João Cabral de Melo Neto - África

 África & Poesia


A voz equivocada da África

está nos griots como em Senghor:

ambas se vestem de molambos,

de madapolão ou tussor,

 

para exclarmar-se de uma África,

de uma arqueologia sem restos,

que a história branca e cabras negras

apuraram num puro deserto.

 

Quem viveu dela e a destruiu

foi expulso, mas está na sala;

para que se vá de uma vez,

tem de ser de não, toda fala.

 

Não, do sim que seus poetas falam,

e que era bom para o ex-patrão:

ainda escrever vale cantar,

cantar vale celebração.

 


Os cajueiros da Guiné-Bissau

 

São plantados em pelotões

desfilam pela autoridade

que os fez plantar; são em parada,

sem o nordestino à vontade.

 

Os cajueiros são anarquistas,

nenhuma lei rege seus galhos

(o de Pirangi, em Natal,

é horizontal, cresceu deitado).

 

 

Como hoje esses cajueiros

que do seu Nordeste irredento

Salazar recrutou para a África ?

Já podem dar seu mau exemplo?

 

 João Cabral de Melo Neto, Agrestes, 1985

06.09.2010 | by martalanca

Nhô Nhô Hopffer

06.09.2010 | by martalanca

Dockanema 2010 - tá quase!!!!

06.09.2010 | by martalanca

Travessias da oralidade, veredas da modernidade

em parceria com a Casa das Áfricas, o BUALA disponibilizará algumas palestras que Ruy Duarte de Carvalho fez no Brasil.

06.09.2010 | by martalanca | Ruy Duarte de Carvalho

Basquiat - genius child!

06.09.2010 | by martalanca

trabalho em são tomé

Eu sou o Pedro Nazaré… fui Leigo para o Desenvolvimento em São Tomé e Príncipe em 2003/2004, actualmente estou ao serviço do IDF em São Tomé não como professor mas nos serviços de administração.

Escrevo vos a informar de que estamos a “tentar” recrutar professores para todos os grupos disciplinares… quem sabe… se… não conhecem alguém que possa estar interessado em dar aulas numa escola com paralelismo pedagógico ao currículo português -(do 5º ano ao 12º ano lectivo - agrupamento de estudos cientifico humanísticos - Ciências e Tecnologias / Línguas e Humanidades e novidade para o ano lectivo 2010/2011 Artes Visuais), Pontos fortes da nossa escola - apenas 350 alunos, duas turmas em cada ano lectivo, escola bonita situada no campo de milho próximo da linha imaginária do equador (a cerca de 60km)… situada ainda entre as duas baías mais bonitas do continente Africano (ou talvez não) a Baía Ana Chaves e a Baía da Praia Lagarto - Praia Emília - praia francesa - aeroporto e o deslumbrante ilhéu das cabras… serão de certeza argumentos muito fortes para desafiar os espíritos mais inquietos…

Se puderem ajudar a divulgar ficaríamos muito agradecidos…

Os contactos para envio de currículos e pedido de informações:
e-mail: idf.stp@gmail.com
idf.director@gmail.com

Telefone: 00239.2221194

Fax: 00239.2221194

Queiram aceitar os melhores cumprimentos,

Pedro

06.09.2010 | by samirapereira

Música do Dia: Siji - Watching You, Watching Me

 

Música feita pra ouvidos de veludo, Siji traz a suavidade e sensualidade de um Maxwell e a ginga de um Femi Kuti, unindo a música Soul a tradição musical nigeriana. O álbum chama-se God-given e proporciona uma grande viagem musical.

06.09.2010 | by keitamayanda

"É Dreda Ser Angolano" mambo tipo documentário

65’ – Fazuma

Um dia passado na Luanda pós guerra, viajando de  Kandongueiro e sintonizados numa rádio fictícia: “Feita por gente, com gente e para toda a gente.” Com participações do Conjunto Ngonguenha, Mck, Shunoz, Sbem, Fridolim, Turbantu, Afro e Laranja, entre muitos.

