Lázaro Ramos entrevista Carlos Moore

O escritor cubano radicado na Bahia, Carlos Moore, será o entrevistado da próxima semana no Programa Espelho do Canal Brasil. Apresentado pelo ator e diretor Lázaro Ramos, o programa faz perfis de personalidades da cultura negra e aborda temas sociais e históricos. Na entrevista - que vai ao ar em duas partes - nos dias 18 e 25 de Abril, às 21h30, serão abordados temas como a vida e obra do cantor nigeriano Fela Kuti (da qual Carlos Moore é o biógrafo oficial);  a sua relação com o líder negro Malcom X; o racismo na sociedade cubana; as lutas do panafricanismo, o racismo no Brasil, entre outros assuntos. O programa vai ao ar também em horários alternativos: terça – 19 e 26 de abril - às 16h e sábado – 23 e 30 de abril - às 12h30. 

 

Quem é Carlos Moore:

Doutor em Ciências Humanas (Universidade de Paris-7, França), 1983 e Doutor em Etnologia (Universidade de Paris–7, França), 1979. Nasceu e cresceu em Cuba, filho de pais jamaicanos, possuindo ambas as cidadanias. Recebeu uma formação interdisciplinar (Etnologia, Sociologia, História, Antropologia) na Universidade de Paris-7 (França), na qual ele obteve dois Ph.Ds, inclusive o prestigiado Doutorado de Estado. Morou e trabalhou na Europa por quinze anos (França), na África por oito anos (Egito, Nigéria e Senegal), no Caribe por dezoito (Trinidad-Tobago, Guadalupe, Martinica), e viajou intensamente pelo sudeste da Ásia (Filipinas, Austrália, Ilhas Fidji, Papua Nova Guiné, Indonésia) em projetos de pesquisa, tendo agora fixado residência permanente no Brasil. Fluente em quatro línguas (francês, inglês, espanhol e português), Moore Wedderburn possui expertise em assuntos internacionais e o impacto que questões de raça, etnia e gênero exercem sobre a sociedade.

Continuez à lire "Lázaro Ramos entrevista Carlos Moore"

18.04.2011 | par martalanca | Carlos moore, Lázaro Ramos

Exposição "Fronteiras"

A exposição “Fronteiras”, com 160 imagens e 16 vídeos, vai mostrar a partir de 13 de maio, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a qualidade e vitalidade da criação africana e afro-americana contemporânea na área da fotografia.

Inserida no programa Próximo Futuro/Next Future, a mostra ficará patente até 28 de agosto, e inclui ainda conferências no mesmo dia, com alguns dos mais importantes intelectuais africanos, indicou à agência Lusa o programador António Pinto Ribeiro.

A exposição vem do Mali, onde foi apresentada em dezembro de 2009, no âmbito da 9.ª Bienal de Fotografia de Bamako, capital daquele país africano.

“É uma bienal muito falada nos circuitos artísticos devido à qualidade e diversidade dos trabalhos apresentados”, comentou o consultor da Gulbenkian.

António Pinto Ribeiro esteve no Mali na altura da bienal e ficou “impressionado com a qualidade técnica de muitos fotógrafos - o que vai contra muitos dos clichés que hoje as pessoas têm da fotografia africana - com o maior uso da cor, e a forma como o tema foi tratado” pelos 62 fotógrafos que participaram.

Na altura ficou entusiasmado com a possibilidade de trazer a mostra a Lisboa no âmbito do programa Próximo Futuro, cujo objetivo principal é “dar a conhecer o que existe de mais cosmopolita e contemporâneo em África e na América Latina”.

O tema “Fronteiras” foi tratado de forma “muito diversa e inesperada” e é revelado através da interpretação de cada fotógrafo, não se circunscrevendo à geografia, mas alargando-se às questões da imigração, do apartheid ou das questões de género (os papéis do feminino e do masculino na sociedade).

Na exposição será possível ver muitas fotografias documentais, mas também algumas encenadas, retratos, revelando as diversas opções dos criadores, onde se encontram nomes como Mohamed Bourouissa, Seydou Camara, Faten Gades, François-Xavier Gbré, Yo-Yo Gonthier, Armel Louzala e Anthony Kaminju Kimani.

Outro aspeto que Pinto Ribeiro notou foi o elevado número de mulheres que está a dedicar-se à fotografia, um fenómeno novo na atualidade, em África.

Entre elas contam-se Myriam Abdelaziz, Lilia Benzid e Jodi Bieber, de origem sul-africana, mas a residir em Moçambique, que apresenta um vídeo sobre as devastadoras inundações no país.

