Festival Ver e Fazer Filmes e Filmes Para'iwa

CINELAC - Mostra de Filmes do Festival Ver e Fazer Filmes e Filmes Para’iwa 

Nos próximo dias 16 e 17 de Abril o cinema marca presença no Laboratório de Actividades Criativas em Lagos. A programação será acentuada pela apresentação dos filmes produzidos no Festival Ver e Fazer Filmes que decorreu no Brasil na cidade de Cataguases.

O Festival Ver e Fazer Filmes é uma realização da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, Instituto Cidade de Cataguases e do CINEPORT - Festival de Cinema dos Países de Língua Portuguesa que reuniu um conjunto de jovens em Cataguases (Minas Gerais, Brasil) para realizarem filmes no período de 3 a 14 de Agosto de 2010.

Em 2010, o Festival movimentou em Cataguases a produção de curtas-metragens de ficção e documentários, fóruns com especialistas, acções de intercâmbio entre jovens da região, oficinas preparatórias, exposições, teatro e shows musicais. A cidade foi palco de uma animada disputa que envolveu duas universidades e cinco equipes de jovens do Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde e Portugal, este último representado pelos 3 jovens Lacobrigenses Jorge Rocha, Lia Ramos e Sérgio Moreira.

Para saber mais sobre o festival aqui. A mostra contempla ainda a apresentação de 3 filmes produzidos pela produtora Para’iwa da cidade João Pessoa/Paraiba onde bianualmente acontece o Festival CINEPORT.

LAC - Laboratório de Actividades Criativas (Largo Convento Sr.ª da Glória Lagos) 

Programação:

Dia 16 de Abril de 2011 pelas 21h30

FICÇÃO:

“Roupas no Varal” - UFBA

Lalado é um rapaz sonhador e ingénuo, mas é como outro qualquer.

Sonha em ter um bom emprego, sonha em ter um carro e em encontrar a mulher dos seus sonhos, Diolinda, paixão de infância que ele não sabe, mas está prestes a reencontrar. Adaptação do conto homónimo de Luiz Ruffato filmado na bela cidade de Cataguases (MG).

Direção: Maurício Lídio | Assistente de Direção: Marccela Vegah | Produção: Flávia Santana | Fotografia: Carol Aó | Assistente de Fotografia: Milene Maia | Direcção de Arte: Marcus Curvelo

Cenografia: Vanny Araújo | Figurino: Taís Bichara | Continuista: Raquel Maciel | Som: Ananda Lima | Edição: Matheus Pirajá | Direcção de Platô: Joelma Gonzaga | Director Consultor: Luís Carlos Lacerda | Orientação: Mahomed Bamba

“A Mancha” - PUC Minas.

Marquinho, “menino encapetado” é o terceiro filho de Bibica, depois de Jorginho, “bem-mandado” e Zunga, o mais velho. Na década de 60, decidida a mudar de vida e a criar seus filhos como uma “mulher direita”, Bibica, uma ex-prostituta, muda-se com seus até então dois filhos para o Beco do Zé Pinto, na periferia de Cataguases. Mas seus passos esbarram em Seu Antônio, português dono da venda, com quem acaba se envolvendo. Para mulheres como Bibica, o andar da vida, aos poucos, apaga os sonhos e o que resta é quase nada.

Direção: Silas Aguiar | Assistente de Direcção: Maiara Monteiro | Roteiro: Vinícius de Moraes | Produção: Tainã Senna | Fotografia: Bárbara Profeta | Assistente de Fotografia: Glenda Filgueiras | Direcção de Arte: Elisa Rodrigues | Figurino: Mirela Persichini | Continuista: Thayna Pacheco | Som: Diego Franco David | Edição: Felipe de Oliveira Faria | Direcção de Platô: Henrique Assis | Director Consultor: Maurice Capovilla | Orientação: Elisa Rezende 

DOCUMENTÁRIOS:

“A Espera no Quintal”

Esperar e ter certeza de que os sonhos um dia vão se concretizar, quando já nada existe descobrimos o cruzamento de esperança.

Direcção: Emidio Josine | Direcção de fotografia: Amancio Mondlane | Direcção de som: Nelson Mondlane | Roteiro: de Ivaldo Neto | Produção executiva: Amanda Faulhaber | Montagem: Eduardo Yep | Pesquisa: Ivaldo Neto

“Tempo-de-Criança”

Um parque vazio procura ganhar vida buscando infâncias e um pouco de movimento.