Tudo começou com o disco Ngonguenhação do Conjunto Ngonguenha. Chegou a Fazuma um cd vindo da Matarroa. Escutámos ele e começámos a ver Luanda, a abanar as ancas com os bitis, a mandar gargalhada com as historinhas e, de vez em quando, levando aquele murro no estômago. Logo no momento sentimos que era dos melhores discos que já tínhamos ouvido e que, mais do que boa música, era um documento que retratava Angola. E Angola precisa de ser retratada e mostrada ao mundo. Toda a malta a quem mostrámos o disco gostou muito, mas todos diziam não perceber tudo o que era retratado. Novo desafio: “Vamos ilustrá-lo com um video…” Pedimos uma camara emprestada e filmámos tudo o que coubesse em 12 cassetes que comprámos em promoção. Filma aqui, filma ali. De repente tínhamos tanto material que pensámos em arriscar um mambo tipo documentário. Editámos tudinho num portátil que queimou no final, escrevemos essa historinha e está aí : )

O mambo tipo documentário já foi seleccionado para o Indie Lisboa, passou no Museu de Serralves, na Casa da Música, ganhou o prémio VIMUS de melhor vídeodocumentário nacional e também o prémio jovem Mostralíngua 2008. Já em 2009 passou na edição do Mostralíngua em Moçambique e no Cineport no Brasil. Passou recentemente no Sfinks World Festival, no FMM Sines e em vários eventos na Suiça, Holanda, Bélgica e Espanha.

 

Treila

 

05.09.2010 | by martalanca | É Dreda Ser Angolano, fazuma

Simpósio Internacional: para uma História do Cinema em Moçambique

Globalidade versus identidade: reflexões sobre a sua génese, contexto e influência para o entendimento do cinema contemporâneo

iniciativa do Festival DOCKANEMA, em colaboração com a Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Maputo 13-15 de Setembro

 

O Simpósio vai reunir um conjunto de investigadores especializados em temas relacionados com a imagem, a história e a produção de cinema em Moçambique, com contribuições provenientes de vários países com destaque, para a Bélgica, Brasil, Inglaterra, Alemanha e Portugal. Organizado em três painéis distintos: “Dos pioneiros do cinema à resistência política” (13 de Setembro); “Imagens em movimento como acto de cultura e vanguarda” (14 de Setembro) e “Apontamentos para uma cinematografia moçambicana” (15 de Setembro), o encontro propõe-se a ser tanto um momento de visibilidade cinematográfica como um espaço de reflexão sobre as pesquisas efectuadas em torno do cinema moçambicano.

Os contextos específicos da resistência anti-colonial, dos movimentos de libertação e da independência, levaram a uma maior inscrição de imagens na história de Moçambique. Durante alguns anos, do início de 70 até ao início de 1980, rapidamente Moçambique transformou-se num lugar chave no mapa mundial do cinema experimental e revolucionário. A complexidade e intensidade de que nos dá conta a génese do cinema moçambicano explica em grande medida o seu registo e referencialidade à escala global. A sua natureza internacional e a influência que veio a ter na construção de cinematografias de outros países, teses e carreiras de realizadores, fotógrafos, artistas e académicos no mundo inteiro, eleva a pertinência da realização deste encontro que pretende, pela primeira vez em Moçambique, reunir um leque de pessoas que, de uma forma ou outra, sempre com abordagens distintas e sem necessariamente terem alguma relação entre elas, consideram central, no seu percurso profissional e pessoal, debruçarem sobre o cinema de um país africano.

Este encontro constitui uma acção de promoção da oportunidade de actualizar o sentido que a cinematografia moçambicana tem para a grande questão da identidade nacional: apesar do seu âmbito científico, o DOCKANEMA e a FLCS – UEM abrem as portas deste encontro também para a sociedade civil, potencializando desse modo e amplamente, o conhecimento, o diálogo e a cooperação entre os diferentes agentes nacionais e internacionais - artistas, académicos, activistas, colectividades moçambicanas diversas e público em geral.

