Ramadão começa amanhã uma hora antes do nascer do sol e durará um mês.

O calendário de jejum deste ano encontra-se no site da Comunidade Islâmica de Lisboa. Existem muitos sites onde podem procurar informação, recomendo o da Comunidade Islâmica e o “Vert-Islam”, muito completo e onde poderão ainda escutar algumas sourates do Al-Corão recitadas via leitor mp3.

31.07.2011 | par ritadamasio | islão, ramadão, religiao

Cabo Verde: antologia de poesia contemporânea,

Cabo Verde: antologia de poesia contemporânea, organizada por Ricardo Riso, já se encontra disponível para acesso e download no sítio da revista acadêmica África e Africanidades (ISSN 1983-2354), edição nº 13, ano IV. Em 146 páginas, reúne 76 poemas de 13 poetas: António de Névada, Carlota de Barros, Danny Spínola, Dina Salústio, Filinto Elísio, José Luis Hopffer C. Almada, Margaridas Fontes, Maria Helena Sato, Mario Lucio Sousa, Oswaldo Osório, Paula Vasconcelos, Vasco Martins e Vera Duarte. A antologia conta com ilustrações dos artistas plásticos Abraão Vicente e Mito Elias.

 “A presente antologia pretende contribuir para a melhor divulgação da poesia contemporânea de Cabo Verde, ainda de tímida exposição no Brasil. (…) deseja dar a conhecer, ainda que de forma breve, alguns desses poetas, artífices da linguagem, e assim estimular um olhar mais atento do público brasileiro para a recente produção poética cabo-verdiana.”

Para acessá-la, clique aqui

Na edição 14 (agosto/2011), será publicada Moçambique Hoje: antologia da novíssima poesia moçambicana, também organizada por Ricardo Riso, com a participação de Alex Dau, Andes Chivangue, Armando Artur, Chagas Levene, Domi Chirongo, Manecas Cândido, Mbate Pedro, Rinkel, Rogério Manjate, Sangare Okapi, Tânia Tomé. Ilustrações de João Paulo Quehá.

29.07.2011 | par martalanca | poesia caboverdiana

Álbum de família - Anderson AC, na galeria SOSO, SÃo PAULO

28.07.2011 | par franciscabagulho | arte contemporânea

Documento da gravação de Amilcar Cabral na Residência no CENTA em 2008.

Letras, batida e gravação deitas no momento. também participaram na resudência: Primero G | Mortex | Sette | Dygas | Klicklau Nhaco Rapazinho
Letra:

(Kaya ;escrito em 2001):
Cabral ka morri Cabral tinha rason Cabral ka morri e fika na nôs curaçon
El ke nôs eroi tudu ses camarada sabi komo se morte foi
Cabral luta pa Cabo-verde e Guiné ku fé djunto ku P.A.I.G.C
Era um homi xeio cimplicidade luta pa nôs liberdade
Tornano um país independente ta trabadja pa podi bai pa frenti
Pa nu alimenta di nôs próprio cimente
Guineenses caboverdianus misturados na mato fasi ses planu pa podi salvano di kes ki injuriano iscravizano maltratano ma na nos terra nen nu ka ta preokupa, ku se estoria nasceu em Bafata Morreu em Conacry so keli kes flan na escola
si bu pensa ma Cabral morri bus ta enganado pamo Cabrala e mi Cabral e bo Cabral e tudo caboverdiano ku guineense ki ta pensa ma nôs e irmano, nhos ka komprende pensamento de Cabral nhos inverte plano otrabês nhos sa dexan enganano armados em burguês babilónia kre tornano cês colónia kumpra nos terra sta na moda
(LBC — Nos Ki Nasci Homi Ki Ta Mori Homi):
kabral bu morre cedo hoji dja nu kateni ninguen pa defendenu
Cúmplices di bu assassinato hoji na nós terra é chefe di governu
Bu luta pa nu libertanu di um opressor malfeitor
E hoji na nós terra opressor muda di rostu di cor
Povu de memoria kurto sta bati palmu presidentis traidor
Dirigentes moda monstru ki nem pa si povu ka ta xinti amor
O ki bu construi tudo djes destrui depois di independência
Trai bu pensamentu, trai povo privatiza tudo empreza
Governo sem autonomia ki ka krotola economia
Pais ku regime num frontera ki democracia ta confundi ku tirania
É triste afrikanu nós manu humilhado na casa di irmon
Pedro pires pidi Portugal pa djudal combati imgraçon
di afrika contradiçon ki kenha ta luta pa unifica afrika
E goci la sta pui politica di Europa fortaleza em pratica
Promove divison e promove comportamentus xenófobos
Reprimis ku politica di imigraçon e tchupa Europa obu
Fuck Pedro Pires 2004 bu ganha ku fraude eleitoral
e na ensinu governu kré paga memoria di kabral
Praia brutalidade policial dia fuck governu e ses piquete patife
Ze Maria És bu piquete é verson caboverdianu di pidi
Guiné ku kovernu di corrunpido rendidu a narcotrafiku
Menti revolucionário és ta mata sima és fazi Zé Carlos
És ka sabi es ka sabi ideiasdi ka ta morre ki ta morre é so ses corpu
Juventi dexa da pa dodu flaz pez explicau morti Renato Cardoso
Kabu verde na passadu usadu na comercio triagular
Hoji Europa kré usal como ponto di estratégia militar
Usa nós paiz ku medo di guerra nuclear
Djes ka bendi o k nu konquista na guerra di ultramar
Kabral nunka ka morre MINAO unidade e luta mentalidade di guerrilha
Nu descubri kabral dentu di nós labanta voz luta pa justiça
E goci lá só miséria, repressom na nós pais ki ta habita
Pais sem liberdade di expresom governu repressor Assassinatu kês ki siguiu sekretamente
Blacksuntzureu afrikanu sobreviventi maafa extermínio em massa
Passado ta inda ta tormentanu sima fantasma di Ruanda Amílcar

