LÍNGUA ☆ FRANCA

Laboratório experimental de interseção entre as artes visuais, a literatura, a performance e os estudos pós-coloniais, LÍNGUA FRANCA propõe a criação e a apresentação de duas performances da autoria de dois artistas Portugueses afro-descendentes (Vanessa Fernandes e AF Diaphra) cujas práticas artísticas se desenvolvem em torno da relação da performance com o corpo e a linguagem. As duas obras pretendem questionar o papel preponderante da Língua na construção de hegemonias colonialistas, contribuindo para uma discussão interseccional sobre preconceitos raciais e sexuais, lugar de fala e políticas de visibilidade. As peças serão apresentadas nos dias 18 e 19 de Setembro, pelas 19H00, na Sala Jorge de Sena (Biblioteca Municipal de Gaia), seguidas de uma conversa moderada por Marta Lança, investigadora do Buala, portal de crítica e documentação de questões pós-coloniais e transatlânticas, com incidência na relação entre Portugal, África e Brasil, e seus contextos sócio-culturais particulares. Um debate que promete combater preconceitos raciais e sexuais, articulando questões de género e raça, e denunciando injustiças.

Foto de Vanessa FernandesFoto de Vanessa Fernandes

Mais info: Língua Franca | Vanessa Fernandes e Ivo Reis (Capitão Igo)Língua Franca | AF Diaphra

05.09.2019 | par martalanca | Alexandre Diaphra, Língua Franca, Vanessa Fernandes

Estreia PÚBLICO-ALVO + Lançamento publicação Encontros sobre políticas da recepção e envolvimento de públicos

7-8 Set /18h / Sala Mário Viegas Estreia PÚBLICO-ALVO (documentário)

Lançamento  O PÚBLICO VAI AO TEATRO (publicação) Encontros sobre políticas da recepção e envolvimento de públicos no contexto das artes performativas’ 

Programa inserido nas comemorações dos 125 anos do S. Luiz Teatro Municipal O teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser em parceria com o São Luiz Teatro Municipal apresenta o documentário “Público-Alvo”e o lançamento da publicação “O Público vai ao Teatro - Encontros sobre políticas da recepção e envolvimento de públicos no contexto das artes performativas”. De 15 a 17 de junho de 2018, abrimos portas para Os Dias do Público, três dias de programação pensada pelos espectadores e inseridos no projecto ‘O Público vai ao Teatro’, desenvolvido pelo teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser, em coprodução com o São Luiz Teatro Municipal. O documentário ‘Público-Alvo’ de Helena Inverno, que agora estreamos em duas sessões na sala Mário Viegas, acompanha o processo de preparação e realização d’Os Dias do Público, que concluem dois anos do projecto e de envolvimento e participação dos seus participantes no dia-a-dia do Teatro São Luiz. Partindo dos ‘Laboratórios de Curadoria’, que permitiram aos participantes conhecerem vários profissionais e experiências de programação, e passando pela definição conjunta de uma linha programática, subordinada ao tema “o Teatro como Espaço Público”, chega-se à realização destes dias e à implementação de uma multiplicidade de propostas de ocupação dos diferentes espaços do edifício e de irrupção do quotidiano da cidade dentro do teatro. 

Paralelamente ao documentário, é apresentada a publicação resultante dos ‘Encontros sobre políticas da recepção e desenvolvimento de públicos no contexto das artes performativas’, que aqui aconteceram em Outubro de 2018, uma edição do teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser, coordenada por Teresa Fradique. Esta publicação, tal como os encontros realizados em Outubro, reúne contributos de diferentes agentes do sector artístico, bem como de outras disciplinas, em torno da análise das relações entre criação, programação e recepção no âmbito das artes performativas, procurando problematizar os nexos entre estes três pólos e sistematizar políticas e estratégias de envolvimento.

A 2ª edição de ‘O Público Vai ao Teatro’, um projecto de envolvimento de públicos, teve início em Outubro de 2016, fruto de uma parceria entre o teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser e o São Luiz Teatro Municipal, a Escola Básica e Secundária Passos Manuel, a Escola Superior de Educação de Lisboa, e com o apoio da Junta de Freguesia de Arroios. Ao longo da temporada de 2016/2017, três grupos (crianças, adultos e professores) realizaram  visitas guiadas ao Teatro, acompanharam espectáculos e ensaios, conheceram as equipas criativas. Na temporada 2017/ 2018, aprofundou-se o envolvimento dos participantes do projecto nas dinâmicas de programação e criação,  reflectindo-se em torno de modelos participativos de governança cultural.

Ficha técnica projecto O PÚBLICO VAI AO TEATRO

coordenação: Alfredo Martins, Anabela Almeida, Sara Duarte participantes do projecto “O Público Vai ao Teatro”: Ana Catarina Silva, Ana Soares, Ana Teresa Magalhães, Carla Flores, Catarina Soares, Clara Agapito, Fernanda Silva, Isabel Correia, Margarida Silva, Maria Margarida Galvão, Mariana Correia, Miguel Brinca, Paula Antão, Renata Brites, Ricardo Correia, Vera Silva, Viviane Almeida| coprodução: teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser, São Luiz Teatro Municipal documentário PÚBLICO-ALVO (2019, 60’) intervenientes: participantes e convidados do projecto “O Público Vai ao Teatro”,  Equipa do São Luiz Teatro Municipal, convidados dos ‘Laboratórios de curadoria’, equipas dos espectáculos e grupos programados para ‘Os Dias do Público’ | realização, imagem e montagem: Helena Inverno | apoio à realização: Verónica Castro | câmara auxiliar: Raquel Dabarra  | som: Sara Ross | mistura de som: António Porém Pires | montagem de som: Margarida Keating e Melissa Pons | produção Executiva teatro meia volta: Alfredo Martins, Anabela Almeida, Daniela Ribeiro, Sara Duarte | produção executiva São Luiz Teatro Municipal: Bruno Reis | apoio à produção: do filme: Entre Imagem | coprodução: teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser, São Luiz Teatro Municipal publicação O PÚBLICO VAI AO TEATRO - Encontros sobre políticas da recepção e envolvimento de públicos no contexto das artes performativas coordenação editorial: Teresa Fradique | revisão: Pedro Cerejo | design gráfico: Sílvia Prudêncio |  edição: teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser | apoios: República Portuguesa - Cultura/Fundo de Fomento Cultural.

05.09.2019 | par martalanca | público, teatro

REPIKÁ -concurso de design

No contexto da URDI 2019, o MCIC - Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do CNAD - Centro Nacional de Arte,Design e Arquitectura, lançou no dia 9 de Agosto o Edital REPIKÁ, a música como matéria criativa, um concurso de design que pretende envolver designers, artesãos, artistas, arquitectos e demais criativos no Arquipélago e na Diáspora, a refletir sobre o magnetismo deste universo da música de Cabo Verde, extraindo dele o conteúdo criativo para a conceção de um projeto de design fundado nas personagens, sentimentos ou intenções suscitados.


Aberto até ao dia 13 de Setembro, o Edital terá os 15 melhores projetos candidatos seleccionados por um júri nacional multidisciplinar e altamente qualificado. Os projetos selecionados e os convidados terão como prémioa) a execução do projeto em protótipo/peça/outro (custos assumidos pela organização); b) a exibição no Salão_Created in Cabo Verde URDI 2019; c) a presença no Catálogo; e d) o protótipo como parte integrante do espólio do Instituto Público CNAD. O melhor projeto eleito pelo júri terá o prémio monetário no valor de 60.000,00 CVE.

Para mais informações consultar o regulamento em anexo, as nossas páginas nas redes Facebook e Instagram.

