Bustagate, um ano depois do incidente do Bairro da Jamaica (zona da margem Sul de Lisboa) eis o panorama escandaloso da violência e desigualdade social em Portugal. Eis um filme-intervenção póstumo à sua personagem imaginária, dedicado aos portugueses.
Bustagate é um filme híbrido, que mistura textualidade e três narrativas visuais para contar e asfixiar o público, fingindo colocá-los no mesmo lugar que a nossa defraudada Sociedade, personificada pela nossa heroína Cláudia Simões. Bustagate, surge um ano depois do incidente do Bairro da Jamaica (zona da margem Sul de Lisboa). Através dos comentários do artista como agente político em nome do Ministério Público Português, Welket faz o recorte de um panorama escandaloso e desajustado de violência e desigualdade social em Portugal. Antes da estreia em festival, a crítica ao filme feita pelo website Hoje Vi(vi) Um Filme diz “Desde o sentimento de pertença/não pertença ao país que é nosso mas não nos tem como seus, ou ao país que nos acolhe mas onde há alguém que prefere usar da violência e do preconceito para não nos tratar como iguais, retirando direitos a quem os detém, Bustagate clama a defesa dos que foram e ainda são oprimidos pela brutalidade retrógrada. Clama Liberdade, Igualdade e Justiça.” Assim sendo, a estreia do filme é assumida através das redes sociais, num momento em que o mundo clama por um sentido democrático de direitos que se desvanece, através de uma mobilização gobal massiva pelo movimento #blacklivesmatter que em Portugal despertou as silenciadas indignações da diáspora africana e portuguesa, que conhece bem o que é dor e perda. Aqui está um filme-intervenção póstumo ao personagem imaginário aqui chamado Pretugal (personificando o Luís Giovani Rodrigues), dedicado ao povo português (aos tradicionalmente “nativos” e aos descendentes do continente africano que nasceram aqui). Esta criação segue o assunto principal retratado no filme-manifesto Eu Não Sou Pilatus (Seleção Oficial DocLisboa - Competição Internacional, 2019).
Um curta-metragem de Welket Bungué, baseado em fatos reais do caso de “Brutalidade policial contra Cláudia Simões” (Amadora, Portugal, 19 de janeiro de 2020). Com a participação de Isabél Zuaa e Cleo Tavares. Criação da KUSSA PRODUCTIONS, filmado em Cabo Verde, com imagem e som de vídeos virais online de vários autores. In memoriam Luís Giovani Rodrigues, o estudante caboverdiano que morreu em Dezembro de 2019, após ter sido agredido por pelo menos dez homens em Bragança (norte de Portugal).
‘Bustagate’ is a hybrid movie, mixing textuality and three visual narratives to tell and asphyxiate the audience, pretending to put them in the same place as our deflated heroine (society).
“We will try to understand what are the civil rights problems in our society. We still believe that our domination over four centuries in Africa, South America and everywhere else was an important mission that bridged the humanity, although we don’t know why they still come to our country P*rtugal.” ‘Bustagate’ is a hybrid movie, mixing textuality and three visual narratives to tell and asphyxiate the audience, pretending to put them in the same place as our deflated heroine (society). ‘Bustagate’ emerges one year after the incident in the neighborhood of Jamaica (south bank of Lisbon). Through the artist commentaries as a politician agent on behalf of the Portuguese public prosecutor, Welket reports a scandalous and misfit panorama of violence and social inequality in Portugal. Here is a posthumous interventional film for this imaginary character called Pretugal (as Luís Giovani Rodrigues), dedicated to the Portuguese people (“natives” and the descendants of the African continent who born here). This creation follows the main subject of the previous manifesto-film ‘I Am Not Pilatus’ (Official Selection DocLisboa - International Competition, 2019).
A short film by Welket Bungué, based on true facts from the case of “Police brutality against Cláudia Simões” (Amadora, Portugal 19th January 2020). Performed by Isabél Zuaa & Cleo Tavares. A KUSSA PRODUCTIONS’ creation, filmed in Cape Verde, with image and sound from online viral videos by several authors. In Memoriam of Luís Giovani Rodrigues, the Cape Verdean student who died after been assaulted by at least ten men in Bragança (North of Portugal).