Além da exposição, estão previstas conferências no dia 13 de maio com a presença Patrick Chabal, professor de Estudos Africanos no King’s College de Londres, Breyten Breytenbach, escritor e ativista sul-africano, Yudhishthir Raj Isar, conselheiro cultural independente e professor de Estudos em Políticas Culturais na Universidade Americana de Paris, e Kole Omotoso, autor de romances históricos, crítico e professor de drama na Universidade Stellenbosch, na África do Sul.

 

AG. Lusa/Fim próximo futuro

18.04.2011 | par martalanca | fronteiras

Fazer Trabalho de Campo em Angola, desafios e contrangimentos a partir de uma experiência pessoal

Seminário de Estudos Africanos Fernando Florêncio
Quarta-feira, 27 de Abril de 2011

Auditório B203 Edifício II ISCTE-IUL 18h00 às 20h00

Fernando Florêncio é Antropólogo e Professor Auxiliar no Departamento de Ciências da Vida na Universidade de Coimbra. Tem um Doutoramento em Estudos Africanos, pelo ISCTE. Tem dedicado investigação aos estudos sobre o político em África, com destaque para o estudos das relações entre as autoridades tradicionais e os estados africanos, a partir de estudos de caso de Moçambique e Angola. Ultimamente tem desenvolvido estudos sobre o pluralismo jurídico, em Angola e Moçambique. Efectuou diversos trabalhos de campo nestes países, desde 1994. Publicou diversas obras sobre estes assuntos, com destaque para o livro À Procura dos mambo vaNdau. Estado e Autoridades Tradicionais em Moçambique, (2005). Coordenou um projecto de investigação, onde fez investigação sobre o municipio do Bailundo, em Angola.

Ver também o cartaz do seminário em  SeminárioCEAFernandoFlorêncio

18.04.2011 | par martalanca | angola, antropologia, trabalho de campo

Inauguração da Feira do Livro de Maputo, 2ª Edição. FEIMA (Parque dos Continuadores) a partir das 15h. Gratuito.

Nos dias 29,  30 de Abril e 01 de Maio,  decorrerá no Jardim do Parque dos Continuadores em Maputo a segunda edição da Grande Feira do Livro de Maputo. 

A Feira tem como objectivos: comemorar o Dia Mundial do Livro, promover o gosto pela leitura e estimular o acesso a livros a um custo mais baixo. Durante os três dias de Feira, estão programadas diversas actividades ligadas à divulgação da literatura e do livro em geral, com destaque para a homenagem a ser prestada ao poeta Amin Nordine.
Estão confirmadas a presença de 27 feirantes, entre editoras, livrarias e produtores independentes, o lançamento de 14 livros, conversas e sessões de autógrafos com os autores: João Paulo Borges Coelho, Calane da Silva, Mia Couto, Lina Magaia, Ungulane Ba Ga kossa, Carlos Serra, Hipoloto Sengulane, Jafete Matsimbe, Marcelino Ding’ano entre outros. A Feira contará também com a presença do ilustrador da Guiné Equatorial Ramón Esono que irá desenvolver em paralelo uma exposição no espaço público da Baixa da cidade, um mural em parceira com o artista plástico moçambicano Shot-B e um workshop, com a Escola Nacional de Arte Visual. Também estará presente e o Escritor e investigador belga Guido Convents.
A Feira do Livro de Maputo contará com um programa de animação variado que envolve os contadores de estórias: Rogerio Manjate, Rafo Dias do Peru, declamadores de poesia, grupos Kupalucha e Poetas do ICMA, monólogos com as actrizes: Filipa Casimiro e Maria Atália, oficinas infanto-juvenis com a animadora Tania Silva de Portugal, e a presença da editora “cartonera” Kutsemba Cartão.

18.04.2011 | par martalanca | feira do livro, Maputo

Un fou noir au pays des blancs par Pie Tshibanda

Le chemin de l’integration

18.04.2011 | par franciscabagulho | integração, Pie Tshibanda, RDC, teatro

CABO VERDE quer candidatar Tarrafal a património da humanidade

O primeiro-ministro de Cabo Verde disse hoje, em Lisboa, que conta com o apoio de Portugal e de outros países lusófonos para elevar o antigo campo de concentração do Tarrafal a património mundial da humanidade.

“Queremos contar com o contributo de Portugal, de todas as ex-colónias africanas [lusófonas] e do Brasil para podermos transformar este património de Cabo Verde, da Lusofonia, em património da humanidade. Nada melhor do que os próprios protagonistas do 25 de Abril poderem contribuir desta forma para a vivificação do espírito de abril”, afirmou José Maria Neves.