Direcção: Tambla Almeida | Direcção de fotografia: Arilson Almeida | Direcção de som: David Cordeiro Lima Medina | Roteiro: Tambla Almeida, David Cordeiro Lima Medina, Arilson Almeida, Heitor Luchini, Marcela Andrade da Silva | Produção executiva: Heitor Luchini | Montagem: Bruno Rocha | Pesquisa: Marcela Andrade da Silva

“Contracorrente”  

Contracorrente retrata os sonhos, desejos e frustrações do Rio Pomba e destaca sua importância para os que vivem em suas margens.

Direcção: Paulo Roberto de Souza Junior | Direcção de fotografia: Leandro Cunha | Direcção de som: Ismael Farias | Roteiro: Paulo Roberto de Souza Junior, Leandro Cunha, Ismael Farias, Andréa Toledo, Bruno Diego, Samantha de Almeida | Produção executiva: Samantha de Almeida | Montagem: Bruno Diego, Ismael Farias | Pesquisa: Andréa Toledo

“Escrito nas Telhas”

No Bairro Leonardo há lugar para sorrir. Agarra-se a vida com garra, soltam-se as amarras que prendem o ar.

Direcção: Jorge Rocha | Direcção de fotografia: Lia Ramos | Direcção de Som: Sérgio Moreira | Roteiro: Jorge Rocha, Lia Ramos, Sérgio Moreira | Produção executiva: Felipe de Souza Carvalho, Marise Paes Jenkins | Montagem: Rafael Fernandes | Pesquisa: Felipe de Souza Carvalho

“Cicatrizes”

Cicatrizes é uma história de futebol contada num dos contos do escritor cataguasense Luiz Ruffato mas que na verdade o conto tornou-se mesmo uma realidade.

Direcção: Manuel Narciso “Tonton” | Direcção de fotografia: Milton Rosalino Xavier Machado | Direcção de Som: Mawete Paciência Kiawa | Roteiro: Mawete Paciência Kiawa | Produção executiva: Thalita Hegina | Montagem: EdésioP. Souza | Pesquisa: Luiz Fernando

Dia 17 de Abril de 2011 21h30

Filmes Para’iwa

Uma selecção de 3 filmes produzidos no estado da Paraiba/Brasil

TERRA DE MORADA

Há centenas de anos, povos sobrevivem nos cariris velhos da Paraíba. Hoje, no assentamento da Fazenda de Santa Catarina, 452 Famílias continuam plantando entre pedras e cultivando hábitos ancestrais.

Vídeo Betacam, 1997, 14 min, cor, documentário

Direcção, Produção e Roteiro: Durval Leal Filho

PASSADOURO

O cotidiano e as transformações culturais ocorridas no sertão nordestino com a chegada de novos meios de comunicação e tecnologias. Ganhador dos mais importantes prémios dos principais festivais de cinema do Brasil.

Filme em 35mm, 1999, 10m, cor, documentário

Direcção: Torquato Joel

A CANGA

Num descampado, no meio de uma lavoura seca, um velho agricultor obriga os filhos a colocar, nos ombros, uma canga de boi. A esposa e a nora também são forçadas a ajudar no trabalho. Fora de si, o velho perde o controle da situação e a família reage provocando um desfecho inusitado.

Filme em 35mm, 2001, 12 min, cor, ficção

Direção: Marcus Vilar

09.04.2011 | par martalanca | cinema

Líbia e o Ocidente: apoio à revolta ou beijo de morte? + Alberto Pimenta + Elsa de Noronha

A questão Líbia, e de uma intervenção Ocidental, suscitou um intenso debate, com tomadas de posição opostas, mesmo entre sectores políticos tradicionalmente convergentes na crítica à via armada, designadamente aquela que é corporizada pela lógica da guerra permanente (NATO) e da subserviência das altas esferas europeias ao imperialismo militar Ocidental. Este Sábado, com o argelino Ahmed Grighacene, vamos a debate… 

PROGRAMA na LIVRARIA GATO VADIO 

(Rua do rosário, 281 – Porto)

 A Líbia e o Ocidente: apoio à revolta ou beijo de morte?

