Transporto sempre uma viagem: Artes Plásticas, Performance, Música, Cinema, Literatura, Conferências

Conferência por Eric Many e Filme de Joana Frazão e Raquel Marques – exposição “transporto sempre uma viagem”, sábado 26 Mar, 17h, Galeria QUADRUM

22.03.2011 | par martalanca | viagem

Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira

22.03.2011 | par martalanca | Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira

PRÉMIO AICA/MINISTÉRIO DA CULTURA (ARTES VISUAIS E ARQUITECTURA) 2010 PRESS RELEASE

No dia 21 de Março de 2011, reuniu-se o Júri para a atribuição dos Prémios AICA/Ministério da Cultura (Artes Plásticas e Arquitectura) relativos a 2010. O Júri, constituído por Manuel Graça Dias, Presidente da SP/AICA, que presidiu, por Leonor Nazaré, Vice Presidente da SP/AICA, que secretariou, e pelos críticos Ana Vaz Milheiro (arquitectura), e Lúcia Marques e Paulo Pires do Vale (artes visuais), decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio Artes Visuais à artista plástica Lourdes Castro (n.1930) e o Prémio Arquitectura ao Arquitecto Francisco Castro Rodrigues (n. 1920).

liceu, obra de Castro Rodrigues, fotografia Ana Vaz Milheiroliceu, obra de Castro Rodrigues, fotografia Ana Vaz Milheiro

 

PRÉMIO AICA/MC 2010- ARTES VISUAIS

O Prémio AICA/Ministério da Cultura 2010 (Artes Visuais) foi atribuído à artista plástica Lourdes Castro (Funchal, 1930). O Júri considerou definitiva, para a atribuição deste Prémio, a exposição antológica, À luz da sombra, realizada no Museu de Serralves em 2010, na qual as grandes qualidades de invenção plástica a partir de valores inefáveis como as linhas, as sombras ou a leveza, de referências como o espaço intimista e o universo relacional e da componente performativa associada ao teatro de sombras, de uma artista que se torna visível para a crítica portuguesa a partir dos anos de 1960, ficaram particularmente sublinhados na sua expressividade e eficácia.

 Feita de cumplicidades, também estéticas, com Manuel Zimbro (1944-2003), com quem partilhou um projecto de vida e de obra, a exposição constituiu um expoente significativo da forma simples e autêntica com que Lourdes Castro transfigura os gestos do quotidiano.

obra de Lourdes Castro, Rita Burmester, cortesia Fundação de Serralvesobra de Lourdes Castro, Rita Burmester, cortesia Fundação de SerralvesNo final dos anos de 1950 Lourdes Castro partiu para Munique e depois para Paris onde fundou, com René Bertholo, a revista KWY.

A produção de objectos em assemblage, na década de 1960 e a posterior utilização de plexiglas na fixação de silhuetas e no jogo com as transparências tornam-se procedimentos determinantes do seu percurso artístico. As sombras serão também projectadas em lençóis bordados e num Grande Herbário de Sombras, a par dos projectos de encenação.

Pelas Sombras, filme realizado por Cataria Mourão (1997, Ed. DVD Midas Filmes: 2010), exibido no contexto da exposição de Serralves, documenta e sobreleva, da artista, uma relação sempre íntima e exaltada entre a arte a vida.

PRÉMIO AICA/MC 2010 - ARQUITECTURA

Flamingo, obra de Castro Rodrigues, fotografia Ana Vaz MilheiroFlamingo, obra de Castro Rodrigues, fotografia Ana Vaz Milheiroliceu, obra de Castro Rodrigues, fotografia Ana Vaz Milheiroliceu, obra de Castro Rodrigues, fotografia Ana Vaz MilheiroO Prémio AICA/Ministério da Cultura 2010 (Arquitectura), foi atribuído ao Arquitecto Francisco Castro Rodrigues (Lisboa, 1920).

O Júri relevou o trabalho de um arquitecto de grande relevância cultural na cena portuguesa, ainda que pouco conhecido das gerações mais recentes, já que a maior parte da sua obra construída se localiza em Angola, no Lobito, cidade à qual imprimiu um forte carácter urbano a partir dos anos de 1950.