Tarrafal, arquivo BUALATarrafal, arquivo BUALA

O primeiro-ministro cabo-verdiano falava aos jornalistas à margem de uma palestra que proferiu na Associação 25 de Abril, em Lisboa, subordinada ao tema “A revolução de Abril e o seu impacto no Processo Histórico de Cabo Verde”.

José Maria Neves aproveitou a ocasião para falar do objetivo de Cabo Verde de candidatar o ex-campo de concentração do Tarrafal, situado no norte da ilha de Santiago, a património mundial da humanidade.

“A preservação do Tarrafal, que é um espaço de dominação, é também um hino à liberdade. Para mantermos firme o espírito de abril é fundamental que o Tarrafal seja património da humanidade”, explicou.

O Tarrafal, também conhecido por “campo da morte lenta”, foi formalmente instituído pelo regime da ditadura portuguesa, a 23 de abril de 1936, sob a designação de colónia penal de Cabo Verde.

Este campo recebeu, numa primeira fase, até 1954, arbitrariamente e sem qualquer direito de defesa, 340 presos políticos que lutavam contra o Estado Novo.

O antigo campo de concentração foi definitivamente encerrado a 01 de Maio de 1974.

Destak/Lusa 

17.04.2011 | par martalanca | património, tarrafal

Mário Macilau finalista do prémio BES Photo 2011

“De alguma forma sirvo como embaixador de Moçambique, levo imagens do meu país para fora”, reivindica o jovem fotógrafo

Até dia 13 de Junho, o trabalho do fotógrafo moçambicano Mário Macilau estará patente no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, no Centro Cultural de Belém. Macilau ficou entre os cinco finalistas de uma das mais relevantes mostras de arte contemporânea em Portugal.

O prémio, no valor de 40.000 euros, foi nesta edição atribuído à fotógrafa portuguesa Manuela Marques.

A nomeação como finalista para este prémio foi uma grande felicidade “Mas o que interessa agora é o que está para a frente”, adianta Macilau, que na próxima semana já estará do outro lado do mundo, em Pequim, no âmbito da exposição “Africa: See You, See Me!” De resto, o jovem fotógrafo de 27 anos, que vive no bairro de Polana Caniço, em Maputo, passará pouco tempo em Moçambique este ano. tem neste momento já uma série de compromissos agendados um pouco por todo o lado (ver caixa).

Mário Macilau apresenta duas séries de fotografias integradas na exposição BES Photo 2011. O fotógrafo falou-nos desses dois trabalhos: Os maziones, feito em Maputo sobre esta comunidade religiosa, e Wood Work, que retrata um bairro pobre dos subúrbios de Lagos, capital da Nigéria, onde devido ao elevado preço dos terrenos, a população teve que construir casas de madeira, assentes sobre estacas em águas poluídas. “Eu uso a fotografia para contar histórias contemporâneas, que embora estejam perto de nós não são muito conhecidas, mas são histórias que têm vida, que têm muita riqueza que se encontra quando observadas de perto”, explica Macilau em entrevista para “O País”, numa conversa com vista para o rio Tejo, no jardim do Centro Cultural de Belém, onde tem o seu trabalho em exposição.

Esta é a sétima edição deste prémio que, pela primeira vez, foi aberta a artistas de toda a lusofonia. Para além do moçambicano, e de Manuela Marques, os restantes finalistas com obras nesta mostra fotográfica são Kiluanji Kia Henda, de Angola, Carlos Lobo, de Portugal, e o brasileiro Mauro Restiffe.

Só um trabalho consistente e de grande qualidade pode colher um reconhecimento internacional tão forte, e Macilau não completou ainda 30 anos de idade. Já expôs no Canadá, na Malásia, Nigéria, Senegal, Bélgica e em outros países africanos e europeus, mas esta grande visibilidade em importantes centros artísticos do circuito internacional nem sempre significa dinheiro no bolso. 

Macilau considera que se houvesse maior apoio às artes em Moçambique, surgiriam mais criadores artísticos.

“Hoje em dia há muitas oportunidades para expor fora ou para participar em workshops, mas há eventos dessa natureza que não têm fundos para pagar as passagens aos artistas” e acrescenta que “há muitos projectos que se tenta fazer e no final não dão certo por falta de apoios”. Frequentemente, ele próprio tem que investir em impressões de fotografias e nos portes de correio para fazer chegar a sua candidatura a prémios, mostras ou pedidos de bolsas artísticas.

A força de Macilau, que seguiu a sua paixão e explora o dom que acredita ter, contrariou o futuro que se supõe estar destinado a um garoto dos subúrbios de Maputo e, hoje em dia, leva imagens do seu país a prestigiados eventos da arte contemporânea internacional. Ele continuará a surpreender-nos: “Melhorar a qualidade do meu trabalho é sempre o meu objectivo, com exposições ou sem exposições, com dinheiro ou sem dinheiro”.

