A Cidade entre Bairros

A cidade entre bairros é o mote proposto para os artigos aqui apresentados, possibilitando um olhar cruzado e interdisciplinar entre arquitectos, sociólogos, antropólogos e geógrafos. As contribuições que agora se dão à estampa organizam-se em torno de dois eixos temáticos principais e que se entrecruzam e intersectam: um, que reflecte sobretudo as práticas, mas também os paradigmas de intervenção sócio espacial na micro escala do bairro, nomeadamente sobre o Plano Director de Lisboa, Planos Regionais, Planos de estratégia; Programa Nacional Iniciativas Bairros Críticos e sobre operaçõesde renovação/requalificação urbana. O outro eixo de discussão trespassa a vida quotidiana dos habitantes da cidade e envolve uma espécie de reinvenção da cidade e do bairro, implicando as sociabilidades e as vizinhanças, a percepção do espaço, a importância das Tecnologias da Informação e da Comunicação e as formas de organização e de participação social.


A apresentação da obra “A cidade entre bairros” publicada pela Editora Caleisdoscópio ficará a cargo da Professora Isabel Guerra (ISCTE-IUL e UCP) e do ProfessorÁlvaro Domingues (FAUP). No evento, estarão ainda presentes o Professor José Pinto Duarte (Presidente da FAUTL), o Professor Fernando Moreira da Silva (Presidente do CIAUD) e o Dr. Jorge Ferreira (Caleidoscópio).

A sessão terá lugar no próximo dia 11 de Outubro pelas 18,30 na Casa do Alentejo (convite electrónico).

Pedimos, ainda, que tragam um livro antigo ou que já não precisem para oferecer à biblioteca da Casa do Alentejo (que precisa de renovar o seu acervo), sendo que esta é uma forma de mostrarmos a nossa gratidão e apreço à Casa do Alentejo.

 

Graça Cordeiro e Tiago Figueiredo - Intersecções de um bairro online. Reflexões partilhadas em torno do blogue Viver Lisboa

Teresa Sá - Ainda há bairros na cidade?

Jorge Nicolau - Narrativas de Bairro numa Cidade em Mudança: o Bairro como catalisador de urbanidade da cidade

Carlos Henrique Ferreira - Projectar a cidade entre bairros: Lisboa, um Projecto de Cidade em Mudança

José Luís Crespo - Algumas complexidades do bairro no contexto da cidade: o caso do bairro da Bela Vista

António Guterres - Uma política cultural e artística para o desenvolvimento territorial  

Maria Manuela Mendes - A demolição do bairro do Aleixo e a acção da população local ista pela imprensa diária e nas notícias online

Isabel Raposo - Bairros de génese ilegal: metamorfoses dos modelos de intervenção

 

03.10.2012 | par martalanca | bairros, cidade

“Jovens e Trajetórias de Violências. Os casos de Bissau e da Praia”

O livro “Jovens e Trajetórias de Violências. Os casos de Bissau e da Praia”, organizado por José Manuel Pureza, Sílvia Roque e Katia Cardoso, investigadores do NHUMEP/CES, e com contribuições de vários investigadores, será lançado no dia 8 de Outubro de 2012, às 17 horas, no ISCTE, sala C205.

A apresentação estará a cargo de Iolanda Évora (CEsA/ISEG) e Ana Larcher (CEA/ISCTE-IUL)

Sinopse do livro: Os gangs e a violência juvenil urbana são temas normalmente associados às grandes cidades, sobretudo às do continente americano. Este livro aborda o tema num contexto geográfico e socioeconómico menos frequente, o de duas pequenas capitais da África Ocidental (Bissau e Praia), e procura responder a três perguntas centrais: O que leva os jovens a organizarem-se em gangs ou outros grupos violentos? O que leva os jovens a não se envolverem nesses mesmos grupos quando todas as condições parecem criadas para tal? E, porque é que a capital de um “país-modelo” parece sobrepor-se, em matéria de violência juvenil, à capital de um país politicamente instável? Este livro propõe algumas respostas a estas questões, partindo de uma análise centrada nas trajetórias de reprodução da violência em várias escalas (da local à global), e inverte as narrativas tradicionais da segurança em que os jovens entram invariavelmente como um fator de risco, como ameaças à ordem e como perpetradores de violência.

Coleção CES/Almedina | Série Cosmopolis

Organização: NHUMEP/CES e Mestrado e Doutoramento em Estudos Africanos do ISCTE.