O programa do Simpósio reflecte, pois a intenção específica de reunir especialistas internacionais com a sociedade civil em torno de filmes, que de forma paradigmática pretendem criar imagens da história e da identidade moçambicana. O desafio que se propõe é lançar um instrumento de investigação à comunidade académica moçambicana disponibilizando possíveis linhas de pesquisa sobre imagens em movimento, estudos de cinema e indústrias culturais.

ruy duarte de carvalho no simpósio do Dockanema de 2009 ruy duarte de carvalho no simpósio do Dockanema de 2009

05.09.2010 | by martalanca | Dockanema

AZAGAIA tornou-se símbolo da revolta

O “rapper” Azagaia já era antes ostracizado pelas autoridades e fôra convocado, uma vez, para um interrogatório por “atentar contra a segurança do Estado”. Agora é o símbolo vivo de uma revolta em que a juventude está na primeira linha.

Ainda há poucos dias, mesmo em vésperas da revolta, uma das peças cantadas por Azagaia num concerto em Maputo punha em causa o crime económico que grassa em Moçambique. Aí referia o caso do empresário Momade Bachir Suleman, que foi recentemente detido nos Estados Unidos sob acusação de narcotráfico.

Azagaia, de seu nome Edson da Luz, é um músico de 26 anos, filho de pai cabo-verdiano e mãe moçambicana, e tem tudo para se tornar um ídolo da juventude. Ele não se limita a denunciar a corrupção das esferas do poder económico e político, mas também as medidas que directamente atingem as condições de vida da população.

 Em declarações citadas pela agência Lusa, o cantor afirma que “o custo de vida subiu muito em Moçambique, tem consequências diretas sobretudo paras as pessoas que vivem com o salário mínimo ou não têm salário. Basicamente são essas pessoas que se estão a manifestar, e que se sentem excluídas, marginalizadas até certo ponto”. 

Essas pessoas, explica Azagaia, revoltam-se porque “não têm nada a perder”. O cantor toma a defesa dos manifestantes acusados de “marginais”, afirmando que “são marginais, sim, mas no sentido de acabarem por ficar de fora, e são vítimas. São pessoas que não têm nada a perder e a partir do momento em que vandalizam lojas, centros comerciais, percebe-se que são pessoas que não têm nada a perder”.

 Um dos slogans das manifestações de ontem, “O Povo ao Poder”, já antes inquietava as autoridades quando apenas fazia parte de uma das canções de Azagaia. Por essas e por outras, o artista fora uma vez convocado a explicar-se perante a Procuradoria Geral da República, suspeito de “atentar contra a segurança do Estado”.

A convocatória acabou até por reforçar a posição do cantor. Tornou-se claro que, apesar de “continuar a existir censura”, é possível criar um espaço de crítica e protesto, pelo “facto de terem um Azagaia que diz o que diz e continua vivo … E isso são as questões principais, continuo vivo, a fazer as músicas que faço, a aparecer publicamente, e isso faz as pessoas acreditarem que é possível criticar a sociedade, o governo, e sem receber represálias directas”.

Perante a identificação quase automática entre o cantor e a revolta, Azagaia adopta, nas mesmas declarações citadas pela Lusa, um perfil prudente: “É difícil avaliar até que ponto poderei ter influenciado as pessoas, mas uma coisa é certa: tanto eu como Azagaia, e se calhar o fenómeno social Azagaia, e também a imprensa nacional, tudo isto combinado, faz com as pessoas se sintam mais libertas para dizer o que pensam, o que acham”.

Isso não significa, contudo, que Azagaia não tenha consciência dos seus méritos, porque, ao atacar “mais abertamente os problemas, eu faço a minha parte, com a minha música, e isso estimula as pessoas a expressarem-se com maior liberdade”.