 

Nuno Milagre, jornal moçambicano O País 

17.04.2011 | par martalanca | fotografia moçambicana, Mário Macilau

Luso-Africa and Africa in Brazil at the 2011 Annual Conference of the Canadian Association of African Studies (CAAS)

The program of the 2011 Annual Conference of the Canadian Association of African Studies (CAAS), which will take place this May 5-7 at York University (Toronto), is now available through the conference website, as well as the CAAS website.

A series of roundtables, planels, and papers specific to Luso-Africa and to Africa in Brazil appear therein,as follows.

1) Roundtables and Panels
IA1  Roundtable / Table Ronde
Études Africaines au Brésil: Perspectives sur le Présent et le Futur*
Moderateur: Bas’ Ilele Malomalo, Universidade Camilo Castelo Branco

Margarida Maria Taddoni Petter, Universidade de São Paulo
Études de la linguistique africaine au Brésil

Monica Lima e Souza, Universidade Federal do Rio de Janeiro
The Sound of Drums: Teaching and Learning African History in Brazil

Patricia Santos Shermann, Universidade Federal de São Paulo
Federal Law 10639/03 and the Orientations for the Higher Education Level in Brazilian Universities – A New Paradigm?

Valter Roberto Silvério, Universidade Federal de São Carlos
L´impact de l´édition portugaise de la collection de l´UNESCO de l´Histoire Générale de l´Afrique dans les Études Africaines au Brésil

* Table Ronde virtuelle livré à travers le WEB / Virtual roundtable delivered through the WEB

IB2  PANEL / SÉANCE
De l’Angola préhistorique jusqu’ à  l’Angola dans l’espace atlantique
Président: Frank Luce, Harriet Tubman Institute, York University

Maria da Piedade de Jesus, Museu Nacional de Arqueologia de Benguela
Recherches archéologiques sur les sites préhistoriques de Dungo à Baia Farta, (province de Benguela, Angola)

Selma A. Pantoja, Universidade de Brasília
Au coeur des affaires: parents et compères dans le commerce en Angola au XVIIIème siècle

Simão Souindoula, Unesco, Route de l’Esclave (Angola)
Rei do Congo / Rei de Maracatu ou la forte dynamique d’immanence politique africaine dans l’espace atlantique

IIA2  PANEL / SÉANCE
Angola under the Weight of the Slave Trade
Chair: José C. Curto, York University

Estevam Thompson, Universidade de Brasília
Community of Slave-Traders: Commercial and Personal Ties in Angola in the Second Half of the Eighteenth Century

Vanessa S. Oliveira, York University
The Punishment of Slaves in Nineteenth-Century Luanda
Tracy Lopes, McMaster University
The “Mine of Wealth at the Doors of Loanda”: Agricultural Production and Gender in Bengo, Angola

2) Individual Papers
Elaine Pereira Rocha, University of the West Indies, Cave Hill
Undesirable Sexuality, Unthinkable Love: Portraying Inter-Racial Relationship in Brazil and South Africa

Nielson Rosa Bezerra, Universidade Estadual do Maranhão
African Mariners in 19th Century Rio de Janeiro: Identities and Connections

Frank Luce, Harriet Tubman Institute, York University
A Protestant Missionary in Southern Angola: Murray MacInnes and the Liberation Struggle

Robert Farris, Churches’ Council on Theological Education in Canada
The Protestant Churches in Mozambique: a changing paradigm of Mission

Jared Staller, University of Virginia
Decadent Obscurity: Two Texts of Marginality on São Tomé (18th century)

Rafaela Jobbitt, York University
Exiled in “Paradise”: African Labourers, Disease, and Healing Strategies on the Plantations of São Tomé and Príncipe, 1880-1920

Amélia Polónia, Universidade do Porto
Formal and Informal Networks in African Slave Trade Circuits in the First Global Age (Portugal, 16th-17th. Centuries)

17.04.2011 | par martalanca | african studies, Conference

Na Casa do Senador Vera-Cruz, exposição “Arte da Tapeçaria” - MINDELO

Uma mostra que traça a história desta arte em Cabo Verde (da época colonial à sua revitalização na actualidade) e tira do baú o acervo do antigo Centro Nacional de Artesanato – peças criadas por Manuel Figueira, Luísa Figueira e Bela Duarte.

Dê um salto até à Casa Cultural plantada no coração do Mindelo e veja que Cabo Verde, melhor, S. Vicente, pode ter artesanato de qualidade.