05.09.2019 | par martalanca | concurso de design

ERA UMA VEZ EM GOA: identidade e memórias no cinema

4, 8, 13, 18, 22, 27 e 29 Setembro Auditório do Museu do Oriente, 18h00 Comissária | Maria do Carmo Piçarra (entrada Gratuita, mediante levantamento prévio de bilhete)

Este ciclo de filmes homenageia Paulo Varela Gomes – desvenda olhares sobre Goa antes e imediatamente após a integração do território na Índia, em 1961, além de olhares contemporâneos – documentais sobretudo –, de realizadores portugueses e goeses que problematizam cinematograficamente a sua complexidade identitária e cultural.
Nesse âmbito, são apresentados filmes de arquivos públicos – da  Rádio e Televisão Portuguesa, do Centro de Audiovisuais do Exército (CAVE), da Filmoteca Española –, por vezes desprovidos de som, que serão comentados por especialistas. Em contracampo aos filmes “oficiosos”, produzidos pela propaganda, serão mostradas investigações de realizadores não goeses, como o muito pessoal Eternal Foreigner (2003), de Paula Albuquerque, e Pátria Incerta (2005), de Inês Gonçalves e Vasco Pimentel ou A Dama de Chandor (1998), de Catarina Mourão (cópia apresentada após restauro apoiado pela Fundação do Oriente). Apresentar-se-ão ainda filmes goeses contemporâneos, documentais e um filme ficcional konkani, que fixam percepções pessoais mas que atestam quer a singularidade identitária goesa quer um cuidado em fixar as alterações culturais e da ecologia do território. O primeiro filme ficcional konkani, Mogacho Anvddo (1950) foi filmado, em Goa, por Jerry Braganza, ainda durante o colonialismo português. Digant (2012), de Dnyanesh Moghe, é um filme ficcional que participa no esforço de manutenção de uma produção de cinema local, em koncani, estando ligado, pela abordagem temática, às preocupações, pela via documental, de outros realizadores goeses. Agrupados sob o título “Comunidades goesas e culturas em filmes documentais”, Caazu (2015), de Ronak Kamak; Dances of Goa (2012), de Nalini Elvino de Sousa; Shifting Sands (2013), de Sonia Filinto e Saxtticho Koddo – O Celeiro de Salcete (2018), de Vince Costa reflectem sobre práticas ancestrais que estão hoje ameaçadas. Neste encontro, entre Portugal e Goa através do cinema, I Am Nothing, de Ronak Kamat, fixa aspectos da vida e obra de Vamona Navelcar, um dos maiores vultos da pintura na Índia, que afirma a sua identidade goesa sem esquecer nunca a sua ligação a Portugal.

1ª SESSÃO
4 Setembro | 18.00 – Auditório
ETERNAL FOREIGNER (2003, 28’), de Paula Albuquerque
PÁTRIA INCERTA (2005, 52’), de Inês Gonçalves, Vasco Pimentel
Com a presença de Paula Albuquerque, Inês Gonçalves e Vasco Pimentel
Após a projecção, conversa com moderação de Maria do Carmo Piçarra
Nas palavras de Paula Albuquerque Eternal Foreigner é um curto e muito pessoal home movie de 2003 que filmei em Goa, enquanto estudante da Rietveld Academy em Amesterdão. Usando uma miniDV barata e minúscula como meio de pensar os meus encontros com pessoas várias relacionadas com o passado da minha família, acabei por descobrir surpreendentes aspectos da minha identidade cultural/emocional. Linhas de fuga que ainda hoje influenciam o meu trabalho”.
Pátria Incerta olha para o génio que o povo colonizado revela ao produzir uma síntese civilizacional própria. “Durante 450 anos, Goa fez parte do império colonial português, de costas voltadas para o resto da Índia. Nos primeiros 60 anos da ocupação, metade da população (intensamente culta, intensamente estruturada, intensamente hindu) foi forçada a converter-se à religião católica. Tal como o clima húmido de Goa dificulta o sarar das feridas, também o passado parece não conseguir cicatrizar. A memória da cultura portuguesa sobrevive em Goa e revela-se à vitalidade da cultura hindu, nunca enfraquecida, presente por toda a parte - até nos católicos goeses, descendentes de hindus convertidos”.

2ª SESSÃO

8 Setembro | 18.00 – Auditório
A DAMA DE CHANDOR (1998, 93’), de Catarina Mourão
Projecção de cópia nova, restaurada com apoio da Fundação Oriente, com a presença de Catarina Mourão
Após a projecção, conversa com moderação de Maria do Carmo Piçarra
Passadas três décadas sobre a sua integração na União Indiana e a sua libertação face ao poder colonial português, Goa surpreende por nela coexistirem culturas diversas e uma sociedade que se encontra estranhamente cristalizada no tempo. Aida, a “dama de Chandor”, tem oitenta anos e vive sozinha num palácio perdido numa aldeia goesa. Este documentário conta a sua história, acompanhando o seu esforço diário para preservar a todo o custo a casa onde vive, símbolo visível e palpável da sua identidade que ela sente ameaçada. A “dama de Chandor” e a sua casa confundem-se. Aida terá de viver até garantir que a casa lhe sobrevive.
3ª SESSÃO
13 Setembro | 18.00 – Auditório
VITÓRIA OU MORTE – QUEDA DA ÍNDIA PORTUGUESA  (2002, 54’20’’), de Pedro Efe
Com a presença de Catarina Efe
Após a apresentação, comentário por Nuno Vassallo e Silva e Jason Keith Fernandes, com moderação de Maria do Carmo Piçarra
No conturbado ano de 1961, um acontecimento, entre muitos outros, vem abalar profundamente as fundações do regime salazarista: a anexação de Goa, pelas tropas da União Indiana, a 17 de Dezembro.
Ao longo de 14 anos – desde que, pela primeira vez, a Índia passou a reivindicar a integração de Goa, Damão e Diu no país recentemente independente – a tensão cresce entre Portugal e a União Indiana, apesar da mediação da ONU e de outras instâncias internacionais.
Na crença de que o pacifista Nehru não usaria da força contra o “solo sagrado” da pátria portuguesa, Salazar fica profundamente abalado com o ataque.
Uma força de 50.000 homens com equipamentos modernos cercou as colónias portuguesas de Goa, Damão e Diu defendidas apenas por um efectivo de 3.500 militares portugueses.
4ª SESSÃO
18 Setembro | 18.00  – Auditório
I AM NOTHING (2019, 50’)*, de Ronak Kamat
Após a projecção, conversa com Rosa Maria Perez e outros convidados, com moderação de Maria do Carmo Piçarra.
I Am Nothing é uma investigação sobre a vida e obras do lendário e enigmático artista goês-português, Vamona Navelcar. O filme fixa o seu processo criativo e tenta compreender o pensamento por detrás das suas obras, enquanto recolhe opiniões profundas e perspicazes sobre e pelo homem conhecido informalmente conhecido como ‘o artista de três continentes’”.
*Filme em inglês
5ª SESSÃO
22 Setembro | 18.00 – Auditório
Comunidades goesas e culturas em filmes documentais *
Após a projecção, conversa com Jason Keith Fernandes, moderada por Maria do Carmo Piçarra
CAAZU (2015, 7’58’’), de Ronak Kamak
DANCES OF GOA (2012, 26’36”), de Nalini Elvino de Sousa
SHIFTING SANDS (2013, 28’47’’), de Sonia Filinto
SAXTTICHO KODDO – O CELEIRO DE SALCETE (2018, 37’50’’), de Vince Costa

