Webinar "O Património é para Todos"

O webinar “O Património é para Todos”, a ser integrado na programação das Jornadas Europeias do Património (JEP), é organizado em parceria com a YOCOCU Portugal e conta com o apoio da Direção Geral do Património Cultural (DGPC) e do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes).

Tratar-se-á de um evento online com a duração de um dia, a decorrer a 24 de setembro, constituído por dois painéis de oradores convidados, seguidos de discussão aberta à participação da audiência. 

Tendo como mote as JEP deste ano, “Património Inclusivo e Diversificado”, para além de um primeiro painel dedicado a refletir, de um modo geral, sobre políticas (mais inclusivas) para o património, contando com a participação da DGPC e IPHAN (Brasil), MINOM e Acesso Cultura, foi preparado um segundo painel que reúne exemplos de projetos que promovem a participação e representatividade de grupos e comunidades diversas. 

Pretende-se, deste modo, colocar em diálogo projetos dinamizados por diferentes atores sociais – instituições, associações e coletivos culturais ou artísticos – representando algumas tendências atuais na aproximação ao património (como a museologia e a os processos de patrimonialização comunitária, a relação do património com a reabilitação urbana, a criação artística e indústrias criativas).

Inscrição no webinar.

Organizado por:

Ana Gago, licenciada em Comunicação (FCSH-UNL) e Mestre em Estudos Regionais e Autárquicos (FL-UL), é atualmente Bolseira FCT no Doutoramento em Estudos do Património (CITAR-UCP), dedicando-se à investigação nos cruzamentos entre criação artística, valorização do património e das comunidades. Com experiência profissional nos domínios da Comunicação Institucional, Publicidade, Produção Cultural e Gestão de Projeto, tem mais recentemente vindo a desenvolver trabalho de investigação, criação e curadoria de projetos de arte e literatura digital.

Ana Temudo, doutoranda em Estudos do Património na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa e investigadora do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR). O seu projeto de doutoramento, intitulado “Políticas de representação do património guineense nos museus portugueses na transição do período colonial para o pós-colonial: histórias, trânsitos e discursos”, é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pela União Europeia (UE), através da bolsa individual de investigação REF. 2020.08039.BD.

21.09.2021 | par Alícia Gaspar | cultura, inclusão, património, webinar, yococu

CAMPO DE TREINO: O QUE FAZER JUNTO?

18-22 Outubro 2021, 10h-18h, Beato (Lisboa)
Inscrições abertas até 30 de Setembro.12 vagas. Participação gratuita. Inclui almoço.


A SOS Racismo aliou-se a um grupo de activistas, pessoas da produção cultural e artistas para propor um projecto colaborativo e horizontal de auto-formação anti-colonial, antirracista e contra todos os tipos de discriminação e opressão de pessoas LGBTQIA+, com diversidade funcional e outras vítimas da violência heteropatriarcal branca. Pretende-se aqui reflectir sobre o papel que cúmplices e aliades branques/cis/hetero (etc.) podem ter no combate à discriminação e à violência. Este encontro interseccional inspira-se em modelos de “campos de treino” políticos, do passado e do presente, como espaços de auto-formação militante e de reflexão colectiva. 

Este encontro intensivo reunirá cerca de 10 participantes, acompanhades por um grupo diverso de intervenientes, durante cinco dias inteiros (10h-18h). Serão analisados coletivamente estudos de caso em torno de situações de violência, com o objetivo de imaginar possíveis estratégias para contornar ou combater essa mesma violência. Através da leitura, escuta, performance, exercícios, métodos de reparação, auto-investigação e análise militante colectiva… vamos procurar respostas a perguntas difíceis, não só para as comunidades afectadas pela violência e discriminação, mas para a sociedade no geral: Qual o papel de cada ume na luta activa contra todas as formas de opressão? Como reconhecer os nossos pontos-cegos e como combater a ignorância perante as formas sistémicas de reprodução da violência?

Como estabelecer e inventar relações de aliança, solidariedade e cumplicidade que propiciem a transformação efectiva das situações sociais em que estamos implicades? Como fazer do cuidado um método central na luta política e nos movimentos de resistência?

A equipa do projecto reúne as associações SOS Racismo e Casa T, Mamadou Ba (activista), Filipa César (cineasta e artista), Jota Mombaça (artista), Gisela Casimiro (escritora e artista), José Lino Neves (dirigente na associação Batoto Yetu), Rodrigo Ribeiro Saturnino (pesquisador da Universidade do Minho e artista) e a plataforma de produção de cinema Stenar Projects (com especial enfoque em temáticas queer e decoloniais).

A partir das experiências e ideias desenvolvidas durante o campo de treino, pretende-se criar uma publicação, com a coordenação de Gisela Casimiro. Serão igualmente produzidos conteúdos para campanhas de sensibilização, coordenadas pela SOS Racismo e pela Casa T, com vista a informar e alertar a comunidade para estas questões fulcrais.

NOTA: Os encontros terão lugar num espaço seguro, nos vários sentidos do termo, isto é, um espaço que assegure o devido distanciamento e circulação do ar, disponibilização de máscaras e gel desinfectante; mas também um espaço com privacidade, onde poderemos exprimir livremente e de maneira responsável diferentes subjectividades.

LINK INSCRIÇÃO: https://forms.gle/ChHwqEs6CyXhoyai8 

20.09.2021 | par Alícia Gaspar | evento, inclusão, LGBT, lisboa, SOS Racismo