Francisco Castro Rodrigues destacou-se logo em 1947, quando liderou um grupo refundador da Revista Arquitectura (as reuniões decorriam na sua própria casa), tendo traduzido para publicação na mesma revista (com a mulher, a actriz Maria de Lurdes de Castro Rodrigues), a Carta de Atenas (Le Corbusier, 1941), documento fundamental para a entrada do ideário da Arquitectura Moderna em Portugal. Combatente antifascista, perseguido pela polícia do regime, encontrou no Lobito um ambiente mais propício ao desenvolvimento de uma obra consistente, moderna, muitas vezes lúdica e expressionista, com recurso aos novos materiais e às suas potencialidades.

obra de Castro Rodrigues, fotografia Ana Vaz Milheiroobra de Castro Rodrigues, fotografia Ana Vaz Milheiro

Iniciou-se com a “Casa Sol” (1953), onde já inclui a colaboração de artistas plásticos, participação que viria a ser uma constante ao longo do seu percurso (painéis de azulejo nas empenas por Manuel Ribeiro de Pavia). O bloco de habitação plurifamiliar “Universal” (1961), com a sua complexa máscara de grelhagens, palas, terraços, recessos e sombras, o “Cine-Esplanada Flamingo” (1963), obra cosmopolita, com uma audaciosa cobertura em betão, suspensa, com 16 metros de balanço, ou o “Liceu do Lobito” (1966), sem dúvida, a sua obra mais radical, traduzem o amadurecimento da vontade de Castro Rodrigues em adaptar as novas técnicas construtivas ao clima tropical; na arejada “Catedral do Sumbe” (1966) inscreve, simultaneamente, um inovador espaço litúrgico, contando com a contribuição plástica de Clotilde Fava e Louis Dourdil.

Em 2009, Eduarda Dionísio editou (com a Casa da Achada), o livro Um cesto de cerejas, no qual reúne uma série de conversas que manteve com o Arquitecto, trazendo a público muito do seu longo e rico percurso profissional e humano. Também em 2009, Moderno tropical: Arquitectura em Angola e Moçambique, 1948-1975, de Ana Magalhães e Inês Gonçalves (Tinta da China), ilustra abundantemente a obra construída de Castro Rodrigues, elegendo para capa, inclusive, uma esplêndida fota da “ruína moderna” do que resta do “Cine-Esplanada Flamingo”.

22.03.2011 | par martalanca | arquitectura, Francisco Castro Rodrigues, Lourdes Castro

O petróleo é quem mais ordena. Blog de Jorge Heitor

no blog comunidades de Jorge Heitor podemos ler:

Segundo a Wikipedia, as reservas de petróleo existentes na Líbia são as maiores da África e as nonas no mundo, dando para mais de 57 anos, aos actuais níveis de exploração.
A maior parte do país está ainda por explorar, devido a antigas sanções e a desacordos do regime do coronel Muammar Khadafi com empresas petrolíferas estrangeiras.
Talvez que a Texaco, a BP, a Total e a ENI, entre outras, estejam agora interessadas em explorar todo o potencial petrolífero do imenso território líbio.
Para que o consigam fazer, chegando eventualmente à conclusão de que a Líbia tem petróleo suficiente para os próximos 60 anos, será porém necessário que os respectivos governos façam o favor de retirar de cena o sistema vigente em Tripoli.
Só com autoridades líbias mais permissivas aos interesses das grandes petrolíferas ocidentais é que se poderá garantir que daquele país continuará a vir uma parte razoável do petróleo de que a União Europeia necessita para se manter mais desenvolvida do que o Norte de África. A exploração de petróleo na Líbia, país relativamente recente, começou há pouco mais de meio século e poderá muito bem continuar a efectuar-se durante os próximos 58 ou 63 anos, a bem da Europa e da América do Norte, se estas forem capazes de neutralizar a família Kadhafi.
É disto que se trata, quando as Forças Armadas da França, dos Estados Unidos e do Reino Unido tratam de colocar fora de combate a aviação e outros meios ao serviço do sistema vigente em Tripoli.