Caazu, de Ronak Kamak, mostra a produção artesanal de fenim de caju, uma aguardente, nas remotas aldeias de Goa; Dances of Goa, de Nalini Elvino de Sousa, fixa os estilos de vida, rituais e costumes que se revelam nas danças tradicionais das aldeias de Goa; Shifting Sands, de Sonia Filinto, aborda a pesca tradicional, o modo de vida das comunidades piscatórias e as ameaças ao seu estilo de vida e ambientais com que se confrontam. Saxtticho Koddo – O Celeiro de Salcete, de Vince Costa documenta os costumes da aldeia de Curtorim, na região de Salcete, subjacentes à sua herança agrária. Este documentário explora a relação da agricultura com a identidade Goesa e as ameaças à sua existência e própria subsistência dos seus habitantes.
*À excepção de Saxtticho Koddo – O Celeiro de Salcete, com legendas em português, todos os filmes são falados /legendados em inglês.
6ª SESSÃO
27 Setembro | 18.00 – Auditório
RANMALE (10’)*
DIGANT (2012, 96’)
de Dnyanesh Moghe
Filme konkani, Digant conta a história de um pastor, chefe de uma família, que deambula na floresta com as suas ovelhas, acompanhado pelo filho pequeno. Pertence a uma tribo nómada e morar permanentemente numa casa é algo estranho para ele e para a comunidade a que pertence. Por insistência do um professor, o seu filho começa a frequentar a escola. Quando este cresce, sonha tornar-se arquitecto enquanto Pangim, onde estuda, se transforma também, rapidamente. É antecedido por Ranmale, também de Dnyanesh Moghe, sobre a dança ritual homónima integrada na celebração da invocação Garane, em que participa toda a aldeia.
*Filmes em inglês
7ª SESSÃO
29 Setembro | 18.00 – Auditório
Goa nos arquivos
Sessão comentada por Jacinto Godinho e Maria do Carmo Piçarra
CHUVAS DE MONÇÃO EM GOA
NATAL DOS SOLDADOS PORTUGUESES EM PANGIM
CHEGADA DE REFUGIADOS A LISBOA
MANUEL VASSALO E SILVA É DISTINGUIDO NA ÍNDIA

Blocos noticiosos do arquivo da RTP (total 15’)

EN LA INDIA PORTUGUESA: GOA DE AYER Y DE HOY (1952, 9’50”)
 Imagenes / Filmoteca Española

OPERAÇÃO DE SEGURANÇA NO ESTADO DA ÍNDIA (1955, 11’, sem som)
N/S | Centro de Audiovisuais do Exército Português

RUMO À ÍNDIA (1959, 19’, sem som)**
Miguel Spiguel | Centro de Audiovisuais do Exército Português

HONRA À ÍNDIA PORTUGUESA (1961, 19’, sem som)
Imagens de Portugal nº 239, Perdigão Queiroga | Centro de Audiovisuais do Exército Português

Sessão que reúne curtas-metragens de arquivo relativas a Goa. Alguns dos filmes, apresentados pelo valor histórico, apresentam degradação cromática e perderam a banda de som. Em todos os casos, as imagens serão comentadas pelos convidados.
Filmado por ocasião das comemorações do centenário de S. Francisco Xavier, En la India Portuguesa: Goa de Ayer y de Hoy atesta como o regime de Franco apoiou a política colonial do Estado Novo. Operação de Segurança no Estado da Índia conta a versão do Estado Novo sobre os acontecimentos junto à fronteira que, em 1955, aumentaram a tensão entre o regime português e o governo indiano. Miguel Spiguel foi o realizador que mais filmou o “Oriente português”. Em 18 de Maio de 1959 estrearam, no cinema Império, em Lisboa, várias curtas-metragens realizadas por Spiguel relativas à chegada a Goa de Vassalo e Silva, entre outros temas, sendo que Rumo à Índia mostra a chegada de tropas ao território. Honra à Índia Portuguesa é uma edição especial da série de actualidades cinematográficas de propaganda Imagens de Portugal, patrocinada pelo Secretariado Nacional da Informação, e evoca o historial da tensão relativo à “questão de Goa” para afirmar que o território foi anexado ilegalmente.
Parceria RTP

05.09.2019 | par martalanca | cinema, Goa

"The True Story" I Berlim.

A WARM INVITATION to the PREMIERE and the other ideas of “THE TRUE STORY” on 30.08 at 19h at the JugendTheaterWerkstatt Spandau (JTW), Berlim.


The JTW ensemble picks up on the generational conflicts of our time with a grotesque parable. For “The true story” several narratives are linked together and make a portrait of the present:
In a distant land, the rumor goes around that the rulers devour children in solemn banquets. With a special theatrical investigation following the cannibalistic charges, the view of alcohol can be obscured, hallucinating, regaining strength and getting caught up in the conflict of generations, in nepotism and corruption.
Cannibalism as the central motif of “true history” is also a symbol of our contemporary capitalist and colonial society. We are living at the expense of future generations, our children - and they have only 3 options: they rebel, they understand the system and carry it on or they get eaten.
A real fiction with hit music and big costumes.
Further performances on Sat 31.8. at 19: 00h, Mon 2.9. at 11: 00h, Fri 6.9. at 19: 00h, Sat 7.9. at 19: 00h * (with sign translation), Sun 8.9. at 16: 00h * (with audio description), Sat 14.9. at 19: 00h, Sun 15.9. at 16: 00h, Sat 21.9. / 19: 00h * (with conference from 14h), Sun 22.9. at 16: 00h * (with child care).
Admission free. Donations desired. Registration requestedschreiner@jtw-spandau.de or 030-375 876 23.
Further information: https://jtw-spandau.de/die-wahre-geschichte/
BY & WITH Alice Schirmer, Andrea Manke, Esra Meyer, Florian Henning, Gianni Masariè, Joyce Heel, Leon Schley, Malin Hartig, Martina-Malte Rathmann, Maya Witt, Monika of Oertzen, Natalia Matthies, Patryk Witt.
DIRECTOR: Carlos Manuel, STAGE: João Ana, COSTUMES: Verena Hay, TECHNOLOGY: Marvin Wrobel+Gilles Stein+Jens Gerlich, DIVISION ACCOUNT: Li
Jingyun
, PROMOTION: Hauptstadtkulturfonds.

29.08.2019 | par martalanca | Berlim, Theatre

VENTO SUL | 2 concertos 7 & 15 Setembro

o1. CONCERTO 7 Set. | 22h ZULU SOUND TALES

Guy Buttery & Nibs Van Der Spuy €10 BILHETES

Guy Buttery e Nibs Van der Spuy (África do Sul) actuaram nos principais palcos e festivais na Europa e no Reino Unido para a promoção do seu último SAMA álbum “In the Shade of the Wild Fig”, mas é agora através de VENTO SUL que esta dupla se apresentará pela primeira vez em Portugal.

Receberam o prestigiado prémio Standard Bank Ovation Award no The National Arts Festival. Este prémio levou a que os seus concertos na África do Sul e na Europa se esgotassem, recebendo críticas excepcionais. 

Van der Spuy e Buttery foram posteriormente convidados a actuar com a Orquestra Filarmónica KZN, de 52 elementos, considerada “a maior orquestra de África” e, tendo sido este evento nomeado como o “melhor concerto ao vivo do ano” pelo The Cape Times.

“Uma descoberta! Toques Clássicos, Melodias Zulus e a uma voz magicamente vibrante” (LE MONDE, FRANCE)

Info + 351 213 010 510 

GUY BUTTERY

“Guy Buttery é uma espécie de nacional”, afirmou um dos mais importantes da África do Sul - O Mercúrio. This fan indies, inter, multi-instrumentistized, and, and, Os EUA, Reino Unido, Austrália, França, Brasil e Itália já estão disponíveis após. No entanto, simplesmente rotular Guy Buttery apenas como um dos fenómenos musicais da África do Sul seria uma injustiça. O seu sucesso não é restrito a um instrumento de música internacional, mas o seu talento eleva-se a um dos seus fundamentos da música sul-africana, inspirando pessoas em todo o mundo com o seu estilo, talento e tenacidade.