Com a presença de Ahmed Grighacene (Argélia)

9 de Abril, 22h Entrada Livre

 

O Desencantador, Alberto Pimenta

Apresentação do novo livro da 7 Nós com a presença do autor

Domingo, 17 de Abril, 16h45 Entrada Livre

 

Movimento Zeitgeist

Apresentação e Debate com visionamento de excertos de doc’s

Sábado, 23 de Abril, 22h Entrada Livre

 

Poesia Livre para o 1 de Maio

Com a poeta Elsa de Noronha

Sábado, 30 de Abril, 22h Entrada Livre

 

A Líbia e o Ocidente: apoio à revolta ou beijo de morte?

Com a presença de Ahmed Grighacene (Argélia)

Sábado, 9 de Abril, 22h Entrada Livre

 

Ontem, a NATO veio comunicar que não pede desculpas, por ter bombardeado um grupo de “rebeldes”, em teoria apoiado pela força militar da NATO, e mandado pró galheiro combatentes e civis. As altas instituições europeias, em geral, ainda pedem desculpas, pela acumulação de danos colaterais da sua política internacional. A questão Líbia, e de uma intervenção Ocidental, suscitou um intenso debate, com tomadas de posição opostas, mesmo entre sectores políticos tradicionalmente convergentes na crítica à via armada, designadamente aquela que é corporizada pela lógica da guerra permanente (NATO) e da subserviência das altas esferas europeias ao imperialismo militar Ocidental.

Entre várias questões possíveis, que legitimidade existe em apoiar uma intervenção que, ao fim ao cabo, postula mandar um balázio no Kadhafi, ao mesmo tempo que não exige fazer o mesmo a quem herda às costas e prorroga guerras que destroem a vida de milhares de pessoas, no Iraque e no Afeganistão? Isto é, porque é que aqueles que estão com os bombardeamentos da santa NATO, não fazem de Obama um alvo a abater? De facto, houve um pedido de apoio dos “rebeldes” à Liga Árabe e à comunidade internacional, leia-se Ocidente (EUA e EU), na tentativa de evitar o banho de sangue de civis e consolidar a queda da ditadura de Kadhafi. Mas, estarão os civis líbios com os “rebeldes”? Apoiarão as suas ideias “democratizantes”? Saíram (ou sairão) à rua, como no Egipto e na Tunísia (ou na Síria e no Bahrein), num movimento abrangente que exija uma mudança real nas formas de exercer o poder político? E são os “rebeldes” que corporizam esse caminho?

E o apelo à ajuda humanitária é o quê? Pode revestir-se da forma que a intervenção militar Ocidental tomou? Um civil líbio, vale mais que uma afegã, ou um iraquiano? E a solidariedade e o apoio que merecem os egípcios e os tunisinos, que demonstraram e demonstram uma vontade generalizada de mudança política e social e de emancipação, pressupõe apoiar as instituições ocidentais, que ontem apaparicavam os ditadores? 

A presença no debate do argelino Ahmed Grighacene ajudar-nos-á a ter uma aproximação mais realista ao que está em jogo nas revoltas do Magreb e na questão actual da Líbia.

09.04.2011 | par martalanca | alberto pimenta, Líbia, magreb

Opera Crioulo de António Tavares

Part of Opera Crioulo, by António Tavares. Isabel scene, on silks. CCB Lisbon 2009. Raquel Nicoletti, Ricardo Molar, Bruno Pardo, Hugo Mega, Jah.

08.04.2011 | par martalanca | António Tavares, Opera Crioulo

“Signs in the City”

We are seeking papers for a panel to be submitted for the 2011 meetings of the American Anthropological Association in Montreal, from Nov. 16-20. This panel seeks papers that examine the visuality/aesthetics of urban settings and market places. We would welcome contributions on material / visual culture such as commercial/store-front art, signage, posters, bill-boards, publicity and advertizing materials, stickers, graffiti. Geographical region is open. If interested in contributing a paper to this panel, please contact Liam Buckley (bucklelm@jmu.edu) and Joseph Hellweg (jhellweg@fsu.edu) at your earliest convenience. We must submit the panel proposal by April 15.    see here