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22.03.2011 | par franciscabagulho | Líbia, petróleo

Não sei se vou-te amar de Nástio Mosquito

22.03.2011 | par martalanca | Nástio Mosquito

Transit William Kentridge, na SOSO+, São Paulo

22.03.2011 | par franciscabagulho | arte contemporânea africana, Colecção Sindika Dokolo

POLIGRAFIA DAS PÁGINAS DE JORNAIS ANGOLANOS DE ANTÓNIO TOMÁS - LISBOA

E já na próxima semana, às 21h30 de 29 de Março, na Sala Prado Coelho da Fábrica Braço de Prata, será lançado o mais recente livro do investigador e cronista António Tomás, com a presença do autor e leitura de Ângelo Torres, numa iniciativa da Editora Casa das Ideias em parceria com a XEREM e BUALA.


António Tomás nasceu em Luanda, onde trabalhou como jornalista na Rádio Nacional de Angola e na Agência Angola Press, antes de se mudar para Lisboa. Licenciou-se em Comunicação Social pela Universidade Católica de Portugal. Trabalhou e colaborou em várias publicações, como o Jornal Público, onde assinou recensões críticas sobre literatura africana, e textos sobre cinema africano, dança e teatro. É autor de O Fazedor de Utopias: Uma biografia de Amílcar Cabral.

 

Este livro, nas palavras do autor, não é apenas “uma colecção de crónicas, ou compilação de textos” mas sim “um romance de ideias”, um “romance” de crónicas escritas sobre um modo de “pensar a sociedade angolana; (…) pensar política e poética”. Trata-se de um conjunto de crónicas publicado pela Editora Casa das Ideias, nas quais o autor fala de cinema, de música, de literatura, da tecnologia e do futuro, sempre atento ao que Angola produz – o bom e o mau – nestes campos. Apresenta-nos uma visão do quotidiano, do que se faz, hoje, dentro e fora do país, mas, quase sempre, com Angola e os angolanos como luz de fundo. Analisando questões políticas, raciais e culturais, ideologias, tendências, preferências, António Tomás elabora crónicas inteligentes, de alguém atento e conhecedor, que foge dos lugares comuns e até mesmo, por vezes, do “politicamente correcto” (expressão que encerra, também ela, muitos lugares comuns). São 250 páginas, nas quais se abordam diferentes questões em crónicas que agrupa sob os títulos: educação sentimental; questões literárias; imagens; sons; tecnologia; mundo; trevas; raça; política; país. Dentro destas temáticas actuais, traz-nos interrogações difíceis, como em Ofício: Registar a Morte ou, no âmbito das problemáticas nacionais, A Cor do Escritor Angolano, entre tantas outras. O estilo de António Tomás é inquisitivo, comparativo, lúcido. As suas crónicas são cultas, abrangentes e penetrantes, sem fugirem dos temas que se propõem desenvolver, de forma sintética e perspicaz, obrigando-nos a questionarmos as nossas próprias crenças e convicções, criando novas interrogações.

LEIA ALGUNS TEXTOS DESTE LIVRO AQUI NO BUALA 

entrevista ao autor 

sobre Luandino Vieira, Lusofonia, Miriam Makeba 

 

Livraria da Fábrica Braço de Prata, 29/3/2011 às 21h30

Rua da Fábrica de Material de Guerra, n.º 1

(Poço do Bispo) 1950-128 Lisboa Tel. 216090816 / 934902381

www.bracodeprata.net

Autocarros: 28, 718, 755, 210 (nocturno) GPS: 38.7433703/-9.1006499

XEREM | www.xerem.org

BUALA | www.buala.org

Casa das Ideias | casadasideiaseditorial@netcabo.co.ao

22.03.2011 | par martalanca | António Tomás, crónicas

Seminário Terceira Metade, MAM, Rio de Janeiro

Encontro com alguns dos principais pensadores do eixo geográfico Brasil, África e Portugal. Curadores, investigadores, economistas, artistas, historiadores, escritores, arquitectos debatem com o público as relações, as formas de representação, e a circulação cultural, económica e política no Atlântico Sul.

De 29 a 31 de Março no MAM, RJ   + info

22.03.2011 | par franciscabagulho | ...

“TRIÂNGULO VIRGEM”, de Júlio Silvão Tavares

A Silvão-Produção Filmes inicia a primeira fase de inscrição de actores para “casting” de selecção de 353 personagens entre actores principais, secundários e figurantes para o filme de ficção “Triângulo Virgem”, de Júlio Silvão Tavares, cujas filmagens terão início no próximo ano. Os interessados podem inscrever- se até ao dia 29 de Abril de 2011.