03.10.2012 | par martalanca | Bissau, jovens, praia, violência

Mulheres na ditadura

02.10.2012 | par martalanca | ditadura

Chullage no programa BAIRRO ALTO

ver programa 
Duração: 45 min

Na música que escreve não se perde com meias palavras. Ataca violentamente os políticos, os banqueiros e o sistema. Filho de pais cabo-verdianos, o convidado deste Bairro Alto nasceu em 1973. Cresceu no antigo asilo 28 de Maio, no Monte da Caparica, e foi no início da adolescência que começou a rimar palavras e a aventurar-se nos mundos do rap e do hip hop. Já como trabalhador estudante, Chullage acabou por licenciar-se em Sociologia e tem vindo a desenvolver vários trabalhos nesse campo. Ao mesmo tempo tem-se dedicado à música e acaba de lançar o seu terceiro álbum, Rapressão

emitido em 19 JUN 2012

02.10.2012 | par martalanca | Chullage, música de intervenção, rap

Focus na frieze: Kiluanji Kia Henda

Artigo sobre o projecto “Homem Novo” de Kiluanji Kia Henda, na frieze by Sean O’Toole.

ler aqui

02.10.2012 | par franciscabagulho | kiluanji kia henda

Exposição Colecção Sindika Dokolo, BRASÍLIA

TRANSIT_BRASÍLIA 2012  SINDIKA DOKOLO Colecção Africana de Arte Contemporânea
Curadoria | Daniel Rangel e Fernando Alvim
ABERTURA | 04 Outubro 2012, das 19h às 22h
CAIXA CULTURAL BRASÍLIA


02.10.2012 | par franciscabagulho | arte contemporânea africana

Teatro Elinga em Luanda tem os dias contados

O edifício sede do teatro Elinga, em Luanda, que para além de acolher a companhia de teatro do mesmo nome, se transformou num verdadeiro pólo cultural da capital angolana, vai ser demolido. O edifício, construído por portugueses no século XIX, foi considerado como “testemunho histórico do passado colonial” em 1981, vindo a ser desclassificado pelo Ministério da Cultura angolano no final de Abril. O edifício vai agora ser demolido para dar lugar ao projecto imobiliário Elipark, constituído por um parque de estacionamento, escritórios e um moderno hotel.

Um dos fundadores do teatro Elinga, o actor Orlando Sérgio, lamenta o acontecimento, pelos “laços afectivos” e pela descaracterização progressiva da baixa da cidade – “o edifício e a forma como era vivido acabam por dar uma característica muito própria à baixa da cidade” afirma, “assim, qualquer dia, Luanda será igual a tantas outras cidades.” 
Orlando Sérgio, e outras personalidades da vida cultural angolana, defendem que é possível a coabitação entre dois tipos de arquitectura, uma resultante do passado e outra mais recente, que se tem vindo a expandir, segundo os críticos, nos pressupostos da especulação imobiliária. 
Para além do edifício, perde-se também um pólo cultural de características únicas, por onde passam regularmente artistas plásticos, bailarinos ou músicos, e onde se realizam diversos eventos ligados à arte e cultura. “Para além de existir uma informalidade nas relações ali que não se sente em mais nenhum lugar em Luanda”, afirma Orlando Sérgio. 
No despacho executivo que fundamentava a decisão, a Ministra da Cultura angolana apontava para a necessidade de implementar o projecto Elipark e de requalificar o conjunto arquitectónico localizado no largo Matadi. Ainda não se sabe onde será a nova casa do teatro Elinga. 

Vitor Belanciano, Público 28/10/2012

28.09.2012 | par martalanca | Elinga Teatro

RAIZ FORTE

 

A série web-documentária Raiz Forte apresenta relatos de mulheres negras que descobriram formas de lidar com seus cabelos crespos. Esta produção audiovisual emerge com o intuito de gerar discussões acerca das relações com o cabelo enquanto forma de pertencimento e de explicitação da ancestralidade africana.

 

 

 

O primeiro episódio da série web-documentária Raiz Forte aborda quais foram os rituais de manipulação do cabelo crespo durante a infância da mulher negra. CLIQUE PARA VER

 

 

O segundo episódio da série web-documentária Raiz Forte aborda como a mulher age diante das opções adquiridas durante a adolescência e juventude com as diversas técnicas de alisamento, até então não permitidos devido a faixa etária. CLIQUE PARA VER

 

Terceiro e último episódio em breve


28.09.2012 | par samirapereira | África-Brasil, Identidade, série documental

Luanda por Terra Água e Ar de Paulo Moreira _ Prémio Fernando Távora

Prémio Fernando Távora | Conferência do Vencedor da 7ª edição, Paulo Moreira | Lançamento da 8ª edição, 1 de Outubro de 2012, 2ª feira, 22:00
Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos


Após o final da guerra civil em Angola, em 2002, Luanda embarcou num processo irresistível de regeneração. As riquezas naturais do país atraíram um imenso investimento estrangeiro que, em consonância com a política de “progresso”, está a transformar irremediavelmente a ordem social e espacial da cidade.
Frequentemente, a estratégia oficial de planeamento parece desligada do contexto cultural e geográfico, pois tem ignorado a vitalidade dos territórios informais, preferindo substituí-los por modelos urbanísticos importados. Bairros inteiros são deslocados para as novas colónias de reassentamento, nas periferias, dando lugar a projetos de especulação imobiliária. 
Este filme propõe uma perspetiva de urbanidade diferente, mais inclusiva, percorrendo a topografia da cidade, por terra, água e ar. A partir de uma série de entrevistas a cidadãos comuns, moradores num dos bairros não-planeados mais centrais (e, por isso, em risco), apresenta-se a informalidade como uma possibilidade coerente, merecedora do seu lugar de direito no metabolismo de Luanda.
Os testemunhos apresentados apontam para um diálogo genuíno entre o bairro e a cidade (e o Mundo). Apontam para uma relação recíproca entre privado e coletivo, entre biografia e história. Desafiam o lugar-comum propulsor de uma “cidade global” (rica) rodeada por “bairros pobres” (desesperados). Luanda é muito mais complexa do que isso.

27.09.2012 | par franciscabagulho | Luanda, urbanismo

Mort d'un théâtre à Luanda, victime des promoteurs

Haut lieu de la culture angolaise, le théâtre Elinga va disparaître, comme tant de maisons anciennes du centre-ville de la capitale

 



Le rideau va bientôt tomber sur la scène du théâtre Elinga de Luanda. Définitivement. Ce haut lieu de la culture angolaise, berceau d’artistes contestataires, va en effet bientôt disparaître, ses murs roses réduits à l’état de gravas, écrasés par les bulldozers, et ainsi connaître le sort de tant de maisons anciennes du centre-ville de la capitale angolaise, livré aux promoteurs immobiliers attirés par les fragrances de l’or noir du deuxième producteur de pétrole d’Afrique subsaharienne.Le théâtre avait pourtant des atouts pour échapper à ce sort funeste. Au-delà de la réputation internationale de ses créations dans le domaine de la danse et du théâtre, le bâtiment était classé monument historique par le ministère de la culture. Qu’à cela ne tienne ! Cette ancienne école construite par les colons portugais au XIXe siècle a tout simplement été déclassée en avril par le ministère de la culture. ” Du jour au lendemain, il n’y aurait plus eu de raisons historiques pour maintenir le classement. C’est la seule explication que l’on a bien voulu me donner. Risible si cela ne sonnait pas le glas du théâtre “, se lamente son directeur et auteur de pièces José Mena Abrantes.La vraie raison est financière. Tout le quartier va être rasé pour y construire un parking et des bureaux. Un investissement de quelques dizaines de millions de dollars portés par de mystérieux financiers liés au pouvoir, qui espèrent bien obtenir un retour sur investissement rapide en louant les locaux à quelques multinationales du pétrole américaine, française ou brésilienne, ou à des banques.Le calcul n’est pas idiot. Luanda est la deuxième ville la plus chère du monde pour les expatriés, derrière Tokyo, selon le classement 2011 réalisé par le cabinet de consultants Mercer. Le prix des bureaux bat des records dans cette ville où le loyer mensuel d’une maison pour expatriés tourne aux alentours de 20 000 dollars (15 500 euros).Depuis le boom pétrolier du milieu des années 1990 qui a fait exploser la croissance du pays (15 % en moyenne dans les années 2000), Luanda est saisie par une fièvre constructrice. Les chantiers éventrent la ville, sur lesquels des ouvriers chinois travaillent sans répit. Les vieilles pierres n’y résistent pas. ” Les Angolais, si fiers de vivre dans une des capitales les plus anciennes d’Afrique noire, n’auront bientôt plus de quoi se vanter. Il ne restera plus rien d’ancien dans la ville “, observe José Mena Abrantes.Presque sous ses fenêtres, passe une corniche de 200 millions de dollars, inaugurée la veille de sa réélection, le 28 août, par le président José Eduardo dos Santos, au pouvoir depuis trente-trois ans. Une corniche débarrassée des vieilles maisons qui se donne des airs californiens avec ses joggers et ses amateurs de musculation en plein air. Et même des rollers, incongrus dans le reste de cette cité aux trottoirs défoncés. Les gratte-ciel, eux, poussent comme des champignons et délogent vers les faubourgs, à coup de bulldozers sauvages et de matraques policières, les musseques, ces favelas angolaises sans eau ni électricité dans lesquelles s’entassent la plupart des quelque 6 à 7 millions d’habitants de Luanda. ” Les autorités entendent faire de Luanda le Dubaï d’Afrique australe, rappelle Claudia Gastrow, urbaniste et universitaire de Boston étudiant la capitale angolaise. Mais on ne voit pas la logique urbanistique ni la coordination. Le centre-ville n’est qu’une façade. “Copier le modèle Dubaï ? Jusqu’à projeter de construire, comme dans le Golfe, des îles artificielles au large de Luanda. Une idée portée par un certain José Recio, un ancien réparateur de pneus qui a fait fortune dans l’immobilier. Les plans furent bloqués par le président en conseil des ministres. Mais pour le théâtre Elinga, les dés sont jetés. José Mena Abrantes, par ailleurs conseiller en communication du président, n’était pourtant pas le plus mal placé pour éviter l’irréparable. Mais rien n’y a fait. Ni les pétitions, ni les interventions discrètes. Elinga deviendra un parking.

