Souls’ Landscapes, 27 Fev. (6ª Feira) às 21h30 no Espaço Espelho d’Água, LISBOA

O Espaço Espelho d’Água apresenta a ante-estreia da performance Souls’ Landscapes concebida e executada por Uriel Barthélémi em parceria com o artista plástico Rigo 23, a estrear em Março, na 12ª Bienal de Sharjah, Emiratos Árabes Unidos.

Souls’ Landscapes é uma performance concebida a partir da leitura de “Les Damnés de la Terre” de Frantz Fanon, que incorpora música, movimento, luz e texto. Nesta performance, junta-se a  Barthélémi o material literário de Fanon (figura maior do movimento dos povos Africanos rumo à autodeterminação) veiculado em forma de spoken word pelo actor oriundo do Benin Joel Lokossou, e o movimento de dois bailarinos de Popping (a linha mais minimalista da dança hip-hop) Entissar Al Hamdany e Fabrice Taraud.

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Souls’ Landscapes  (entrada gratuita)

Dia 27 de Fevereiro (6ª Feira), às 21h30 no Espaço Espelho d’Água, Lisboa  Av. Brasília, S/N (ao lado do Padrão dos Descobrimentos). 1400-038 |LISBOA  t: 21 301 0510

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23.02.2015 | par franciscabagulho | ...

Concentração: contra a violência policial

Luta contra a violência policial perpetuada há mais de 3 década nos bairros e contra a classe social desfavorecida. Questionamos o tipo de policia e a sua actuação; e exigimos direito a ter direitos, a não ser espancados, e a ocupar espaços públicos na nossa comunidade.

Não obstante a consciência colectiva negra de que nós, estudantes e trabalhadores negros e negras, somos as principais vítimas da brutalidade da Polícia nos bairros, sublinhamos que essa mesma violência é também infligida, de forma sádica e independentemente da cor, a todas e todos aqueles que percorrem esse espaço geográfico e sociológico denominado “ghetto”. Esta atitude indiscriminada de extrema violência da polícia para com estudantes e trabalhadores brancos e brancas nos bairros, tem como objectivo veicular a mensagem de que, quem quer que se aproxime do espaço ghetto – subentenda-se, o espaço natural dos negros −, será tratado tal e qual qualquer outro negro do ghetto! Esta violência é mais uma forma de fragmentar a sociedade pois só fortifica, entre os estudantes e trabalhadores brancos, uma tendência de apartheid, historicamente construída e reproduzida, e intrínseca a esta organização política e económica das sociedades onde vivemos. A constatação, leva-nos a considerar imperativo a unidade na acção de todas e todos aqueles que moram nos bairros e a solidariedade militante dos restantes trabalhadores para com esta luta.

 

Ler aqui a descrição do mais recente ataque ocorrido na Cova da Moura. 

10.02.2015 | par martalanca | concentração, Cova da Moura, Plataforma Guetto, repressão policial

Tintin Akei Kongo (2015)

Tintim no Congo (1931) é o segundo álbum da famosa série de BD do autor belga Hergé. Foi-lhe encomendada pelo jornal conservador Le Vingtième Siècle e conta a história do jovem repórter Tintim e o seu cão Milú enviados para o então Congo belga para escrever sobre acontecimentos nesse território. Embora tenha reconhecido sucesso comercial e tornado-se derradeiro para definir a indústria de BD franco-belga, este álbum tem recebido duras críticas pela sua atitude racista e colonialista perante os congoleses, retratando-os como atrasados, preguiçosos e dependentes dos europeus. Hergé é sobretudo acusado de persistentemente alinhar a sua visão com o mais baixo denominador comum sem se questionar do racismo explícito ou das políticas coloniais que já eram criticadas por artistas e intelectuais francófonos do seu tempo. Ler aqui a crítica de Pedro Moura. 