Azagaia sabe que o seu sucesso lhe permite irradiar e transmitir uma mensagem, mas não deixa de assinalar o abismo que existe, apesar de toda a empatia, entre um músico de sucesso e esses que o senso comum rotula de “marginais” e que vivem no “caniço”, o ghetto da pobreza suburbana em Moçambique: “estou em Maputo, e isto está a acontecer na periferia. É nos bairros suburbanos que as pessoas sentem de verdade esta subida do custo de vida. A classe média que agora se está
a desenhar, e a classe alta não sentem muito”.

Da revolta, será preciso tirar ensinamentos. Uma das possiblidades encaradas pelo cantor é a mudança de atitude das autoridades: “Espero que o governo seja menos arrogante, que haja mais comunicação entre o governo e o povo. E, acima de tudo, se estamos numa crise, que haja contenção de custos. (…) Espero que o governo ponha mão na consciência e comece a comportar-se como um governo que está a passar por uma crise.”

Se isso não suceder, continuará a estar na ordem do dia a palavra de ordem das manifestações de ontem e das canções de antes: “o povo ao poder”.

 

António Louçã, da RTP

 

05.09.2010 | by martalanca | Azagaia, Maputo, motins, rap

Mindelact 2010

O Mindelact 2010 tem tudo para que nos enchamos de orgulho do árduo trabalho que a sua equipa tem à frente durante todo o ano. Cada espectáculo, protagonizado por conceituadas companhias a nível mundial, é um brinde à qualidade e um presente à ilha que respira teatro e da cultura e da arte vive.

 

faça dowload do programa do festival no site do Mindelact

05.09.2010 | by martalanca | Mindelact, Mindelo, teatro caboverdiano

Festa de Abertura da Trienal de Luanda

O Movimento X apresenta Sábado, 18 de Setembro, no Elinga Bar pela primeira vez em Luanda o DJ Português Jiggy a partir da 1 uma da manhã para a Festa de Abertura da Trienal de Luanda. O Warm up estará a cargo dos DJ Nacionais Leandro Silva  e Litó.

 

O Movimento X participará na segunda Trienal de Luanda, de 18 de setembro a 18 de dezembro, com a organização de eventos ao vivo e DJying apresentando artistas oriundos de diversos países em vários espaços da cidade.

Dia 18 de Setembro será o grande evento de arranque no Elinga Teatro & Bar com a Festa de Abertura da II trienal de Luanda depois do espectáculo de abertura no Cine Nacional.

04.09.2010 | by martalanca | elinga, movimento X, Trienal de Luanda

A razão e o sentido de dois motins

Tal como em 5 de Fevereiro de 2008, Maputo viveu ontem um dia de barricadas de pneus ardendo nas ruas, pedradas a carros e montras, cidadãos mortos pelas balas das forças policiais.

Também como nesse Fevereiro, o motim foi convocado em rede por SMS e boca-a-ouvido, alastrando em bola de neve de um bairro popular a outro, à medida que o fumo das barricadas vizinhas ia sendo avistado.

Como em 2008, o móbil imediato dos protestos foi a brusca subida de preços. Então, dos “chapas”, periclitantes carrinhas que servem de transporte público à esmagadora maioria. Agora, da água, electricidade, pão e arroz - sua base alimentar.

Em ambos os casos, ainda, os aumentos ameaçam as próprias perspectivas de subsistência de uma população que precisa de toda a sua criatividade e desenrascanço para, simplesmente, se manter no fio da navalha. Mas, para esses pobres, mais irritante ainda do que os aumentos foi - em 2008 e, muito provavelmente, agora - verem neles uma desconsideração, por parte de quem decide, para com as suas dificuldades e necessidades mais elementares.

Moçambique passou, com o fim da guerra civil, de um regime socializante e paternalista para uma política ultraliberal que trouxe o aumento do desemprego e das elites económicas, coincidentes ou ligadas às elites políticas. Trouxe também a erosão do controle local da população através de instituições partidário-estatais que, se podiam cometer abusos, também podiam canalizar as necessidades e reclamações populares.