A exposição está patente ao público até 30 de Abril, inclusive aos sábados (das 10 às 12h00) e domingos (17 às 20h00). 

Conferir aqui a notícia (TCV)

17.04.2011 | par martalanca | luísa figueira, tapeçaria

VI ENCONTRO DE MUSEUS DE PAÍSES E COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Tendo como principais objectivos incentivar e aprofundar a troca de experiências e o estabelecimento regular de parcerias entre profissionais e museus em países e comunidades de língua portuguesa e potenciar a sua afirmação no seio do ICOM, terá lugar a 26 e 27 de Setembro de 2011, em Lisboa, no Museu do Oriente, o VI Encontro de Museus de Países e Comunidades de Língua Portuguesa, organizado pela Comissão Nacional Portuguesa do ICOM (ICOM-PT), em parceria com a Fundação Oriente, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).
Para a realização deste Encontro, o ICOM-PT conta com o apoio da Comissão Nacional Brasileira do ICOM (ICOM-Brasil), com a qual expressou, em Novembro de 2010, na 22ª Conferência Internacional do ICOM em Xangai, um apelo conjunto à participação de profissionais dos diversos países e comunidades associadas à lusofonia, através de representantes que venham a assegurar o desenvolvimento ou a constituição de comités nacionais e de outros meios de partilha de informação e de cooperação no âmbito cultural, patrimonial e museológico, nomeadamente em Angola, no Brasil, em Cabo Verde, na Guiné-Bissau, em Moçambique, em Portugal, em São Tomé e Príncipe e em Timor-Leste. Assim, no âmbito deste encontro terá ainda lugar a I Reunião das Comissões Nacionais da CPLP.
Apresentando uma versão preliminar do Programa do Encontro, apelamos aos membros do ICOM-PT para que acompanhem a informação que irá sendo disponibilizada no nosso website sobre esta importante iniciativa e também para que colaborem na sua divulgação junto de outros profissionais e potenciais interessados nos objectivos deste projecto.

 

Consulte o Programa

16.04.2011 | par martalanca | Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), museus

Yto Barrada the "Artist of the Year"

Deutsche Bank presents the “Artist of the Year” 2011: Yto Barrada: Riffs

Riffs is the first large-scale exhibition in Germany of the work of Yto Barrada, whose photographs, films, publications, installations and sculptures engage with the peculiar situation of her hometown of Tangier, Morocco. With Yto Barrada, Deutsche Bank has elected a woman as “Artist of the Year” 2011 whose work has been closely involved with the political and social realities in North Africa for over a decade.

Yto Barrada, Briques (Bricks) 2003/2011. courtesy Yto Barrada & Galerie Sfeir-Semler Hamburg/BeirutYto Barrada, Briques (Bricks) 2003/2011. courtesy Yto Barrada & Galerie Sfeir-Semler Hamburg/Beirut
In her first series A Life Full of Holes: The Strait Project, ten years ago, Barrada evokes a Tangier where postcolonial history has materialized one of its dead-ends. Her recent project Iris Tingitanaextends this inquiry to the fast-growing outer edges of the city, where the monocultural vision of planners and developers threaten to homogenize landscape and human lives.
The show, featuring selected works from these past series as well as new photos and films is conceived as a construction in 3-dimensional space and a deliberate juxtaposition of works. It plays on the varying distances between Barrada’s lens as a photographer and her subjects, and displays the full range media in which she works. The show’s title is inspired by music, where “Riff” stands for a rhythmic figure, a musical phrase that some players add to a written score. Riff relates also to the rugged Rif mountains of Morocco, home to insurgencies and a splinter Republic, and to the art deco Rif Cinema, which houses the Tangier Cinémathèque.
The three films, Beau Geste, Playground and Hand-Me- Downs, are also “riffing”—rearticulating spaces, sounds, and meanings. One of the recurring figures of the show is that of the tree—physical trees and family trees. Trees serve as metaphors of resistance and strength, of developing levels of vision, of generational transmission, of changing times, of shelter, regeneration and nutrition, but also of decor and tourism. Memory and obliviousness, history and unreliable narratives, as the details and fragmentation of every day life, are strongly involved in this show, and these themes are refracted between the pieces. The visitor, also, changes perspectives and levels—by mounting a mezzanine; moving from intimate projection spaces to a balcony that overlooks large walls of photos; sitting down in a screening room to watch the cinema program, presented by the Cinémathèque.
Yto Barrada grew up between Tangier and Paris, where she studied history and political science at the Sorbonne, and subsequently attended the International Center of Photography in New York. Her practice, combining the strategies of documentary with a more meditative approach to images, drove her to return home after sixteen years abroad. Now based in Tangier, she continues to engage the complex realities around her, avoiding the rigidity of any ideological discourse, and without recourse to the spectacular or melodramatic. Another of Barrada’s responses to the dynamics of the region was to co-found the Cinémathèque de Tanger, North Africa’s first cinema cultural center, which she now directs. The Cinémathèque’s film programs, workshops, archive, and traveling presentations are another investment in the unique status of images and representations in the contemporary Arab world and beyond.
Marie Muracciole