Tintin Akei Kongo é uma tradução de Tintin au Congo em lingala, a língua oficial do Congo. A tradução foi comissariada por um artista e foi feita em colaboração com um tradutor oficial durante a sua residência artística na ilha de Ukerewe na Tanzânia. Esta tradução faz parte da linhagem de detournements como Katz [livro destruído por alterar o famoso Maus de Art Spiegelman], Noirs [os Estrumpfes Negros ficam todos azuis] ou Riki Fermier [em que o Petzi desaparece da sua própria BD], livros apontados de autoria provável ao grego Ilan Manouach. O artista, consciente das propriedades materiais da edição original, cheia dos seus potenciais significados, tornou explícitos os aspectos formais do objecto: o novo livro é um fac-simile da edição original e manteve os padrões de produção industriais das BDs “clássicas”. O objectivo desta aventura não é somente a reinterpretação do trabalho do autor para reinventar as intervenções possíveis sobre uma obra comissariando uma tradução, nem enfatizar a importância do discurso e da auto-referência para indicar a BD simultaneamente como linguagem e lógica de sistema. 
O objectivo é não só “reparar” um erro histórico tornando acessível este trabalho na língua daqueles que lhes interessa, os oprimidos, os insultados. Revela as escolhas tácticas de quem traduz obras. Não é de surpreender que afinal na África pós-colonial ainda se use o francês ou o inglês como línguas oficias para questões de Educação, Legislação, Justiça e Administração? Tintin au Congo reflecte as opinião da burguesia belga dos anos 30. Esta concepção do povo do Congo ou pura e simplesmente de qualquer negro visto como uma grande criança é uma parte da História do Congo tal como Os Protocolos dos Sábios de Sião fazem parte da falsa propaganda anti-semita na História dos Judeus. O Tintim no Congo tinha de ser traduzido para lingala!
Uma identidade nacional não é só criada por um processo interno de cristalização, de consolidação constante do que é a sua cultura nacional, mas também é definida pelas pressões oferecidas pelo exterior. Tintim no Congo, a versão original na língua francesa é ainda uma das BDs mais populares na África francófona. O facto de ainda não existir uma edição congolesa, fará lembrar ao leitor de Tintin Akei Kongo que a promoção cultural não é só governada por lucro ou outros valores de mercado. Ao juntar lingala às 112 línguas traduzidas no Império Tintim, Tintin Akei Kongo revela pontos cegos na expansão dos conglomerados da edição. 
Tintin Akei Kongo será apresentado no Festival de BD de Angoulême.

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05.02.2015 | par martalanca | 5eme Couche, BD, racismo, Tintim no Congo

Congresso Luso Afro Brasileiro

O tema do XII CONLAB - “Imaginar e Repensar o Social: Desafios às Ciências Sociais em Língua Portuguesa, 25 anos depois”, o primeiro a realizar-se após a criação, em Salvador da Bahia, da AICSHLP, propõe ser um catalisador de uma reflexão que recupere a trajetória dos onze congressos realizados, apontando os ganhos que as ciências sociais e humanas dos Sete tiveram e as pontes construídas para a sua consolidação enquanto áreas de saber e a busca de um maior protagonismo no espaço global da produção conhecimento, ainda marcado por clivagens epistemológicas, teóricas e políticas condicionando, quando não subalternizando o fazer ciência em língua portuguesa.

Organização: CESNOVA e FCSH/NOVA - 1 a 5 de FEvereiro na FCSH - UNL. 

Site do CONLAB XII. 

 

30.01.2015 | par martalanca | Congresso luso-afro-brasileiro

Complexo das Escolas de Arte em Luanda

 

O Complexo das Escolas de Arte (CEARTE), que foi inaugurado no passado dia 5 de Janeiro, em Luanda, abre 375 vagas nas áreas artísticas para o ano lectivo 2015. As candidaturas decorrem até 6 de Fevereiro.

O complexo que está localizado na zona de Camama, na cidade de Luanda, é a primeira academia de artes em Angola, e trata-se de uma infraestrutura com capacidade para receber 2500 alunos nas áreas de Artes Visuais e Plásticas, Dança, Música, Teatro e Cinema.

A nova instituição integra 20 salas de aulas, uma biblioteca, um internato, um auditório com 300 lugares, um pavilhão polidesportivo, um anfiteatro ao ar livre com 400 lugares, um laboratório de informática, um laboratório de física e um laboratório de química. 

O CEARTE destina-se à formação de profissionais – intérpretes, criadores e docentes –  em diversas áreas culturais, inserindo-se no domínio do ensino artístico especializado. A instituição é estruturada para compreender três níveis de ensino que se articulam e complementam, nomeadamente o elementar, médio e superior.

Para o ano lectivo 2015, abriram no total 375 vagas: 96 vagas para a área da dança, 60 para as artes visuais e plásticas, 119 para a música e 100 na área do teatro. O prazo para as inscrições começou no dia 26 de Janeiro e termina a 6 de Fevereiro.

30.01.2015 | par martalanca | Escola de Artes, Luanda

Foreigners in the Maghreb and Maghreb abroad: health and social issues

El Mouradi Club Kantaoui – Sousse - Tunisia January 26-27-28, 2015

PROGRAM

Monday, January 26 

10:00 - 10:30 - Introduction session, Coordinator and Organizer Communication.