O sentimento que hoje grassa nos bairros populares do Grande Maputo é o de uma incerteza global quanto ao futuro e à própria subsistência e, face ao poder político, a sensação de que as suas dificuldades se tornaram irrelevantes para os poderosos e de que não existem canais por onde as suas necessidades e protestos possam ser canalizadas de forma eficaz.

Esta situação e visão permitem que motins como o de ontem possam ser sentidos como a única forma válida de protesto. E que possam ocorrer sempre que uma nova medida política ameace a sua subsistência, enquanto vêem desfilar perante si o que consideram ostentações de riqueza e desigualdade.

Não quer isto dizer que quem protesta violentamente pretenda pôr em causa o Governo ou o partido que o ocupa desde a independência. Maputo é um baluarte da Frelimo e a maioria dos manifestantes de ontem terá votado nela o ano passado.

Só que a visão dos direitos e deveres entre governantes e governados predominante nesses bairros populares não coincide com o hábito europeu (e das elites políticas locais) de aceitar que basta a um Governo legítimo tomar decisões legais para que também elas sejam legítimas.

Estas pessoas consideram, antes, que o poder instituído não deve ser ameaçado, mas, em contrapartida, tem que garantir o essencial de bem-estar e dignidade às pessoas que governa. O governante pode “comer mais”, mas não “comer sozinho”, à custa da fome dos outros. Assim, por muito que o poder seja considerado legítimo, uma sua decisão pode ser ilegítima, se quebrar esse dever.

Ou seja, os amotinados de ontem (tal como os de 2008) protestavam contra uma decisão política concreta e protestavam contra a forma como o poder político é exercido. Afinal, protestavam contra aquilo que consideram uma quebra do “contrato social” que estabelecem com o poder instituído a que se submetem. Uma quebra que, com a repetição de motins no essencial iguais, afirmam já não tolerar.

Claro que, a cada novo motim bem sucedido (e o de 2008 era um claro motivo de orgulho nos bairros pobres), mais se reforça a imagem popular de que essa é a única forma eficaz de protesto. O que coloca o Governo moçambicano perante um difícil dilema: ou não cede às reclamações e aumenta exponencialmente a repressão policial, arriscando o apoio financeiro internacional de que depende, ou se torna mais “tradicionalmente” africano, considerador e dialogante, fragilizando com isso as suas práticas mais autoritárias e os actuais padrões de concentração de riqueza.

 

Paulo Granjo, Antropólogo, ICS-UL Público, 2/9/10

03.09.2010 | by martalanca | greve, Maputo, motins, repressão policial

Solidariedade com os grevistas de Maputo

03.09.2010 | by martalanca

Diásporas africnas na América do Sul

Celebrando a exposição DIÁSPORAS AFRICANAS NA AMÉRICA DO SUL – UMA PONTE SOBRE O ATLÂNTICO, que ocupa a galeria do SESC Tijuca (Rio de Janeiro) em setembro, CINE COMO LE GUSTA abre espaço para a exibição de obras que focam a cultura afro em países como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador e Peru.
Documentários de pouca circulação em nosso país que reforçam a identidade afro descendente no imaginário latino americano.
Sábado  4/9, 15h
SUA MAJESTADE O DELEGADO. Dir. Clementino Júnior, Brasil, 2007. 10 min. Um documentário narrado pelo próprio Hésio Laurindo da Silva e pontuado por um samba-enredo composto especialmente para esta obra, que registra em vida a arte, o estilo, e a autenticidade deste eterno mestre-sala.
ORO NEGRO. Dir. Bruno Serrano. Chile, 2004. Dur. 23 min. Em Árica, no vale de Azapa vivem os descendentes de africanos que foram levados ao Chile como escravos
entre finais da Colônia e início do século XIX. Hoje seus descendentes recriam danças e recuperam suas tradições para se reconhecerem e serem reconhecidos em um país que está começando a tomar consciência de sua interculturalidade.
SON DE LOS DIABLOS. Dir. Phillip Johnston. Peru/Brasil, 2006. Dur.56 min. Em 2004 os peruanos celebraram 150 anos da abolição da escravatura. Neste ano o carnaval negro Son de Los Diablos, que existe há mais de 300 anos, voltou às ruas do Rí-mac após 16 anos de ausência.
Entrada Franca
SESC Tijuca - Rua Barão de Mesquita, 539
Tel: 3238-2164