08.04.2011 | par martalanca | Signs in the City

A Cidade dos Mortos, um filme de Sérgio Tréfaut

A Cidade dos Mortos, no Cairo, é a maior necrópole do mundo. 
Um milhão de pessoas vivem dentro do cemitério – em casas tumulares ou nos edifícios que cresceram em redor. Dentro do cemitério há de tudo: padarias, cafés, escolas para as crianças, teatros de fantoches… 
A Cidade dos Mortos estende-se por mais de dez quilómetros ao longo de uma auto-estrada, mas não deixa de ser uma aldeia, com mães à caça de um bom partido para as filhas, rapazes a correr atrás das raparigas, disputas entre vizinhos.
Preparado e rodado ao longo de cinco anos (2004-2009), este filme procura dar a ver a alma invisível do cemitério.

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08.04.2011 | par martalanca | Cairo, documentário, morte

Un sueño de ida y vuelta. La SAPE Congolesa, Gran Canaria

Exposición até 29 de abril de 2011

Casa África albergará en sus salas esta exposición de ochenta fotografías realizadas por Héctor Mediavilla (España) y Baudouin Mouanda (Congo Brazzaville) que nos adentra en el mundo de la Societe des Ambianceurs et des Personnes Elegantes (S.A.P.E.). Una realidad desconocida y extravagante que nos muestra otra cara del continente africano.

¿Un congoleño con un smoking rojo en medio de un entorno de pobreza? ¿Zapatos lustrosos para pisar escombros, tierra y basura?

Es la elegancia como religión. Un culto a la imagen y a la apariencia que lleva asociado detrás todo un código de conducta. Esto es la SAPE congolesa y nos lo muestra a través de la fotografía esta exposición comisariada por Sandra Maunac y Mónica Santos.

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08.04.2011 | par franciscabagulho | Fotografia Africana, sape

« Aimé Césaire, une voix pour l’histoire » no Inst Franco-Português, LISBOA

En hommage à Aimé Césaire et dans le cadre de sa politique de diffusion culturelle du documentaire français à l’étranger, le ministère des Affaires étrangères et européennes met à disposition des postes le coffret DVD multilingue « Aimé Césaire, une parole pour le XXIèmesiècle » comprenant un portrait en trois partie réalisé par Euzhan Palcy, « Aimé Césaire une voix pour l’histoire », ainsi qu’un recueil de textes, « A B Césaire », conçu à partir d’interviews menées par Euzhan Palcy et Annick Thébia-Melsan.

Poète, dramaturge, essayiste, pamphlétaire, historien, Aimé Césaire est universellement reconnu comme l’un des grands écrivains du XXème siècle. Euzhan Palcy lui rend hommage dans ce portrait construit en trois parties, qui explore les interrogations de notre temps à partir de l’œuvre et la pensée du grand chantre de la Négritude.

1ère partie : L’île veilleuse - 55’

La vie, l’œuvre et l’action politique du poète. Aimé Césaire nous fait découvrir sa Martinique.

2ème partie : Au rendez-vous de la conquête : 57’

L’éthique, la théorie et la philosophie de la Négritude. Les différentes rencontres du jeune étudiant Aimé Césaire à Paris avec des penseurs, des intellectuels ; sa rencontre avec l’Afrique par le biais du jeune Senghor.

3ème partie : La force de regarder demain - 52’

Comment trouver « La force de regarder demain » après les désillusions de la colonisation, les dérives de la Négritude, les échecs du tiers-mondisme, la « maladie du développement » et face à la crise planétaire ?

Aimé Césaire, un recueil de textes :

Un recueil conçu à partir des interviews menées par Euzhan Palcy et Annick Thébia-Melsan. Au fil de l’alphabet, une promenade dans la vie d’Aimé Césaire : les souvenirs d’enfance, les combats politiques, les amitiés. L’hommage aussi à l’un des plus grands poète de son époque.