10:30 - 11:00 -  Cancer and Mental Diseases in Egypt, Mostafa Mohamed Mostafa Yosef, Department of Community Medicine, Faculty of Medicine, Ain Shams University.

 

11:00 - 11:30 - Coffee Break

11:30 - 12:00. Societal Dialogue process and results, Imen Jaouadi, University of Carthage-CERP.

 

12:00 - 12:30 - Epidemiological profile of chronic disease in North Africa, Sana Jaballah, University of Manar-CERP.

 

12:30 - 13:00 La réforme du système de santé au Maroc,  El Messaoudi Moulay Driss et Otmane Mourtada, Institut Pasteur – Casablanca, Maroc

13:00 - 14:15 - Lunch

14:30 - 15:00 - “Scopes and spectacles, comparing NA migrations situations in EU contries from National general population survey” Paul Dourgnon,IRDES- France.

15:00 - 15:30.  Health system reform in Egypt , Dalia Gaber Sos Boles Department of Community Medicine, Faculty of Medicine, Ain Shams University.

 

15:45 19:00 - Guided sightseeing Sousse - Monastir

21:00               Free Dinner

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22.01.2015 | par martalanca | Maghreb, Tunisia

Configuracoes_(im)provaveis

Os escritores moçambicanos Paulina Chiziane e Ungulani Ba Ka Khosa marcam, de forma indelével, o panorama da literatura moçambicana e africana em língua portuguesa. Em 1987, Ungulani Ba Ka Khosa publicou “Ualalapi”, romance sobre o passado colonial e sobre Ngungunhane que foi considerado um dos 100 melhores livros da literatura africana do século XX. Paulina Chiziane é a primeira escritora moçambicana negra. Em obras como “Niketche - uma história de poligamia” retrata a vida das mulheres africanas.

A riqueza literária e cultural das obras destes autores incita não apenas à leitura das obras mas também ao estudo de relações entre a escrita literária e outras práticas artísticas.

Para esta exposição, produzida em Maputo, convidámos Filipe Branquinho e Mauro Pinto, fotógrafos com um percurso internacional, a trabalhar a obra de um deste escritores. Surgem, assim, duas séries de cinco fotografias: Mauro Pinto visita a obra de Paulina Chiziane, as mulheres moçambicanas e o seu papel em práticas tradicionais; Filipe Branquinho lê Ungulani Ba Ka Khosa, recria espaços a partir do ponto de vista de personagens e, no seu trabalho, evoca a história e a memória de Moçambique.

Cada série forma uma narrativa. E neste espaço de ficção, fotografia e texto entrelaçam-se de novo, pois cada fotografia coabita com um excerto literário que remete para possíveis leituras. Geram-se, assim, configurações que nos apontam novos caminhos, alguns dos quais aparentemente improváveis.

 

15.01.2015 | par martalanca | literatura moçambicana

Desobediência Civil - Plataforma Gueto

07.01.2015 | par martalanca | Desobediência Civil, LBC, Plataforma Gueto, rap

2nd International Conference Africa and the Indian Ocean:Call for Papers

ISCTE-IUL . Lisbon . 9-10 April 2015

 

Please, send an email with your name, proposed title and short abstract to
aioconference2015@gmail.com

 

Deadline for submission of abstracts – 31 January 2015

Notification of accepted paper proposals – 15 February 2015

 

Organizers:

Ian Walker, Oxford University

Manuel João Ramos, ISCTE-University Institute of Lisbon

Preben Kaarsholm, Roskilde University

Date and place

This 2nd Thematic Conference of the CRG-AIO will take place at ISCTE-IUL, Lisbon, in 9th-10th April 2014. It proposes to bring together the CRG members and non-CRG researchers working on Africa in the Indian Ocean and who are interested in bridging disciplinary and regional borders in this field of study.

The 2-day Conference will be divided in four panels (on history, anthropology, international relations and security/conflict studies), on the general theme of understanding the complex interactions between Fluid Networks and Hegemonic Powers in the Western Indian Ocean.

 

 

Description and outcomesAs with the 2013 1st International Conference on Africa and the Indian Ocean, we intend to publish the results in a Conference book. The Conference will be an important preparation for the already selected CGR-AIO panel at the coming ECAS 6 – Paris, in July 2015. It will also be an important opportunity to strengthen the existing ties between CRG members, and bring not only East African but also Turkish, Arab and Indian researchers and research centres into closer partnership with AEGIS.