Continuez à lire "Yto Barrada the "Artist of the Year""

15.04.2011 | par franciscabagulho | contemporary art, Morocco, Yto Barrada

Top Kilimanjaro 16-04-2011

1-   Puto Português – Monami

You are missing some Flash content that should appear here! Perhaps your browser cannot display it, or maybe it did not initialize correctly.

mantem-se

2-   Neuza - Volta pa mi mantem-se

3-   Haylton Dias- Dotorê sobe 2

4-   Professor – Jezebel mantem-se

5-   Paulo Flores- A carta cai 2

6-   Mark G. & William – Ka ta podé mantem-se

7-   Yola Semedo & Paulo Flores – Mar azul sobe 1

8-   Walter & Nicol Ananaz – Mboia cai 1

9-   Gisela Silva – Vou xinguilar mantem-se

10- Dj Jeff & Sillivy – Txi Txi Tximba mantem-se

by dj Carlos Pedro

15.04.2011 | par franciscabagulho | música de dança

FESTIN – A FESTA DO CINEMA LUSÓFONO 2011

De 26 de Abril a 1 de Maio, o Cinema São Jorge, em Lisboa, veste-se com todas as cores da Lusofonia na 2.ª edição do FESTin, iniciativa organizada pela Padrão Actual, em co-produção com a Fundação Luso-brasileira e o Cinema São Jorge.

 Com entrada gratuita em todas as iniciativas, o programa do FESTin integra 78 produções dos oito países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, homenageando nesta edição o país anfitrião, Portugal.

Nas duas secções de competição destaca-se a apresentação de vários filmes que têm a sua ante-estreia no nosso país, como Lixo Extraordinário (Brasil, 2010), de Lucy Walter, nomeado na categoria de melhor documentário nos Óscares 2011. Entre as 13 longas -metragens e 42 curtas-metragens em concurso encontram-se ainda títulos que dificilmente virão a ser incluídos nos circuitos comerciais, sendo por esse motivo uma oportunidade única de conhecer o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na área da criação cinematográfica nos países de língua portuguesa.

Procurando fomentar a reflexão sobre o contributo do cinema para o reforço dos laços que unem os oito países, o FESTin propõe também a realização das mesas-redondas “O cinema e as identidades lusófonas”, para a qual estão já confirmadas as participações do escritor angolano José Eduardo Agualusa e do sub-director da Cinemateca de Lisboa José Manuel Costa, a investigadora de cinema Maria do Carmo Piçarra, António Rodrigues,programador da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, o actor Miguel Sermão, o produtor de cinema Luis Correia; e “ainda a mesa com o temaEscrito e filmado: a literatura lusófona vai ao cinema”, que contará com a presença dos escritores brasileiros Amílcar Bettega e Brisa Paim, do investigador João Ribeirete, do realizador José Farinha e do escritor guineense Tony Tcheka.

No âmbito da homenagem a Portugal, a mostra “Olhares sobre Portugal” inclui a exibição de oito filmes que retratam diversos aspectos da história e cultura portuguesas, sendo ainda de realçar uma retrospectiva de obras de João Botelho, selecionadas pelo próprio realizador.

Continuez à lire "FESTIN – A FESTA DO CINEMA LUSÓFONO 2011"

15.04.2011 | par martalanca | cinema, festival

African Architecture as Muse - Call for Papers

As often as scholars and critics posit architecture as a tabula rasa—a canvas upon which one projects the personal, the psychological and the political—relatively few have seriously considered the many ways that African architecture and its representation function in such frameworks. Yet from travel guides to postage stamps, from World’s Fairs to films, from government buildings to contemporary art installations and more, Africans and non-Africans alike have called upon African architecture and its representation to address a myriad of concerns. Some 19th-century travelers viewed African structures as a barometer that measured how high a people had climbed on the great ladder of civilization. In his 1928 book, simply titled “Art,” Amédée Ozenfant invoked African architecture to address the development of the built environment in the West. In 1965, Eduard Sekler understood the Mousgoum dome as articulating a nearly perfect tectonic statement. In 1985, Cameroonian scholars insisted that the deployment of indigenous domestic forms was key to forging a national architecture, one that could compete with the best of the West.
This panel seeks papers that examine how African architecture and its representation have been utilized —at home and/or away—as a muse, as something that opens onto issues other than the thing itself. Topics might include, but are not limited to, the relationship of the African built environment to the articulation of “diaspora,” the role of African architecture in the construction of heritage and tourism, the place of African buildings in the world of travelogues, or the use of African forms to proclaim national and nationalist identities on the continent.
Session chair: Steven Nelson, Associate Professor of African and African American Art History, Department of Art History, UCLA; 310-825-2322; nelsons@humnet.ucla.edu.
All abstracts must be submitted online by June 1, 2011.  More
information
.

