O Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design - CNAD, sob asuperintendência do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, convidapara a inauguração da exposição “DES-OBRA” do artista guineense NúBarreto, no dia 12 de setembro, às 18h30, na Galeria Bela Duarte, no CNAD.
12 de setembro marca o centenário de Amílcar Cabral, o teórico e estrategadas lutas de independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau, o nacionalistarelutante. Enquanto figura central da revolução, Cabral encarna um(anti)herói que articula no seu pensamento práxis, pedagogia e ação(revolução) – um legado reivindicado por diversos grupos e de forma global:o Cabral feminista, humanista, pan-africanista, nacionalista, internacionalista,uma polifonia que serve de ponto de partida para uma reflexão mais amplasobre o seu legado hoje.
Nú Barreto é um artista multidisciplinar cuja prática incluí fotografia, vídeo,desenho, colagem e instalação e que se debruça numa constante observaçãodo seu tempo. Artista inquisitivo e provocativo, com uma produçãoabertamente política e politizada, Barreto explora a memória transafricana,aplicando um vocabulário que, de forma subjetiva, comunica as relações depoder e um mundo em constante transformação.
Em Des-Obra, Nú Barreto explora a complexidade de activar e preservar amemória colectiva – aquela que é transversal e transgeracional, em oposiçãoa amnesia colectiva. O artista actua como um poeta das liberdades e da autoafirmação, usando de diversas estratégias – apropriação, repetição,destruição, a abstração - para dar corpo e forma a uma política de memória.A exposição funciona como uma grande instalação, um ensaio entre opoético e o didático. Uma narrativa que se reinventa a partir de novasperguntas. Um antídoto ao esquecimento.