 

Thematic outline

Fluid Networks and Hegemonic Powers in the Western Indian Ocean 2nd International Thematic Conference on Africa and the Indian Ocean ISCTE-IUL, Lisbon, 9-10 April 2015

The Indian Ocean and Arabian Sea, with its extensive trade and circulation networks, has been characterized as one of the major “inter-regional arenas” within broader studies of processes of globalisation. These seafaring networks are some of the oldest in the world, and through the centuries persistent and resilient forms of transnational and transcultural communication have developed in the regions touched by it, interlinking the Horn of Africa, the African Indian Ocean islands and Eastern and Southern Africa to the Arabian peninsula, the western parts of the Indian subcontinent and even meaningful parts of the Southern and Eastern Asian regions. It is also a particularly sensitive area in security terms, presently harbouring major naval and aerial surveillance capabilities of both intra- and extra-regional military and economic powers.

The western Indian Ocean has thus been both a fluid space of intense exchanges between various local communities and a much-coveted setting for successive projects of hegemonic appropriations of human and material resources. The substantial flow of goods and people across it has, from time immemorial, attracted predatory and clandestine activities, which are today the pretext for maintaining an impressive security presence by member countries of NATO and for a display of military-naval affirmation of emerging powers such as India and China.

A comprehensive understanding of the conditions and implications of this multiple presence requires a multidisciplinary effort that has to take into account the underlying, and generally silent, reality of the existence of family-based networks (African, Arab, Indian, Armenian, Iranian and South-east Asian) who, assuming an ancient heritage, have ensured the continuation of flows between the different countries connected by the Western Indian Ocean by resiliently adapting themselves to ever-changing balances of power, to the impositions of external interveners and to the bargaining vectors of local and regional predators.

The present Conference sets forth to analyse the deep-rooted immersion of the populations of the eastern coasts of Africa in the vast network of commercial, cultural and religious interactions that extend to the Middle-East and the Indian subcontinent, as well as the long-time involvement of various exogenous military, administrative and economic powers (Ottoman, Omani, Portuguese, Dutch, British, French and, more recently, European-Americans).

On the side-lines of an inward-looking vision of Africa shared by most African Union countries, which have only recently begun to develop a fledgling security policy and a strategy of development of the African coastline, various agents from East African countries have sought to manage and develop existing networks in a transnational logic supported by historical ties that come from the old triangular trade facilitated by the monsoon regime, linking these coastal regions to the Arabian Peninsula and South-east Asia.

07.01.2015 | par martalanca | 2nd International Conference Africa and the Indian Ocean

Palestina: Colonialismo, Racismo e Resistência

Com intervenções de António Guerreiro, António Louçã, Boaventura Sousa Santos, Bruno Peixe Dias, Carlos Vidal, Inês Espírito Santo, Nuno Teles, Renato Teixeira, Shahd Wadi, Wissam Al-Haj.

Depois do acto falhado dos Acordos de Oslo de 1992 e dos recentes ataques a Gaza em Agosto de 2014, parece-nos que é tempo de voltar a pensar a situação Israelo-Palestiniana, com objectividade mas não, forçosamente, neutralidade. Procuraremos reflectir sobre o contexto histórico que resultou na criação do Estado de Israel nas suas dimensões, contraditórias e problemáticas, nacionalistas e colonialistas, as especificidade das formas de governo e administração que aí se foram desenvolvendo, bem como as estratégias de resistência a essas mesmas forma de governo.
Neste sentido, parece-nos importante trazer à discussão não apenas a actualidade que faz a agenda informativa dos noticiários, mas também os processos históricos que podem contribuir para uma análise crítica do presente; não apenas os aspectos militares do exercício do poder e da ocupação territorial, mas também os aspectos culturais mobilizados para a produção e naturalização de comunidades imaginadas. Daí seguiremos até à situação actual e à discussão das soluções que têm sido avançadas: dois povos dois estados ou um único estado multicultural e multinacional? Porquê e como?

Local: Atelier RE.AL
Rua Poço dos Negros 55, 1200-336 Lisboa
— 
Entrada Gratuita

05.01.2015 | par martalanca | colonialismo, palestina, racismo, Resistência

Este corpo que me ocupa

Foi ontem lançada, no Atelier Real, em Lisboa, a publicação do BUALA intitulada ESTE CORPO QUE ME OCUPA. 

Contou com uma pequena introdução de Marta Lança, leituras de Cláudio da Silva, Clara Pinto Caldeira, e apresentações de António Brito Guterres (Rede Cidade) e Yuri Sousa (luz e sangue). 

