Ciclos de São Vicente - Colecção B

Igreja de São Vicente
Évora

Com uma programação intensa e variada, do cinema à performance, da leitura à música, do debate à festa, a Colecção B volta a abrir a porta da Igreja de São Vicente para mais um Ciclo de São Vicente.

O tema para este mês é ‘alteridades’! Entre parcerias locais e o acolhimento de projectos, o Ciclo de São Vicente de Março propõe uma incursão pelo espaço do ‘outro’, do ‘diverso’, mesmo quando próximo. Por isso temos, a abrir e a fechar, sessões de leitura de dramaturgia africana e brasileira, culturas tão nossas e tão ‘outras’ de nós. Cinema brasileiro  e guineense. Música caboverdiana! E Teatro no Exílio, no dia Mundial do Teatro!

Destaques na Programação:
Dia 20
22h | Outros Cinemas
José Carlos Schwarz, a voz do povo (Adulai Jamanca, 2006) 
No início dos anos 70, num país fragmentado em dezenas de etnias e em plena guerra de independência, José Carlos Schwarz criou o primeiro agrupamento musical da Guiné-Bissau, o ‘Cobiana Djazz’. José Carlos cantava em crioulo e criou uma forma musical que ainda hoje unifica os guineenses. Este documentário conta-nos a história do poeta e fundador da música moderna da Guiné-Bissau, que morreu num acidente aéreo em 1977, com apenas 27 anos.

Os mestres loucos (Jean Rouch, 1955)
“O título - Os Mestres Loucos – promete a quem ainda não teve a oportunidade de ver este filme ímpar e evoca ainda mais a quem, incansavelmente como perante um mistério revelado, se prepara para o rever. Ensaio escrito no ritmo ofegante de uma urgência – existem as necessidades ditas naturais, não existirão também as necessidades culturais? -, ensaio sobre os senhores loucos ilustrado pelos gestos rituais dos servos que se tornaram mestres e senhores da loucura.”(Regina Guimarães, Buala - Revista de Arte Contemporânea Africana).
Excerpto
Os Mestres Loucos, 1955Os Mestres Loucos, 1955

Dia 21
22h | Noites com Leituras #4 - Venha ler dramaturgia africana connosco.
Apresentação do livro ‘As orações de Mansata’, de Abdulai Sila, pela Cena Lusófona, com a presença de António Augusto Barros, director artístico Escola da Noite e Presidente da Cena Lusófona.

Ainda textos de Leite de Vasconcelos (Moçambique), António Aurélio Gonçalves (Cabo Verde), Mia Couto (Moçambique).Textos de Leite de Vasconcelos (Moçambique), António Aurélio Gonçalves (Cabo Verde), Mia Couto (Moçambique), Fernando de Macedo (S. Tomé e Príncipe) e José Mena Abrantes (Angola).Textos de Leite de Vasconcelos (Moçambique), António Aurélio Gonçalves (Cabo Verde), Mia Couto (Moçambique), Fernando de Macedo (S. Tomé e Príncipe) e José Mena Abrantes (Angola).

Dia 23
22h | Concerto Bilan
Hoje bem um curandêr 
Música Cabo-Verdiana / Improvisação
BilanBilanBilan (Voz e Guitarra), David Estêvão (Contrabaixo), Tiago Mota (Guitarra), Luís Pedro (Bateria)

“Bilan pode ser enquadrado numa reinvenção mais cosmopolita e urbana da música cabo-verdiana com Sara Tavares ou, a pouco conhecida em Portugal, Carmen Souza. Em qualquer dos casos, as raízes de Cabo Verde são cruzadas com a natural globalização de cultura e música vividas pelas novas gerações; sente-se a cadência morna ou cálida, como se adivinha o mainstream internacional, os ensinamentos do jazz, os arremessos do rock, a soul, o r&b. Os temas que se ouvem de Bilan com o seu quarteto partem do seu país para o mundo conhecido, como acontece com os restantes compatriotas desta vaga. Mas as raízes das ilhas que caíram da Lua parecem ir aqui mais além. (Eduardo Sardinha, Central Musical).

