"Mundos paralelos" - Exposição
Mundos paralelos destaca uma dimensão de bolso que se originou não de uma singularidade, mas sim de um choque entre dois mundos não muito distantes um do outro — como forma de nos trazer de volta à consciência, à nossa terra e aos nossos ancestrais, para estarmos cientes da vida , da natureza e do universo nesta pequena parte do mundo, que é a cidade de Luanda.
Uma cidade dominada pela imagem ilusória do Eu como uma entidade separada do Ser.
É isso que nos mantém nesse estado perpétuo de ansiedade, escassez, medo e insatisfação.
Corpo e mente, a nossa pele, status social, nacionalidade não podem mais ser usados para definir os limites do Eu e do Ser.
Precisamos de uma nova história para redefinir o nosso papel neste universo para além de luandenses, para além de angolanos, para além de homens e mulheres, para além de humanos.
Se dois corpos não podiam partilhar o mesmo espaço, hoje podem. Assim como essas duas pirâmides incorporaram massa física no centro desta galeria, o Eu e o Ser encontrar-se-ão.
Quando se repelem, contornam, encontrando uma superfície não repelente.
Deixando-se ser.
Mesclando.
EU SOU
Bem-vindo aos dois mundos
—Jamil “parasol” Osmar