Império, Espaço e Propaganda e visitas conversadas ainda antes de acabar o ano

Império, Espaço e Propaganda e visitas conversadas ainda antes de acabar o ano

A corrente exposição inspira o debate: Império, Espaço e Propaganda será o tema da próxima Mesa Redonda, a acontecer já no próximo dia 24, pelas 18h30,  no auditório do Padrão dos Descobrimentos.
Neste encontro entre Cláudia Castelo, Gonçalo Carvalho Amaro e Miguel Bandeira Jerónimo, com moderação de António Camões Gouveia, foca-se a perspetiva histórica adjacente aos projetos, que ora não avançaram, ora avançaram a muito custo, muito tempo e muitas alterações depois. 

Entrada livre, sujeita à lotação da sala.
Confirme a sua presença para o 213 031 950 ou para o email comunicacao@padraodosdescobrimentos.pt 

21.11.2022 | par catarinasanto | debate, exposição, mesa redonda, Padrão dos Descobrimentos

Mesa-redonda - LITERATURAS E CULTURAS AFRICANAS: Perspectivas (d)e Ensino

16 de Maio 16h-18h na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Anfiteatro 3)


Participantes:
Ana Mafalda Leite (FLUL) - Apresentadora do tema Inocência Mata (FLUL) - Comentadora do painel
Ana Paula Tavares (CLEPUL)
Fátima Mendonça (Universidade Eduardo Mondlane)
José Luís Hopffer Almada (Associação Cabo-verdiana)
Luís Dias Martins (FLUL)
Pires Laranjeira (FLUC)

Organização: Licenciatura de Estudos Africanos da FLUL, colaboração do CLEPUL, no âmbito da programação “África em Letras”

 

15.05.2012 | par martacacador | cultura africana, literatura africana, mesa redonda

Encontro 'Economia Política e Desenvolvimento em Angola'

Amanhã, dia 4, pelas 15h00, decorre, no Centro de Informação Urbana de Lisboa (Picoas Plaza, Rua do Viriato, 13), o Encontro Economia Política e Desenvolvimento em Angola. Trata-se de uma organização do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, da Associação Chá de Caxinde, da Universidade Católica de Angola e da ADRA – Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente.

 

Enquadramento
No âmbito das comemorações dos 36 anos de independência de Angola, a Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde co-organiza uma semana de eventos que se iniciam com a apresentação do livro Economia Política e Desenvolvimento em Angola, de Nuno Vidal, Justino Pinto de Andrade, Alves da Rocha, Tony Hodges, David Sogge e Renato Aguilar.
O programa será ainda composto por uma exposição fotográfica subordinada ao tema Marcas Humanas em Angola, do fotógrafo Jorge Coelho Ferreira, consistindo em registos fotográficos de gentes com actividades em locais não urbanos em várias províncias de Angola – estará patente ao público até ao dia 11 de Novembro, dia do 36º aniversário da Independência de Angola.
Serão ainda exibidos dois documentários – Diário do Deserto. Namibe (2009), de Cristina Salvador, com uma narrativa da história dos povos do deserto do Namibe e o documentário Da Terra, do Fogo e da Água (2009), de Richard Paklepa, sobre o povo San do Sul de Angola.
Para além dos  parceiros institucionais do projecto, o evento contará com a transmissão na íntegra e em directo pela RDP-África.

PROGRAMA  
15h00 | Inauguração da exposição fotográfica Marcas Humanas em Angola, de Jorge Coelho Ferreira.

15h30-16h15 | Exibição do documentário Diário do Deserto. Namibe, de Cristina Salvador, realizado em 2009, consistindo num conjunto de imagens acompanhadas por uma narrativa da história dos povos do deserto do Namibe.

16h30-17h15 | Exibição do documentário Da Terra, do Fogo e da Água, de Richard Paklepa, sobre o povo San no Sul de Angola, realizado em 2009
17h15-17h30 | Pausa para Café
17h30-18h30 | Mesa Redonda e apresentação do livro, Economia Política e Desenvolvimento em Angola. Intervenções de David Borges (Jornalista), Justino Pinto de Andrade (Universidade Católica de Angola) e Nuno Vidal (CES).

03.11.2011 | par joanapires | angola, documentários, exposição de fotografia, mesa redonda

O BARULHAMENTO DO MUNDO: Para além da tolerância

PARA ALÉM DA TOLERÂNCIA

INSTITUT FRANÇAIS DU PORTUGAL | 25 outubro | 19h00-23h00

No panorama atual do mundo, a questão capital é saber-se como ser um eu mesmo sem sufocar o outro, e como abrir-se ao outro sem asfixiar o eu mesmo.”

(E. Glissant, Introduction à une Poétique du Divers, 1996)

Prosseguindo com o projeto editorial que integra o programa do AFRICA.CONT, publica-se agora o livro Poética da Relação de Édouard Glissant, inaugurando assim a nossa primeira incursão nos domínios da ensaística e das ciências sociais e humanas. O lançamento é acompanhado da estreia nacional de um filme documentário de Manthia Diawara - “Édouard Glissant, Um Mundo em Relação”, que co-financiamos; de um debate e de uma performance que o tomaram como ponto de partida.

Pretendemos assim chamar a atenção para uma obra e um autor muito pouco conhecidos entre nós, mas que têm um lugar cimeiro nos debates recentes, e nunca tão politicamente atuais, sobre o estudo crítico dos processos coloniais, dos seus efeitos e legados culturais nas sociedades e culturas colonizadas e colonizadoras, e sobre a interpenetrabilidade cultural que caracteriza o nosso mundo globalizado.

Ao procurarmos situá-lo, não podemos deixar de notar como as diferentes filiações nesse campo de estudos coincidem amplamente com as zonas de influência dos antigos, e resilientes, impérios coloniais – os mundos anglófono, francófono, hispanófono, e lusófono.