A revista conta com a particiação de: 
Ana Bigotte Vieira/ Andrew Esiebo / António Brito Guterres / Ato Malinda / Bruno Lamas / Candela Varas / Clara Caldeira / Cláudio Da Silva / Edgar Oliveira / Egbert Alejandro Martina / Francisca Bagulho / Hélène Veiga Gomes / Isabel Lima / Maria Mire / Marta Lança / Miguel de Barros / Mónica Sofia Vaz / Patricia Schor / Pedro Moura / Rita Bras / Rita Natálio / Sara Rosa Espi / Simone Frangella / Simon Njami / Tiago Mesquita Carvalho / Yuri Sousa Lopes Pereira.

Custa 8 eur e pode encomendar por aqui: info@buala.org

 

A revista que nunca mais chegava… chegou por fim pela mão de Este corpo que me ocupa, nome que dava título em 2008 à performance de João Fiadeiro e que agora, casualmente ou não, coincide com a reposição da peça em Lisboa. Este corpo que me ocupa tem não só uma grande carga poética como contém, também, um passado, destino familiar e coletivo marcado pelo exílio e pela prisão, e profundamente trespassado pela morte de uma irmã. Um corpo com buracos que se esvazia até quase ao desaparecimento e que, por não poder desaparecer, tem de encher-se consigo próprio. Uma performance e uma nota biográfica de João Fiadeiro que, tal como esta revista, transita entre o poético, o político e o íntimo.

Continuar a ler o editorial.

 

 

17.12.2014 | par martalanca | corpo, Este corpo que me ocupa, revista

solidariedade com os/as moradores/as dos bairros, 5ª feira, dia 18 de Dezembro, às 18.00 em frente a Câmara Municipal da Amadora

Na próxima 5ªfeira, dia 18 de Dezembro celebra-se o Dia Internacional do/a Migrante e este ano realiza-se uma acção de solidariedade com os/as moradores/as dos bairros auto-construídos da Amadora para denunciar os abusos dos seus direitos à habitação cometidos pela Câmara Municipal e forças policiais.

Esta acção está a ser organizada pelo SOS Racismo, em conjunto com os moradores dos bairros da Amadora (6 de Maio, Santa Filomena e Reboleira), Habita, activistas e outras organizações/colectivos.

É preciso mobilizar o maior número de pessoas para estarem presentes na 5ª feira, em frente à Câmara Municipal da Amadora, e os/as moradores/as destes bairros sentiram que não estão sós nesta luta.

A luta continua pelo Direito à Habitação e contamos com a tua presença.

Video de divulgação da acção do dia 18 de Dezembro 

Para mais informações sobre Santa Filomena e outros bairros.

17.12.2014 | par martalanca | bairros, Reboleira, santa filomena, SOS Racismo

"Flora Gomes e os Óculos do Sonho" HomenageArte I BISSAU

O Movimento Ação Cidadã (MAC), um Movimento social de cidadãos livres
e em pleno exercício da cidadania, apresentou ontem, dia 11 de
Dezembro de 2014, em conferência de imprensa no Hotel Azalai, o que
será a primeira edição do projecto intitulado HomenageArte, sob o tema
“Flora Gomes e os Óculos do Sonho”.
Com o objectivo de cultivar as referências positivas, criar condições
para deixar legados à nova geração, promover e valorizar o trabalho
cultural de pessoas e instituições, o Movimento Ação Cidadã pretende
com este evento, entre outros: contribuir para a valorização das
referências positivas nacionais, para a edificação da memória e da
criação de líderes; promover a valorização do respeito ao trabalho e à
meritocracia; conservar os sonhos e contar as estórias dos sonhadores.
O HomenageArte realizar-se-á de 15 a 20 de Dezembro de 2014 e terá a
seguinte programação:

*       Dias 15, 16 e 17 de Dezembro, na Escola de Artes e Ofícios de
Quelélé (EAO) - Workshop de Cinema: “Semear o Sonho”, actividades de
metodologia cinematográfica onde 15 jovens guineenses serão auxiliados
na concepção, idealização e realização de uma curta-metragem. Esta
actividade conta com a participação especial do cineasta Flora Gomes e
Sana Na Hada;

*       Dia 18 de Dezembro, no Hotel Coimbra - Conferência Internacional: “A
pegada de todos os tempos” - O legado de Flora Gomes na produção do
cinema africano, onde far-se-ão apresentações de trabalhos académicos
realizados em torno das obras de Flora Gomes e que contará com a
presença de Frieda Ekotto e Fernando Arenas, ambos da Universidade de
Michigan, nos Estados Unidos e do Antropólogo guineense Raúl Mendes
Fernandes;

*       Dia 20 de Dezembro, no Hotel Azalai - Gala HomenageArte: “Flora
Gomes e Os Óculos do Sonho”, que terá a participação dos cantores Zé
Manel Fortes e Karyna Gomes e ainda da actriz Bia Gomes.