Réalisation : Euzhan Palcy

Conception : Euzhan Palcy et Annick Thébia-Melsan

Coproduction : SALIGNA AND SO ON - France 3 - INA - RFO - RTS (Sénégal)

Année : 1994 - Couleur et NB

Version originale française/ Langues : Anglais, Allemand, Arabe, Espagnol, Portugais NTSC

08.04.2011 | par martalanca | Aimé Césaire, negritude

Jornal Próximo Futuro

O novo número do jornal já está disponível na página do Próximo Futuro (área ‘Jornal’)

07.04.2011 | par martalanca | próximo futuro

Kill Bill de Paulo Flores

paulo em moçambique…

07.04.2011 | par martalanca | música, Paulo Flores

EU SOU ÁFRICA - 10º episódio PEPITO - GUINÉ BISSAU

sábado, 9 de Abril, às 19h na RTP2

 

Carlos Schwarz da Silva, guineense nascido em Farim, em 1949, só exerceu o nome enquanto se fazia engenheiro agrónomo em Lisboa, ao mesmo tempo que se diplomava na luta estudantil contra a ditadura. Na Guiné Bissau, todos o conhecem por Pepito, lutador incansável contra as más práticas de Estado, mas sobretudo contra a fome, pela cidadania e pelo desenvolvimento. Fundador do pioneiro DEPA (Departamento de Experimentação e Pesquisa Agrícola) e da ONG Acção para o Desenvolvimento (AD), deputado, neto de polacos que sobreviveram ao Gueto de Varsóvia, filho de um jurista nacionalista preso pela PIDE e amigo de Amílcar Cabral, pai de 3 filhos, avô de 2 netos, Pepito é, nas palavras dos anciãos balantas, um “homem grande”.

Testemunha o 25 de Abril frente ao quartel do Carmo, com a mulher, Isabel Lévy Ribeiro, e juntos regressam a Bissau, determinados a viver intensamente o tempo histórico que lhes coube. Com 25 anos e um diploma na mão, Pepito sabe principalmente que quer mobilizar as pessoas para a acção, mesmo que isso signifique recomeçar inúmeras vezes do zero. Ele e os seus recomeçaram sempre. A viagem que fazemos, de Bissau à Floresta de Cantanhez - dois dos pólos de acção da AD - , é uma travessia pela sabedoria de um país repleto de singularidades. Uma paragem no quartel de Guiledge, marco importante da luta pela independência. “A Guiné Bissau tem trinta e duas etnias: são trinta e duas maneiras de pensar diferente, de dançar diferente, de fazer cultura diferente, de filosofias de vida diferentes. É uma riqueza extraordinária se todas forem consideradas elementos que potenciam a união”. São estes saberes que Pepito privilegia – contrariando leis ou métodos impostos pelo exterior –nas reuniões com os mais-velhos, na festa com os mais novos, nas conversas com mulheres e homens de experiências variadas, muitos dos quais ousaram seguir as práticas informais e eficazes que a equipa do engenheiro agrónomo foi pesquisando e testando, um projecto que se declina na agricultura e no eco-turismo, mas também nas Escolas de Verificação Ambiental, nas televisões e rádios comunitárias. Nas tabancas do sul, no antigo quartel de Guiledge - marco crucial da luta pela independência, memória viva -, em Quelélé, o que está em marcha é a luta contínua pela cidadania e por condições de vida dignas para os guineenses. Uma conversa profunda com o seu pai espiritual, o Rei dos Nalus, mergulha-nos num discurso de grande afecto e sabedoria.

 

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Engenheiro agrónomo, Guiné-Bissau (1949-2014), com ascendências que misturaram sangues das mais variadas origens (caboverdiano, português, judeu, polaco) e que para a Guiné-Bissau regressou, quando jovem licenciado pelo Instituto Superior de Agronomia (Lisboa), para se dedicar à causa do desenvolvimento das populações do país que o viu nascer e que ele ama entranhadamente, sendo tão difícil, ali, onde a pobreza e o atraso dos povos se casaram com o desleixo, o gangsterismo e a corrupção (muitas destas maleitas são o que sobrou das terríveis experiências do “marxismo-leninismo africano”), resistir aos desenganos. E nota-se que, para resistir e persistir, Carlos Schwarz da Silva (“Pepito”, assim lhe chamam os amigos) ainda se ilumina no exemplo e na obra (incompleta, porque interrompida por Spínola, a PIDE e a traição de alguns dos “seus”) de outro agrónomo guineense, Amílcar Cabral.

07.04.2011 | par martalanca | Eu Sou África, Guiné Bissau, Pepito

Quando a ajuda só atrapalha...