 quantas madrugadas tem a noite?quantas madrugadas tem a noite?

José Mena Abrantes appartient au premier cercle du pouvoir mais il ne s’est pas enrichi “, confirme Antonio Setas, journaliste d’opposition que l’on ne peut suspecter de mansuétude à l’égard d’un membre du MPLA (ancien parti unique, au pouvoir). Même le rappeur et figure de proue anti-régime Luaty Beirao ne trouve rien à redire contre le directeur du théâtre.Né en 1945 en Angola de parents d’origine portugaise, il fait ses études au Portugal d’où il s’est enfui au début des années 1970 pour échapper à la conscription qui envoyait les jeunes Portugais se battre dans leur colonie contre les indépendantistes. Il rallie le MPLA en Allemagne, sans pouvoir rejoindre la guérilla. ” “On ne veut pas de Blancs !”, m’ont-ils dit. “Une sourde lutte secouait alors le MPLA où une partie du mouvement voulait ” africaniser ” la rébellion.Il revient à Luanda au moment de l’indépendance, en 1975. La guerre civile déchire le pays. Une lutte à mort entre le MPLA, le FNLA et l’Unita qui fera 500 000 victimes et 4 millions de déplacés jusqu’en 2002. ” C’était la guerre et, moi, je voulais faire du théâtre ! “, se rappelle-t-il. Il devra patienter plus de dix ans durant lesquels il crée l’agence de presse officielle Angop d’où il finira par se faire licencier pour ” non-coopération avec la sphère idéologique “. Les alliés du régime angolais sont alors soviétiques et cubains. ” Mais dès le milieu des années 1980, dos Santos réfléchit à une réforme du système, avant la perestroïka “, affirme-t-il.Il choisit le théâtre, ” pour ne rien avoir à faire avec la politique “, dit-il. Petit à petit, le marxisme est enterré au profit d’une économie de marché confisquée par une clique d’officiers, tel le général Helder Vieira Dias ” Kopelina “, directeur du juteux Office national pour la reconstruction. ” Beaucoup se sont enrichis à l’époque “, regrette-t-il, avant même le boom pétrolier.José Mena Abrantes est un idéaliste. Fidèle à dos Santos plus qu’au MPLA, il se dit convaincu que le président a entendu les mouvements de contestation qui agitent la capitale depuis plus d’un an. ” Il fallait reconstruire les infrastructures avant de s’attaquer à la politique sociale. Il doit maintenant investir ce terrain-là. “ Sur les murs du théâtre, un petit graffiti proclame :” Ce chaos est en train de me tuer. “ Il a eu la peau du théâtre.

 

Christophe Châtelot© Le Monde

 

27.09.2012 | par martalanca | Elinga Teatro

Where the Equator meets the Greenwich Meridian...

It is our pleasure to invite you to the opening of an exhibition by artists from São Tomé e Príncipe, the small island group in the middle of the world.

Clifford Chance is involved in Africa, in terms of business but also as a supporter of local development in Africa. It supports a number of projects in São Tomé e Príncipe, the small country located in the Gulf of Guinea, in the areas of education, culture and active citizenship. São Tomé e Príncipe has a strong cultural and artistic tradition, which, as the country itself, is a bit of a secret.

A number of lawyers of Clifford Chance Amsterdam, united in Stichting Support São Tomé e Príncipe, have therefore taken the initiative to organise an exhibition of Sao Tomean art in Amsterdam in cooperation with Galerie ArtVisie and CACAU (www.cacacultural.com), a Sao Tomean cultural organisation. The exhibition will include paintings from a number of Sao Tomean artists, including the younger generation, as well as sculptures made from old metal (in this case old bicycles).

The exhibition will take place at Galerie ArtVisie and will open on 7 October at 16hr00 in the presence of some of the artists. The exhibition will continue until the end of November, so if it is not possible to attend the opening, please visit the exhibition on another day.