De acordo com um dos elementos do Movimento Ação Cidadã, Elizabeth
Myrian Fernandes, “o lançamento deste projecto permitiu apresentar ao
público em geral o processo de criação do HomenageArte, desde a sua
concepção e conceito, até a sua construção metodológica”.

12.12.2014 | par martalanca | cinema, Flora Gomes

(Dança) um encontro entre dois monstros (cinema)

Laboratório inserido no F.I.A, programa que propõe a experiência da arte como forma de conhecimento e a investigação artística como exercício contínuo de matéria de criação. 
Cinco dias dedicados a explorar a teoria no corpo e o corpo na teoria. As manhãs centram-se na prática do corpo, articulada com questões de investigação que são aprofundadas da parte da tarde. Essas questões situam-se entre o cinema e a dança, na emergência do gesto, no ritmo e as suas implicações políticas. Propomos também pensar-praticar as transformações na dança quando passa a ser filmada e transformações no ritmo do cinema, a partir do diálogo com dança. Tempo, tempo morto, duração, tédio, quietude, sistema simpático e parasimpático, pele… Lefebvre, Bachelard, Cunnigham, Yvonne Rainer, Chantal Akerman são algumas da pessoas e ideias que vão circular entre nós.

08.12.2014 | par martalanca | Bachelard, Chantal Akerman, corpo, Cunnigham, Lefebvre, Yvonne Rainer

AWESOME tapes from africa, aniversário Musicbox, 4 Dez, LISBOA

Awesome Tapes From Africa começa, antes de tudo, por ser o projecto do etnomusicólogo americano Brian Shimkovitz, que começou por ser um blogue e hoje é também uma editora. Awesome Tapes From Africa compila a imensa riqueza da música do continente negro, encontrada nos mercados, gavetas e lojas locais. Da enorme colecção que Brian tem vindo a construir desde 2006 nascem os seus djsets, onde a mistura é feita com K-7, live, numa homenagem à música e músicos que as suas buscas têm vindo a revelar ao longo destes anos.

Awesome Tapes From Africa integra a 8th Birthday Week, cinco dias de concertos e clubbing que assinalam o aniversário do MusicboxBatida, Tatu Rönkkö + Efterklang, Fumaça Preta, moullinex live, guerilLa Toss, Pista, Ikonoklasta e Coclea são os destaques da semana (de 2 a 6 de Dezembro) que celebra os oitos anos de programação.

quintA . 4 DE DEZEMBRO * entrada livre

22H00 | AWESOME tapes from africa

00H00 | fumaça preta

01h00| izem

26.11.2014 | par franciscabagulho | música africana

“Negreiro Espacial”, de Biru

Alexandre Francisco Diaphra, Biru, encontra-se no Rio de Janeiro, onde participou, na semana passada, no FLUPP 2014 – Primeiro Poetry Slam Internacional da América Latina – no qual ficou em terceiro lugar. Apresenta agora o EP Ikenga (lugar da força) onde, no seu auto intitulado estilo GhettoGumbe, podemos ouvir os temas “Negreiro Espacial” e “Moloki Ikenga”.

Ikenga sai antes do trabalho Diaphra’s Blackbook of The Beats, com data de lançamento para Fevereiro de 2015.Com a subscrição da newsletter, os interessados poderão ver na íntegra o vídeo clip “Negreiro Espacial”, bem como apoiar e acompanhar todo o trabalho que o artista tem vindo a desenvolver.

Negreiro Espacial mistura musicalmente o negro da Índia e o negro do Pará (Brasil) numa faixa polirrítmica bem tecida onde as guitarras nómadas num tom blues transportam o ouvinte através da humanidade do homem enquanto Diaphra, no seu estilo griot, conta a história da sua chegada a esta dimensão e continua apelando ao Homem a ver-se livre através da desconstrução de suas próprias crenças.

assim como a luz a verdade também encadeia vê-te livre

 

Moloki Ikenga coloca Diaphra num outro nível dentro da arte do beatmaking. Soando a filme antigo lembra do Tarzan, o Homem Macaco e esse estilo de banda sonora tribal com uma secção de metais épica, elementos de percussão ritualística, guitarras com uma vibe étnica, um louco theramin do espaço, uma linha de baixo dentro do estilo afro beat e o scratch do DJ faz-me melindrar para que selva este jaga estará a retornar. Usando samples da faixa “Macongo me Chiquita” de Ferreira do Nascimento, da compilação da editora Analogue Africa,Angola Soundtrack – The Unique Sound of Luanda (1968-1976), Diaphra juntou-se aos Xamãs da Brandoa para o fazer.