Entrada 3€ (2€ jovens, estudantes, desempregados, idosos)
Mais informação em CentralMusical.pt

Dia 27
22h | Outros Cinemas
Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade, 1969)
Um clássico do cinema brasileiro, o  filme permite muitas interpretações, com alusões ao desenvolvimentismo, ao tropicalismo e à luta armada que corria solta nos ‘Anos de Cumbo’, sem perder a ligação com a obra literária na qual se baseia ( obra homónima de Mário de Andrade), com aparição de vários personagens do  folclore brasileiro, tais como o Caipora.
Excerpto
macunaíma, 1969macunaíma, 1969


Colecção B, Associação Cultural
Estrutura Financiada
Governo de Portugal
Secretaria de Estado da Cultura
Direcção-Geral das Artes
Apoio Câmara Municipal de Évora


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20.03.2012 | por herminiobovino | cinema, cinema brasileiro, literatura, mostra de vídeo e cinema africano, performance, workshop

MOVICA III - Mostra de Vídeo e Cinema Africano

ATACA

A ataca - Associação de Tutores e Amigos da Criança Africana é uma associação de solidariedade social sem fins lucrativos, com sede na cidade do Porto, que visa o desenvolvimento humano nas regiões do mundo mais desfavorecidas, nomeadamente em África, onde está, actualmente, a operar com voluntários em várias regiões de Moçambique. A ataca foi fundada em Agosto de 2006, sendo que desde Março de 2009 é reconhecida e registada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal como Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento (ONGD).

Sem qualquer filiação política ou religiosa, tem nos seus elementos indivíduos de diferentes crenças e de diferentes quadrantes políticos com um objectivo comum, um melhor e mais responsável desenvolvimento humano, sustentado nos Direitos Humanos e da Criança.
Actualmente, a ataca conta com uma equipa constituída por cerca de 30 voluntários em Portugal, os quais são responsáveis por todo o trabalho administrativo, logístico e de suporte aos Projectos desenvolvidos em África, assim como conta permanentemente com equipas de voluntários no terreno que monitorizam, controlam e gerem os referidos Projectos.

MOVICA
Grande parte do financiamento da ataca provém dos fundos angariados em eventos promovidos pela mesma, tal como é o caso da MOVICA – Mostra de Vídeo e Cinema Africano – que pretende ser um motor de divulgação da cultura africana através cinema/documentário, preferencialmente de produção local. Durante as duas edições anteriores a MOVICA mostrou mais de 16 filmes/documentários, com predominância dos filmes dirigidos ou codirigidos por realizadores naturais dos PALOP, e pode contar com a presença de vários realizadores para comentar as próprias obras.


A MOVICA 2011 acontecerá no Cinema Passos Manuel de 5 a 8 de Outubro. Esta edição, para além exibir 7 filmes/documentários, conta com a presença de convidados especiais que transmitirão ao público presente diferentes perspectivas culturais dos seus países africanos de origem!

Programa
Dia 5 – Quarta-feira
Filme: É Dreda Ser Angolano
Filme: Li Ké Terra
Participações especiais: Paulo Seco e Adalberto Macieira
Dia 6 – Quinta-feira
Filme: Viagem a Cabo Verde
Filme: Terra Longe
Participação Especial: Tia Iva
Dia 7 – Sexta-feira
Filme: Ilha da Cova da Moura
Actuação Especial: Allatantou Dance Company
Dia 8 - Sábado
Filme: O Último Voo do Flamingo
Filme: Mahla
Participação Especial: Alberto Magassela
Nota: As sessões terão início às 22h00.

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28.09.2011 | por joanapires | ataca, cinema, mostra de vídeo e cinema africano, movica