Luta contra a violência policial perpetuada há mais de 3 década nos bairros e contra a classe social desfavorecida. Questionamos o tipo de policia e a sua actuação; e exigimos direito a ter direitos, a não ser espancados, e a ocupar espaços públicos na nossa comunidade.
Não obstante a consciência colectiva negra de que nós, estudantes e trabalhadores negros e negras, somos as principais vítimas da brutalidade da Polícia nos bairros, sublinhamos que essa mesma violência é também infligida, de forma sádica e independentemente da cor, a todas e todos aqueles que percorrem esse espaço geográfico e sociológico denominado “ghetto”. Esta atitude indiscriminada de extrema violência da polícia para com estudantes e trabalhadores brancos e brancas nos bairros, tem como objectivo veicular a mensagem de que, quem quer que se aproxime do espaço ghetto – subentenda-se, o espaço natural dos negros −, será tratado tal e qual qualquer outro negro do ghetto! Esta violência é mais uma forma de fragmentar a sociedade pois só fortifica, entre os estudantes e trabalhadores brancos, uma tendência de apartheid, historicamente construída e reproduzida, e intrínseca a esta organização política e económica das sociedades onde vivemos. A constatação, leva-nos a considerar imperativo a unidade na acção de todas e todos aqueles que moram nos bairros e a solidariedade militante dos restantes trabalhadores para com esta luta.
Ler aqui a descrição do mais recente ataque ocorrido na Cova da Moura.