 

 

BiruLexIcon

Em 2003 decidiu ser Rapper. Passados quase 8 anos, hoje, constata-se que ele é mais do que isso. Rapper, MC, poeta, edutainer (educador e entertainer) e beatmaker, entre outras coisas, BiruLexIcon, também conhecido por Biru, é o artista renascentista do século XXI. Da sua própria desconstrução à auto-recriação, hoje apresenta-se como Alexandre Francisco Diaphra.

Um estilo KSF (punk) com espírito DIY (do it yourself) onde as raízes ancestrais se cruzam com o urbanismo acelerado da cidade onde reside, “de capa encharcada e um S desbotado ao peito”.

25.11.2014 | par martalanca | Birú, “Negreiro Espacial”

Amor ou hedonismo? Turismo, moralidade e mercadorização da intimidade

CENAS DO GÉNERO convida: Paradise: Love (2012, dir. Ulrich Seidl)sábado | 29 NOV | 17h | cinema e política à conversa, com Valerio Simoni (antropólogo) | entrada livre
no Zona Franca 

Nas praias do Quénia, como noutros lugares, a oferta turística organiza-se em torno da promessa de fruição absoluta. O desencanto com os trópicos surge muitas vezes pelo desencontro entre as imagens consumidas à distância, antes da viagem, e o contacto com os habitantes locais e suas circunstâncias quotidianas. As relações pessoais estabelecidas no efémero intervalo turístico parecem ser também capturadas por esta confusão de promessa e desencanto, ao dependerem de expectativas mútuas a jogo com categorias sociais saturadas por estereótipos de género, raça e classe, que por si motivarão desconfianças e mal-entendidos. Mas que transformações potenciam tais encontros? E o que permanece após a partida?
O filme Paradise: Love (2012, dir. Ulrich Seidl) mergulha num destes contextos de interacção, ao conduzir-nos pelo fenómeno do turismo sexual através do trajecto emotivo de uma mulher europeia de meia-idade, à deriva entre a euforia e o desespero quando a procura de gratificação pessoal a põe em confronto com o papel de sugar-mamma.

Para esta sessão de cinema, o colectivo Cenas do Género convida o antropólogo Valerio Simoni a lançar controvérsia sobre moralidade, turismo e a mercadorização da intimidade.

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24.11.2014 | par martalanca | género, Paradise: love, Quénia, turismo sexual

Fonko, a música que se faz em África

Fonko is a new 6-part documentary series about the musical revolution taking place in Africa today. New African artists are creating their own style of music and thus defining a whole new generation. The program will illustrates how music plays a huge role in African’s growing economy. In the trailer, Ghanaian musician Wanlov discusses his African-gypsy style and artist Sister Fa talks about how politics play a huge role in the Senegalese music scene. There are also interviews and commentaries from Nigerian artists Nneka and 2Face idibia, South African musician Hugh Masekela and Senegalese legend Youssou N’dour to name a few. The program will also discuss the rise of Azonto, South African House and other trends that play a huge role in the shaping of Africa’s music scene. 

 

24.11.2014 | par martalanca | african music, música

Fera - EP com 5 temas, lançamento digital e em cassete

Fera é um quarteto musical rock composto por Pedro Januário, Ivo Relveiro, Nuno Carvalho e Ana Gandum. Fera formou-se em 2013 depois de várias colaborações musicais entre os seus membros no espaço associativo e de criação artística Goela, em Lisboa. 

Disponível online aqui.
Download disponível para efeitos de divulgação.
Teledisco “Escada Fria”


Lançamento em cassete: final de Novembro de 2014 
Gravado ao vivo num celeiro em Foros de Vale Figueira, Alentejo, Julho de 2014. 
Todas as músicas compostas pela fera, excepto moor por Fernando Fadigas. Canção da Vontade inspirada em Your Pillow de Gisèle Pape. 