Aos 18 anos de idade, seu álbum de estréia foi nomeado como o “Melhor Recém-Chegado” e “Melhor Instrumental” no South African Music Awards (SAMA), tornando-se mais jovem candidato a história do evento. Guy then colecionou duas SAMA’s em 2010 e novamente em 2014. Além disso, entregou as grandes premiações, incluindo o Ovation Award por suas performances ao vivo no Festival Nacional de Artes, e foi homenageado com mais aqueles prémios de prestígio do que qualquer outro artista.

Buttery tem colaborado com uma diversao de artistas, incluindo Dave Matthews, Jethro Tull, Vusi Mahlasela, o vencedor do Grammy Will Ackerman, Salif Keita, Reed Preston, Kaki King, Violent Femmes, Jon Gomm e muitos outros.

Os meios de comunicação citaram-no como “um dos melhores expoentes da guitarra no mundo”. De Guy Buttery espere as altas estéticas, grooves profundos, inflexões africanas muito delicadas e um toque de guitarra de forma totalmente único.

NIBS VAN DER SPUY

Nibs van der Spuy é um dos mais extraordinários e excitantes guitarristas e exportadores do mundo a sair da África do Sul. Cresceu na fértil província de Kwa-Zulu Natal, onde mergulhou no seu ambiente natural para formular um som verdadeiramente profundo e original. Ele cresceu a ouvir os Beatles e aprendeu a tocar com guitarristas tradicionais – Zulu Maskandi, que ele rapidamente absorveu esta melodica tapeçaria sonora e seus vibraçoes além fronteiras.

Após de tocar durante anos, música tradicional na África do Sul e reunir um público fiel, e após uma pausa sobre ao palco para tocar com Crosby, Stills e Nash em sua digressao sul-africana de 1996. Posteriormente, assinou com SHEER (South African World Music), onde lançou mais de 10 álbuns.

Seu terceiro álbum a solo – BEAUTIFUL FEET recebeu elogios altamente aclamados em todo o mundo, onde foi o álbum do mês em quatro publicações alemãs e a escolha da semana pela RADIO FRANCE FIP. 

Nibs continua a espalhar sua beleza musical pelo mundo, onde ele tem vindo a partilhar palcos com nomes como Ben Harper, Bonnie Raitt, Taj Mahal, Gito Baloi, Joe Joe Phelps, Piers Faccini, Phillip Henry e Hannah Martin e Shawn Phillips. O seu último album colaborativo – In the shade of the wild fig, fá-lo com  o seu grande amigo e colaborador, Guy Buttery. 

O último albúm a solo – NATALIA, foi produzido pelo consagrado produtor Mark Tucker (que trabalha com Portishead, PJ Harvey, Jethro Tull). Actualmente, está a preparar o seu próximo álbum inspirado pela costa de Lisboa.

***

01.  CONCERT 7 Sept | 10pm

ZULU SOUND TALES Guy Buttery &  Nibs Van Der Spuy

Buttery and Van der Spuy have toured many of the major festivals and venues throughout Europe and the UK in promotion of their SAMA nominated album, “In the Shade of the Wild Fig”, but is through VENTO SUL that they are performing for the first time in Lisbon (Portugal).

The duo has also won the very prestigious “Standard Bank Ovation Award” at The National Arts Festival. These accolades led to further sold out performances at numerous festivals and concert halls in both South Africa and in Europe receiving rave reviews for both their live show and their recorded work. Van der Spuy and Buttery were then invited to perform with the 52 piece KZN Philharmonic Orchestra, dubbed “Africa’s greatest orchestra” and were later voted “Top Live Show of the Year” by The Cape Times.

“Excellent! A voice full of wonder and humility of the songs it sings.” (ROLLING STONE MAG) **** 

GUY BUTTERY

“Guy Buttery is something of a National treasure”, says South Africa’s leading newspaper The Mercury. As an internationally recognised musician, this multi-instrumentalist enjoys invitations to play sell-out performances all over the globe. The USA, UK, Australia, France, Brazil, and Italy have all welcomed him back year after year. However, to simply label Guy Buttery as one of South Africa’s musical phonemes would be an injustice. His international role has surpassed merely performing concerts to foreign audiences. It has evolved into one as an ambassador of South African music, inspiring people across the world with his homegrown style at the very heart of his talent and tenacity. Guy’s distinct unification of South African guitar music is the musical advocate for everything positive and beautiful about the place he calls home. 

At the age of 18, Guy Buttery’s debut album was nominated for ‘Best Newcomer’ and ‘Best Instrumental’ at the South African Music Awards (SAMA’s) making him the youngest nominee in the history of the event. Guy then went on to collect two SAMA’s in 2010 and again in 2014. He has also received numerous other major National accolades including the Ovation Award for his live performances at the National Arts Festival, and has been honoured with more of these prestigious awards than any other artist.

Buttery has worked with an incredible myriad of artists including Dave Matthews, Jethro Tull, Vusi Mahlasela, multiple Grammy Award Winner Will Ackerman, Salif Keita, Preston Reed, Kaki King, The Violent Femmes, Jon Gomm and countless others. The media has cited him “as one of the finest exponents of the acoustic guitar in the World.” Expect high dynamics, deep grooves, delicate African inflections and mind-bending guitar playing of an entirely new order.

NIBS VAN DER SPUY

Nibs van der Spuy is one of the most extraordinary and exciting, world acoustic guitarists and exports to come out of South Africa. Raised in the fertile province of Kwa-Zulu Natal, Nibs immersed himself in his natural environment to formulate a truly consummate and original sound. Growing up with the Beatles and learning first hand from traditional Zulu Maskandi guitarists, he quickly soaked up a rich tapestry of his close surroundings and beyond.

After playing the local folk scene around South Africa for years and gathering up a loyal following, his big stage break came after supporting Crosby, Stills and Nash on their 1996 South African tour. After that he was signed to the SHEER (South African World Music label) where he has released over 10 albums.

His third solo release, BEAUTIFUL FEET received highly acclaimed accolades around the world where it was album of the month in four German publications and RADIO FRANCE FIP pick of the week. Nibs continues to spread his musical beauty around the world where he has shared stages with the likes of Ben Harper, Bonnie Raitt, Taj Mahal, Gito Baloi, Kelly Joe Phelps, Piers Faccini, Phillip Henry & Hannah Martin and Shawn Phillips and recording the critically acclaimed, ‘In the shade of the wild fig’, with long-time friend and collaborator, Guy Buttery. Nibs’ latest release,’ NATALIA’, was produced by world renowned producer 

Mark Tucker (Portishead, PJ Harvey, Jethro Tull). Besides working on material for an upcoming album on the Lisbon Coast.

 o2. CONCERTo 15 Set. | 19h

CONVERGENCE Tcheka & João Ventura

€10 BILHETES

VENTO SUL tem o prazer de apresentar o primeiro concerto oficial dos músicos Tcheka e João Ventura. Juntos, trazem  os seus estilos distintos para esta colaboração extraordinária que flutua por um cenário auditivo dinâmico e emocionante, cheio de ritmos e melodias que abrangem todas as sensibilidades e que nos deixam ‘a flór da pele.

Tcheka (Cabo Verde) criou um estilo único e requintado que é um testemunho de influências globais que ele abraçou. A sua essência é impossível de entender, quanto mais de definir - ele não é modernista nem tradicionalista, e a sua música resiste a qualquer categorização ou comparação fácil. Enquanto faz referência a vários gêneros de Cabo Verde, a sua música também é um cruzamento de pop Brasileiro e Africano, formas tradicionais, folk, jazz, blues, rock, literatura, antropologia e cinema. Nunca é apenas cabo-verdiano, e nunca é só música, mas é sempre cativante.