ArtVisie
Nieuwe Spiegelstraat 57
1017 DD Amsterdam

27.09.2012 | par martalanca | Olavo Amado

‘Rise and Fall of Apartheid’ - Images That Preserve History, and Make It

Photography is the common language of modern history. It’s everywhere; and everyone, in some way, understands it.

No institution presents and parses that language with more skill and force than the International Center of Photography when in peak form, which is the form it’s in for “Rise and Fall of Apartheid: Photography and the Bureaucracy of Everyday Life.”

This isn’t an emotional outcry of an exhibition, a tragedy-to-triumph aria, which it could easily have been. It’s dramatic, for sure, but in a measured, nuanced, knotty way, like a long, complex sentence with many digressive clauses and a logic sometimes hard to follow. With more than 500 photographs, supplemented by books, magazines, posters and films and spread over two floors, the show can’t help but be overwhelming. But it’s pitched as much to the mind as to the heart.

On the one hand, it’s a grand narrative of stirring sights: ardent faces, agitated bodies, camaraderie, clenched fists, funerals. It’s also a disquisition on the ordinariness of good and evil, on how people in a particular time and place encounter and partake of both and go on with their lives, no matter what.

Organized by Okwui Enwezor, an adjunct curator at the center, and Rory Bester, a South African art historian, the show is based on the idea that modern South African photography began in 1948, with the legalizing of apartheid — compulsory racial segregation — by a white-led national government.

Until then, the story goes, photography had primarily commercial and ethnological uses; after that year it became an issue-specific industry, a political weapon in a civil rights war that went on for more than four decades.

The pre-1948 photography in the show has, of course, a political dimension too. Early in the exhibition we see images of white Afrikaners re-enacting their mythical 17th-century journey from Europe to South Africa, which they claim as their divinely promised land. And although intended to have scientific validity, the carefully posed portrait photographs, some dating to the early 1920s, in A. M. Duggan-Cronin’s 11-volume “Bantu Tribes of South Africa,” likewise combine fact and fantasy. Valuable as field photographs, they also promote a vision of black South Africans as actors in an ethnographic theater, living in a perpetual yesterday.

But as this show suggests, theater became an important element in both apartheid-era politics and photography, as in pictures of the Women’s Defense of the Constitution league, known as the Black Sash, in the mid 1950s. A coalition of white women opposed to apartheid, its members staged choreographed protests, standing, impeccably dressed, in silent formation, all wearing identical black sashes over one shoulder.

This is how they appear, holding placards on the steps of Johannesburg City Hall, in an enlarged 1956 photo dominating the first floor. They make an unforgettable sight. And while their performance — that’s what it is — may have been directed toward a street audience, it was also calculatedly photogenic.

At the time the Black Sash was conceived, organized anti-apartheid activity was based on principles of Gandhian nonviolence. This was not to last. In 1960, at a demonstration against the law requiring blacks to carry identifying passbooks, police killed 69 unarmed black protesters in the township of Sharpeville, 30 miles south of Johannesburg. Everything changed.

Nelson Mandela, already a veteran activist, proposed a move to armed struggle. Popular violence erupted. In the dramaturgy of resistance the raised fist became the new symbol of black purpose and solidarity. And photography became the primary means of spreading that gesture wide.

In 1976, in Soweto, a black township that is now part of Johannesburg, police opened fire on high school students protesting the enforced use of Afrikaans in their classes. Photographers were there.

One of them, Sam Nzima, took a picture of the first person killed, 13-year-old Hector Pieterson, cradled in the arms of a fellow student. The picture appeared in print the next day, quickly spreading throughout South Africa and beyond it and inflaming anti-apartheid sentiment around the world.

Another photographer, Peter Magubane, was also at the protest, as he had been at countless others since the 1950s. His picture of the mass funeral following the Sharpeville Massacre in 1960 had immense impact at the time; his coverage of the Soweto uprising virtually defined the pictorial genre that came to be called struggle photography.

In general the show refrains from designating saints and sinners in the stories it tells. But if there’s a single photographer-hero, Mr. Magubane is it. Time and again he put himself in the line of fire and came away with history. The South African government retaliated. In 1969 he was arrested, placed in solitary for 18 months and banned from using a camera for five years. Other arrests and harassments followed.

Not all his images, though, are of combat. From 1960 comes a shot of a young black couple dancing in a Johannesburg nightclub, and one of a tense Miss South Africa, also black, minutes before she won her title. Such pictures represent the flip side of struggle photography, and the show makes a point of emphasizing them — demonstrating that even in conditions of political duress, modern, cosmopolitan black urban life flourished. It was documented in popular magazines like Drum, where, in the 1950s, Mr. Magubane and other great photojournalists — Ernest Cole, Bob Gosani and the German-born Jürgen Schadeberg — got their start.

