Boubacar Boris Diop

Escritor senegalês (1946), vive em Dakar e escreve para o “Neue Zürcher Zeitung”. Depois de frequentar a escola francesa, descreveu as suas experiências de racismo num romance que nunca foi publicado. Aos 20 anos adoptou o nome de um imigrante russo do romance “Os Caminhos da Liberdade” de Sartre. Licenciado em Literatura e Filosofia, ensinou em Saint-Louis, norte do Senegal. Ligado ao marxismo, fundou um clube anti-colonial que organizava danças acompanhadas de discursos políticos. Publicou peças, guiões, ensaios e romances, entre os quais: “Le temps de Tamango” (1981), “Os tambores da memória” (1990) e “Murambi, o livro dos ossos” (1998). Trabalha em jornalismo escrito e rádio. Em Kigali fez parte, com outros artistas, do projecto “Rwanda: escrever pelo dever da memória” (1998). 

Em janeiro de 2020, Diop e cerca de cinquenta intelectuais publicaram um comunicado pedindo a abertura de um debate “popular e inclusivo” em torno da reforma do Franco CFA em andamento, lembrando que a questão da moeda é fundamentalmente política e que a resposta não podia ser apenas técnica.

Nos últimos anos, embarcou na revalorização das línguas nacionais africanas, publicando romances em uolofe (Doomi Golo e Bàmmeelu Kocc Barma) e criando uma editora que publica textos escritos em línguas africanas. Nesta mesma linha, criou o jornal online Defuwaxu.com que é o primeiro site de informações gerais dedicado ao idioma uolofe.

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