Apesar das suas proximidades, surgiram com diferentes designações: “estudos póscoloniais” dominantes, “crioulidade e crioulização”, “modernidade/colonialidade”, “mestiçagem”, e outras. Em qualquer dos casos se questionam se os respectivos pressupostos e desenvolvimentos têm um valor geral, ou se ficam circunscritos a particularismos históricos; com defensores de um ou outro ponto de vista. Mas curiosamente, os diálogos entre as diferentes correntes são inexistentes ou quase; e se os anglófonos partem exclusivamente das experiências coloniais e pós-coloniais anglosaxónicas, o mesmo pode ser observado nos restantes casos; na América hispânica e no Brasil os estudos das relações interculturais coincidem com os processos de construção e definição das respectivas identidades nacionais; os espaços da francofonia (negritude, crioulidade, etc), ao contrário dos outros casos, mantêm o seu centro de gravidade em França; e entre nós, vive-se privilegiadamente na paróquia lusófona.

No lugar das indiferenças mútuas, às vezes só relativamente indiferentes, parece-nos que seguir as pisadas de Glissant pode levar-nos por um caminho mais interessante e fecundo.

Se abordarmos o conjunto destas correntes como um arquipélago, seguindo o modelo de pensamento arquipelágico que propõe, será certamente possível reconhecer e proporcionar ligações litorais e de horizontes, sem que cada uma das ilhas abandone as suas especificidades, e idiossincrasias. Parafraseando Édouard Glissant, uma forma de pensamento mais intuitivo, mais frágil, exposto mas também disposto ao caos do mundo e aos seus imprevistos e desenvolvimentos.

Este livro abre a passagem para um arquipélago interpretativo cujos mares o Africa.Cont pretende continuar a navegar. www.edouardglissant.fr

19h00 POÉTICA DA RELAÇÃO, de Édouard Glissant

Lançamento do livro. Edição portuguesa pela Sextante/Porto Editora

Projecto co-financiado pelo AFRICA.CONT/CML

ÉDOUARD GLISSANT, UM MUNDO EM RELAÇÃO, de Manthia Diawara

Documentário, 2010, 51min | [estreia nacional]

Projecto co-financiado pelo AFRICA.CONT/CML

Manthia Diawara acompanhou Édouard Glissant no Queen Mary II, para uma travessia do Atlântico entre South Hampton (Reino Unido) e Brooklyn (Nova Iorque), uma rota que tantos escravos atravessaram. Uma viagem também pelo pensamento de

Édouard Glissant, dividida em temáticas diferentes, que traz uma nova luz ao seu trabalho.

Poeta, filósofo e romancista Édouard Glissant (1928-2011), francês nascido na

Martinica, é um dos principais pensadores contemporâneos no universo da crioulização, da diversidade e da identidade cultural. Desenvolve as teorias da Poética da Relação e de Todo-Mundo (Tout-Monde), nas quais o conceito de “relação” vem desconstruir a ideia de identidades fixas e unitárias, na defesa de uma nova dimensão da identidade na relação, um processo aberto interdependente, um sistema relacional que produz novas identidades, que acredita e valoriza a diferença e o direito à opacidade, sua e dos outros, reverso da mundialização uniformizante, um encontro onde despertamos o imaginário do mundo no outro.

Édouard Glissant é uma daquelas vozes excecionais que iluminam ou perturbam o trabalho e o pensamento daqueles que o cruzam pelo livro ou pela poesia. Nesta biografia intelectual, Manthia Diawara traça o perfil de Édouard Glissant e do seu conceito de Todo-Mundo. Uma voz que irá marcar o século XXI.

TRAILER 


Realização Manthia Diawara | Câmara Karim Akadiri Soumaila | Som Didier Brudell, Karim

Akadiri Soumaila | Montagem Laurence Attali | Assistentes Daman Diawara, Edgardo Parades

| Assistente de Produção na Martinica Danielle Nollet | Música Jacques Coursil | Tradução

Christopher Winks

A RELAÇÃO PARA ALÉM DA TOLERÂNCIA

Mesa Redonda com Manthia Diawara, Miguel Vale de Almeida,

Manuela Ribeiro Sanches e José António Fernandes Dias

22h00 CAIXA PRETA, um espectáculo de André e. Teodósio com Diogo Bento

Performance

“Tem o tempo a sua ordem já sabida; O mundo, não.” Camões

É com frequência que quem se dedica à aventura acabe por ir de encontro ao pior da experimentação.

Que afinal de contas o tempo dispendido em construção poderia ser inversamente calculado como anos andados à deriva.

Foi o que aconteceu a este ‘descobri dor’ que deu à costa na pior das manifestações do homem: uma caixa preta só comparável ao mercado dos escravos de Lagos. A convite do AFRICA.CONT, eis a minha homenagem a Édouard Glissant.

Porque a caixa preta é também a caixa negra onde se visualizam os acidentes do percurso da humanização.

Um espectáculo de André e. Teodósio | Interpretação Diogo Bento | Produção

Cristina Correia | Co-Produção AFRICA.CONT/CML e Teatro Praga

PARA ALÉM DA TOLERÂNCIA

[BEYOND TOLERANCE]

INSTITUT FRANÇAIS DU PORTUGAL | 25th October | 7 pm – 11 pm

In the current panorama of the world, the main question is to know how to be oneself without suffocating

the other, and how to open oneself up to the other without asphyxiating oneself.”

(E. Glissant, Introduction à une Poétique du Divers, 1996)

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24.10.2011 | par joanapires | documentário, Édouard Glissant, livro, mesa redonda, o barulhamento do mundo