Vale a pena tirar 10 minutos do seu dia para assistir essa entrevista da economista zambiana Dambisa Moyo. Ela explica de maneira brilhante – e super elegante – porque a ajuda internacional atrapalha o desenvolvimento do continente africano. Também “descasca” os superstars que “adotam” a África e ficam fazendo caridade, destacando apenas as tragédias do continente. Um dos interlocutores da entrevista é um norueguês que justamente é responsável por destinar 1% do PIB do seu país para ajuda internacional.

Formada pela Harvard e com PhD em Oxford, Dambisa é autora dos bestsellers Dead Aid: Why Aid is Not Working Dead Aid: Why Aid is Not Working e em breve vai lançar How the West Was Lost: Fifty Years of Economic Folly and the Stark Choices Ahead. Em 2009, foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.

Dica da Juliana Borges / Tás a Ver 

07.04.2011 | par martalanca | Africa, ajuda externa, dependência

Rigo + black panthers no Vale da Amoreira

Mural de Rigo 23 em homenagens aos ex black panthers que visitaram o Vale da Amoreira a 03/03/2011: Emory Douglas, Robert King e Bill X.
Ka Keston Da Vivi Na Passado, Apenas Nu Ka Podi Skeci Di Undi Ki Nu Bei
Música: Kalapaia / GDM Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira

06.04.2011 | par franciscabagulho | black panthers, Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira, Rigo

Os Amantes no C. Cultural Português - Mindelo

06.04.2011 | par martalanca | João Branco, teatro caboverdiano

Carlos Guimarães e Paulino Damião partilham prémio de fotojornalismo

Os dois profissionais vão partilhar trinta e cinco mil dólares, valor atribuído a respectiva categoria. Paulino Damião é quadro do jornal de Angola e Carlos Guimarães freelancer. Noventa  profissionais de comunicação social de 13 províncias de Angola, das 18 existentes, concorreram ao Prémio Nacional de Jornalismo, que conta com quatro categorias:

Fotojornalismo, Imprensa, Rádio,e Televisão.

Cada finalista, em todas as categorias, tem direito a cinco mil dólares e um diploma.

Ao contrário das edições anteriores, o  júri decidiu divulgar os nomes dos candidatos no mesmo dia em que se realizar a gala de premiação, com transmissão da Televisão Pública de Angola.

Os candidatos ao prémio, nas quatro categorias, concorrem com reportagens, crónicas, fotografias, entrevistas, artigos e outros géneros jornalísticos.

O Prémio Nacional de Jornalismo é promovido pelo Ministério da Comunicação Social como forma de incentivar, distinguir a criatividade, valorizar a profissão de jornalista e valorizar e reconhecer o trabalho da classe jornalística.

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06.04.2011 | par martalanca | fotografia, jornalismo

MINDELO, CABO VERDE: ESTREIAS, PRÉMIOS E ALERTA SOBRE O ÉDEN-PARK NO MÊS DO TEATRO

O Dia Mundial do Teatro foi assinalado no Mindelo (São Vicente, Cabo Verde) com a estreia de dois novos espectáculos, a entrega do prémio de Mérito Teatral a João Branco e um apelo em relação à reactivação do Cine-Teatro Éden-Park.

No dia 26 de Março, o grupo Craq’Otchód estreou a peça “A2”, de Di Fortes e Idá Delgado, no Auditório do Centro Cultural do Mindelo. “Trata-se de uma peça de clown sem uma história concreta, é uma série de cenas com dois clowns, seres humanos, que transportam o público para os seus mundos imaginativos e emotivos”, revela Verónica Bestetti, mentora do grupo e co-encenadora, no portal de notícias de Cabo Verde. 
“São seres humanos dotados de um pequeno nariz vermelho. A máscara mais pequena do mundo, que não esconde mas revela. São seres que aceitam a sua estupidez (divertida) e a compartilham com o público”, acrescenta Bestetti. 
A 27 de Março, o encenador João Branco recebeu, no salão nobre da Câmara Municipal de São Vicente, o prémio de mérito teatral. No final da cerimónia, os actores do Mindelo reuniram-se numa acção de teatro de rua junto ao Cine-Teatro Éden-Park, edifício que permanece ameaçado de demolição. “O projecto surgiu de uma ideia inicial de João Branco: fazer uma manifestação, no dia 27, a favor do cinema do Mindelo. Chegámos à conclusão que apenas uma manifestação seria algo muito vago”, explica a actriz Zenaida Alfama. “Decidimos montar a peça “A Última Estreia”, com a participação de actores e técnicos de todos os grupos de teatro de São Vicente. Fizemos um grupo de sketch’s ao estilo de “Mancarra”, uma peça do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português sobre o mesmo tema”, relata.
Este acto serviu para para chamar a atenção do público e dos responsáveis culturais: “o objectivo é alertar as pessoas para o facto de que o cinema faz muita falta por motivos que vão desde o divertimento ao ganha-pão e pela importância histórica do Éden-Park. Afinal, só quando deixamos de ter algo é que temos a consciência da sua real importância”, concluiu Zenaida Alfama.
As comemorações terminaram no dia 28, com a apresentação da peça “É sempre êssin”, do grupo de teatro dos alunos do liceu José Augusto Pinto.