15.04.2011 | par franciscabagulho | African Architecture

5° CINEPORT - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa

Será realizado na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil, de 26/08/2011 a 04/09/2011.O Festival é uma realização da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e tem como objetivos:

- integrar o mercado cinematográfico dos países de língua portuguesa e promover os filmes realizados em português e dialetos falados nas nações africanas que formam a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP, bem como reunir personalidades ligadas ao audiovisual desses países, estimulando o intercâmbio cultural, promovendo encontros, seminários, painéis, debates, conferências, mostras, lançamentos de publicações, DVDs, filmes e vídeos.

+ info

15.04.2011 | par martalanca | Brasil, cinema, festival, João Pessoa

2011 Festival Internacional de Cinema de Cabo Verde

A V!VA Imagens apresenta a 2ª Edição do Festival Internacional de Cinema de Cabo Verde que terá lugar na Ilha do Sal no período de 13 a 16 de Outubro. Estão já abertas inscrições grátis, devendo os filmes ser apresentados pelo correio mediante o preenchimento do formulário online. O data limite para as inscrições é segunda-feira, 15 de Agosto.

Para 2011, a CVIFF anuncia a Estréia Mundial e em Cabo Verde, do filme “Atlantic Portals”, da autoria da cineasta Caboverdiana-Americana Claire Andrade-Watkins, o segundo da trilogia de documentários sobre a comunidade cabo-verdiana e a sua fama universal como povo emigrante e guiado pela esperança. Actualmente em pós-produção, “Atlantic Portals” é a continuação ansiosamente esperada do documentário “Some Kind of Funny Porto Rican?”, uma história caboverdiano-americana sobre gerações de imigrantes das Ilhas de Cabo Verde na localidade de Fox Point, Rhode Island, EUA. Dê o seu contributo para a Estréia Mundial e em Cabo Verde do filme “Atlantic Portals” com uma simples visita à página a seguir indicada. Pressione a palavra “like” no canto superior esquerdo. Serão bem-vindas quaisquer doações

O programa para o Festival de 2011 visa congregar a Arte, o Cinema e a Indústria Cinematográfica e promete criatividade e entretenimento através da exibição dos filmes inscritos, de filmes especiais, workshops subordinados à arte do cinema, actividades culturais, comédia, teatro improvisado e outras iniciativas mais. A entrada é gratuita para todas as exibições de filmes,workshops e actividades culturais.

+ info

15.04.2011 | par martalanca | cabo verde, cinema, festival

Companhia de Dança Contemporânea de Angola, temporada 2011.

A Companhia de Dança Contemporânea de Angola estreia no dia 29 de Abril - Dia Mundial da Dança - a sua nova peça intitulada “O Homem que chorava sumo de tomates”, com coreografia de Ana Clara Guerra Marques. Os figurinos de Nuno Guimarães; os textos são de Miguel Hurst e do escritor e artista plástico Frederico Ningi que assina também os desenhos do fundo cenográfico. As fotografias são de Rui Tavares e a criação vídeo é da Geração 80.

Nesta nova criação, a CDC Angola opta pelo teatro-dança, voltando à crítica social para trabalhar sobre flagrantes e personagens do quotidiano angolano, onde o humor ocupa um lugar especial. “O Homem que chorava sumo de tomates” estará em cartaz no Nacional Cine-Teatro (Chá de Caxinde), em Luanda, nos seguintes dias e horário: Mês de Abril: dias 29 e 30 às 20.30H
Mês de Maio: dias 6, 7, 13, 14, 20 e 21 às 20.30H e dias 1, 8, 15 e 22 às 18.30H

http://www.cdcangola.com/

15.04.2011 | par franciscabagulho | Ana Clara Guerra Marques, angola, dança contemporanea

A CAVAQUEIRA DO POSTE - teatro em Maputo

Sexta 15 & Sexta 22 Abril | 19h00 |100 Mt | <27anos 50 Mt | Gratuito membro CCF


A CAVAQUEIRA DO POSTE | Eliot Alex

O maior efeito da crise mundial está nos mendigos. Esta crise poderia ser vista como oportunidade, mas, aí está a questão : conseguimos ver ? Parece que somos todos cegos, mudos e surdos. Cegos - porque não queremos ver. Mudos - porque não podemos falar. Surdos - ainda que haja alguém que grite, não se ouve. Na verdade, a cavaqueira de Tendeu e Calvino mostra que somos demasiado cegos para ver os factos, sem braços para fazer algo e, pior ainda : com poucos miolos para endireitar o desfasamento entre os pobres (ociosos) e os ricos (gulosos).