João Ventura (Brasil) nasceu rodeado por uma família de artistas e,  começou a tocar piano aos quatro anos e começou a estudar música clássica aos nove anos. Atualmente está a completar o seu doutoramento em Portugal. Apesar dos freqüentes estudos com foque na música clássica, Ventura mantém um contato próximo com a música popular. Estes dois tipos de música sempre foram encarados por Ventura, como complementares e assim, decidiu misturar e fundir os dois, criando um som peculiar e autêntico ao que ele chamou de Contraponto.

o2. 15 Sept | 7pm CONVERGENCE Tcheka & João Ventura €10 tickets 

VENTO SUL is pleased to present the first official collaborative concert of the musicians Tcheka and João Ventura. Together they will bring their distinct styles to this wonderful collaboration that floats through a dynamic and exciting aural scenery filled with rhythms and melodies that embrace all sensibilities.

Tcheka (Cape Verde) has created an unique and exquisite style that is a testament to the global influences he has embraced. His essence is impossible to grasp, let alone pin down – he is neither modernist, nor traditionalist, and his music resists any easy categorization or comparison. While referencing multiple genres from Cape Verde, Tcheka’s music is also a busy intersection of Brazilian and African pop, traditional forms, folk, jazz, blues, rock, literature, anthropology and film. It is never just Cape Verdean, and it’s never just music, but it’s always captivating.

João Ventura (Brazil) was born into a family of artists. He started playing the piano at the age of four and began studying classical music at nine. He is currently completing his doctorate in Portugal. Despite frequent studies of classical music, Ventura has always maintained close contact with popular music. He always saw the two types of music as complementary and decided to mix and fuse the two, thus creating a peculiar and authentic sound which he has named Contraponto.

Local/Venue | Espaço Espelho d’Água

Av. Brasília, 1400-038, Lisboa,Portugal 

(JUNTO AO Padrão dos Descobrimentos)

Info / BILHETES  + 351 213 010 510 

theceraproject@gmail.com I www.ceraproject.com

info@espacoespelhodeagua.com

www.espacoespelhodeagua.com

27.08.2019 | par martalanca | concertos, Vento Sul

MINISTROS DA NOITE Livro Negro da Expansão Portuguesa

 

Ministros da Noite, como cães esfaimados, toda a prata do mundo os não poderá fartar.
 Fernão Mendes Pinto
Obra de indiscutível actualidade em tempos de racismo estrutural, impossível de tapar como o sol com uma peneira, visível na violência policial, em artigos de jornal e em ideias peregrinas como a construção de museus que celebram as descobertas, Ministros da Noite – Livro Negro da Expansão Portuguesa (1991) chega à sua quarta edição, com um novo prefácio de Ana Barradas. Esta colectânea de textos recolhidos em cinco séculos de historiografia nacional é uma tentativa de desmontagem do discurso colonial que tem acomodado a nossa cultura ao nacionalismo e à xenofobia. Um discurso hoje modernizado, envolto nas roupagens envernizadas do neoliberalismo, servido de bandeja com a grandiloquência própria de um regime de novos-ricos, prosaico herdeiro da comemorativite aguda reavivada pelo fascismo dos anos 30. Dando um panorama de amplo fôlego – da escravização dos africanos ao genocídio dos povos indígenas, das viagens marítimas à guerra colonial – e um testemunho da história desprezada que foi a resistência ao expansionismo português, este livro reconhece sem peias o logro da excepção do colonialismo nacional, revelando o avesso dos triunfos civilizadores e da gesta heróica dos ousados navegadores que a bafienta propaganda alardeava, com ecos nas gerações de hoje.

Selecção, organização e prefácio Ana Barradas Ilustrações de capa e contracapa Miguel Carneiro

27.08.2019 | par martalanca | Ministros da Noite

VENTO SUL no Espaço Espelho d'Água

A new chapter is starting with the cultural programe VENTO SUL that results from our recent partnership with Espaço Espelho d’Água in Lisbon. A programme that will includes art exhibitions, performances, conferences, film screenings, music concerts and artistic residencies.

If you are interested in knowing more, collaborate and participate check our website or email us,

VENTO SUL is a partnership between the Cera Project and the Espaço Espelho D’Água (EEA) in the heart of Lisbon, Portugal.

A programme under the artistic direction of Inês Valle and with public presentation at the emblematic Portuguese modernist building.

VENTO SUL departs from the historical, symbolic and conceptual notion of ‘wind’, and the impact of this climate depression in the field of artistic production.

In Portugal the winds from the north took them to the South, facilitating the contact with other people, places, stories and, totally altering the perception of the world. 

Wind shifts around depressions and is not the same everywhere, it varies from place to place.

In Portugal the southern wind brings an intense climate change, causing a storm. Thus, in a beneficial analogy, VENTO SUL brings to Portugal the South, the non-hegemonic, aiming to contribute to the socio-cultural enrichment of the Portuguese artistic landscape, its relationships and collaboration with other narratives.

VENTO SUL includes a rich cultural programme which focuses on the same values of the CERA PROJECT by promoting art practices that fall outside Eurocentric & Western narratives, by encouraging interaction and dialogues.

27.08.2019 | par martalanca | Vento Sul

TASTE BLACK HISTORY apresenta 1619 SABORES – Raízes Africanas Globais I Luanda

A TASTE BLACK HISTORY vai realizar em Luanda o evento 1619 SABORES – Raízes Africanas Globais, uma das iniciativas que se enquadram no projecto “1619-2019”, que tem como objectivo assinalar os 400 anos desde que o primeiro barco atracou na cidade de Jamestown, actual Estado da Virgínia, vindo de África com pessoas escravizadas. Reconhecer as ligações culturais e aumentar a apreciação do público em geral no continente africano e na sua diáspora é outro dos objectivos do projecto.
1619 SABORES – Raízes Africanas Globais será um evento gastronómico que envolve a redescoberta da influência da gastronomia africana em outras paragens, através da pesquisa local, experiências gastronómicas e uma exposição interactiva. Tomando a gastronomia autêntica como ponto de partida, o evento será um espaço empresarial e cultural inovador para promover os países participantes e identificar praticas que os conectem. Com partida em Angola, a iniciativa terá ainda paragens no Brasil, Estados Unidos de América, Inglaterra e Jamaica.

Continuez à lire " TASTE BLACK HISTORY apresenta 1619 SABORES – Raízes Africanas Globais I Luanda "

22.08.2019 | par martalanca | Africa, gastronomia, TASTE BLACK HISTORY

Ecos da História: Memória, Comemoração e Silêncio na Luta de Libertação de Angola

Colóquio Internacional Ecos da História: Memória, Comemoração e Silêncio na Luta de Libertação de Angola, 28 de agosto de 2019, 09h00

Auditório da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, Luanda - Angola

O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, através do projeto CROME, e a Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, juntam-se para organizar um colóquio intitulado Ecos da história: memória, comemoração e silêncio na luta de libertação de Angola, subordinado ao tema da história e memória da luta e guerra de libertação de Angola contra o domínio colonial português.

Propondo um olhar amplo e diversificado sobre as questões da história e memória da luta de libertação de Angola, o colóquio procurará reunir investigadores e investigadoras bem como produtores de memória cujo trabalho se tenha pautado pela disseminação e aprofundamento do conhecimento público sobre este tema.

O evento realizar-se-á no dia 28 de Agosto de 2019, a partir das 9h00, no auditório da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, seguido da mostra do filme Independência, em colaboração com a ATD – Associação Tchiweka de Documentação.

O evento é aberto ao público e não requer inscrição.