Na seleção “Outros Olhares” do Festival Caminhos Cinema Português, dedicada a abordagens mais experimentais e procura de novas linguagens no cinema, serão apresentados, entre outros, “Indiginatu”, de Welket Bungué, “Cesária Évora”, de Ana Sofia Fonseca, “Objetos de Luz”, de Marie Carré e Acácio de Almeida, e “Um Corpo que Dança”, de Marco Martins. “Um diálogo imersivo em três partes (ou repetições), com as limitações do cinema enquanto discurso visual e estético. A natureza não precisa de traduções. Mas nós sim, porque somos tempo e espaço.” O INDIGINATU, filme ensaio-ficção-experimental é realizado por Welket Bungué, estreia em sessão única na Casa do Cinema de Coimbra no domingo, 6 de Novembro às 21h30. “Um diálogo imersivo em três partes (ou repetições), com as limitações do cinema enquanto discurso visual e estético. A natureza não precisa de traduções. Mas nós sim, porque somos tempo e espaço.”
” DesConfinar em 7 Filmes, 1 Semana “ - Welket Bungué disponibiliza online produções inéditas da KUSSA.
7 projetos da KUSSA Productions, incluindo duas estreias inéditas, estarão disponíveis online a partir de hoje no canal Youtube de Welket Bungué.
Welket e Welsau Bungué são irmãos, e são a dupla que co-fundou a produtora KUSSA (2017). Os irmãos disponibilizam online, entre 27 de março e 1 de abril de 2021, os filmes ‘Bastien’, ‘Arriaga’, ‘Corre Quem Pode, Dança Quem Aguenta’, o espetáculo de performance ‘Tchon di Balanta’ (em vídeo-filme), o vídeo-reportagem ‘Tchon di Balanta - Tour Na Kau Berdi’, que tem músicas de Sara Tavares e Patche di Rima. Mas a grande novidade são os dois filmes ‘Lisboa, Pódio de Quimeras’ filmado unicamente numa tarde de setembro de 2019 em Camarate, e o filme mudo ‘Ex Explorador Expropriador’, filmado em Cabo-Verde em novembro de 2019, e que faz parte da trilogia “Carbono” do realizador Welket Bungué (que inclui os filmes ‘Kau Berdi, e o premiado ‘Metalheart’ Grande Prémio do Júri - Aquisição Fundação EDP no Festival Intl. de Videoarte de Lisboa - FUSO 2020).
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“DeConfinement within 7 Films, 1 Week” - Welket Bungué offers new KUSSA productions online.
7 projects from KUSSA Productions, including two unpublished premieres, will be available online from today at the Welket Bungué’s Youtube channel.
Welket and Welsau Bungué are brothers, and also the double that co-founded the production company KUSSA (2017). The brothers make available online, between March 27 and April 1, 2021, the films ‘Bastien’, ‘Arriaga’, ‘Run If You Can, Dance If You Dare’, the performance show ‘Tchon di Balanta’ (in video-film ), the video reportage ‘Tchon di Balanta - Tour Na Kau Berdi’, which has songs by Sara Tavares and Patche di Rima. But the big news is the two films ‘Lisbon, Podium of Chimeras’ filmed only on a September 2019 afternoon in Camarate, and the silent film ‘Ex Exploiter Expropriator’, filmed in Cape-Verde in November 2019, and which is part of the “Carbono” trilogy from the director Welket Bungué (which includes the films’ Kau Berdi, and the award-winning ‘Metalheart’ Grand Jury Prize - Fundação EDP acquisition at the Lisbon International Video Art Festival - FUSO 2020).
* All productions are available with English subtitles (activate, on Youtube). Except for the videos ‘Tchon di Balanta’, and the report ‘Tchon di Balanta - Tour na Kau Berdi’.
Programação “Cinema de Urgência”, em colaboração com o SOS Racismo e inserido no programa do DocLisboa, que se realiza no espaço do Padrão dos Descobrimentos.