Mistura e gravação em cassete: Daniel Pinheiro. 
Master e electrónica: Fernando Fadigas. 
Design: Silvia Matias. 
Fotografia: Daniel Pinheiro e Nuno Carvalho 
Produção fera & Fernando Fadigas. 
Edição independente Goela, Lisboa 2014 
Contactos:mailto.fera@gmail.com / 91 605 97 29 (Ana Gandum)

19.11.2014 | par martalanca | Fera, música

Rotas & Rituais | Documentários, B Fachada+Lula Pena, Mão Morta | LISBOA

O exercício pleno da Democracia exige o acesso à informação e ao debate. Contamos, por isso, com quatro conferências que pretendem reflectir sobre o estado actual da Europa e da Democracia, o poder da Internet e o papel de mediação dos órgãos de comunicação social. 

Do leque de oradores convidados fazem parte Conceição Queiroz, Joana Amaral Dias, José Pacheco Pereira, Ricardo Araújo Pereira, José Luís Garcia, José Manuel Fernandes, entre outras personalidades de relevo em áreas tão distintas como a política, sociologia, história, economia ou os novos media.   

A primeira das três noites de música acontece a 20 de Novembro com o Projecto com Voz, um coro de mais de trinta elementos, com idades entre os 55 e os 83 anos, que nasceu para quebrar estereótipos associados à idade. O grupo, dirigido pelo Maestro Pedro d’Orey, celebra a Liberdade com temas de Zeca Afonso e do pop/rock, sempre em português.

Na sexta-feira, dia 21, o palco é de uma das figuras cimeiras da canção lusófona contemporânea, B Fachada, que conta já com 14 edições e algumas colaborações, dentre as quais, com Sérgio Godinho. Em Regressa em 2014, ao fim de um ano sabático, com um novo disco homónimo. Na primeira parte da noite recebemos a voz e guitarra de Lula Pena, compositora portuguesa com influências que começam no Fado e se misturam com a chanson francesa ou a bossa nova brasileira. Já tocou com Rodrigo Leão, Mû, Norberto Lobo e o próprio B Fachada.

A última noite de música, dia 21, pertencerá ao rock irreverente dos Mão Morta, de Adolfo Luxúria Canibal, banda com três décadas de existência que lançou este ano o álbum Pelo Meu Relógio São Horas de Matar.

No cinema, o Rotas & Rituais apresenta uma programação extensa de documentários recentes, de realizadores de todo o mundo. Muitas são as histórias de luta pela Liberdade e dignidade, algumas delas contadas na primeira pessoa. A fechar este ciclo de 18 documentários, destacamos a exibição, no dia 23, de Dirty Wars, de Richard Rowley, filme que conta já com oito prémios e cinco nomeações, a última delas para melhor documentário dos Academy Awards 2014.

A entrada é livre em todos os eventos, à excepção dos concertos de B Fachada e de Mão Morta (8€)

19 NOVEMBRO

19H CINEMA | DANGEROUS ACTS (Madeleine Sackler)

21H30 CINEMA | SOUND OF TORTURE (Keren Shayo) 

 

20 NOVEMBRO

19H CINEMA | THEY ASKED NOBODY (Martin Bureau)

        CINEMA | A PEOPLE WITHOUT A LAND (Eliyahu Ungar-Sargon) 

21H30 MÚSICA | PROJECTO COM VOZ

The Lost SignalThe Lost Signal

21 NOVEMBRO

19H CINEMA |THE LOST SIGNAL OF DEMOCRACY (Yorgos Avgeropoulos)

21H30 MÚSICA | LULA PENA (1ª parte) + B FACHADA

B Fachada, foto de Manuela PachecoB Fachada, foto de Manuela Pacheco

22 NOVEMBRO

17H CINEMA |THE INTERNET’S OWN BOY (Brian Knappenberger)

19H CONFERÊNCIA | “Internet, plataforma de comunicação ou controlo social?”

        Com: Nuno Ramos de Almeida, Gustavo Cardoso, José Luís Garcia, Sofia José Santos

21H30 MÚSICA | MÃO MORTA

 

23 NOVEMBRO

17H CINEMA | REPORTERO (Bernardo Ruiz)

19H CONFERÊNCIA | Livres ou parcialmente livres, a situação dos órgãos de comunicação social.

        Com: José Luís Garcia, Conceição Queiroz, José Manuel Fernandes, José Nuno Matos, Ricardo Araújo Pereira

21H30 CINEMA | DIRTY WARS (Richard Rowley)

18.11.2014 | par martalanca | B Fachada, Lula Pena, Mão Morta, Rotas & Rituais | Documentários