According to Mr. Enwezor and Mr. Bester, however, not all the work in the show qualifies as photojournalism. They cite two other genres. In one, which they call engaged photography, political content is kept oblique, even inaccessible, until the contextual meaning of the image is revealed.

A 1993 shot, by the celebrated artist David Goldblatt, of a leafy bush by the side of a road could be of any bush anywhere, until you read the caption and learn that you’re looking at a remnant, preserved in a botanical garden in Cape Town, of a bramble hedge planted in 1660 by South Africa’s first Dutch settlers specifically to separate themselves from the indigenous population.

Social documentary forms the next category, exemplified by work produced, beginning in the 1980s, by the multiracial collective agency Afrapix. Afrapix photographers — among them Lesley Lawson, Chris Ledochowski, Santu Mofokeng, Guy Tillim and Paul Weinberg — tended to concentrate on politically driven series of images rather than going after single, emotionally punchy, frontline news shots.

Afrapix expanded in the bloody years leading up to the release of Nelson Mandela from prison in 1990. Two years later it dissolved, partly as result of internal conflict but also because financing for anti-apartheid initiatives decreased.

Technically the struggle was over. With Mr. Mandela’s election as president on the horizon, optimism, not criticism, was the preferred tone of the day.

If this show had been done 20 years ago, it might have ended on an upbeat note. But enough time has passed for realism, if not quite disillusionment, to set in. Significantly Mr. Mandela’s 1994 election passes without fanfare; just a few images in a small gallery. Within the densely layered, winding panorama the curators have laid out, it’s just another event in the story of a country still suffering the long-term effects of institutionalized racism.

Poverty is rife. Class privilege thrives. Conflict, interracial and black-on-black, simmers, flaring up hideously last month when the police killed striking workers at a platinum mine some 70 miles away from Johannesburg.

What’s left for photography at present, it seems, are backward looks and disappointments. At least that’s what the show’s younger photographers, Sabelo Mlangeni and Thabiso Sekgala, both born in the 1980s, focus on. Mr. Mlangeni shoots half-empty cities and their listless, probably jobless residents. Mr. Sekgala turns his eye on crumbling homelands, apartheid-created settlements meant to confine and isolate blacks. In the past they were places to escape from; in a rootless present they’re viewed with nostalgia. Over all, these are disheartening visions of everyday life.

They are part, however, of a far-from-everyday exhibition. It’s not a smooth and easy read. Its direction can be confusing; some of its images are underexplained, some of its themes are overwritten. But the material brought together is rich, its arrangements provocative and its ideas morally probing. In short, it’s really something to see, and I urge you to.

 

source: The New York Times

25.09.2012 | par herminiobovino | África do Sul, apartheid, fotografia, fotojornalismo

Exposição: O corpo na arte africana RIO DE JANEIRO

O Corpo na Arte Africana conta com cerca de 140 obras de arte reunidas pelos pesquisadores Wilson Savino, Wim Degrave, Rodrigo Corrêa de Oliveira e Paulo Sabroza. As obras estão divididas em cinco módulos: “Corpo individual & Corpos múltiplos”; “Sexualidade & Maternidade”; “A modificação e a decoração do corpo”; “O corpo na decoração dos objetos”; e “Máscaras como manifestação cultural”. A mostra conta ainda com 14 fotografias cedidas pelo colecionador francês Gérard Lévy, com registros que datam do período entre o fim do século 19 e o início do século 20. 

 
Leia mais sobre a exposição no site da Fiocruz (aqui).
O Corpo na Arte Africana
Exposição gratuita
De 17 de setembro de 2012 ao início de 2013
Local: Sala de exposições do Museu da Vida
Visitação: de terça a sexta, das 9h às 16h30, mediante agendamento. No sábado, visitação livre, das 10h às 16h.
Endereço: Av. Brasil, 4365 - Manguinhos - Rio de Janeiro (dentro do campus da Fiocruz e próximo à passarela 6)
Mais informações e agendamento: (21) 2590-6747 e recepcaomv@coc.fiocruz.br.

 

fonte cineáfrica

24.09.2012 | par martalanca | arte africana, corpo

Luiz Rufatto e Tatiana Salem Levy em Lisboa

Esta 5ª feira, 27 de setembro, estes autores vêm a Lisboa lançar De mim já nem se lembra, e Dois Rios pela editora Tinta da China. O evento será na esplanada do
Le Chat (Jardim 9 de Abril, ao lado do Museu Nacional de Arte Antiga), a partir das 21 horas. Ambos serão apresentados pela escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso.