14 de Janeiro, 18h00: “30 Anos, olhares sobre o racismo” de Bruno Cabral, Eddie Pipocas e Dércio Ferreira | Convidado: Dércio Ferreira
15 de Janeiro, 18h00: “Racismo à Portuguesa: Há uma preferência ‘óbvia’ dos senhorios em arrendarem casa a brancos”; “Racismo à Portuguesa: A justiça em Portugal é ‘mais dura’ para os negros” de Joana Gorjão Henriques e Frederico Baptista | Convidada: Joana Gorjão Henriques
16 de Janeiro, 10h30: “Mikambaru” de Vanessa Fernandes | Convidada: Vanessa Fernandes
17 de Janeiro, 10h:30: “Treino Periférico” de Welket Bungué | Convidados: Isabél Zuaa e Bruno Huca
18 de Janeiro, 18h00: “Nós Terra”de Ana Tica | Convidada: Ana Tica
19 de Janeiro, 18h00: “Canto do Ossobó” de Silas Tiny | Convidado: Silas Tiny
20 de Janeiro, 18h00: “Era uma vez um arrastão” de Diana Adringa, Mamadou Ba, Bruno Cabral, Joana Lucas, Jorge Costa, Pedro Rodrigues | Convidada: Maria do Carmo Piçarra
Os horários apresentados preveem restrições de fim-de-semana, passando as sessões de Sábado e Domingo para o período da manhã (aguarda confirmação).
Bustagate com Isabél Zuaa e Cleo Tavares. // Um ano depois do incidente do Bairro da Jamaica (zona da margem Sul de Lisboa) eis o panorama escandaloso da violência e desigualdade social em Portugal. Eis um filme-intervenção póstumo à sua personagem imaginária, dedicado aos portugueses. // “Temos de entender quais são as questões sociais fraturantes da nossa sociedade. Somos brandos, e por isso acreditamos que a colonização de África, da América do Sul (…) foi uma missão importante que uniu a humanidade. Hoje grande parte da nossa riqueza deriva dos ganhos do nosso passado de violência, portanto devemos muito a esses povos agora ex-colonizados. LIVRES.”
Bustagate é um filme híbrido, que mistura textualidade e três narrativas visuais para contar e asfixiar o público, fingindo colocá-los no mesmo lugar que a nossa deflagrada heroína (a Sociedade). Bustagate, um ano depois do incidente do Bairro da Jamaica (zona da margem Sul de Lisboa). Através dos comentários do artista como agente político em nome do Ministério Público Português, Welket faz o recorte de um panorama escandaloso e desajustado de violência e desigualdade social em Portugal. Aqui está um filme-intervenção póstumo ao personagem imaginário aqui chamado Pretugal (personificando o Luís Giovani Rodrigues), dedicado ao povo português (aos tradicionalmente “nativos” e aos descendentes do continente africano que nasceram aqui). Esta criação segue o assunto principal do filme-manifesto (ou filme-intervenção) anterior Eu Não Sou Pilatus (Seleção Oficial DocLisboa - Competição Internacional, 2019).
TERÇA-FEIRA, 7 DE MAIO 201918h00 - 21h I Hangar Apresentação de filmes do realizador Welket Bungué com conversa no final da sessão, na qual o público pode colocar questões sobre aspetos da sua ideologia cinematográfica e auto-retrato fílmico. Entrada: 3€ (gratuita para sócios) VÃ ALMA (4º episódio) (2018) MENSAGEM (2016) e NADA FIZEMOS (2019) AGINAL (2018)> Filme exclusivo, título será divulgado no evento < (2019) BASTIEN (2016) EU NÃO SOU PILATUS (2019) Balanta e luso-guineense, Welket Bungué, nasceu em Xitole (Guiné-Bissau) em 1988. Filho de Paulo T.Bungué, engenheiro florestal especializado na cultura do cajueiro, conhecedor exímio do território florestal guineense e filho de Segunda N’cabna, ex-militar e aposentada da Guarda Nacional Guineense. Teve como referência materna Mª de Fátima B. Alatrache, senhora de brandos costumes, que exerceu muitos anos como professora na GB. Filho de emigrantes, Welket iniciou a sua formação artística em 2005. É licenciado em Teatro no ramo de Atores (ESTC/Lisboa) e pós-graduado em Performance (UniRio/RJ). É Membro Permanente da Academia Portuguesa de Cinema desde 2015. Em 2012 foi distinguido com “Prémio de Melhor Ator” pela sua interpretação em MÜTTER.
Realizou as curtas-metragens MENSAGEM, WOODGREEN, AGINAL, ARRIAGA (2018) e BASTIEN no qual foi distinguido pelo “Prémio de Melhor Ator” e “Melhor Primeira Obra’” nos prémios Shortcutz 2017. Desde 2016, trabalha regularmente com a companhia de teatro Mala Voadora (Portugal). É também locutor para entidades internacionais, desenvolve Escrita Dramática, Argumento de Cinema, Performances e Teatro. Atualmente vive entre o Rio de Janeiro e Berlim.