O filme vai ser rodado em Cabo Verde, no Brasil e em Portugal. O argumento visa o tráfico de droga com a utilização de Cabo Verde como empório: “Nos primeiros tempos pós-independência, quando uma euforia de construção nacional percorre Cabo Verde (campanhas de arborização, prospecção dos recursos marítimos, etc.), com apoio de organizações internacionais, uma rede de narcotráfico infiltra-se no país. Eis que chega à Cidade da Praia  um técnico brasileiro das Nações Unidas (Leandro), para investigar as potencialidades pesqueiras da região. Porém, esta missão não é mais do que uma fachada para reorganizar o tráfico da droga, tendo em conta que o arquipélago ainda não dispõe de meios eficazes para fazer face a essa actividade criminosa e está a meio caminho entre o continente sul-americano, de onde a droga vem, e a Europa, mercado a que se destina”.

O realizador e produtor do filme, Júlio Silvão Tavares, é já autor de três documentários - “Batuku, alma de um povo”, “Pérola do Oceano” e “Eugénio, coração crioulo”.

 

fonte Cena Aberta

21.03.2011 | par martalanca | Júlio Silvão Tavares

Li Ké Terra

21.03.2011 | par martalanca | Li Ké Terra

Caras e citações - LISBOA

21.03.2011 | par martalanca | exposição

Parabéns Mário Lúcio!

O escritor cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa, autor do romance O Novíssimo Testamento, editado pela Dom Quixote, acaba de ser nomeado para o cargo de Ministro da Cultura de Cabo Verde. Esta não é, porém, a primeira ocasião em que o autor desempenha funções oficiais na área da cultura, uma vez que já foi deputado e tem desempenhado as funções de embaixador cultural de Cabo Verde.
Publicado em Setembro de 2010, O Novíssimo Testamento, que venceu o Prémio Literário Carlos de Oliveira, esteve recentemente em destaque na terra natal do escritor, tendo sido apresentado, por Frei Bento Domingues, em sessões realizadas na Cidade da Praia e no Mindelo
Em O Novíssimo Testamento, recorde-se, o autor dá testemunho da reencarnação de Jesus no corpo de uma mulher - ilhéu e africana - que parece ter vindo inaugurar a Terceira Idade do Mundo, mas não está livre de enfrentar os preconceitos sociais, religiosos e políticos do seu tempo.
Mário Lúcio Sousa nasceu no Tarrafal, Cabo Verde, e é licenciado em Direito pela Universidade de Havana. O Novíssimo Testamentoé o seu primeiro romance editado em Portugal.

(rui breda, pela D.Quixote)

Ler Novíssimo Testamento

21.03.2011 | par martalanca | literatura caboverdiana, Mário Lúcio de Sousa

Conhecimentos endógenos e a construção do futuro em África, PORTO

Conferência Internacional dias 15 e 16 de Abril na Fundação Eng. António de Almeida, Porto

+ infos

18.03.2011 | par franciscabagulho | Estudos Africanos

Lançamento de livros de ONDJAKI, LUANDA

Quarta-feira, dia 23 na Associaçao Chá de Caxinde, pelas 17h
a Nzila e a Texto lançam os livros “O leão e o coelho saltitão
(literatura infantil) e “Dentro de mim faz Sul…” seguido de “Acto Sanguíneo” (poesia) de ONDJAKI

tragam as crianças e os mais-velhos também…

 

dez anos depois, resolvi inventar esta pequena celebração. numa edição «especial» (digamos assim…), junto o primeiro livro e o mais recente. ambos de poesia mas, sobretudo, ambos do mesmo universo de poesia.
(…)
o que, por agora, tinha para dizer deve estar nas páginas que se seguem. dez anos antes ou depois, há frases que nos vão resumindo – cicatrizam-se em nós (porque o mundo / assim como sou / não me basta). pensei também em dizer que, algures, entre estes dois livros, seguem longas linhas de uma sincera confissão. mas depois vi que isso seria uma redundância humana.”