24.09.2012 | par martalanca | literatura brasileña

Lançamento do Alfabeto do Desenvolvimento

No dia 3 de Outubro pelas 18:00, serão apresentados publicamente a exposição e o livro/catálogo “Alfabeto do Desenvolvimento”, resultado de uma parceria ACEP, CEsA – Centro de Estudos sobre Africa e do Desenvolvimento e Associação In Loco.

 

24.09.2012 | par martalanca | ACEP, Cooperação, desenvolvimento

Pontus de Délio Jasse

Inauguração: 26 de Setembro 2012, 22 horas (patente até 10 de Novembro)

Baginski, Galeria / Projectos

Pontus é a segunda exposição individual de Délio Jasse na Baginski, Galeria/ Projectos. O artista apresenta um conjunto de fotografias através do qual reflecte acerca do actual momento de Luanda, enquanto nódulo para o qual convergem fluxos humanos e culturais diversos, e cuja coexistência redefine as paisagens urbana e populacional de Angola.

A reflexão de Délio Jasse incide sobre os recentes movimentos imigrantes - de origem chinesa, sobretudo - que animam actualmente a cidade de Luanda, num processo de simultânea reavaliação da memória da presença colonial portuguesa em Angola. Pontus é, assim, na noção definida pelo artista através de raízes etimológicas e demais conotações históricas da palavra, uma forma quase-arquetípica de confluência; um enredar, estratégico ou informal, de diversas formas de presença humana, muitas vezes radicalmente divergentes, dando origem a inevitáveis negociações culturais.

Das coincidências e contradições dos dois momentos temporalmente desencontrados na Luanda de hoje, advém o paralelismo da marca estrangeira no país e a forma como esta desperta ou redefine antigos fantasmas coloniais e tensões ainda latentes.

24.09.2012 | par franciscabagulho | arte contemporânea africana, fotografia angolana

COMUNICADO do RDA 69 para subscrição pública

Têm surgido em órgãos de comunicação social diversas referências ao RDA69 e ao GAIA, que atribuem a estas associações e aos seus associados qualificativos como “radicais violentos”, “activistas anarquistas” ou “militantes perigosos”. Este conjunto de peças jornalísticas – nomeadamente as publicadas no Diário de Notícias e no Correio da Manhã - veicula várias informações falsas, com o intuito de criar um clima alarmista e permitir uma escalada repressiva contra os movimentos sociais.

Rejeitamos o processo de criminalização de indivíduos e grupos que integram o amplo movimento de contestação à austeridade e ao processo de devastação social em curso. Responsabilizamos o Governo e os defensores das imposições da troika pelas situações de violência ocorridas nas ruas das nossas cidades ao longo do último ano e meio. Confrontadas com uma resistência generalizada e uma gigantesca contestação popular, as autoridades desenvolvem uma grosseira encenação, em busca de bodes expiatórios, de maneira a encobrir o facto de se ter tornado insustentável o que ainda há pouco era apresentado como inevitável. O seu desespero é já um sinal da nossa força.

Repudiamos todas as tentativas de atribuir a uns poucos o que é da responsabilidade de todos. Somos tão radicais como os tempos que correm e o nosso único crime é a determinação com que continuaremos a resistir a todas as formas de injustiça e opressão. Violento é o desemprego e a exploração. Violenta é a miséria e a emigração forçada. Violenta é a ordem social que contestamos e a repressão que a sustenta.

Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas.
RDA 69

 

23.09.2012 | par herminiobovino | comunicado, RDA, rda69

ONU critica Portugal por ensino 'inexato' do passado

Alunos não aprendem papel positivo das ex-colônias na história do país, afirma documento

16 de setembro de 2012 | 3h 04

Alunos portugueses estariam aprendendo uma versão “inexata” sobre o passado colonial do país. O alerta é da Organização das Nações Unidas (ONU), que adverte que o governo de Portugal não estaria explicando suficientemente nas salas de aula o papel positivo que as colônias tiveram na história do país.

 

A ONU aponta que, sem uma valorização da herança colonial, Portugal terá sérios problemas para combater o racismo, fenômeno que a organização afirma estar em plena expansão no país. Lisboa rejeita a crítica, apontando que Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade fazem parte dos autores obrigatórios nas escolas portuguesas (mais informações nesta página).

Um grupo de trabalho da ONU destinado a avaliar a questão racial no mundo dedicou parte do trabalho para analisar a situação em Portugal. O documento oficial produzido pelos especialistas será alvo de um debate, em Genebra, na quinta-feira, e já reabre velhas feridas sobre o passado colonial português.