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27.07.2011 | par martalanca | Amílcar Cabral, Chullage

andanças 2011

O Andanças é a dança que não pára, que não se detém em fórmulas nem se fixa neste ou naquele modelo! A dança que permite também a descoberta do outro, situe-se este no espaço geográfico ou no plano histórico. A dança contaminada, salutarmente contaminada. Enfim, uma celebração da “babel” cultural que é este nosso mundo globalizado.

Daniel Tércio

O Andanças promove a música e dança de raiz tradicional e popular enquanto meios privilegiados de aprendizagem e intercâmbio transgeracional. Pretende-se que haja uma redescoberta do baile como ritual e experiência social colectiva que potencia a descoberta do outro. É objectivo do festival relembrar as populações que estas expressões são sinónimo de identidade que necessitam ser preservadas de forma a assegurar sobrevivência do património cultural imaterial. Com um olhar contemporâneo, propõe-se a recuperação de tradições musicais e coreográficas num espaço de “desfolclorização” que permita aos participantes serem agentes de uma continuidade social.

Este ano os participantes terão ao seu dispor:

135 bailes e concertos;
120 oficinas de dança (30 países representados);
80 actividades para crianças;
Oficinas de técnicas de meditação e relaxamento;
Passeios pela serra.

Tudo isto num festival que “não fecha”, que não se limita às 19 horas de programação diárias e que acontece devido à acção de 830 artistas, cerca de 800 voluntários e todos aqueles que se dirigem a São Pedro do Sul para participar activamente no festival.

É importante realçar o papel que o voluntariado desempenha no festival. Sem as cerca de 1600 pessoas (incluindo os artistas) que trabalham voluntariamente no festival, oferecendo o que melhor sabem fazer e assegurando todas as tarefas necessárias à sua realização, este não seria possível. O Andanças é um festival de todos e para todos.

Outra questão importante para o Andanças são as práticas sustentáveis. Todos temos consciência do impacto ambiental que qualquer evento de grandes dimensões tem, mas acreditamos que este pode ser reduzido. Neste sentido, todos os anos são implementadas no Andanças novas medidas que pretendem desenvolver nos participantes uma maior consciência ambiental. Este ano, para além das campanhas já habituais, haverá o dia Km Zero. O objectivo deste dia (3 de Agosto) é reduzir a pegada de carbono utilizando produtos e propostas de programação provenientes de um raio de 20km.

O Andanças é um festival produzido pela Associação PédeXumbo com o apoio da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, Centro de Promoção Social de Carvalhais e a Junta de Freguesia de Carvalhais. Conjuntamente trabalham com a população local no sentido de produzir um festival de qualidade, que considere as características da área onde se realiza, fazendo um esforço na promoção e divulgação do património cultural e ambiental da região. Foi este ano destacado pelo Turismo de Portugal como um dos eventos Quero Ir.

A PédeXumbo é uma associação que trabalha desde 1998 a promoção da música, instrumentos e danças de origem tradicional, com especial destaque para o património português. Para além do Andanças, a PédeXumbo – sediada em Évora – tem um plano de actividades que se realiza ao longo de todo o ano. É membro do Conselho de Cooperação da Monte-ACE (Agrupamento para o desenvolvimento do Alentejo Central), da Rede Portuguesa da Fundação Anna Lindh e é subsidiada pela DGArtes.

+info e programação completa:  Andanças  ou  Associação PédeXumbo

24.07.2011 | par franciscabagulho | dança

Colonialismo

Um filme satírico de 1986 pela Australian Broadcasting Corporation.

+ uma dica do AfricaisaCountry

24.07.2011 | par franciscabagulho | colonialismo