Texto : Sérgio Mabombo | Direcção : Elliot Alex | Actores : Sérgio Mabombo e Diaz Santana

14.04.2011 | par martalanca | teatro moçambicano

Mineiro ganha bolsa para escrever romance em Portugal

O escritor mineiro Leandro Muller acha divertido quando lê na imprensa que é carioca. «Tudo bem, afinal, os mineiros acham que Juiz de Fora faz parte da zona do Grande Rio», brinca. Conterrâneo do grande escritor Rubem Fonseca, Leandro cresceu em Volta Redonda, interior do estado do Rio, morou no Porto, Barcelona e Roma. Hoje, vive na capital fluminense, mas já está arrumando as malas para voltar a Portugal. Ele acaba de ganhar uma bolsa do programa Criar lusofonia, do Centro Nacional de Cultura de Portugal, e vai ficar 4 meses no país para escrever um romance.

Mas qual a importância de saber de onde ele, eu ou você somos? Para o escritor, cada vez faz menos sentido determinar um espaço geográfico específico a nossa existência. «Hoje em dia somos de toda parte. Alguns chamam de globalização, mas eu prefiro chamar de desterritorialização. É sobre isso que vou escrever, por meio da narrativa de dois imigrantes brasileiros, com elementos de fundo de um movimento real - conhecido como “Mães de Bragança” – liderado por mulheres portuguesas que protestavam contra prostitutas brasileiras naquela cidade do nordeste de Portugal, em 2003.

O livro ainda não tem título nem previsão de lançamento, mas deve estar no mercado em 2012. Além de Leandro, foram selecionados pelo programa o português Paulo Ramalho, com o projeto O outro lado da ilha, que será desenvolvido em São Tomé e Príncipe, na África, e o luso-brasileiro Thiago Camelo, com um romance sobre a cidade, que também será escrito em Portugal.

Desde 1995, Criar lusofonia já contemplou escritores como os angolanos José Eduardo Agualusa e Ondjaki, o cabo-verdiano Germano Almeida e os portugueses Possidónio Cachapa e Pedro Rosa Mendes, entre outros. O objetivo é criar oportunidade de contato aprofundado entre criadores no espaço lusófono.

revista PESSOA

14.04.2011 | par martalanca | Leandro Muller, literatura

"Hay muchos Angolas en Bolívia ou a herança bantu na América do sul”

União dos Escritores Angolanos

Luanda, Quarta-feira, 20 de Abril, a partir das 18h

Territórios quase paralelos a América do sul, a Colónia de Angola, o Reino do Kongo e as outras entidades históricas adjacentes forneceram centenas de milhares de escravos para esta região do Novo Mundo.

Desembarcados nas costas do Brasil, meridional, ou no estuário de la Rio de la Plata, estes cativos serão instalados nas antigas colónias espanholas que são, hoje, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Os “angola-congolenos” deixarão, aí, definitivamente, várias estacas da sua evolução histórica, das suas expressões linguísticas, antropológicas e artísticas.

Assim, legarão, neste espaço ameríndio – hispânico, entre outros factos civilizacionais, como terceira raiz, a particularização, de cunho bantu, do castelhano falado e escrito na região, os seus dinâmicos ritmos musicais e lascivas marcas coreográficas na milonga e no tango, iniciais, na marinera e zamacueca.

Los negros que vienen de Angola” provocarão, igualmente, numa irreversível inculturação animista, a singularização do cristianismo ai praticado.

 

Por   Simão SOUINDOULA

Membro do Comité Cientifico Internacional do Projecto da UNESCO “A Rota do Escrav

 

Proceder-se-a, ao mesmo tempo, com a colaboração de Jesus Alberto Garcia, Chefe da Missão Diplomática da Republica Bolivariana de Venezuela em Angola, à apresentação da obra “CONOCIMIENTO DESDE ADENTRO. LOS AFROSUDAMERICANOS HABLAN DE SUS PUEBLOS Y SUS HISTORIAS”

livro que acaba de ser publicado em La Paz, e que o diplomata de Caracas e um dos co-autores.

14.04.2011 | par martalanca | Bolívia