 

 

 

03.09.2010 | by martalanca | América do Sul, diáspora, docuentário

reggae no Elinga de Luanda

03.09.2010 | by martalanca | elinga, reggae

Música do Dia: Femi Kuti - truth Don Die

 

É verdade que Fela, o pai, é um ícone pra música como o são Jimi Hendrix e James Brown (esse último é provavelmente a maior influência na criação da sonoridade do Afro Beat), mas Femi é o meu preferido quando o assunto é esse ritmo frenético e pulsante, marcado pela voz dos metais e pela vontade de não ficar parado. A música pertence ao álbum Shoki Shoki de 1999 e mostra Femi atinado com a mensagem politizada do pai.

03.09.2010 | by keitamayanda

Azagaia - POVO NO PODER viva moçambique!!!

 

03.09.2010 | by martalanca

7º Congresso Ibérico de Estudos Africanos, Lisboa, 9-11 Set. no ISCTE/IUL

50 anos das independências africanas: desafios para a modernidade

Entre os dias 9 e 11 de Setembro o CEA ISCTE/IUL e o CEAUP organizam 
o 7º Congresso Ibérico de Estudos Africanos (CIEA7) no ISCTE/IUL em Lisboa.

Como olha a África o seu passado, como se vê no presente, e como imagina o futuro? Mais do que procurar saber se existiram ou existem concepções específicas africanas do tempo histórico, o CIEA7 propõe-se analisar os termos através dos quais se forma hoje um imaginário africano que, reportando-se a uma visão do passado e às dinâmicas do presente, busca construir imagens do futuro que transcendam as identidades particulares das sociedades e nações do continente, e avaliar as suas variações regionais, políticas e religiosas.

Passados cinquenta anos sobre a independência da maioria dos países africanos, o continente encara hoje um conjunto de novas possibilidades de diálogo internacional que não apenas abala fortemente os pressupostos do seu relacionamento histórico com os seus antigos países colonizadores mas a natureza e variedade intrínsecas do património cultural das suas variadas sociedades.

Urge assim confrontar as respostas inovadoras que as diversas sociedades africanas têm gerado aos desafios da mundialização comercial, política e cultural, e aos complexos cenários de crise económica, ambiental e energética que afectam toda a humanidade. Estas respostas, assim como a releitura que elas requerem do passado, estão na base de profundas recomposições identitárias que têm revelado as fragilidades das tentativas de aplicação de modelos sociais e estatais de proveniência europeia e americana.

Para os três plenários previstos, a comissão executiva considera importante definir um conjunto de temas concretos centrados nas transformações recentes da historiografia africana, na análise das dinâmicas contemporâneas dos Estados africanos, e nas percepções diversas do futuro do continente.

+ infos

02.09.2010 | by franciscabagulho | Estudos Africano, independências africanas

Angolanos que estarão na Bienal de São Paulo propõem nova imagem da África

Uma enorme barragem bloqueia a vista da baía de Luanda. Tratores estão aterrando o mar para alargar uma avenida da cidade. Lufadas de pó vermelho sublinham a cacofonia de britadeiras, guindastes e apitos.

Empreiteiras derrubam o que sobrou da era colonial, esqueletos de prédios e casarões retalhados por décadas de guerra, para erguer uma nova capital angolana. São torres que formam outra paisagem, espécie de Dubai africana, movida a petrodólares.

Nesse cenário, artistas angolanos tentam digerir o passado sem saber imaginar um futuro. Chamam de “afro-futurismo” a estética que surge do descompasso entre o fim das guerras e a reconstrução.

 

continue a ler na Folha de S.Paulo

02.09.2010 | by martalanca | Bienal de S.Paulo