O programa do evento pode ser consultado no ficheiro em anexo ou acedendo ao seguinte link:

https://crome.ces.uc.pt/index.php?id=18380&pag=26242&id_lingua=1

 

22.08.2019 | par martalanca | guerra colonial

Doc’s Kingdom 2019 Floresta de signos 1 a 6 setembro, Arcos de Valdevez

Com a cabeça nas estrelas, envoltas em tecidos estampados coloridos, deambulemos pelas florestas em busca de territórios imaginários. Entre o céu e a terra, luz e trevas, memória e esquecimento, que cintilem as projeções e ressoem as palavras. Vamos abrir as janelas e deixar o vento entrar. Vamos mergulhar em águas intemporais refletindo as chamas vacilantes das nossas vidas multiplicadas. Vamos desbastar, cortar, cavar, tecer, desdobrar e desenhar mapas para nos perdermos, para melhor nos encontrarmos no mundo habitável do cinema.
Com a presença de Hiroatsu Suzuki, Ian Soroka, Jodie Mack, Johann Lurf, Rossana Torres, Laura Huertas Millán e mais cineastas a anunciar, o Doc’s Kingdom 2019 é programado por Agnès Wildenstein em colaboração com o diretor artístico Nuno Lisboa.
Entre 1 e 6 de Setembro, em Arcos de Valdevez, o Doc’s Kingdom reúne uma comunidade internacional de 100 participantes para um encontro intensivo de sessões e debates com a presença dos/as cineastas convidados/as ao longo de todo o seminário. O Doc’s Kingdom é a experiência integral e cumulativa que abarca as sessões de cinema, os debates e o encontro colectivo numa atmosfera informal e bucólica.

inscrições 

21.08.2019 | par martalanca | cinema, Doc’s Kingdom

Understory, de Margarida Cardoso

A realizadora Margarida Cardoso (“A Costa dos Murmúrios”, “Yvone Kane”) organiza, nestes “Contos Botânicos”, um extraordinário ensaio pessoal sobre uma planta e todas as suas ramificações culturais e económicas: o cacau. Viajando por São Tomé e Príncipe, Inglaterra e pelo Brasil, a realizadora passeia-se entre passado e presente, desmontando os esquemas da opressão colonial europeia e investigando as possibilidades de uma exploração justa da planta. E nos vários cantos do mundo, são as mulheres que provocam as mudanças. Uma História alternativa, que é uma her-story e uma understory.

Filmografia Nasceu em Portugal em 1963 e viveu em Moçambique durante um período da Guerra Colonial (1964-1976). Concluiu o curso de Imagem e Comunicação Audiovisual da Escola António Arroio em 1981, tendo começado por trabalhar como assistente fotográfica publicitária e industrial. Dois anos mais tarde inicia a sua carreira em cinema como anotadora e assistente de realização em projectos nacionais e estrangeiros. Margarida Cardoso realiza em 2004 a sua primeira longa-metragem de ficção, A Costa dos Murmúrios, porém a sua carreira tem versado sobretudo na área documental.

Lisboa Cinema Monumental(Cineteatro), Sábado, 24 de Agosto: 18h30

Info:Género: Documentário

Duração: 1h 21min
Classificação: M/12

Ficha Técnica:

Realização e argumento: Margarida Cardoso
Direcção de fotografia: Margarida Cardoso, Luís Correia, Miguel Costa
Som: Nuno Carvalho
Montagem: Pedro Marques, Francisco Costa
Produção: Lx Filmes

21.08.2019 | par martalanca | Cacau, Margarida Cardoso

Colóquio de Integração Internacional do Sul Global

Colóquio de Integração Internacional do Sul Global A AILPcsh realiza nos dias 3 e 4 de Outubro de 2019 o I Colóquio de Integração Internacional do Sul Global. Esta é uma iniciativa da Direção 2019-2023 eleitos em Dezembro de 2018. O evento conta com o apoio do Centro de Estudos Sociais (CES) da Univerisdade de Coimbra. 

O I Colóquio de Integração Internacional do Sul Global pretende contribuir para o reforço das formas e dos meios de diálogo entre investigadores oriundos e com interesse nas ciências sociais e humanas nos/dos países de língua portuguesa com vista a uma melhor circulação de conhecimentos. O tema central em discussão é “Democracia e Produção de Conhecimentos em tempos de neoliberalismo no Mundo Global”. O Colóquio também servirá de momento para a tomada de posse dos novos Orgãos Sociais da AILPcsh. O evento terá lugar na Sala 1 do Centro de Estudos Sociais (CES)- Alta.Este é um evento gratuito. As inscrições são limitadas ao número de lugares disponíveis e devem ser enviadas até ao dia 27 de setembro de 2019 para ailp.secretariado@ailpcsh.org.Segue o programa preliminar a actualizar em breve:3 de Outubro de 2019Dia fechado ao público.Atividades de transição entre Órgãos sociais e Reuniões de Trabalho.4 de Outubro de 201910.00 – 10.30 Receção aos participantes e palestrantes10.30 – 11.00 Abertura do Colóquio11.00 – 13.00 Mesa Redonda: Democracia, Direitos e Cidadania Global: cultura, património, identidades e o direito à cidadeOradores/as: Profa. Dra. Sofia Lerche Vieira (UECE, Brasil), Profa. Dra. Eurídice Monteiro (Uni-CV), Prof. Dr. Paulo Speller (UFMT, Brasil, Ex-Secretário Geral da OEI e Ex-Reitor da UNILAB), Prof. Dr. Carlos Cardoso (CESAC/Guiné Bissau),Mediação: Prof. Dr. Tiago Castela (CES)Participação Via Videoconferência Skype de alunos das Universidades de Angola e Cabo Verde (a confirmar) Intervalo para o Almoço15.00 – 17.00 Mesa Redonda: Descolonização das Mentes e Emancipação Humana: desconstruindo a colonização de saberes e poderes – desafios à AILPcshOradores/as: Profa. Dra. Maria Paula Meneses (CES/UC), Prof. Dr. Odair Varela (Uni-CV), Profa. Dra. Jacqueline Freire (UFPA, Amazônia/Brasil)Mediadora: Profa. Dra Gertrudes Oliveira (Uni-Piaget/Cabo Verde)Participação Via Videoconferência Skype de alunos das Universidades de Angola e Cabo Verde (a confirmar)17.00 – 17:45 Tomada de posse dos Órgãos Socais da AILPcsh17.45 – 18.30 Lançamento da Revista Travessias com a publicação dos primeiros artigos on-line, seguida do lançamento do Livro: Diversidade, Interculturalidade e Inclusão. Desafios à Educação Básica em Cabo Verde de Gertrudes Oliveira, outros lançamentos (aguarda-se confirmação)19.00 Encerramento do Colóquio.

03.08.2019 | par martalanca | Sul Global

CONVERSA com Thiago de Paula Souza

a propósito da sua visita a Lisboa e mini-residência nas Galerias Municipais. 

 Thiago de Paula Souza Thiago de Paula SouzaThiago de Paula Souza é curador e educador com formação em Ciências Sociais. Participou no Propositions for Non-Fascist Living, organizado pela BAK (basis voor actuele kunst), em Utrecht, Países Baixos. Com a curadora Gabi Ngcobo, criou a plataforma I´ve seen your face before, parte do projeto Ecos do Atlântico Sul, do Goethe Institut. Entre 2016 e 2018, foi membro da equipa curatorial da 10ª Bienal de Berlim intitulada We don´t need another hero.

Atualmente é membro do trio curatorial da 3ª edição de Frestas, a Trienal de Artes no SESC Sorocaba que acontecerá em agosto de 2020 em Sorocaba, no estado de São Paulo, Brasil. A conversa sobre curadoria será mediada por três músicas que estão vinculadas a projetos (coletivos) de Thiago de Paula Souza. O evento acontecerá no dia 30 de julho, terça-feira, pelas 19h na Galeria Quadrum, Alvalade. 