 

Ondjaki

 Ondjaki nasceu em Luanda em 1977. Prosador. Às vezes poeta. Co-realizou um documentário sobre a cidade de Luanda (Oxalá Cresçam Pitangas — Histórias de Luanda). É membro da União dos Escritores Angolanos. Está traduzido em francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio e sueco.

Recebeu uma Menção Honrosa no Prémio António Jacinto (Angola), com actu sanguíneu (poesia). E os seguintes prémios: 
Prémio Literário Sagrada Esperança 2004 (Angola), Prémio Literário António Paulouro 2004, com e se amanhã o medo (contos), Grande Prémio de Conto «Camilo Castelo Branco» C. M. de Vila Nova de Famalicão/APE 2007, com os da minha rua, o prémio Grinzane for African young writer (2008), e o Prémio FNLIJ (Brasil 2010) com AvóDezanove e o Segredo do Soviético (romance). 

18.03.2011 | par martalanca | literatura angolana, ondjaki, poesia

2500 km de riquexó motorizado pela ÍNDIA

Andar Muito, Devagar

Atravessar a Índia de Norte a Sul a uma média de 25 km por hora, conduzindo um pequeno veículo que não foi concebido para grandes distâncias está longe do ideal de férias. Mas entusiasmou Bruno CabralXeca Robles e Nuno Milagre que se fizeram à estrada com uma provocante certeza: não vai ser fácil. Foram e voltaram, recompensados. Eles contam-nos com as suas fotos e texto na primeira pessoa porque é que vale mais viajar sem rede do que ficar a baloiçar na rede, de papo para o ar.

Amanhã na revista Fugas / Público

Nuno Milagre, Bruno Cabral e Xeca RoblesNuno Milagre, Bruno Cabral e Xeca Robles

18.03.2011 | par martalanca | índia, riquexó, viagem

Decisão da ONU recebida em Bengazi com júbilo

Milhares de pessoas concentradas em Bengazi receberam com júbilo e fogo de artifício a adoção pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas da resolução que permite “todas as medidas necessárias” à proteção da população civil na Líbia.

Mais de três mil pessoas, noticia a Efe, que seguiam em direto na principal praça de Bengazi a sessão do Conselho de Segurança, através da Al-Jazeera, receberam com gritos de alegria o resultado da votação, agitando centenas de bandeiras líbias tricolores, anteriores à chegada de Khadafi ao poder.

Fonte: Expresso

Ver o video que emocionou o embaixador líbio  na ONU

18.03.2011 | par ritadamasio | Líbia, mundo, ONU, Revolta

Prêmio OFF FLIP de Literatura abre inscrições

Estão abertas até 30 de abril as inscrições para a sexta edição do Prêmio OFF FLIP de Literatura.

Criado em 2006 como parte da programação literária da OFF FLIP, o Prêmio oferecerá aos poetas e contistas vencedores R$ 12 mil no total, além de estadia em Paraty e ingressos para mesas de debate da FLIP. Há também outras formas de premiação, como cota de livros da editora Record e passeio de escuna pela baía de Paraty.Os textos serão avaliados por escritores de expressão no cenário literário brasileiro e os 30 finalistas serão publicados em uma coletânea pelo Selo OFF FLIP. A premiação acontecerá entre 6 e 10 de julho paralelamente à Festa Literária Internacional de Paraty.

O regulamento pode ser lido no site do Prêmio

 

17.03.2011 | par martalanca | Paraty

Amilcar cabral (bu mori sedu)

Track de Homenagem “Amilcar Cabral (bu mori sedu)” – Chullage, LBC e Kaya 
Produção gravação e mistura de dB para Centa 2008 
Ouve, repassa e divulga. Apoia Aquele Rap.

Chullage, LBC e Kaya (artistas cabo-verdianos em Portugal) juntaram-se no âmbito do intercambio de artistas de vários bairros promovido pela Freestylaz no CENTA, e fizeram esta homenagem a Amílcar Cabral numa produção de dB.

Released by: beatweenus 

17.03.2011 | par martalanca | Chullage, LBC e Kaya

Ghostpoet

17.03.2011 | par martalanca | London, música

Obama foi anulado pelo conservadorismo de bordel dos EUA

A economista Maria da Conceição Tavares fala sobre a visita de Obama ao Brasil, a situação dos Estados Unidos e da economia mundial. Para ela, a convalescença internacional será longa e dolorosa. A razão principal é o congelamento do impasse econômico norte-americano, cujo pós-crise continua tutelado pelos interesses prevalecentes da alta finança em intercurso funcional com o moralismo republicano. ‘É um conservadorismo de bordel’, diz. E acrescenta: “a sociedade norte-americana encontra-se congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada”.