O ensino da colonização seria a ponta de um iceberg. Segundo a ONU, “os negros no país europeu são marginalizados e excluídos socialmente e Lisboa precisa adotar uma estratégia de multiculturalismo”. Esse grupo, também o mais pobre na sociedade, é discriminado na administração pública, no sistema de Justiça e na busca por trabalho.

Continuez à lire "ONU critica Portugal por ensino 'inexato' do passado"

21.09.2012 | par martalanca | Portugal, racismo. colonialismo

Fórum de Investigadores em Contextos Islâmicos

FICI
Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
17 e 18 de Janeiro de 2013

Organização: Joana Lucas (FCSH-UNL/CRIA) e Raquel Gil (ICS/CRIA) em associação com o Núcleo de Estudos em Contextos Islâmicos – CRIA.
No âmbito da Linha de Investigação “Práticas e Políticas da Cultura”

CALL FOR PAPERS
Do espanto à curiosidade. Estas duas palavras poderão resumir a transformação que se operou na última década em relação ao mundo árabe e islâmico, e que tem vindo a traduzir-se com especial ênfase nos domínios académicos. Ao mesmo tempo as fronteiras (as reais e as imaginárias) sofreram processos de dilatação e de contração e conceitos como o de diáspora e transnacionalismo ganharam novas leituras e centralidades nas pesquisas que desenvolvemos. Quer em contextos onde o Islão é maioritário – onde muitos jovens investigadores desenvolvem o seu trabalho – quer nas cidades onde vivemos, o Islão e os seus praticantes são hoje em dia sujeitos e objectos de diversas pesquisas académicas.

Contudo a compartimentação académica leva muitas vezes a que desconheçamos as investigações que se andam a consolidar, em Portugal e fora do país, onde jovens investigadores refletem e problematizam a partir dos seus textos/terrenos/arquivos/imagens onde o Islão e os muçulmanos se constituem como eixo de análise.

Este encontro/fórum pretende pois diluir as fronteiras académicas e pôr jovens investigadores em diálogo transversal independentemente do seu campo disciplinar, onde o leit motif único serão as suas pesquisas em contextos árabes e islâmicos. Convidamos pois, todos/as jovens investigadores/as a aceitar este desafio e a vir partilhar o seu trabalho e as suas reflexões neste encontro/fórum interdisciplinar.

Destinado a: Jovens investigadores (mestrandos, doutorandos, pós-doutorandos ou bolseiros em projectos de investigação) de Universidades portuguesas nas áreas das ciências sociais e humanas e estudos artísticos.

A proposta não deverá exceder as 250 palavras e deverá conter:
. Nome do autor
. Título da comunicação
. Filiação académica
. Grau académico

Data limite para o envio dos resumos: 30 de Setembro de 2012.
Para o correio electrónico neci.cria@gmail.com
Mais informações: http://necicria.wordpress.com/

19.09.2012 | par herminiobovino | forum, fórum cultural, islão

A utopia da lei - Gonçalo Mabunda (Galeria Bozart, Lisboa)

Eis-me aqui,
Gonçalo Mabunda,
metalmorfoseando
e esculpindo
a arquitectura dos sonhos na “Utopia da Lei”
Sabem, por vezes apetece deixar-me andar
e, já que a LEI não protege mesmo,
porque não ser um Homem sem Direitos? …

Gonçalo Mabunda

Gonçalo tem usado armas desactivadas da guerra civil de Moçambique, que durou 16 anos. Família, amigos, morreram durante esta guerra e cada obra sua é concebida para representar alguém que foi morto com esse mesmo material. Segundo as suas palavras “Se destruirmos as armas, elas não voltarão a matar”. Entre os seus trabalhos mais famosos, destaca-se a “Cadeira Tribal Africana”. É inspirada nas tradições étnicas africanas e representa uma crítica aos vários governos deste continente que constantemente manipulam conflitos armados para reforçar o seu próprio poder.

___

I’m here,
Gonçalo Mabunda
metalmorphosing
and sculpting
the architecture of dreams in the “Utopia of the Law”
You know, sometimes I feel like letting it go,
and, because the LAW does not realy protect,
why not be a Man without Rights? …

Gonçalo Mabunda

Gonçalo has been using desactivated weapons from the 16-year-long Mozambique civil war. Family, friends died during this war and his work tries to represent each person who died with this same material. In his words, “if we destroy the weapons, the same weapon’s not going to kill any more”. Among his most famous works there is the “African Tribal Chair”. It is inspired by african ethnic traditions and represents a critic to the several governments within Africa, who often manipulate armed conflicts to reinforce their own power.

web
press realease

19.09.2012 | par herminiobovino | arte contemporânea africana, arte moçambicana, exposição escultura