26.07.2019 | par martalanca | Galerias Municipais, Thiago de Paula Souza

Filipa César. Crioulo Quântico

Filipa César propõe uma instalação e um filme de ensaio que abordam a crioulização para lá da linguagem e como modo de pensar o mundo.

31 mai – 02 set 10:00 – 18:00 Encerra à Terça-feira Coleção Moderna – Espaço Projeto, R. Dr. Nicolau Bettencourt, Lisboa I Entrada livre

Filipa César «Chico Indi», tecelão papel (imagem de pesquisa para «Crioulo Quântico»), 2018Filipa César «Chico Indi», tecelão papel (imagem de pesquisa para «Crioulo Quântico»), 2018

A artista apresenta uma instalação e um filme de ensaio que resultou de um processo de pesquisa coletivo e que introduz vários formatos de imagem em movimento como o vídeo, o 16 mm e a animação 3D, numa abordagem sobre dinâmicas de crioulização, no seu contexto histórico e biológico – entre elas, a dimensão subversiva de códigos linguísticos e noções de tecedura.

Os cartões perfurados, originalmente desenhados para a produção têxtil, foram fundamentais para o desenvolvimento da tecnologia informática. O seu código binário está mais próximo do princípio da tecelagem do que do ato da escrita. A tecedura de mensagens cifradas de resistência social e política nos têxteis ou as apropriações da língua do colonizador pelo crioulo são apenas dois aspetos do passado recente que nos ajudam a pensar, no presente, as novas economias digitais e os seus procedimentos e códigos. A visualização digital do projeto de uma zona franca ultraliberal planeada por empresas multinacionais nas ilhas Bijagós atualiza, com uma nova face, a violência que existiu, há alguns séculos, com a criação de entrepostos de escravos na então região dos Rios da Guiné do Cabo Verde.

O filme é uma das três «estações» ou momentos expositivos previstos pela artista numa trajetória internacional de longa duração, que inclui três instituições: Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e Tabakalera, em San Sebastián.

Filipa César (Porto, 1975) tem apresentado o seu trabalho nacional e internacionalmente em contextos de cinema e arte contemporânea, tais como Berlinale, Doc’s Kingdom, Flaherty Seminar, MoMA, Mumok, Manifesta 8, SAVVY, Jeu de Paume, Tensta konsthall, Harvard Art Museums e Haus der Kulturen der Welt.

Curadoria: Leonor Nazaré
Cenografia: «Architextile n. 2» de Lorenzo Sandoval

25.07.2019 | par martalanca | filipa césar

IV Mostra Internacional de Cinema na Cova

Organizada pelo Coletivo Nêga Filmes, em parceria com a Associação Cultural Moinho da Juventude, acontece, desde 2016, e durante o KOVA M FESTIVAL, a MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA NA COVA: ÁFRICA E SUAS DIÁSPORAS.
Estamos indo para a IV Edição em 2019, e seguimos na intenção de dar visibilidade a uma produção audiovisual que não alcança as salas comerciais de cinema em Portugal, realizada por cineastas negras e negros da contemporaneidade, tanto de África, quanto das diásporas.


O KOVA M FESTIVAL, que recebe a MOSTRA, foi criado em 2012, por jovens moradoras e moradores da Cova da Moura, a fim de incentivar a produção cultural e a inclusão social na região, através da arte e do desporto, à população africana e afrodescendente que vive em Portugal e demais interessadas e interessados.
Ao final de cada sessão, temos um espaço para conversar sobre as obras exibidas, com profissionais das artes da cidade de Lisboa e arredores. Desde a sua primeira edição, a MOSTRA tem possibilitado um interessante encontro entre África, Europa e Américas, trazendo para a Cova da Moura filmes importantes para/por/sobre essas populações.
A programação da MOSTRA DE CINEMA NA COVA é totalmente gratuita para as pessoas que acompanham as atividades do Festival, algo que somente é possível graças ao trabalho comunitário e de mutirão de moradoras e moradores do bairro e arredores.
Neste ano de 2019, a MOSTRA DE CINEMA NA COVA irá acontecer entre os dias 25 e 27 de julho, e faremos uma singela homenagem aos 50 anos do FESPACO (FESTIVAL PAN-AFRICANO DE CINEMA E TELEVISÃO DE OUAGADOUGOU). E somado a esta seleção, vamos ter também a projeção de uma coletânea de curtas-metragens realizados na contemporâneidade desta nossa época.
CURADORAS DE 2019
- Professora Doutora Edileuza Penha (Universidade de Brasília/Brasil - Mostra Audiovisual Adélia Sampaio)
- Professora Doutora Luzia Gomes Ferreira (Universidade Federal do Pará/Brasil - Xirê da leitura: mulheres negras grafando memórias em letras de poesia - Nêga Filmes Produções/Portugal)
- Professora Doutora Maíra Zenun (Nêga Filmes Produções/Brasil/Portugal - INMUNE).

Coordenação e Produção da Mostra: Flávio Almada

25.07.2019 | par martalanca | Mostra Internacional de Cinema na Cova

"(De)Othering: Desconstruindo o Risco e a Alteridade: guiões hegemónicos e contra-narrativas sobre migrantes/refugiados e “Outros internos” nas paisagens mediáticas em Portugal e na Europa"

O site deothering.ces.uc.pt é um dos resultados do projeto ”(De)Othering: Desconstruindo o Risco e a Alteridade: guiões hegemónicos e contra-narrativas sobre migrantes/refugiados e “Outros internos” nas paisagens mediáticas em Portugal e na Europa” (2018-2021). 

O foco deste projeto, uma análise de Portugal à luz de estudos de caso europeus profundamente afetados por fluxos migratórios/de refugiados (Itália e Alemanha) e por ameaças terroristas (Reino Unido e França), pretende investigar a construção de narrativas mediática e políticas transnacionais de risco que permeiam a Europa independentemente da sua exposição “diferenciada”.

O (De)Othering é coordenado por Gaia Giuliani e Sílvia Roque e acolhido institucionalmente pelo Centro de Estudos Sociais, contando com o financiamento da Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia (FCT). 

Disponível em português e em inglês, este site é uma das estratégias para dar conta do andamento do projeto e aproximar investigadorxs, ativistas, e artistas interessadas por estes temas.

Convidamo-vos a conhecer o site em deothering.ces.uc.pt, aguardando sugestões e 

The site deothering.ces.uc.pt is one of the outputs of the research project “(De)Othering: Desconstructing risk and otherness: hegemonic scripts and counter narratives on migrants/refugees and “Internal others” in the Portuguese and European mediascapes” (2018-2021).

The project’s focus – an analysis of Portugal in the light of other European cases affected by migrant/refugee flows (Italy and Germany) and by terrorist threats (United Kingdom and France) – aims to explore the construction of transnational narratives of risk pervading Europe regardless of the ‘differential’ exposure to them.

(De)Othering is coordinated by Gaia Giuliani and Sílvia Roque and hosted by Centre for Social Studies. It is funded by the Portuguese Foundation for Science and Technology (FCT). 

Available in Portuguese and in English, it is a tool to keep up with the project’s progress and bring together researchers, activists and artists interested in these topics.

We invite you to access deothering.ces.uc.pt and welcome suggestions and comments. 

