À espera da queda de Mubarak na praça Tahrir
O movimento anti-Mubarak voltou a conquistar o centro do Cairo. O fim dos confrontos dos últimos dias leva cada vez mais egípcios a aventurarem-se na praça Tahrir.Alguns não hesitam em dormir à beira dos tanques do exército para evitar uma intervenção militar.“Há três dias que me manifesto. Ao início tinha vindo só para encontrar-me com a minha mãe, que está doente, mas regressei esta manhã, determinada a não arredar pé enquanto o ditador não se for embora. Já o expulsamos da praça, depois de termos destruído a estátua de Mubarak”.
Desde ontem que a oposição aumenta a pressão nas ruas contra o governo, depois de afixar na praça Tahrir as fotografias das quase 300 vítimas dos protestos das últimas semanas. “Eu estou preparado para morrer como um mártir para expulsar este regime injusto, tão injusto como a comunidade internacional que apoiou o regime do Mubarak”.
O correspondente da Euronews no Cairo, Mohamed Elamy, constata:“As manifestações entram na terceira semana. E o impasse nas negociações entre o regime e a oposição arrisca-se a aumentar os receios da população de que este conflito se possa eternizar”.Mas segundo algumas fontes, o presidente Mubarak poderá estar a preparar uma saída de cena. A revista alemã Der Spiegel referia a possibilidade do presidente egípcio poder exilar-se na Alemanha, por razões de saúde, para ser submetido a uma quimioterapia numa clínica nos arredores de Baden-Baden.
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