Quando estourou a crise de 2007/2008, ela desabafou ao Presidente Lula no seu linguajar espontâneo e desabrido: “Que merda, nasci numa crise, vou morrer em outra”. Perto de completar 81 anos – veio ao mundo numa aldeia portuguesa em 24 de abril de 1930 - Maria da Conceição Tavares, felizmente, errou. Continua bem viva, com a língua tão afiada quanto o seu raciocínio, ambos notáveis e notados dentro e fora da academia e esquerda brasileira. A crise perdura, mas o Brasil, ressalta com um sorriso maroto, ao contrário dos desastres anteriores nos anos 90, ‘saiu-se bem desta vez, graças às iniciativas do governo Lula’. 

A convalescença internacional, porém, será longa, adverte. “E dolorosa”. A razão principal é o congelamento do impasse econômico norte-americano, cujo pós-crise continua tutelado pelos interesses prevalecentes da alta finança em intercurso funcional com o moralismo republicano. ‘É um conservadorismo de bordel’, dispara Conceição que não se deixa contagiar pelo entusiasmo da mídia nativa com a visita do Presidente Barack Obama, que chega ao país neste final de semana. 
Um esforço narrativo enorme tenta caracterizar essa viagem como um ponto de ruptura entre a ‘política externa de esquerda’ do Itamaraty – leia-se de Lula, Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães - e o suposto empenho da Presidenta Dilma em uma reaproximação ‘estratégica’ com o aliado do Norte. Conceição põe os pingos nos is. Obama, segundo ela, não consegue arrancar concessões do establishment americano nem para si, quanto mais para o Brasil. ‘Quase nada depende da vontade de Obama, ou dito melhor, a vontade de Obama quase não pesa nas questões cruciais. A sociedade norte-americana encontra-se congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos têm hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada”. O entusiasmo inicial dos negros e dos jovens com o presidente, no entender da decana dos economistas brasileiros, não tem contrapartida nas instâncias onde se decide o poder americano. “O que esse Obama de carne e osso poderia oferecer ao Brasil se não consegue concessões nem para si próprio?”, questiona e responde em seguida: ‘Ele vem cuidar dos interesses americanos. Petróleo, certamente. No mais, fará gestos de cortesia que cabem a um visitante educado’. 

O desafio maior que essa discípula de Celso Furtado enxerga é controlar “a nuvem atômica de dinheiro podre” que escapou com a desregulação neoliberal – “e agora apodrece tudo o que toca”. A economista não compartilha do otimismo de Paul Krugman que enxerga na catástrofe japonesa um ponto de fuga capaz, talvez, de exercer na etapa da reconstrução o mesmo efeito reordenador que a Segunda Guerra teve sobre o capitalismo colapsado dos anos 30. “O quadro é tão complicado que dá margem a isso: supor que uma nuvem de dinheiro atômico poderá corrigir o estrago causado por uma nuvem nuclear verdadeira. Respeito Krugman, mas é mais que isso: trata-se de devolver o dinheiro contagioso para dentro do reator, ou seja, regular a banca. Não há atalho salvador’.

Leia a seguir a entrevista exclusiva de Maria da Conceição Tavares à Carta Maior.

CM- Por que Obama se transformou num zumbi da esperança progressista norte-americana?

Conceição - Os EUA se tornaram um país politicamente complicado… o caso americano é pior que o nosso. Não adianta boas idéias. Obama até que as têm, algumas. Mas não tem o principal: não tem poder, o poder real; não tem bases sociais compatíveis com as suas idéias. A estrutura da sociedade americana hoje é muito, muito conservadora – a mais conservadora da sua história. E depois, Obama, convenhamos, não chega a ser um iluminado. Mas nem o Lula daria certo lá.

CM- Mas ele foi eleito a partir de uma mobilização real da sociedade….

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17.03.2011 | par martalanca | Brasil, Dilma, Estados Unidos da América, Lula, Obama