cenaberta

06.04.2011 | par martalanca | Éden-Park, João Branco, Mindelo, teatro caboverdiano

novas galerias BUALA

06.04.2011 | par franciscabagulho | arte contemporânea africana, René Tavares, Tchalé Figueira

Africa Book Centre

The Africa Book Centre is currently stock-rich, but cash-poor and if this situation isn’t reversed over the next month or two, we will be forced to consider closing for good. If you value our service and want us to continue providing a very wide range of books from and about Africa, you can help by buying something from our clearance sale
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Orders can be placed online at www.africabookcentre.com or if you prefer by email to africabookcentre@btconnect.com or orders@africabookcentre.com or by fax to +44 (0)1273 500 650.

06.04.2011 | par franciscabagulho | Africa Book Centre

Femme et écriture: Septième rencontre-débat du cycle I : Que peuvent les productions littéraires africaines?

Jusqu’à la fin des années 80, l’écriture des Africaines francophones a été peu prise en compte par les critiques.

Lieu: Ecole Nationale d’Administration (ENA) 06/04/2011
2, avenue de l’Observatoire, 75006 Paris, France

Intervenantes :
Catherine Coquery-Vidrovitch, historienne, professeur émérite Université Paris 7, fondatrice du laboratoire de recherches comparées “Tiers-Monde” devenu SEDET. (Sociétés en Développement, Approches transdisciplinaires) ;
Sophie Ekoué, journaliste, animatrice de l’émission Littérature sans frontières à RFI - Radio France Internationale ;
Elisabeth Moundo, psychopathologue/anthropologue, écrivain, directrice au Département Afrique à l’UNESCO.
Animatrice :
Tanella Boni, écrivaine et universitaire, administratrice de la CADE.

Jusqu’à la fin des années 80, l’écriture des Africaines francophones a été peu prise en compte par les critiques. On remarque que ce sont des femmes critiques qui mettent en exergue cette part de l’écriture dans une histoire littéraire largement dominée par les hommes.Aminata Sow Fall.  Une grande dame des Lettres africaines. Auteur d’œuvres importantes qui dépassent les frontières africaines, elle s’est également engagée dans la modernisation culturelle de son pays.

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05.04.2011 | par ritadamasio | femme, francophonie, litterature

Inscrições CINEPORT 2011

O 5° CINEPORT - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa será realizado na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil, de 26/08/2011 a 04/09/2011.O Festival é uma realização da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e tem como objetivos:

- integrar o mercado cinematográfico dos países de língua portuguesa e promover os filmes realizados em português e dialetos falados nas nações africanas que formam a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP, bem como reunir personalidades ligadas ao audiovisual desses países, estimulando o intercâmbio cultural, promovendo encontros, seminários, painéis, debates, conferências, mostras, lançamentos de publicações, DVDs, filmes e vídeos.

+ infos

05.04.2011 | par franciscabagulho | cinema

Pepetela lança livro - Recolha de crónicas do Jornal português Público

O escritor angolano Pepetela lançou em Luanda na passada quinta-feira (31), no espaço Verde Caxinde, um livro intitulado “Crónicas com fundo de guerra”.

As crónicas que compõem o livro foram publicadas no jornal português “Público”, de 1992 a 1995, e tinham o título genérico “Da terra dos mitos”.

05.04.2011 | par ritadamasio | angola, crónicas, literatura angolana, recolha