25.07.2019 | par martalanca | (De)Othering, CES

LULA PENA & CONVIDADAS I 26 julho | 19h30

nas Noites de Verão | Galerias Municipais – Quadrum, Jardim dos Coruchéus entrada livre


Ao contrário do que estava previsto, Sho Madjozi já não vai marcar presença na décima edição do ciclo de concertos “Noites de Verão”. A cantora sul-africana cancelou grande parte da sua tour europeia e será substituída neste último concerto na Galeria Quadrum -
 Jardim dos Coruchéus por Lula Pena & Convidadas. 
Lula Pena levou a cabo de Abril a Junho deste ano uma residência artística na Galeria Zé dos Bois, convidando o grupo Lantana para colaborar consigo. Desafiando-as a desconstruir o seu repertório, trabalharam em linguagem de improvisação, por ventura partilhando-a como a mais próxima do ânimo e dinâmica da vida humana. Lula e uma versão mais reduzida da banda - Anna Piosik no trompete, Helena Espvall e Joana Guerra nos violoncelos, Maria do Mar no violino - apresentam nesta ocasião a sua música intuitiva e holística pela primeira vez ao vivo ao ar livre, para uma celebração ao final da tarde da liberdade da descoberta, despojada de artifícios e regimentação de espectáculo, porosa à beleza da trans formação de cada momento que passa sem se deter.
Programa Noites de Verão AQUI

25.07.2019 | par martalanca | Lula Pena

Passados Imaginados: Colonialismo, Fotografia e Arquivos

Oficina 4 e 5 Novembro 2019

Instituto de Ciências Sociais Universidade, de Lisboa

A oficina propõe um espaço de reflexão sobre colecções fotográficas do período colonial, enquanto participantes activos na construção visual do passado. Interessa-nos debater a produção de imagens nas antigas colónias, tanto em contextos institucionais (autoridades civis ou militares, organismos públicos e privados) como em círculos restritos (colecções pessoais vernaculares ou de fotógrafos profissionais). Décadas após a queda dos impérios europeus, interessa-nos também discutir os movimentos das imagens ao longo do tempo e através do espaço: as trajectórias de colecções entre contextos arquivísticos formais e informais, o esbatimento das fronteiras entre privado e público, a reconfiguração dos sentidos e dos usos da fotografia num período histórico sob intenso escrutínio. 

Convidamos à apresentação de comunicações que explorem a produção e os trânsitos, os usos e os espaços (memorialísticos, museológicos, científicos, políticos) de revisitação contemporânea de imagens fotográficas e as suas múltiplas relações com representações íntimas, históricas e políticas do passado colonial. 

Envio de propostas até 10 Setembro, incluindo resumo (máximo 150 palavras), pequena nota biográfica e afiliação institucional para imaginedpasts@ics.ulisboa.pt. Os resultados serão conhecidos até 20 Setembro.

Organização: Maria José Lobo Antunes, Inês Ponte, Filipa Lowndes Vicente

Imagined Pasts: Colonialism, Photography, and Archives

Workshop 4-5 November 2019

Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa

The workshop aims to foster a space for debating photographic collections from the colonial period, as active agents in the visual construction of the past. We invite presentations that address the production of images in the former colonial territories both in institutional contexts (civil or military authorities, public or private organizations) and in personal circles (vernacular or professional photographers’ collections). Decades after the fall of the European empires, we also welcome discussions on the movements of images over time and through space: the trajectories of collections between formal and informal archival contexts, the blurring of boundaries between private and public, the reconfiguration of the meanings and uses of photography from a historical period under intense scrutiny.

 We invite proposals that explore the production and transits, the (memorialistic, museal, scientific, political) uses and spaces in which the contemporary revisiting of photographic images is taking place, along with its multiple connections with intimate, historical and political representations of the colonial past. 

Proposals should be submitted to imaginedpasts@ics.ulisboa.pt by 10 September 2019, including abstracts (max. 150 words), a short biographical note, and contact and affiliation details.

Decisions on acceptance of proposals will be communicated by 20 September 2019.

Organizers: Maria José Lobo Antunes, Inês Ponte, Filipa Lowndes Vicente

18.07.2019 | par martalanca | colonialismo, fotografia, passado

Inês Nascimento Rodrigues vence 11.ª edição do Prémio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa

O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, Laboratório Associado acaba de atribuir o Prémio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa.  

 

O Júri da 11.ª edição do Prémio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa, constituído por Graça Carapinheiro (ISCTE-IUL), Hermes Costa(CES), Isabel Maria Casimiro (Universidade Eduardo Mondlane), José Neves(Universidade Nova de Lisboa) e Nilma Gomes (Universidade Federal de Minas Gerais), presidido pelo Diretor Emérito do CES, Boaventura de Sousa Santos,elegeu como vencedora:

 

Inês Nascimento Rodrigues com o trabalho Espectros de Batepá. Memórias e narrativas do «Massacre de 1953» em São Tomé e Príncipe. 

 

O júri deliberou ainda atribuir 4 menções honrosas aos seguintes trabalhos:Linguagens Pajubeyras. Re(Ex)Sistência Cultural e Subversão da Heteronormatividade, de Carlos Henrique Lucas Lima; Numiã Kurá. As lutas das artesãs no Amazonas, de Jenniffer Simpson dos Santos; Portugal e a questão do trabalho forçado. Um império sob escrutínio (1944-1962), de José Pedro Pinto Monteiro; A voz e a palavra do MOVIMENTO NEGRO na Constituinte de 1988, de Natália Neris da Silva Santos.

 

No valor de 5.000,00 Euros, esta 11ª edição do Prémio CES é financiada pelaFundação Calouste Gulbenkian.

 

Sobre o Prémio

O Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra, criou, em 1999, um prémio de atribuição bienal destinado a jovens investigadores/as (até 35 anos) de Países de Língua Portuguesa. O Prémio CES visa galardoar trabalhos de elevada qualidade no domínio das ciências sociais e das humanidades. Um dos objetivos principais é o de promover o reconhecimento de estudos que contribuam, pelo seu excecional mérito, para o desenvolvimento das comunidades científicas de língua portuguesa. O domínio das ciências sociais é entendido em sentido amplo.

 

Sobre a vencedora

Inês Nascimento Rodrigues é investigadora em pós-doutoramento no projeto “CROME - Memórias Cruzadas, Políticas do Silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais”, coordenado por Miguel Cardina e financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC). É doutorada em Pós-colonialismos e Cidadania Global pelo CES/FEUC, onde desenvolveu uma investigação sobre as representações do Massacre de Batepá em São Tomé e Príncipe. Os seus atuais interesses de investigação centram-se nos estudos da memória, nas teorias pós-coloniais e nos debates sobre a representação e comemoração das guerras coloniais e de libertação.


Sobre o trabalho premiado
O massacre de 1953 em São Tomé e Príncipe é, em Espectros de Batepá, encarado não apenas como um evento histórico, mas como um evento cuja dimensão simbólica necessita de ser trazida para o centro da investigação. O ponto de partida do livro assenta, assim, na convicção de que, na impossibilidade de aceder totalmente ao que constituiu a experiência do massacre, é através da imaginação e das representações que se podem contar múltiplas memórias do evento, algumas que legitimam as narrativas públicas e/ou oficiais - ou que delas se aproximam através de versões seletivas do passado -, e outras que fazem parte de um processo mais inclusivo, em que se criam espaços discursivos, simbólicos e políticos que permitem articular memórias não-dominantes sobre os referidos acontecimentos. 

Estas linhas de narração e de interpretação do passado comportam, naturalmente, diversos silêncios e ausências que, neste caso, se vão manifestar simbólica ou literalmente através da figura do espectro. O que é que os espectros contam sobre as memórias de Batepá e sobre o colonialismo português nas ilhas? O que é que revelam sobre as relações de poder e sobre a sociedade colonial? O que é que os espectros dizem sobre identidades sociais e grupos marginalizados no arquipélago? Quem escreve o massacre e quem o comemora? Como são desenhados Portugal e São Tomé e Príncipe nestas representações? Estas são algumas das questões a que este trabalho procura responder.

 

 

15.07.2019 | par martalanca | Prémio CES